FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Re: FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

#271 Mensagem por FCarvalho » Seg Ago 04, 2014 12:17 pm

O problema Gabriel, é que dificil, e lamentavelmente, o CVF ganha o Pronae. A MB está, como no caso dos NPM, muito inclinada para a proposta francesa de Nae's baseada no PA-2.

Creio que no caso dos Pronae, leva quem conseguir aliar preço baixo e vantagens economícas. De outra forma não ganha, pois a MB não tem como "inventar" usos e finalidades duais e civis para um Nae, como reza a cartilha politicamente correta do governo para todos os investimentos feitos em defesa.

Porta-aviões são porta-aviões. São essenialmente objetos de projeção de poder. E fim. Já os NPM tem lá as suas potencialidades civis que podem e são muito destacadas. Assim fica até mais fácil.

Vai ser bem dificil conseguir convencer a gentalha burrocrata e política de Brasília a "gastar" um PROSUB ou um PROSUPER inteiro para um único navio. E que nem tem o sex appeal de um Mistral da vida...

Mas é a vida... :roll:

abs




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Re: FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

#272 Mensagem por Luís Henrique » Seg Ago 04, 2014 12:47 pm

Por mim eu fico super feliz se sair as duas unidades do PRONAE com 50.000 T de deslocamento cada uma.

Se for baseada no PA2 francês, excelente.

Por quê essa necessidade de se adquirir a opção inglesa???

Não vejo tanta diferença assim.

Afinal, os planos da MB são de operar 24 caças em cada navio aeródromo, totalizando 48 caças navais.
Precisamos de um navio aeródromo maior que um de 50.000T para fazer exatamente o que?????




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Re: FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

#273 Mensagem por LeandroGCard » Seg Ago 04, 2014 1:05 pm

FCarvalho escreveu:Para ser sincero, uma idéia que me ocorreu para a questão do Gripen F, seria simplesmente definir esta versão como a padrão do modelo naval, e encomendar o primeiro lote de 24 já agora para garantir o equilíbrio financeiro do projeto.

Eu particularmente acredito que aeronaves navais deveriam ser sempre de dois lugares. E a versão F do Gripen viria bem a calhar nesta função.

Mataríamos dois coelhos de uma tacada só. E se alguém quiser comprar o modelo monoplace, é só encomendar. Ficaríamos com o biplace como padrão para nós.

Seriam 32 aeronaves que comporiam, no máximo, já a partir de 2022 o GAE do Nae A-12, fazendo dele uma belonave que justificasse o investimento em sua manutenção.

A ver.

abs.
Pelo que entendi do que foi divulgado até agora, o Gripen NG será desenvolvido basicamente de acordo com os requisitos do Brasil, o que incluirá uma quase total "navalização" da aeronave em todas as versões, tanto as da FAB quanto as eventuais da MB. O tratamento anti-corrosão da célula, a estrutura reforçada, os eletrônicos específicos para suportar trancos em pousos e decolagens e etc... já estarão todos incorporados desde o início ao projeto, inclusive para permitir a operação em teatros como o amazônico ao longo de toda a vida útil dos aparelhos, que deverá ser bem longa. Depois, para a versão especificamente naval, seriam incorporados apenas o trem de pouso mais reforçado (que pode simplesmente ser feito em material mais resistente), o gancho de parada (com os respectivos reforços estruturais para sua fixação) e os dispositivos de auxílio ao pouso em porta-aviões. E mais nada.

Desta forma não vejo porque seria tão problemático assim o desenvolvimento da versão naval para a MB após a da FAB estar pronta. É claro que isso vai tornar os aviões originais da FAB um pouco mais pesados e caros do que poderiam ser caso fossem otimizados apenas para a operação em ambientes ideais e pistas perfeitamente adequadas e limpas, mas faz parte da própria doutrina das FA's brasileiras a capacidade de dispersar suas unidades para áreas de operação menos do que ótimas em caso de guerra contra forças superiores (a famosa tática de "correr para o mato"), e os principais vetores da FAB precisarão incorporar estas características de qualquer forma.

