Página 181 de 444

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Jun 22, 2011 7:34 am
por akivrx78
Risco da Segunda Onda de Crise Econômica Mundial
Mais notícias sobre este tema: Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo
Tags: Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, greve, Rússia, crise, Grécia, cidade de São Petersburgo, fórum, Economia , Europa, Mundo, Comentários, Parte Central, Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo

Imagem
21.06.2011, 16:49
© Flickr.com/Jonathan Taglione/cc-by-nc

Imprimir enviar por E-mail Postar em blog
A economia global está a espera de uma “perfeita tempestade”, cuja força total poderemos sentir dentro de dois anos. Isto foi afirmado por um economista-chefe americano, Nouriel Roubini, que já tinha previsto a crise de 2008. A mesma advertência foi feita pelo ministro das Finanças russo, Alexei Kúdrin, no Fórum Econômico de São Petersburgo.

Os problemas principais hoje são os da dívida na zona do euro e da instabilidade política no Oriente Médio, do abrandamento económico na China, da estagnação no Japão, e da dívida nacional dos EUA, - notam muitos analistas-chefes. Enquanto isso, a Confederação Europeia de Sindicatos realizou hoje uma manifestação no Luxemburgo contra a injusta distribuição dos encargos da crise.

Os sindicatos se opõem ao pacto “Euro plus”, aprovado em março pelos líderes de 17 países da zona euro. Este documento prejudica todos os cidadãos europeus - insiste o presidente da Confederação Europeia dos Sindicatos, Ignacio Fernandez Toxo.

Há interferências em tais áreas cmo salários, negociação coletiva, as aposentadorias que, na nossa opinião, são prerrogativa dos governos nacionais e da política social em cada país. Além disso, esta intervenção é de uma forma áspera e é direcionada para uma forte deterioração da situação dos trabalhadores.

O líder do Confederação Europeia dos Sindicatos oferece uma variante de compromisso – uma combinação do crescimento moderado dos salários com a preservação de empregos. Mas o principal é introduzir um imposto sobre transações financeiras para os bancos. São eles, acredita Toxo, que devem compensar os danos causados por eles às economias europeias. Caso contrário, o número de protestos em massa vai aumentar. Hoje, eles já atingiram uma série de países europeus - Espanha, Portugal, Irlanda e Grécia. Em seguida estão França e Itália. No entanto, a UE tem apenas uma saída – desistir daquilo que todos estão acostumados a chamar do Estado-Providência, e apertar os cintos ou continuar a fingir que nada está acontecendo, e inflar os orçamentos nacionais, - afirma chefe do Centro de Estudos Políticos do Instituto de Economia RAN, Boris Chmelióv.

É óbvio que nas condições econômicas atuais, uma nova onda da crise financeira na Europa é possível. E a principal razão é o excesso de despesa sobre a receita. E, a fim de torná-las conformes, os estados devem suspender muitos programas sociais. Isto significa que dentro de 2-3 anos veremos uma Europa muito diferente, em que a estabilidade e a tranquilidade serão substituídas por poderosos movimentos de protesto social e político. Mas isso não pode mudar nada, porque economia desses países não pode sustentar o peso que estava sobre orçamento do Estado nos últimos anos. Só o tempo vai mostrar se a UE estará à beira da sobrevivência ou não.

Até agora quem foi mais próximo a este limite é Grécia. A situação no país é alarmante, mas ainda há uma chance de evitar o colapso.

http://portuguese.ruvr.ru/2011/06/21/52191580.html

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Jun 22, 2011 7:47 am
por akivrx78
‘Tragédia grega’ não afeta bom momento do Brasil, afirmam especialistas
Sede da Copa de 2014 e da Olimpíada em 2016, País deve estar atento a lições da crise da Grécia e não descuidar do endividamento, segundo economistas

Ilton Caldeira, iG São Paulo | 22/06/2011 05:45

Mergulhada em uma grave crise econômica que se arrasta por vários meses, a Grécia depende de um amplo acordo interno, entre suas lideranças políticas, e, depois, com os credores para reduzir o risco eminente de calote. Este risco já vem causando turbulências nas principais economias da Europa, mas, segundo analistas, os desequilíbrios na economia grega e a crise financeira pela qual passa o país não afetaram e nem afetarão a economia brasileira.

O mercado de juros ao consumidor, as taxas praticadas nos cartões de crédito e no cheque especial, a oferta de crédito pelas instituições financeiras e os preços no varejo não devem sofrer nenhum efeito com a crise, na avaliação de economistas.

“A crise deve ficar circunscrita à Grécia e aos países da periferia da Europa e não haverá maiores problemas para o Brasil”, na opinião de Emerson Marçal, coordenador de Centro de Macroeconomia Aplicada da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (EESP-FGV). Para ele, o mercado financeiro pode ficar mais nervoso se a coisa se espalhar para as maiores economias do bloco, como a Alemanha e a França. “Neste caso, a turbulência pode ter desdobramentos no câmbio e na bolsa de valores. Mas a economia grega é pequena e seu potencial de causar estragos no Brasil também é limitado”, acrescenta Marçal.

Imagem
Foto: AP

Funcionários da companhia estatal grega Hellenic Defence Systems protestam contra a privatização

Para Antonio Corrêa de Lacerda, professor doutor de Economia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), o problema de alto endividamento, não só da Grécia, como de outros países da Europa, não será resolvido no curto prazo. Com isso, a Europa vai crescer menos, com reflexos para a economia mundial. “Nesse aspecto o Brasil pode ser prejudicado com uma redução de volumes de exportações ou com a diminuição dos preços impactando a receita dos exportadores”, diz. “Mas haveria um impacto restrito, caso ele ocorra”, analisa.

Endividamento

Relação dívida X PIB em 2010 - em %

Fonte: FMI, CIA World Factbook, Banco Central do Brasil

Mas segundo os especialistas, apesar de atravessar um bom momento e estar mais protegido que no passado contra crises internacionais, do ponto de vista estrutural, o Brasil não deve se acomodar. “No médio prazo, as taxas de juros dos Estados Unidos podem voltar a subir e a China crescer menos. Isso pode pegar o Brasil na contramão do processo. A crise grega acende a luz amarela e serve como um alerta para o Brasil”, diz Lacerda, da PUC-SP.

