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Relativamente às acções argentinas de 2 de Abril de 1982, refiro-me à acção do grupo táctico de mergulhadores, que desembarcou na costa a sul de Stanley às 04:30 e se deslocou para norte, atacando as instalações militares (casernas onde era suposto estarem a dormir os ingleses) às 06:15 da madrugada.
Segundo está escrito, os argentinos esperavam encontrar os militares britânicos na cama, única explicação para a violência com que atacaram a instalação.
Foi o primeiro ataque efectuado a uma instalação na ilha e o ruído ouviu-se em Staney (a 5km).
O ataque foi feito à metralhadora, e com recurso a granadas de fósforo e de fragmentação.
Não foi dado nenhum aviso e não morreu ninguém porque não estava lá ninguém.
(A publicação chama-se «La guerre des Mallouines», Atelier du Livre et de la Presse).
A questão é aliás conhecida e os argentinos afirmam que não é verdade e que tomaram a instalação militar, utilizando munição de salva (só para fazer barulho) e granadas de fumo para salvar vidas.
Quem for honesto e souber como funcionam as forças especiais de elite, nomeadamente forças como os mergulhadores especiais, sabe perfeitamente que eles não correm riscos e atiram para matar.
É ridiculo, pensar que os mergulhadores argentinos desembarcaram, seguiram para norte, atravessando os montes de Boot Hill, percorrendo de 7 a 8 km a pé carregados de material, e que o que levavam era munição de salva para não ferir os ingleses...
A invasão das Malvinas começa assim, manchada com um crime de guerra cometido pelos argentinos.
Mas independentemente disso, há a questão da honra e dos heróis de 2 de Abril...
Eu tenho alguma dificuldade em entender quem são os heróis entre uma força de até 4.500 (quatro mil e quinhentos) homens, que tomaram um lugar defendido por 70 (setenta).
Mesmo sabendo que uma força naval que não tinham como vencer se aproximava, os britânicos, numa proporção de 1:60 (um para sessenta) resistiram durante quatro horas e meia.
Pior ainda, quando se trata de uma força, que marcha sobre as Malvinas, não para recuperar um território discutido, mas sim para salvar um ditador (Galtieri), que precisava de se afirmar perante generais seus rivais dentro do exército.
Mas, é evidentemente a minha opinião pessoal, e eu acho que o direito que a Argentina poderia ter direito antes de 1982, perdeu-o por causa das acções militares contra os britânicos, e especialmente porque pelo Direito de Conquista, a Argentina perdeu definitivamente qualquer direito legal ao território.
Se as Malvinas eram argentinas em 1982, hoje não são mais.
E não nos podemos esquecer, que não foram só argentinos que morreram nas Malvinas.
Cumprimentos