Quanto à necessidade de todos os aviões serem biplaces, não vejo a razão para isso. Tanto o Mig-29k quanto o Rafale-M quanto o F-35 tem versões monoplace, e as forças navais que os operam parecem perfeitamente satisfeitas com isso. Eu até acho que algumas unidades da MB deveriam ser biplaces, pois isso pode ser importante para algumas missões, mas não vejo necessidade de que todas o sejam. Até porque em uma aeronave tão pequena como o Gripen NG a colocação de mais um tripulante não será feita sem que alguma capacidade da aeronave seja prejudicada, seja em termos de equipamentos, de desempenho ou ambos.


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Re: FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

#274 Mensagem por FCarvalho » Seg Ago 04, 2014 7:24 pm

LeandroGCard escreveu:
FCarvalho escreveu:Para ser sincero, uma idéia que me ocorreu para a questão do Gripen F, seria simplesmente definir esta versão como a padrão do modelo naval, e encomendar o primeiro lote de 24 já agora para garantir o equilíbrio financeiro do projeto...
Pelo que entendi do que foi divulgado até agora, o Gripen NG será desenvolvido basicamente de acordo com os requisitos do Brasil, o que incluirá uma quase total "navalização" da aeronave em todas as versões, tanto as da FAB quanto as eventuais da MB. O tratamento anti-corrosão da célula, a estrutura reforçada, os eletrônicos específicos para suportar trancos em pousos e decolagens e etc... já estarão todos incorporados desde o início ao projeto, inclusive para permitir a operação em teatros como o amazônico ao longo de toda a vida útil dos aparelhos, que deverá ser bem longa. Depois, para a versão especificamente naval, seriam incorporados apenas o trem de pouso mais reforçado (que pode simplesmente ser feito em material mais resistente), o gancho de parada (com os respectivos reforços estruturais para sua fixação) e os dispositivos de auxílio ao pouso em porta-aviões. E mais nada.
Leandro, eu não tenho certeza de que essa lógica seja a seguida, embora ela seja, também na minha opinião, a que devesse orientar as decisões finais quanto a questão. Tanto a FAB como a MB ainda não amarram o desenho final de suas versões, e talvez só venhamos a ver algo no sentido de uma definição no ano que vem, quando o contrato da FAB estiver assinado e todos os pormenores forem conhecidos, inclusive no sentido de atestar a real possibilidade do desenvolvimento da versão naval, que será aposta à aeronave da FAB. Notar que o Gripen já possui mesmo nas versões atual e anteriores, capacidade de operar de rodovias e pistas improvisadas, as quais serão naturalmente herdadas pelos E/F. A versão embarcada contemplará de fato apenas os requisitos de sua navalização, que podem ser, não obstante, dispensáveis as aeronaves da FAB.
Desta forma não vejo porque seria tão problemático assim o desenvolvimento da versão naval para a MB após a da FAB estar pronta. É claro que isso vai tornar os aviões originais da FAB um pouco mais pesados e caros do que poderiam ser caso fossem otimizados apenas para a operação em ambientes ideais e pistas perfeitamente adequadas e limpas, mas faz parte da própria doutrina das FA's brasileiras a capacidade de dispersar suas unidades para áreas de operação menos do que ótimas em caso de guerra contra forças superiores (a famosa tática de "correr para o mato"), e os principais vetores da FAB precisarão incorporar estas características de qualquer forma.
Problemático também creio que não seja. O problema em si na verdade são os custos envolvidos, já que se trata de um número pífio de aviões a serem encomendados pela MB. Isto com certeza encarecerá qualquer linha de produção do Gripen naval, mesmo que as modificações desta versão não signifiquem alterações substantivas para tal.
Quanto à necessidade de todos os aviões serem biplaces, não vejo a razão para isso. Tanto o Mig-29k quanto o Rafale-M quanto o F-35 tem versões monoplace, e as forças navais que os operam parecem perfeitamente satisfeitas com isso. Eu até acho que algumas unidades da MB deveriam ser biplaces, pois isso pode ser importante para algumas missões, mas não vejo necessidade de que todas o sejam. Até porque em uma aeronave tão pequena como o Gripen NG a colocação de mais um tripulante não será feita sem que alguma capacidade da aeronave seja prejudicada, seja em termos de equipamentos, de desempenho ou ambos.
Bom, eu não digo necessidade, é apenas um ponto de vista pessoal, mas creio que uma versão biplace, no caso de um caça naval, é sempre mais aconselhável ter-se um segundo tripulante do que apenas um. O ambiente aeronaval é bem diferente tanto em termos de emprego como de operação do que o terrestre. Um par de olhos a mais neste sentido é sempre bom, em todo caso, quando se opera de uma pista flutuante sobre o mar ou quando o mar é a única referência que se tem para voar.
No caso do Gripen biplace, de qualquer versão, não percebi até hoje necessariamente nenhuma perda de operacionalidade concreta em relação a versão monoplace. Apesar disso ser um fator a ser considerado quando da opção a ser feita pela MB na compra dos seus. Mas presumo, que tanto uma quanto outra irão subsistir no convés de nossos futuros Nae's sem maiores problemas, já que serão complementares e não divergentes. Ao menos assim espero. Não se sabe ainda quantos e se haverá versão de dois lugares para a MB, mas entendo que dos 48 pretendidos, ao menos 12 possam ser caças de dois lugares.