De acordo com Marçal, da FGV, é necessário uma contínua estratégia de ajustes de gastos para manter as contas nacionais em ordem. Mas mesmo assim, segundo ele, isso não é uma garantia de imunidade contra problemas. “O caso da Irlanda é um bom exemplo. Fizeram o que deveriam ter feito, mas é uma economia menor e a crise financeira de 2008 acabou afetando o sistema financeiro daquele país que estava mais exposto aos riscos dos bancos americanos”, diz.

Gastos olímpicos


Para alguns especialistas, uma combinação de fatores como os investimentos de 9 bilhões de euros, cerca de R$ 20,5 bilhões, na realização dos Jogos Olímpicos de 2004, em Atenas e, posteriormente à adesão ao euro uma política fiscal frouxa, com pouco controle sobre os gastos públicos corroeu as bases da economia grega, que desmoronou em 2009 e desde então depende do socorro dos credores e de organismos, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), para evitar um calote generalizado.

Os investimentos para realização das Olimpíadas no Brasil, segundo estimativas, é de aproximadamente R$ 26 bilhões. Esse valor, segundo os analistas, está dentro da realidade de uma economia como a do Brasil, mas não se deve tirar o foco da evolução do endividamento e analisar as lições dadas pela Grécia neste sentido.

No fim de 2010 a relação dívida/PIB do Brasil estava em 40,4% e a da Grécia era de 113,4%. Devido a diferença de importância dos dois países, os economistas afirmam que os gastos com a Olimpíada pesam mais na Grécia que no Brasil, que está entre as oito maiores economias do mundo. “Mas mais do que os gastos para a realização dos Jogos, o governo grego gastou mais do que deveria após a entrada do país na zona do euro”, afirma Marçal da FGV. “Houve benefícios, mas o fato de atrelar a moeda a uma série de exigências e perder a autonomia sobre a gestão do câmbio exige uma postura diferenciada e mais austera e isso não ocorreu na Grécia. O Brasil não corre esse risco”, complementa.

Para Lacerda, da PUC-SP, o que aconteceu na Grécia não deve se repetir no Brasil, mas os juros altos praticados contribuem para elevar a dívida pública, além de afetar o equilíbrio das contas externas do País. “O juro de longo prazo na Grécia, por exemplo, está na faixa de 18%. Aqui estamos com 12,25%, sendo que o percentual da dívida grega em relação ao PIB é quase três vezes a do Brasil”, diz. “Os indicadores fundamentais da economia estão descontrolados como a taxa de juros e a taxa de câmbio, com o real muito valorizado. Isso requer cuidados porque pode ter conseqüências danosas para as contas públicas”, acrescenta.

A economia grega cresceu cerca de 4% ao ano entre 2003 e 2007, em parte devido aos gastos de infraestrutura relacionados aos Jogos Olímpicos, e, em parte a um aumento da disponibilidade de crédito, que tem sustentado os níveis recorde de gastos do consumidor. Mas a economia teve uma contração de 2%, em 2009, e recuou 4,8% em 2010, com o fracasso do governo para enfrentar um déficit orçamentário crescente, queda das receitas do Estado e o aumentou dos gastos do governo.

Sob intensa pressão por parte da União Europeia e do mercado financeiro internacional, o governo adotou um programa de austeridade de médio prazo, que inclui corte de gastos, reduzindo o tamanho do setor público e adotando reformas do sistema de saúde e de aposentadorias. O pacote de quatro anos prevê ainda o aumento de impostos, privatizações com o objetivo de gerar um superávit orçamentário primário e levantar 50 bilhões de euros em receitas para reduzir a dívida pública. Tendo como base essa estratégia, a Grécia espera convencer os credores e chegar a um acordo sobre um novo pacote de resgate de 120 bilhões de euros para o país.

http://economia.ig.com.br/tragedia+greg ... 87113.html

Imagem

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Jun 22, 2011 7:51 am
por akivrx78
Alemanha prepara redução de impostos de 10 mil milhões de euros

Económico com Lusa
22/06/11 10:06

O Governo alemão deverá anunciar uma redução de impostos da ordem dos 10 mil milhões de euros no princípio de Julho, que incidirá, sobretudo, sobre rendimentos baixos e médios, confirmaram hoje várias fontes do executivo.

Na sua edição de terça-feira, o matutino Financial Times Deutschland já tinha anunciado que a chanceler Angela Merkel, face à melhoria da situação económica, prometeu ao seu parceiro de coligação, os liberais do FDP, uma baixa dos impostos antes das legislativas de 2013.

O porta-voz do executivo, Steffen Seibert, já tinha admitido a jornalistas em Berlim que a habitual ronda dos partidos da coligação de centro direita a realizar antes das férias de verão deveria debater uma eventual redução de impostos.

"No âmbito da redução da dívida pública, há alguma margem de manobra para aliviar rendimentos mais baixos e rendimentos médios", adiantou Seibert.

Hoje mesmo, o líder parlamentar dos democratas cristãos, Volker Kauder, disse na televisão pública ARD que "a boa situação económica dá margem para descer os impostos".

Em queda nas sondagens desde as legislativas de 2009, em que obtiveram 14,6 por cento dos votos, o que lhes permitiu regressar ao governo federal, os Liberais têm exigido uma reforma fiscal na Alemanha, que já fazia parte do seu programa eleitoral.

Uma tal reforma carece, no entanto, da aprovação do Bundesrat (Conselho Federal), segunda câmara legislativa formada por representantes dos 16 Estados federados, na qual os partidos da coligação perderam entretanto a maioria absoluta, na sequência dos vários desaires deste ano em eleições regionais.

http://economico.sapo.pt/noticias/alema ... 21174.html

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Jun 22, 2011 7:57 am
por akivrx78
FMI alerta para 'riscos' na Espanha se não houver mais reformas

De Elisa Santafé (AFP) – Há 16 horas

MADRI — O Fundo Monetário Internacional (FMI) indicou nesta terça-feira que a economia espanhola melhorou graças ao plano do governo de combate à crise, embora tenha advertido que "os riscos são consideráveis", e pediu que as reformas sejam aprofundadas.

