Re: Revanchismo sem fim
Enviado: Seg Jan 25, 2010 6:30 pm
Eu tb quero saber do atebntado do aeroporto dos Guararapes.Guerra escreveu:Meu interesse nesses assuntos é histórico. Eu quero saber tudo que tenho direito. O dossie "indio do Brasil" eu já conheço. Esta na net.
Mas só isso? Eu quero saber quem explodiu a bomba no teatro Guaira. E porque foi aprendido uma carta com esse tal Sr Hiran (citado no dossie do Major) de um 'amigo" de São Vicente que dizia: "quero saber sobre a bomba que explodiu no teatro Guaira e as reações provocadas no meia "reaça"...Dossiê de Índio do Brasil Lemes
No Projeto Brasil Nunca Mais, coordenado pela Arquidiocese de São Paulo, seu nome encontra-se em três listas. Este projeto é a microfilmagem de todos os processos contra presos políticos que se encontram no Superior Tribunal Militar, abrangendo o período de 1964 a 1978. Trata-se, portanto, de documentação oficial que não pode ser rotulada de facciosa. As conclusões da pesquisa BNM encontram-se em 12 volumes, contendo 6 891 páginas, das quais foram reproduzidas somente 25 coleções que foram distribuídas para entidades no Brasil e no exterior.
A primeira lista em que aparece o nome de Índio do Brasil Lemes é a “Elementos envolvidos diretamente em torturas”, que se encontra à página 24 do Tomo II, volume 3, “Os Funcionários” do Projeto BNM.
Há, nesta lista, duas denúncias contra ele. A primeira, de 1967, é do ex-preso político Aristides Oliveira Vinhales que, em 1967, tinha 53 anos e tinha a profissão de livreiro. Acusa-o de, como Major de Infantaria do Exército, atuando em 1967 no Paraná, tê-lo torturado. Ã página 434 do Tomo V, volume 1, “As Torturas”, do Projeto BNM, Aristides assim se refere à Índio: .”(.. .)
A segunda denúncia é do ex-preso político Hiran Ramos de Oliveira que, em 1967, tinha 24 anos e era professor e denuncia-o também como Major de Infantaria do exército, atuando em 1967 no Paraná e, em depoimento prestado à Auditoria militar, assim fala:
“.(...) que foi encaminhado paro o AD/5, onde foi interrogado pelo major Índio (...) que foi ameaçado pelo major Índio permanecendo uma atmosfera de pressão (...); que foi levado ao quartel de CPOR (...) e que no dia 21 de setembro, à noite, foi levado à presença do major Índio que disse ao interrogando que o mesmo era inimigo vencido e deveria concordar com o que queriam que o interrogando declarasse; (...) que ao subir as escadas em uma das vezes em que foi chamado para depor, levou violenta cotovelada do major Índio do Brasil Lemes (...)”
Este depoimento encontra-se às páginas 180 e 181 do Tomo V, volume 2 “As Torturas” do Projeto BNM.
Estes dois depoimentos encontram-se no Processo 44/67 da 5ª Região Militar/CJM, tendo apelação ao STM de n.º 37 002 e trata de réus acusados de integrarem o Comitê do PCB em Curitiba e em outras cidades do Paraná.
A segunda lista em que aparece o nome de Índio do Brasil Lemes é a de “Elementos envolvidos em prisões e cercos” que se encontra à página 70 do Tomo II, volume 3 “Os Funcionários” do Projeto BNM. A denúncia foi feita em maio de 1965 e coloca-o como Capitão do Exército, atuando no Paraná, tendo participado diretamente de prisões e cercos. Esta denúncia encontra-se no Processo 369/66 da 5ª Região Militar/CJM, tendo apelação ao STM de n.º 38 922 e recurso ao STF de n.º 1 153 e trata de réus acusados de terem fundado um Teatro de fantoches em Curitiba, após a extinção do centro Popular de Cultura com o golpe de 1964. São, ainda, acusados de manterem correspondência com os países comunistas sobre teatro e outras formas de expressões culturais.
A última lista em que se encontra o nome de Índio do Brasil Lemes e a de “Encarregados de IPM”, à página 140 do Tomo II, volume 3 “Os Funcionários” do Projeto BNM. A denúncia encontra-se no Processo 04/69 da 10ª Região Militar/CJM que teve como apelação ao STM o n.º 39 313 e trata de réus acusados de efetivarem pichamentos com os dizeres “baixo a ditadura” e “anule seu voto”, em Ponta Grossa/PR, nas eleições a prefeito da cidade, em novembro de 1968.
Dezembro de 2000
Publicado em: 28/06/2008
Gostaria de saber também o que se ensinava na escola de luta armada do passeio público em Curitiba. E quem era os instrutores que ensinavam tecnicas de guerrilhas, armas do exército e da guerrilha, fabricação de explosivo, orientação. De onde tiraram a idéia do processo "MINTA" (missão-inimigo-nós-terreno-ação).
E a tal da convençao de campininha de piragua? E porque decidiram pela luta armada.
No tal cerco citado no dossie morreu um sargento. Quem matou esse sargento?
Tudo isso deve estar documentado em algum lugar. E deveria vir a tona porque esse Indio do Brasil, atualmente vive como se fosse um foragido. O cara tem que ficar mudando de endereço de tempo em tempo. vamos ver se assim pelo menos a balança se equilibra.
E tb sobre quem fazia a contabilidade dos roubos a banco no Rio e em São Paulo. Será que todo o dinheiro foi usado realmente para a tal luta revolucionária???