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Re: FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

#275 Mensagem por FCarvalho » Seg Ago 04, 2014 7:48 pm

Luís Henrique escreveu:Por mim eu fico super feliz se sair as duas unidades do PRONAE com 50.000 T de deslocamento cada uma.
Se for baseada no PA2 francês, excelente.
Por quê essa necessidade de se adquirir a opção inglesa???
Não vejo tanta diferença assim.
Afinal, os planos da MB são de operar 24 caças em cada navio aeródromo, totalizando 48 caças navais.
Precisamos de um navio aeródromo maior que um de 50.000T para fazer exatamente o que?????
Também fico feliz Luís se conseguirmos ao menos aprovar a construção do substituto do A-12. E pouco importa se ele terá mais ou menos do que as citas 50 mil tons e se será francês, inglês ou jamaicano. O importante é que será nosso.
Agora, na minha humilde e ignorante opinião, o projeto inglês nos traria uma melhor relação custo x benefício, tanto em termos fundamentalmente operacionais, quanto outros de caráter tecnológico e industrial que nos sejam oferecidos.
Explico. O projeto em si já considera desde as origens, além da modularidade de construção e operação, a capacidade de atingir em sua fase final de vida útil, até 74 mil tons de deslocamento bruto, o que significa que ele nos oferecerá ao longo de sua vida mais espaço para crescimento, seja concreto, seja virtual. E isto em um Nae é algo que realmente não tem preço, é essencial. Além disso, como já defendi aqui antes, um projeto nacional embasado na proposta inglesa nos daria também a capacidade de quando necessário/oportuno for, aumentar a nossa frota aeronaval sem que com isso demandemos ter que construir mais um Nae para poder abrigá-la, já que o projeto do QE admite naturalmente este aumento em seus angares e convés sem precisar de nenhuma gambiarra tupiniquim com a qual estamos tão acostumados. Isto significa ir de um GAE de 24 aeronaves para até 48, ou mesmo 60, sem maiores problemas ao longo da vida útil dos navios. E como só teremos dois, mas disporemos normalmente de apenas um, é melhor nós conseguirmos colocar 60 aviões em um Nae, quanod realmente viermos a precisar dele, do que somente e apenas 24, não é mesmo? :wink:
Enfim, a classe QE basicamente é do mesmo tamanho que o projeto PA-2 francês, diferindo apenas na tonelagem, posto que este último deslocará no máximo 59 mil tons, plenamente carregado, com 50 aeronaves em seus 285mts, enquanto o inglês poderá alcançar até 74 mil tons em "apenas" 283 mts, e levando até 70 aeronaves.
E isso por um preço que posso afirmar, será quase que o mesmo, posto que não existe hoje no mercado navio desta classe que custe menos do que os 5/6 bilhões de dólares que estão saindo os QE's para a RN.
Enfim, não existem soluções baratas no PRONAE. Existe entretanto, soluções mais adequadas, e outas nem tão adequadas assim.
Estamos, como sempre, entre o possível, o ideal e o que dá para fazer.
Com a resposta a MB.

abs.