"A reforma da economia está incompleta e os riscos são consideráveis", apesar de "no ano passado as autoridades terem estabelecido uma resposta forte e extensa" à crise, o que fará com que "o processo de reforma não possa ser contido", considera o FMI.

Por isso recomenda "aumentar a credibilidade da consolidação fiscal, concluir a reestruturação do setor financeiro, reforçar a reforma do mercado de trabalho para reduzir consideravelmente o desemprego" e "manter o programa de reformas estruturais para fomentar a produtividade e a geração de empregos".

O Fundo vê a médio prazo risco de a recuperação econômica ser "longa demais" e de um desemprego "obstinadamente alto" se não forem aprofundadas as reformas.

O FMI faz esta previsão sobre a economia espanhola após a última missão de avaliação anual realizada na Espanha em um momento de tensões na União Europeia (UE) devido às dificuldades financeiras da Grécia e frente a uma recuperação muito lenta da economia espanhola.

O crescimento deverá ser "modesto", "impulsionado pelo aumento das exportações", situando-se em "1,5%-2% a médio prazo", após a recessão sofrida em 2009, que começou a ser superada no final de 2010.

No entanto, a taxa de desemprego, que passou dos 8% anteriores à crise para superar os 20% atualmente, é "inaceitável", "cairá apenas de forma moderada a médio prazo e seguirá muito acima da média da União Europeia" (10%).

O Fundo pede "reformas radicais", e não de maneira gradual, como o governo está procedendo, para gerar empregos e não cair "em altos índices persistentes de desemprego que afetem principalmente os jovens".

A instituição também instrui o governo espanhol a realizar uma reforma mais "radical" da negociação coletiva (entre empresas e sindicatos sobre as condições dos trabalhadores) se a recentemente aprovada pelo governo não surtir efeito criando mais empregos.

Além disso, pede que os salários não sejam vinculados à inflação e que a indenização por demissão, já anulada por uma nova lei, seja ainda menor.

Em relação às finanças públicas, estima que para que o governo possa rebaixar o déficit até os 3% fixados pela Zona do Euro, será preciso adotar "medidas fiscais adicionais de em torno de 2% do PIB em 2014".

Além disso, pede que se "evite" o risco de que os governos regionais voltem a superar os limites de gastos com medidas de controle mais severas, privatizem e aprofundem a reforma das aposentadorias.

Para o setor bancário, que se encontra em plena reestruturação para se reforçar depois ter sido fortemente afetado pela crise imobiliária, continua sendo mais difícil se financiar do que para as outras instituições europeias, considera.

Por isso, recomenda que continuem sendo reforçados o seu capital e que as entidades mais fracas que não possam se recuperar desapareçam.

Por fim, frente ao que considera "barreiras de entrada significativas em vários setores", pede uma liberalização maior do mercado de serviços, algo "vital para aumentar a competitividade e aumentar o emprego".

As reformas para enfrentar a crise e o aumento da taxa de desemprego levaram o partido socialista do presidente do governo, José Luis Rodríguez Zapatero, a ser castigado nas eleições regionais e locais de 22 de maio.

O governo enfrenta também há um mês um forte movimento de protesto contra as medidas de combate à crise, com o 15-M anunciando mobilizações permanentes para exigir que essas medidas não castiguem os mais pobres.

Copyright © 2011 AFP. Todos os direitos reservados.

http://www.google.com/hostednews/afp/ar ... 6a6d507.b1

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Jun 22, 2011 8:01 am
por akivrx78
22/06/11 - 00:00 > INTERNACIONAL
Com piora na Espanha, China e Japão querem título do país

Madri - O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse ver riscos consideráveis associados à economia da Espanha e exortou o governo espanhol a redobrar seus esforços para a implementação de reformas. "O reparo da economia está incompleto e os riscos são consideráveis", disse o Fundo, em comunicado, depois de uma reunião de representantes da instituição com o governo local. Mais cedo, China e Japão anunciaram a intenção de investir na aquisição de títulos da dívida dos países em dificuldades financeiras na zona do euro. Enquanto isso, o premiê grego, George Papandreou, conseguia o voto de confiança do parlamento, mas o medo de uma moratória está levando a população grega a sacar o dinheiro da poupança para investir em moedas de ouro.

Segundo o FMI, a economia espanhola voltou a crescer graças às exportações fortes.

O comunicado ressalvou que "os riscos negativos dominam a perspectiva de crescimento"; entre os fatores desfavoráveis ao desempenho da economia espanhola estariam a piora das condições financeiras e o nível do desemprego, que continua a ser elevado. O presidente do Banco Central da Espanha, Miguel Angel Fernandez Ordoñez, afirmou que os bancos do país tomaram passos decisivos para aumentar sua solvência, mas reconheceu que novos testes de estresse podem revelar necessidades de capital adicionais.

"Os testes de estresse que estão sendo realizados na Europa vão mostrar a extensão da necessidade das instituições por mais capital para cenários extremos", disse Ordoñez, que também é membro do conselho diretor do Banco Central Europeu (BCE). Mas a deficiência de capital na Espanha deverá ser pequena, segundo ele.

A autoridade bancária europeia deverá anunciar no próximo mês os resultados dos testes de estresse feitos com 90 bancos europeus, em um esforço para solucionar os prolongados receios sobre a saúde das instituições de crédito de muitos países.

Ordoñez destacou que se os bancos não conseguirem levantar capital novo de fontes privadas, o estatal Fundo para Reestruturação Ordenada dos Bancos (FROB) poderá fornecer os recursos, o que resultaria em um "impacto relativamente moderado sobre o nível de dívida pública da Espanha".

China

A China está disposta a dar suporte para o crescimento da Europa, afirmou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, Hong Lei, reiterando a retórica padrão que demonstra o apoio de Pequim aos países debilitados da zona do euro.

Os comentários de Hong foram feitos dias antes da visita do primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, a Hungria, Reino Unido e Alemanha, que acontecerá entre sexta e terça-feira.

A China tem tomado medidas como aumentar a quantidade de bônus europeus que possui e estimular a cooperação econômica com países da Europa para ajudar a região em meio à crise de dívida soberana, disse Hong.

