jumentodonordeste escreveu:
E como é que eles chegaram a esse ponto de "internacionalização"?
Tendo uma indústria preparada que pudesse sobreviver só com compras internas, isso fortaleceu suas empresas e HOJE Coréia e no futuro a Turquia poderão pensar em exportar para o planeta inteiro.
Pelo menos é o que eu penso.
Tirando a China e os EUA nenhum país do mundo possui um mercado interno capaz de sustentar uma indústria militar significativa (e na verdade nenhuma indústria avançada, seja ela militar ou civil). Para todos os demais o acesso ao mercado internacional é fundamental, e os projetos precisam considerar isso desde o princípio, memo a custo de deixar de atender a absolutamente todos os requisitos que seriam ideais para o do mercado puramente local.
A busca desde o início pelo mercado internacional foi o grande segredo do sucesso da industrialização dos países europeus, do Japão, da Coréia do Sul e está sendo da China e da índia. Se não se pode desde o início competir com os produtos mais complexos, começa-se pelos mais simples, mas sempre visando disputar o mercado global. A própria Embraer só conseguiu iniciar sua expansão que a levou a ser a terceira indústria aeronáutica mundial com o Brasília e a família 145, que quase não venderam em nosso país. Agora ela está pronta para disputar neste mesmo mercado global com produtos mais sofisticados, e o KC-390 é um exemplo disso. Ela não pode em nenhuma hipótese mudar agora sua estratégia, sob pena de voltar a ser apenas um pequeno fabricante local.
Fora os EUA nenhum país do mundo tornou-se um a potência industrial limitndo-se a atender apenas com o mercado interno, nem a um dia poderosa poderosa URSS conseguiu. E isso hoje é mais verdadeiro do que nunca.
Leandro G. Card