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Re: FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

#276 Mensagem por Luís Henrique » Seg Ago 04, 2014 8:37 pm

Caro amigo, esta diferença MÍNIMA de tamanho entre o navio francês e o inglês e esta GRANDE diferença de capacidade de aeronaves me chamou à atenção para o seguinte fato:

Será que esta tal capacidade de 70 aeronaves (ou quase 50% mais que o navio francês) não seja ESPECIFICAMENTE para aeronaves STOVL e SEM o uso de catapultas e todo o espaço que elas ocupam no convés ???

Ainda apoio minha pergunta nas informações de que a Classe Ford que é MUITO maior que o navio inglês (100 mil T e 337 m de comprimento) possui capacidade para +75 aeronaves.
E que a US Navy, normalmente usa 48 caças nos seus super-navios aeródromos como o Ford e os Nimitz.




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Re: FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

#277 Mensagem por Carlos Lima » Seg Ago 04, 2014 10:38 pm

LeandroGCard escreveu:
FCarvalho escreveu:Para ser sincero, uma idéia que me ocorreu para a questão do Gripen F, seria simplesmente definir esta versão como a padrão do modelo naval, e encomendar o primeiro lote de 24 já agora para garantir o equilíbrio financeiro do projeto.

Eu particularmente acredito que aeronaves navais deveriam ser sempre de dois lugares. E a versão F do Gripen viria bem a calhar nesta função.

Mataríamos dois coelhos de uma tacada só. E se alguém quiser comprar o modelo monoplace, é só encomendar. Ficaríamos com o biplace como padrão para nós.

Seriam 32 aeronaves que comporiam, no máximo, já a partir de 2022 o GAE do Nae A-12, fazendo dele uma belonave que justificasse o investimento em sua manutenção.

A ver.

abs.
Pelo que entendi do que foi divulgado até agora, o Gripen NG será desenvolvido basicamente de acordo com os requisitos do Brasil, o que incluirá uma quase total "navalização" da aeronave em todas as versões, tanto as da FAB quanto as eventuais da MB. O tratamento anti-corrosão da célula, a estrutura reforçada, os eletrônicos específicos para suportar trancos em pousos e decolagens e etc... já estarão todos incorporados desde o início ao projeto, inclusive para permitir a operação em teatros como o amazônico ao longo de toda a vida útil dos aparelhos, que deverá ser bem longa. Depois, para a versão especificamente naval, seriam incorporados apenas o trem de pouso mais reforçado (que pode simplesmente ser feito em material mais resistente), o gancho de parada (com os respectivos reforços estruturais para sua fixação) e os dispositivos de auxílio ao pouso em porta-aviões. E mais nada.

Desta forma não vejo porque seria tão problemático assim o desenvolvimento da versão naval para a MB após a da FAB estar pronta. É claro que isso vai tornar os aviões originais da FAB um pouco mais pesados e caros do que poderiam ser caso fossem otimizados apenas para a operação em ambientes ideais e pistas perfeitamente adequadas e limpas, mas faz parte da própria doutrina das FA's brasileiras a capacidade de dispersar suas unidades para áreas de operação menos do que ótimas em caso de guerra contra forças superiores (a famosa tática de "correr para o mato"), e os principais vetores da FAB precisarão incorporar estas características de qualquer forma.

Quanto à necessidade de todos os aviões serem biplaces, não vejo a razão para isso. Tanto o Mig-29k quanto o Rafale-M quanto o F-35 tem versões monoplace, e as forças navais que os operam parecem perfeitamente satisfeitas com isso. Eu até acho que algumas unidades da MB deveriam ser biplaces, pois isso pode ser importante para algumas missões, mas não vejo necessidade de que todas o sejam. Até porque em uma aeronave tão pequena como o Gripen NG a colocação de mais um tripulante não será feita sem que alguma capacidade da aeronave seja prejudicada, seja em termos de equipamentos, de desempenho ou ambos.