Também o ministro de Finanças do Japão, Yoshihiko Noda, afirmou que o país vai aumentar os empréstimos para a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) para ajudar a resolver a crescente crise de dívida da Grécia. A informação destaca a preocupação sobre o potencial impacto dos problemas financeiros europeus sobre a economia japonesa, que é dependente das exportações.

Até agora o Japão investiu 2,13 bilhões de euros em dívida emitida pela EFSF, que foi criada há um ano para fornecer empréstimos para países da zona do euro que enfrentam dificuldades financeiras. "O Japão tem feito suas contribuições para levar estabilidade para as condições financeiras europeias, tais como comprar dívida vendida pela EFSF durante os esforços para dar suporte a Portugal" no começo deste mês, disse Noda. "Nós gostaríamos de dar continuidade a esses esforços."

Grécia

A Assembleia grega votou a favor do governo reformulado pelo premiê George Papandreou, por 155 votos a favor e 143 contra, com duas abstenções. O voto de confiança dá fôlego ao governo. No entanto, cidadãos gregos estão esvaziando contas de poupança e comprando ouro como se preparar para a possibilidade de uma moratória do país.

As promessas do primeiro-ministro socialista, George Papandreou, de que seu governo iria "salvar o país" tem sido desconsiderada pela população. "Nossas vendas de moedas de ouro para os pequenos investidores ultrapassaram, pela primeira vez, o período inicial da crise financeira mundial", disse Harry Krinakis, do Sepheriades, uma trader grega de metais preciosos.

http://www.dci.com.br/Com-piora-na-Espa ... 78516.html

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Jun 22, 2011 8:07 am
por akivrx78
Veja quais são os possíveis desfechos para a crise grega
Robert Plummer e Laurence Peter
Da BBC News
Atualizado em 21 de junho, 2011 - 22:25 (Brasília) 01:25 GMT

Manifestante diante do Parlamento grego
Imagem
Parte da população se opõe às medidas de austeridade que o governo grego tenta implementar

Os impactos da instabilidade financeira da Grécia estão sendo sentidos ainda mais fortemente na Europa, à medida que crescem os temores de um calote grego.

Especialistas dizem que a moratória poderia ter um duro impacto em outras economias frágeis da zona do euro e fomentar dúvidas quanto à viabilidade da moeda comum.

Acima de tudo, o questionamento é se é possível manter a união monetária sem uma ampla coordenação unificada da política econômica do bloco.

Então, quais os desfechos possíveis? A Grécia conseguirá encontrar uma solução, ou está fadada ao desastre? Veja alguns possíveis desfechos:

Cenário 1: O novo pacote de resgate é bem-sucedido

O governo grego está correndo contra o tempo para cumprir com as exigências dos credores e se qualificar para um novo pacote de resgate financeiro.

A prioridade é garantir o recebimento dos 12 bilhões de euros da União Europeia e do FMI, parte de um pacote de resgate inicial aprovado em maio de 2010.

Mas, mesmo que o Parlamento grego aprove as impopulares medidas de austeridade exigidas pela UE e pelo FMI – aumentos de impostos, cortes nos gastos e privatizações –, o alívio será apenas temporário.

Os tensos mercados financeiros talvez se acalmem se a UE definir os termos do segundo pacote de resgate, de cerca de 120 bilhões de euros, que daria à Grécia tempo para reestruturar sua economia, para aumentar sua receita tributária e para voltar a atrair o interesse do mercado para seus títulos.

O novo pacote é considerado necessário porque as agências de classificação de risco rebaixaram as notas dos títulos da dívida soberana grega, dificultando a tomada de empréstimos pelo país no mercado financeiro.

Líderes europeus apostaram sua credibilidade no sucesso do euro como um projeto político, então eles estão trabalhando por um novo pacote de resgate que impeça um eventual calote – que seria o primeiro da zona do euro.

Esse resgate talvez permita a restauração da confiança na moeda comum e reduza a montanha de dívidas da Grécia.

Mas essa é só uma hipótese.

A Alemanha – uma importantíssima contribuinte de qualquer pacote de resgate – debate com a França e com o Banco Central Europeu para que investidores privados também contribuam com o resgate grego e compartilhem os riscos.

Cenário 2: O governo grego cai

O premiê George Papandreou está lutando para manter sua base de apoio dentro do seu partido, o Pasok (Socialista), mas o projeto de aumentar impostos e cortar gastos minou sua popularidade.

Ele nomeou um novo ministro das Finanças em 17 de junho – Evangelos Venizelos – para ajudá-lo a conter a dissidência dentro do Pasok, que tem 155 assentos dentre um total de 300 do Parlamento.
O premiê George Papandreou

Imagem
Premiê tenta manter o apoio dentro de seu partido para cortes de gastos e aumento de impostos

O opositor Partido Nova Democracia rejeita alguns aspectos do programa de austeridade governamental. Se as medidas não forem aprovadas pelo Parlamento, em votação ainda neste mês, Papandreou poderá perder mais apoio dentro de seu próprio partido, e seu governo pode cair.

A incerteza política que se seguiria a isso teria duras consequências e faria com que a moratória grega se tornasse inevitável.

Nesse cenário, o FMI e a União Europeia provavelmente congelariam qualquer futuro empréstimo à Grécia.

O Nova Democracia poderia tentar um governo de coalizão com o Pasok – provavelmente exigindo o comando de ministérios-chave, em uma última tentativa de acalmar os mercados e os credores internacionais.

Mas o mais provável é que, nesse cenário, haja novas eleições.

O resultado seria imprevisível, já que a Grécia está vivendo protestos diários e greves contra as medidas de austeridade. A eleição pode rapidamente se converter em um referendo sobre o pacote de regate internacional e o futuro do país na zona do euro.

Cenário 3: Uma moratória diferente

E se a Grécia não conseguir quitar suas dívidas?

Nesse caso, terá de dizer a seus credores que eles não receberão todo o dinheiro que emprestaram. Receberão a maior parte, mas não tão cedo quanto esperavam.

O eufemismo para isso é “reestruturação da dívida”.

Para que isso funcione, detentores dos títulos do governo grego teriam de aceitar menos dinheiro - uma redução de 20% a 50%, segundo analistas - em troca desses títulos.

