Respeito muito o Alte Othon como cientista, mas não como Oficial de Marinha, que "empurrou água" a vida toda.Em 1993, a propulsão nuclear era prioridade um na Marinha. Isso porque num mundo com satélites, o único instrumento militar de defesa num mar maiúsculo para um país que tem menos recursos é o submarino. Essa prioridade durou nas quatro administrações, dos ministros Maximiniano (Maximiniano Eduardo da S. Fonseca - 1979/84), Karam (Alfredo Karam - 1984/85), Sabóia - quando tivemos o pico do programa (Henrique Sabóia - 1985/90), e o almirante Flores (Mário César Flores - 1990/93). De repente, entrou um ministro e baixou a prioridade de 1 para 18, sem que houvesse um estudo maior, e começou a priorizar navios secundários de superfície. Comprou navios cuja vida útil tinha se esgotado na Inglaterra (por US$ 135 milhões) e navios varredores para fazer patrulhamento costeiro. É o mesmo que comprar tartaruga para fazer papel de colibri. Nestes últimos dez anos se gastou mais de US$ 800 milhões para comprar sucatas. Se tivéssemos investido este dinheiro na prioridade da propulsão, este ano teríamos a plataforma do submarino nuclear, ou seja, um submarino a propulsão convencional do porte de um nuclear. Em mais três ou quatro anos trocaríamos a propulsão pela nuclear.
Como cientista, ele queria ver SEU projeto priorizado em relação a tudo o mais. Não queria navios para Controle do mar, não queria aviões, varredores, etc, se esquecendo que uma Marinha TEM que ser balanceada, ou não cumpre com as Tarefas Básicas.
Como cientista não fez o curso de Estado-Maior, que lhe daria base para discutir a guerra no mar.
Saiu "magoado" com o Alte Serpa, de quem não diz o nome, cuspindo no prato que lhe formou, que lhe bancou no exterior, que acreditou na sua programação, mas que não podia ACABAR para bancar o projeto.
Isto foi dito ao governo, que assumiu o programa como de ESTADO, mostrando sua importância e o acerto da MB em assim agir.
Outra coisa: mostra com a história do Araponga americano o entreguismo do governo FHC, que ao receber 40 bilhões de dólares dos EUA após quebrar o país, assinou os tratados que conhecemos, e deixou a mingua o programa nuclear e as FA.
O mesmo fez o Menen na Argentina, desmontando o Condor, cortando verbas, etc, no que se reflete até hoje.
Mas isto é história hoje...