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O Gripen NG está sendo desenvolvido (inclusive com o protótipo já em construção) não levando em consideração nenhuma dessas adaptações "navais" ou mesmo preparações.

Um Gripen Naval "seria" um projeto novo, com coisas aproveitadas do Gripen E que está sendo construído para a Suécia em primeiro lugar, com os requisitos suecos em mente.

Pelo que li até agora começariamos a ter mais alguma influência com a vinda do Gripen F que ao que parece somos os únicos interessados no momento.

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Re: FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

#278 Mensagem por Hermes » Seg Ago 04, 2014 10:56 pm

O mock up recém apresentado do Gripen NG possui roda única no trem dianteiro, ao contrário do Gripen original e já li que isso pode dificultar a "navalização" e a operação em pistas semi preparadas. O que os Srs tem a dizer sobre isso? É um retrocesso ou não influi em nada?




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Re: FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

#279 Mensagem por FCarvalho » Ter Ago 05, 2014 8:27 pm

Luís Henrique escreveu:Caro amigo, esta diferença MÍNIMA de tamanho entre o navio francês e o inglês e esta GRANDE diferença de capacidade de aeronaves me chamou à atenção para o seguinte fato:
Será que esta tal capacidade de 70 aeronaves (ou quase 50% mais que o navio francês) não seja ESPECIFICAMENTE para aeronaves STOVL e SEM o uso de catapultas e todo o espaço que elas ocupam no convés ???
Ainda apoio minha pergunta nas informações de que a Classe Ford que é MUITO maior que o navio inglês (100 mil T e 337 m de comprimento) possui capacidade para +75 aeronaves.
E que a US Navy, normalmente usa 48 caças nos seus super-navios aeródromos como o Ford e os Nimitz.
Bom, a classe QE foi projetada desde o início para receber o F-35 em seu convés. Neste sentido, a capacidade de receber até 70 aeronaves é apenas cabível em situações muito pontuais, onde a missão demande tal perspectiva. Assim, entre hangar e convés de vôo tal capacidade pode ser obtida.

Em situações normais, a estes navios poderão operar com pouco mais de 30 caças F-35, que são em termos de dimensões, praticamente iguais aos GripenE/F, e o que para o padrão assumido pela MB hoje(24) para seus futuros GAE, já é algo muito bom, posto que em uma provável versão Catobar poderia mesmo operar com até 48 caças embarcados, mais aeroanves COD/REVO e AEW, além dos helos de praxe.

Eu, particularmente creio que para quem se pretende possuir apenas dois Nae's, dispor de uma capacidade superior quanto a seus elementos embarcados é sempre melhor do que ter dois com capacidade diminuta e que no final das contas, não resolvem. Ou seja, eu prefiro ter dois que podem levar 70, do que dois que não levam nem 50. Essa diferença para mim faz, e fará, toda a diferença no futuro.

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Re: FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

#280 Mensagem por Carlos Lima » Ter Ago 05, 2014 9:08 pm

Honestamente contanto que opere aeronaves tipo o Mig-29k, Rafale, F-35C, SHornet, com qualquer um dos dois PAs estaremos bem servidos, pois essas aeronaves provavelmente são maiores do que um Gripen.

Resta saber se estamos dispostos e investir $$ em um caça naval para comprar 40 deles (se muito).

A conta é cara $$$ e os benefícios... questionáveis já que no fim das contas estamos falando de uma aeronave diferente da versão 'terrestre' (considerando o mockup existente e o fato que já existe um protótipo sendo construído com entrega da aeronave de série em 2018 - incorporar 'ítens comuns navais' atrasaria o programa da aeronave 'terrestre').

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Re: FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

#281 Mensagem por FCarvalho » Ter Ago 05, 2014 10:24 pm

É o que eu digo Carlos. Temos que fazer uma escolha. Se for para desenvolver a versão naval do Gripen, quem vai pagar a conta? A MB? O MD? O governo? Enfim.