Caso essa negociação ocorra de modo ordenado, pode configurar uma solução aceitável – ainda que faça com que investidores se tornem daí em diante mais relutantes em comprar títulos gregos no futuro.

Mas outros países europeus endividados – em especial Irlanda e Portugal – provavelmente terão mais dificuldade em captar dinheiro no mercado, que temerá que esses países sigam o mesmo rumo que a Grécia. Isso tende a depreciar o valor do euro.

Outro problema, nesse cenário, é que agências de classificação de risco provavelmente tratariam a reestruturação da dívida como um calote de fato.

Cenário 4: A Grécia abandona o euro, temporariamente

Dentro da zona do euro, a Grécia fica impedida de desvalorizar sua moeda para conseguir mais competitividade internacional.

Alguns comentaristas chegaram a sugerir que o país abandone o euro, ainda que não para sempre. Seria como umas “férias” da zona do euro, de forma que o país fique temporariamente desobrigado de cumprir as obrigações da moeda comum.

Nesse cenário, a Grécia retomaria sua moeda (a dracma) com uma taxa de paridade inicial de um para um em relação ao euro. Então, o país poderia progressivamente desvalorizar a dracma e voltar à zona do euro depois de alguns anos.
Ministros da zona do euro em reunião no último domingo

Imagem
União Europeia tenta impedir calote grego por medo de contágio em outros países

Tal medida certamente reduziria custos trabalhistas e fomentaria as exportações gregas. Mas também aumentaria o valor da dívida grega.

Cenário 5: Calote

Quão ruim seria um calote grego?

Os impactos seriam grandes, maiores do que os da moratória russa de 1998 e da moratória argentina, em 2001, juntas.

E as consequências seriam sentidas principalmente pelas grandes economias europeias que emprestaram dinheiro à Grécia.

As instituições financeiras alemãs e francesas detêm, estima-se, cerca de 70% da dívida grega, e seriam seriamente afetadas.

A credibilidade do Banco Central Europeu sofreria um forte golpe, o que poderia prejudicar investimentos internacionais na zona do euro.

Um calote também poderia levar os bancos gregos à falência, já que eles são credores de estimados 25% dos títulos da dívida soberana grega.

O temor maior seria o de contágio, já que países mais fracos teriam mais dificuldade em obter dinheiro emprestado no mercado financeiro. Irlanda e Portugal talvez precisassem de novos pacotes de resgate financiados pela União Europeia e pelo FMI.

Sendo assim, por interesse próprio a UE provavelmente tentará de tudo para evitar uma moratória na Grécia.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... _pai.shtml

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Jun 22, 2011 8:16 am
por akivrx78
Euro/Crise: Grandes empresários alemães e franceses publicam anúncio em defesa da moeda única
21-06-2011 11:40:00

Os diretores gerais de 46 grandes empresas alemãs e francesas lançaram hoje uma campanha a favor da moeda única europeia, intitulada “O Euro é necessário”, com anúncios de página inteira em vários jornais de ambos os países.


“Estamos preocupados com o futuro do euro e da União Económica e Monetária”, dizem os empresários na sua mensagem, em que sublinham também a importância da estabilidade da moeda única em relação ao dólar e no que respeita ao crescimento e ao emprego.

Os empresários franco-alemães, cujas firmas têm em conjunto um volume de vendas de 1,5 biliões de euros e empregam cinco milhões de funcionários, apelam também para o reforço das regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) da União Europeia para “excluir futuramente” crises como a atual.

http://www.observatoriodoalgarve.com/cn ... icia=45910

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Jun 22, 2011 8:36 am
por manuel.liste
akivrx78 escreveu:FMI alerta para 'riscos' na Espanha se não houver mais reformas
Eso se puede decir de cualquier país

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Jun 22, 2011 11:14 am
por manuel.liste
akivrx78 escreveu:22/06/11 - 00:00 > INTERNACIONAL
Com piora na Espanha, China e Japão querem título do país
España no tiene ningún problema para colocar su deuda pública. En la última emisión la demanda superó 5 veces a la oferta. El interés del bono a 10 años está en el 5,5%, nivel razonable

No necesitamos ayuda de China, y mucho menos de Japón.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Jun 22, 2011 11:55 am
por PRick
akivrx78 escreveu:‘Tragédia grega’ não afeta bom momento do Brasil, afirmam especialistas
Sede da Copa de 2014 e da Olimpíada em 2016, País deve estar atento a lições da crise da Grécia e não descuidar do endividamento, segundo economistas

Ilton Caldeira, iG São Paulo | 22/06/2011 05:45

Mergulhada em uma grave crise econômica que se arrasta por vários meses, a Grécia depende de um amplo acordo interno, entre suas lideranças políticas, e, depois, com os credores para reduzir o risco eminente de calote. Este risco já vem causando turbulências nas principais economias da Europa, mas, segundo analistas, os desequilíbrios na economia grega e a crise financeira pela qual passa o país não afetaram e nem afetarão a economia brasileira.

O mercado de juros ao consumidor, as taxas praticadas nos cartões de crédito e no cheque especial, a oferta de crédito pelas instituições financeiras e os preços no varejo não devem sofrer nenhum efeito com a crise, na avaliação de economistas.

“A crise deve ficar circunscrita à Grécia e aos países da periferia da Europa e não haverá maiores problemas para o Brasil”, na opinião de Emerson Marçal, coordenador de Centro de Macroeconomia Aplicada da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (EESP-FGV). Para ele, o mercado financeiro pode ficar mais nervoso se a coisa se espalhar para as maiores economias do bloco, como a Alemanha e a França. “Neste caso, a turbulência pode ter desdobramentos no câmbio e na bolsa de valores. Mas a economia grega é pequena e seu potencial de causar estragos no Brasil também é limitado”, acrescenta Marçal.

Funcionários da companhia estatal grega Hellenic Defence Systems protestam contra a privatização

Para Antonio Corrêa de Lacerda, professor doutor de Economia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), o problema de alto endividamento, não só da Grécia, como de outros países da Europa, não será resolvido no curto prazo. Com isso, a Europa vai crescer menos, com reflexos para a economia mundial. “Nesse aspecto o Brasil pode ser prejudicado com uma redução de volumes de exportações ou com a diminuição dos preços impactando a receita dos exportadores”, diz. “Mas haveria um impacto restrito, caso ele ocorra”, analisa.

Endividamento

Relação dívida X PIB em 2010 - em %

Fonte: FMI, CIA World Factbook, Banco Central do Brasil

Mas segundo os especialistas, apesar de atravessar um bom momento e estar mais protegido que no passado contra crises internacionais, do ponto de vista estrutural, o Brasil não deve se acomodar. “No médio prazo, as taxas de juros dos Estados Unidos podem voltar a subir e a China crescer menos. Isso pode pegar o Brasil na contramão do processo. A crise grega acende a luz amarela e serve como um alerta para o Brasil”, diz Lacerda, da PUC-SP.

De acordo com Marçal, da FGV, é necessário uma contínua estratégia de ajustes de gastos para manter as contas nacionais em ordem. Mas mesmo assim, segundo ele, isso não é uma garantia de imunidade contra problemas. “O caso da Irlanda é um bom exemplo. Fizeram o que deveriam ter feito, mas é uma economia menor e a crise financeira de 2008 acabou afetando o sistema financeiro daquele país que estava mais exposto aos riscos dos bancos americanos”, diz.

Gastos olímpicos


Para alguns especialistas, uma combinação de fatores como os investimentos de 9 bilhões de euros, cerca de R$ 20,5 bilhões, na realização dos Jogos Olímpicos de 2004, em Atenas e, posteriormente à adesão ao euro uma política fiscal frouxa, com pouco controle sobre os gastos públicos corroeu as bases da economia grega, que desmoronou em 2009 e desde então depende do socorro dos credores e de organismos, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), para evitar um calote generalizado.

Os investimentos para realização das Olimpíadas no Brasil, segundo estimativas, é de aproximadamente R$ 26 bilhões. Esse valor, segundo os analistas, está dentro da realidade de uma economia como a do Brasil, mas não se deve tirar o foco da evolução do endividamento e analisar as lições dadas pela Grécia neste sentido.

No fim de 2010 a relação dívida/PIB do Brasil estava em 40,4% e a da Grécia era de 113,4%. Devido a diferença de importância dos dois países, os economistas afirmam que os gastos com a Olimpíada pesam mais na Grécia que no Brasil, que está entre as oito maiores economias do mundo. “Mas mais do que os gastos para a realização dos Jogos, o governo grego gastou mais do que deveria após a entrada do país na zona do euro”, afirma Marçal da FGV. “Houve benefícios, mas o fato de atrelar a moeda a uma série de exigências e perder a autonomia sobre a gestão do câmbio exige uma postura diferenciada e mais austera e isso não ocorreu na Grécia. O Brasil não corre esse risco”, complementa.

Para Lacerda, da PUC-SP, o que aconteceu na Grécia não deve se repetir no Brasil, mas os juros altos praticados contribuem para elevar a dívida pública, além de afetar o equilíbrio das contas externas do País. “O juro de longo prazo na Grécia, por exemplo, está na faixa de 18%. Aqui estamos com 12,25%, sendo que o percentual da dívida grega em relação ao PIB é quase três vezes a do Brasil”, diz. “Os indicadores fundamentais da economia estão descontrolados como a taxa de juros e a taxa de câmbio, com o real muito valorizado. Isso requer cuidados porque pode ter conseqüências danosas para as contas públicas”, acrescenta.

A economia grega cresceu cerca de 4% ao ano entre 2003 e 2007, em parte devido aos gastos de infraestrutura relacionados aos Jogos Olímpicos, e, em parte a um aumento da disponibilidade de crédito, que tem sustentado os níveis recorde de gastos do consumidor. Mas a economia teve uma contração de 2%, em 2009, e recuou 4,8% em 2010, com o fracasso do governo para enfrentar um déficit orçamentário crescente, queda das receitas do Estado e o aumentou dos gastos do governo.

Sob intensa pressão por parte da União Europeia e do mercado financeiro internacional, o governo adotou um programa de austeridade de médio prazo, que inclui corte de gastos, reduzindo o tamanho do setor público e adotando reformas do sistema de saúde e de aposentadorias. O pacote de quatro anos prevê ainda o aumento de impostos, privatizações com o objetivo de gerar um superávit orçamentário primário e levantar 50 bilhões de euros em receitas para reduzir a dívida pública. Tendo como base essa estratégia, a Grécia espera convencer os credores e chegar a um acordo sobre um novo pacote de resgate de 120 bilhões de euros para o país.

http://economia.ig.com.br/tragedia+greg ... 87113.html

Imagem
Esse tipo de artigo é antes de tudo uma propaganda, com equívocos de números e comparações sem sentido, não deve ser divulgados, vamos primeiros aos números equivocados do gráfico em questão.

Como já cansei de explicar aqui, em nenhum estudo sério é feito comparado a situação da dívida bruta dos países, porque ela distorce a situação real de cada país, quer dizer a dívida bruta não leva o situação de liquidez de cada país, assim, não serve como indicador geral da saúde financeira de cada nação.

Além disso, o gráfico é defasado no caso brasileiro, ao contrário das previsões do BACEN, a dívida bruta brasileira caiu em relação ao PIB no ano de 2010. Estando na casa de 55% do PIB.

http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/0 ... 644423.asp

E por quê não se deve levar em consideração os números da dívida bruta? Porque um país pode ser ao mesmo tempo grande devedor e credor, como é o caso do Japão e os EUA, e pode também ter grandes reservas em moedas, como no caso do Brasil. Assim, a dívida liquida do Japão é bem menor que a da Grécia.

O problema da Grécia e dos PIIGS é que a dívida bruta é igual a dívida líquida. Como era o caso do Brasil em final de 2002. Isso aponta para uma nação sem reserva em moedas e que só tem posições de devedor, e não de credor. Quer dizer só tem obrigações, e nenhum direito.

Depois o artigo começa em uma comparação absurda entre Brasil e Grécia, eu diria, o Brasil tem tanto haver com a Grécia, quando um abacaxi tem haver com uma nave espacial. Nossas economias são completamente diversas, em quase a totalidade de suas bases e números.