Ainda acredito que as variantes terrestre e naval serão, se forem, desenvolvidas totalmente em separado.

No entanto, a MB terá que rever os numerais indicados no seu PAEMB pois com 48 aeronaves, nem SAAB e nem ninguém vai querer embarcar nessa. E se o fizerem, quanto vai custar um Gripen Naval? Dizem por aí que o Gripen E não sai por menos de US 80/85 milhões. E isto para a FAB considerando a linha de produção para os suecos, também. Imagine-se então o que não seria tentar manter uma linha para apenas 48 aviões? Quanto isso nos custaria? Mais de US 120 milhões com certeza. Duvido que alguém em sã consciência no congresso queira emprestar a caneta para assinar um cheque desses.

Por fim, do ponto de vista meramente operacional, qualquer Nae novo que vier para nós já estará bom até demais. Mas em todo caso, vamos ter que argumentar, e muito, para podermos justificar os 5, 6, ou 7bilhões que serão investidos em um único navio. E não me consta até agora que tenhamos qualquer argumento mais crível, do ponto de vista do entendimento político-econômico e institucional, que possa dar uma resposta para isso.

Agora, se alguém aí tem uma idéia que possa ajudar, tenho certeza que a MB está recebendo de bom grado qualquer ajuda neste aspecto.

abs




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Re: FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

#282 Mensagem por Luís Henrique » Qua Ago 06, 2014 3:19 pm

FCarvalho escreveu:
Luís Henrique escreveu:Caro amigo, esta diferença MÍNIMA de tamanho entre o navio francês e o inglês e esta GRANDE diferença de capacidade de aeronaves me chamou à atenção para o seguinte fato:
Será que esta tal capacidade de 70 aeronaves (ou quase 50% mais que o navio francês) não seja ESPECIFICAMENTE para aeronaves STOVL e SEM o uso de catapultas e todo o espaço que elas ocupam no convés ???
Ainda apoio minha pergunta nas informações de que a Classe Ford que é MUITO maior que o navio inglês (100 mil T e 337 m de comprimento) possui capacidade para +75 aeronaves.
E que a US Navy, normalmente usa 48 caças nos seus super-navios aeródromos como o Ford e os Nimitz.
Bom, a classe QE foi projetada desde o início para receber o F-35 em seu convés. Neste sentido, a capacidade de receber até 70 aeronaves é apenas cabível em situações muito pontuais, onde a missão demande tal perspectiva. Assim, entre hangar e convés de vôo tal capacidade pode ser obtida.

Em situações normais, a estes navios poderão operar com pouco mais de 30 caças F-35, que são em termos de dimensões, praticamente iguais aos GripenE/F, e o que para o padrão assumido pela MB hoje(24) para seus futuros GAE, já é algo muito bom, posto que em uma provável versão Catobar poderia mesmo operar com até 48 caças embarcados, mais aeroanves COD/REVO e AEW, além dos helos de praxe.

Eu, particularmente creio que para quem se pretende possuir apenas dois Nae's, dispor de uma capacidade superior quanto a seus elementos embarcados é sempre melhor do que ter dois com capacidade diminuta e que no final das contas, não resolvem. Ou seja, eu prefiro ter dois que podem levar 70, do que dois que não levam nem 50. Essa diferença para mim faz, e fará, toda a diferença no futuro.

abs
A minha dúvida é se esta capacidade muito maior do QE em relação ao PA2 realmente existe para aeronaves CATOBAR e instalação de catapultas.
Pois acho difícil 2 navios terem quase o mesmo tamanho e um levar quase 50% mais aeronaves que o outro.




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Re: FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

#283 Mensagem por Luís Henrique » Qua Ago 06, 2014 3:20 pm

Carlos Lima escreveu:Honestamente contanto que opere aeronaves tipo o Mig-29k, Rafale, F-35C, SHornet, com qualquer um dos dois PAs estaremos bem servidos, pois essas aeronaves provavelmente são maiores do que um Gripen.

Resta saber se estamos dispostos e investir $$ em um caça naval para comprar 40 deles (se muito).