Depois o artigo erra ao avaliar a gênese da crise grega, o problema na Grécia não foi apenas pelo lado dos gastos, mas pricipalmente pelo lado das receitas. A Grécia tem uma grande industria, a do turismo, e os EUA eram os grandes usuários, a crise dos EUA e a depreciação do dólar foi fatal para a economia Grega.

No que tange especificamente aos gastos voltados para as Olimpíadas e a Copa do mundo, ao contrário da Grécia, a maior parte dos gastos desses eventos no Brasil estará voltado para a infra-estrutura, algo que tratá beneficios para toda a economia e a população em geral.

Essa mesma comparação equivocada é feita com a África do Sul, um país onde o futebol não é o esporte mais popular.

O Brasil é muito mais populoso, sua economia muito maior e diversificada que ambos os países, por sinal, se juntarmos a economia Grega com a da África do Sul, não dá a metade da nossa economia.

A pergunta que fica, é por quê fazem artigos com dados defasados, com informações equivocadas e com comparações absurdas, a quem esse tipo de ajuntamento de coisas sem sentido interessa? 8-] 8-]

[]´s

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Jun 22, 2011 12:02 pm
por rodrigo
Em 2011, Bovespa já caiu mais que Bolsa da Grécia

Enquanto o mercado de ações brasileiro acumula perdas de mais de 11% este ano, a Bolsa de Atenas registra queda inferior a 10%

SÃO PAULO - Um país está à beira do colapso de suas finanças públicas e o outro acaba de receber uma melhora na nota de classificação de risco soberano, dentro do grau de investimento. Porém, as bolsas de valores dessas duas nações parecem viver em universos diferentes. Enquanto a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acumula perdas de mais de 11% no ano (-11,37%), sem ainda se beneficiar da avaliação de ambiente ainda mais seguro no Brasil para os investidores globais, a Bolsa de Atenas, na Grécia, registra queda inferior a 10% (-9,79%) em 2011. Os dados referem-se aos fechamentos dos mercados até ontem.

Para o economista da Senso Corretora, Antônio César Amarante, o fato é no mínimo hilário e denota a falta de congruência dos mercados no atual momento da economia global. Ele aponta, entre as razões para explicar a discrepância na performance das bolsas brasileira e grega, a concorrência "desleal" da renda variável com a renda fixa doméstica, bem como a escassez de dinheiro novo rumo às ações nacionais - reféns de giros curtos.

Amarante diz ainda que os principais países emergentes vivem à sombra de um cenário incerto sobre inflação e juros, com os bancos centrais do Brasil e da China, por exemplo, ainda se vendo obrigados a apertar suas políticas monetárias. Enquanto isso, economias maduras, como EUA, Japão e zona do euro, mantêm as taxas em níveis extremamente baixos.

Em outra avaliação, o chefe da mesa de renda variável de uma corretora paulista afirma que os esforços das autoridades europeias em evitar um default (não pagamento da dívida) desordenado na Grécia, impedindo um contágio nas demais economias da periferia europeia, podem justificar o desempenho menos negativo da Bolsa de Atenas, em relação à Bovespa. "É o prêmio do risco", ironiza.

Ontem à noite, o recém reformulado gabinete de governo do primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, obteve uma vitória apertada no Parlamento - com 155 votos a favor e 143 votos contrários - para tentar resgatar a debilitada situação fiscal e econômica do país. Agora, terão que ser votadas as reformas econômicas para o país conseguir a liberação de recursos da linha de empréstimo concedida pela União Europeia (UE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Já o Brasil recebeu, na última segunda-feira, a notícia de elevação da classificação de risco pela agência Moody''s, com o rating (classificação de risco de crédito) soberano passando de Baa3 para Baa2, na escala dos países que são grau de investimento. A perspectiva para a nota do País permanece positiva. Ou seja, em um intervalo de 12 a 18 meses, pode ser elevada novamente.

No dia 23 de maio, a agência Standard & Poor''s no Brasil alterou a perspectiva de rating soberano de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil, de estável para positiva. A melhora do rating pela S&P pode ocorrer em um prazo inferior a seis meses, segundo a presidente da agência no Brasil, Regina Nunes, caso o País atenda a algumas necessidades, gerando, por exemplo, notícias positivas em relação ao tamanho da máquina pública, à eficiência dos gastos públicos ou a pequenas reformas pontuais que melhorariam a eficiência.


http://economia.estadao.com.br/noticias ... 2757,0.htm

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Jun 22, 2011 12:03 pm
por Paisano
akivrx78 escreveu:FMI alerta para 'riscos' na Espanha se não houver mais reformas

(...)
Se o FMI dizer que é preciso virar a esquerda, então, deve-se virar a direita. :evil:

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Jun 22, 2011 2:31 pm
por Paisano
Ignacio Ramonet: A crise na Europa e uma esquerda desorientada

Fonte: http://www.viomundo.com.br/voce-escreve ... ntada.html
A conversão massiva ao mercado e a globalização neoliberal, a renúncia à defesa dos pobres, do Estado de bem estar e do setor público, a nova aliança com o capital financeiro, despojaram a social-democracia europeia dos principais traços de sua identidade. A cada dia fica mais difícil para os cidadãos distinguir entre uma política de direita e outra “de esquerda”, já que ambas respondem às exigências dos senhores financeiros do mundo. Por acaso, a suprema astúcia destes não consistiu em colocar a um “socialista” na direção do FMI com a missão de impor a seus amigos “socialistas” da Grécia, Portugal e Espanha os implacáveis planos de ajuste neoliberal? O artigo é de Ignacio Ramonet.

por Ignacio Ramonet*, em Carta Maior

Um dos homens mais poderosos do mundo (chefe da maior instituição financeira do planeta) agride sexualmente a uma das pessoas mais vulneráveis do mundo (modesta imigrante africana). Em sua desnuda concisão, esta imagem resume, com a força expressiva de uma foto de jornal, uma das características medulares de nossa era: a violência das desigualdades. O que torna mais patético o caso do ex-diretor gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) e líder da ala direita do Partido Socialista francês, Dominique Strauss-Kahn é que, se confirmado, seu desmoronamento constitui uma metáfora do atual descalabro moral da socialdemocracia. Com o agravante de que revela, ao mesmo tempo, na França, as carências de um sistema midiático cúmplice.

Tudo isso deixa extremamente indignados muitos eleitores da esquerda na Europa, cada vez mais induzidos – como mostraram na Espanha as eleições municipais e autonômicas do dia 22 de março – a adotar três formas de rechaço: o abstencionismo radical, o voto na direita populista ou o protesto indignado nas praças.

Naturalmente, o ex-chefe do FMI e ex-candidato socialista à eleição presidencial francesa de 2012, acusado de agressão sexual e de tentativa de violação pela camareira de um hotel de Nova York no dia 14 de maio, goza de presunção de inocência até que a justiça estadunidense se pronuncie. Mas a atitude mostrada, na França, pelos líderes socialistas e muitos intelectuais de “esquerda”, amigos do acusado, precipitando-se diante de câmaras e microfones, para fazer imediatamente uma defesa incondicional de Strauss-Kahn, apresentando-o como o principal prejudicado, evocando complôs e “maquinações”, foi realmente vexatória.

Não tiveram nenhuma palavra de solidariedade ou de compaixão para com a suposta vítima. Alguns, como o ex-ministro socialista da Cultura, Jack Lang, em um reflexo machista, não hesitaram em diminuir a gravidade dos supostos fatos declarando que “afinal de contas, ninguém morreu” (1). Outros, esquecendo o sentido da palavra “justiça”, se atreveram a pedir privilégios e um tratamento mais favorável para seu poderoso amigo, pois, segundo eles, não se trata de “um acusado como outro qualquer” (2).

Tanta desfaçatez deu a impressão de que, no seio das elites políticas francesas, qualquer que seja o crime de que se acuse a um de seus membros, o coletivo reage com um respaldo articulado que mais parece uma cumplicidade mafiosa (3).

Retrospectivamente, agora que ressurgem do passado outras acusações contra Strauss-Kahn de abuso sexual (4), muita gente se pergunta por que os meios de comunicação ocultaram esse traço da personalidade do ex-chefe do FMI (5). Por que os jornalistas, que não ignoravam as queixas de outras vítimas de assédio, jamais realizaram uma investigação de fundo sobre o tema. Por que se manteve os leitores na ignorância e se apresentou a este dirigente como “a grande esperança da esquerda” quando era óbvio que seu calcanhar de Aquiles podia, a qualquer momento, truncar sua ascensão.

Há anos, para conquistar a presidência, Strauss-Kahn recrutou brigadas de comunicadores de choque. Uma de suas missões consistia em impedir também que a imprensa divulgasse o luxuosíssimo estilo de vida do ex-chefe do FMI. Desejava-se evitar qualquer inoportuna comparação com a vida esforçada que levam milhões de cidadãos modestos lançados ao inferno social em parte precisamente pelas políticas dessa instituição.

Agora as máscaras caem. O cinismo e a hipocrisia surgem com toda sua crueza. E ainda que o comportamento pessoal de um homem não deva servir para prejulgar a conduta moral de toda sua família política, é evidente que contribui para se perguntar sobre a decadência da socialdemocracia. Ainda mais quando isso se soma a inúmeros casos, em seu seio, de corrupção econômica, e até de degeneração política (os ex-ditadores Ben Ali, da Tunísia, e Hosni Mubarak, do Egito, eram membros da Internacional Socialista!).

A conversão massiva ao mercado e à globalização neoliberal, a renúncia à defesa dos pobres, do Estado de bem estar e do setor público, a nova aliança com o capital financeiro e a banca, despojaram a social-democracia europeia dos principais traços de sua identidade. A cada dia fica mais difícil para os cidadãos distinguir entre uma política de direita e outra “de esquerda”, já que ambas respondem às exigências dos senhores financeiros do mundo. Por acaso, a suprema astúcia destes não consistiu em colocar a um “socialista” na direção do FMI com a missão de impor a seus amigos “socialistas” da Grécia, Portugal e Espanha os implacáveis planos de ajuste neoliberal? (6).

Daí o cansaço popular. E a indignação. O repúdio da falsa alternativa eleitoral entre os dois principais programas, na verdade gêmeos. Daí os protestos nas praças: “Nossos sonhos não cabem em vossas urnas”. O despertar. O fim da inação e da indiferença. E essa exigência central”: “O povo quer o fim do sistema”.

Notas:
(1) Declarações ao telejornal das 20h na cadeia pública France 2, dia 17 de maio de 2011.

(2) Bernard-Henri Lévy, “Defesa de Dominique Strauss-Kahn”, e Robert Badinter, ex- ministro socialista da Justiça da França, declarações para a rádio pública France Inter, 17 de maio de 2011.

(3) Este coletivo já deu provas de sua tremenda eficácia midiática quando conseguiu mobilizar em 2009 a opinião pública francesa e as autoridades em favor do cineasta Roman Polanski, acusado pela Justiça estadunidense de ter drogado e sodomizado, em 1977, uma menina de 13 anos.

(4) Em particular, a formulada pela escritora e jornalista Tristane Banon. Leia-se: “Tristane Banon, DSK et AgoraVox: retour sur une omertà médiatique”, AgoraVox, 18 de maio de 2011.

(5) No próprio interior do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn já havia sido protagonista, em 2008, de um escândalo por sua relação adúltera com una subordinada, a economista húngara Piroska Nagy.

(6) “Seu perfil ‘socialista’ permitiu enfiar pílulas amargas na garganta de muitos governos de direita ou esquerda, e explicar aos milhões de vítimas das finanças internacionais que a única coisa que tinham que fazer era apertar o cinto à espera de tempos melhores”, Pierre Charasse, “No habrá revolución en el FMI”, La Jornada, México, 22 de maio de 2011.

(*) Ignacio Ramonet foi diretor de Le Monde Diplomatique entre 1990 e 2008.

Tradução: Katarina Peixoto

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Jun 22, 2011 2:37 pm
por Andre Correa
akivrx78 escreveu:Alemanha prepara redução de impostos de 10 mil milhões de euros
http://economico.sapo.pt/noticias/alema ... 21174.html
Quando começará a ter notícias assim com Brasil ao invés de Alemanha???

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qui Jun 23, 2011 6:27 am
por P44
A Alemanha pode dar -se a esse luxo porque anda a espremer a Europa inteira.

O Hitler havia de estar orgulhoso.