A conta é cara $$$ e os benefícios... questionáveis já que no fim das contas estamos falando de uma aeronave diferente da versão 'terrestre' (considerando o mockup existente e o fato que já existe um protótipo sendo construído com entrega da aeronave de série em 2018 - incorporar 'ítens comuns navais' atrasaria o programa da aeronave 'terrestre').

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O custo para desenvolver a versão naval não chega nem no calcanhar do que muitos aqui imaginam....




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Re: FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

#284 Mensagem por Luís Henrique » Qua Ago 06, 2014 3:25 pm

FCarvalho escreveu:É o que eu digo Carlos. Temos que fazer uma escolha. Se for para desenvolver a versão naval do Gripen, quem vai pagar a conta? A MB? O MD? O governo? Enfim.

Ainda acredito que as variantes terrestre e naval serão, se forem, desenvolvidas totalmente em separado.

No entanto, a MB terá que rever os numerais indicados no seu PAEMB pois com 48 aeronaves, nem SAAB e nem ninguém vai querer embarcar nessa. E se o fizerem, quanto vai custar um Gripen Naval? Dizem por aí que o Gripen E não sai por menos de US 80/85 milhões. E isto para a FAB considerando a linha de produção para os suecos, também. Imagine-se então o que não seria tentar manter uma linha para apenas 48 aviões? Quanto isso nos custaria? Mais de US 120 milhões com certeza. Duvido que alguém em sã consciência no congresso queira emprestar a caneta para assinar um cheque desses.

Por fim, do ponto de vista meramente operacional, qualquer Nae novo que vier para nós já estará bom até demais. Mas em todo caso, vamos ter que argumentar, e muito, para podermos justificar os 5, 6, ou 7bilhões que serão investidos em um único navio. E não me consta até agora que tenhamos qualquer argumento mais crível, do ponto de vista do entendimento político-econômico e institucional, que possa dar uma resposta para isso.

Agora, se alguém aí tem uma idéia que possa ajudar, tenho certeza que a MB está recebendo de bom grado qualquer ajuda neste aspecto.

abs
Oras, U$ 120 mi x 48 caças totaliza U$ 5,76 bi

Quanto que a Boeing pediu nos 36 Super Hornet para o Brasil?
Quanto que a Dassault pediu nos 36 Rafale para o Brasil?

Um valor que varia de U$ 6 à U$ 8,2 bi

E estamos falando de 36 aeronaves, imagina para 48...

Com o desenvolvimento da versão NAVAL o Brasil GANHARIA muito. Como a Suécia não encomendou esta versão, caso o Brasil a selecione a MAIOR parte do desenvolvimento seria feito no Brasil e o CONHECIMENTO FICARIA AQUI.
Isto não tem preço.
Mas mesmo assim eu DUVIDO MESMO que fique mais caro que qualquer Rafale ou Super Hornet.




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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Carlos Lima
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Re: FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

#285 Mensagem por Carlos Lima » Qua Ago 06, 2014 4:01 pm

Luís Henrique escreveu:
Carlos Lima escreveu:Honestamente contanto que opere aeronaves tipo o Mig-29k, Rafale, F-35C, SHornet, com qualquer um dos dois PAs estaremos bem servidos, pois essas aeronaves provavelmente são maiores do que um Gripen.

Resta saber se estamos dispostos e investir $$ em um caça naval para comprar 40 deles (se muito).

A conta é cara $$$ e os benefícios... questionáveis já que no fim das contas estamos falando de uma aeronave diferente da versão 'terrestre' (considerando o mockup existente e o fato que já existe um protótipo sendo construído com entrega da aeronave de série em 2018 - incorporar 'ítens comuns navais' atrasaria o programa da aeronave 'terrestre').

[]s
CB_Lima
O custo para desenvolver a versão naval não chega nem no calcanhar do que muitos aqui imaginam....
Caças navais custam caro... existe muito trabalho a ser feito.

Mais do que muitos aqui imaginam...

[]s
CB_Lima




CB_Lima = Carlos Lima :)
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