NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#271 Mensagem por Marino » Sáb Ago 23, 2008 9:14 pm

Em 1993, a propulsão nuclear era prioridade um na Marinha. Isso porque num mundo com satélites, o único instrumento militar de defesa num mar maiúsculo para um país que tem menos recursos é o submarino. Essa prioridade durou nas quatro administrações, dos ministros Maximiniano (Maximiniano Eduardo da S. Fonseca - 1979/84), Karam (Alfredo Karam - 1984/85), Sabóia - quando tivemos o pico do programa (Henrique Sabóia - 1985/90), e o almirante Flores (Mário César Flores - 1990/93). De repente, entrou um ministro e baixou a prioridade de 1 para 18, sem que houvesse um estudo maior, e começou a priorizar navios secundários de superfície. Comprou navios cuja vida útil tinha se esgotado na Inglaterra (por US$ 135 milhões) e navios varredores para fazer patrulhamento costeiro. É o mesmo que comprar tartaruga para fazer papel de colibri. Nestes últimos dez anos se gastou mais de US$ 800 milhões para comprar sucatas. Se tivéssemos investido este dinheiro na prioridade da propulsão, este ano teríamos a plataforma do submarino nuclear, ou seja, um submarino a propulsão convencional do porte de um nuclear. Em mais três ou quatro anos trocaríamos a propulsão pela nuclear.
Respeito muito o Alte Othon como cientista, mas não como Oficial de Marinha, que "empurrou água" a vida toda.
Como cientista, ele queria ver SEU projeto priorizado em relação a tudo o mais. Não queria navios para Controle do mar, não queria aviões, varredores, etc, se esquecendo que uma Marinha TEM que ser balanceada, ou não cumpre com as Tarefas Básicas.
Como cientista não fez o curso de Estado-Maior, que lhe daria base para discutir a guerra no mar.
Saiu "magoado" com o Alte Serpa, de quem não diz o nome, cuspindo no prato que lhe formou, que lhe bancou no exterior, que acreditou na sua programação, mas que não podia ACABAR para bancar o projeto.
Isto foi dito ao governo, que assumiu o programa como de ESTADO, mostrando sua importância e o acerto da MB em assim agir.
Outra coisa: mostra com a história do Araponga americano o entreguismo do governo FHC, que ao receber 40 bilhões de dólares dos EUA após quebrar o país, assinou os tratados que conhecemos, e deixou a mingua o programa nuclear e as FA.
O mesmo fez o Menen na Argentina, desmontando o Condor, cortando verbas, etc, no que se reflete até hoje.
Mas isto é história hoje...




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#272 Mensagem por knigh7 » Sáb Ago 23, 2008 10:52 pm

cicloneprojekt escreveu: A presença de uma pequena flotilha(6 unidades ou menos) de SSNs como os pretendidos pela MB, implica um investimento em infra-estrutura considerável que apresenta limitações orçamentárias proibitivas com o atual nível de investimentos na MB por parte do Governo federal. Um eventual aumento dos recursos da ordem de 70/100% como se ventila a partir de 2010, permitiria dispor de uma flotilha de no máximo 5/6 submarinos SSNs pela MB no início de 2030, coma as primeiras unidades entrando em serviço por volta de 2018/20.


O uso de submarinos convencionais e nucleares deve ser diosado para permitir que com a melhor relação custo-benefício para o país, se possa conseguir 2 objetivos.
Mas Walter,

O Scorpéne está custando ao Brasil o equivalente a mais da metado do preço projetado para o nosso NUC.
Acho que um NUC é mais poderoso que 2 Scorpéne...
Em vista disso, não seria melhor produzirmos 2 Scorpéne e pularmos de uma vez para o NUC?




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#273 Mensagem por WalterGaudério » Dom Ago 24, 2008 2:36 pm

knigh7 escreveu:
cicloneprojekt escreveu: A presença de uma pequena flotilha(6 unidades ou menos) de SSNs como os pretendidos pela MB, implica um investimento em infra-estrutura considerável que apresenta limitações orçamentárias proibitivas com o atual nível de investimentos na MB por parte do Governo federal. Um eventual aumento dos recursos da ordem de 70/100% como se ventila a partir de 2010, permitiria dispor de uma flotilha de no máximo 5/6 submarinos SSNs pela MB no início de 2030, coma as primeiras unidades entrando em serviço por volta de 2018/20.


O uso de submarinos convencionais e nucleares deve ser diosado para permitir que com a melhor relação custo-benefício para o país, se possa conseguir 2 objetivos.
Mas Walter,

O Scorpéne está custando ao Brasil o equivalente a mais da metado do preço projetado para o nosso NUC.
Acho que um NUC é mais poderoso que 2 Scorpéne...
Em vista disso, não seria melhor produzirmos 2 Scorpéne e pularmos de uma vez para o NUC?
É nescessária mais expertise para fazer o vc diz knigh.

estamos já de hoje, programando a complemantação dos Tupi e sua baixa sem solução de continuidade. A vida últil pensada para um SSK é de cerca de 30 APROXIMADAMENTE. Os Tupi estão já com vinte anos. O primeiro Scorpene entra em operação em não menos que 7/8 anos..., daí a nescessidade d já se programar para a substituição de pelo menos 4 submarinos, o que se está fazendo desde já.

Tenha em mente tb. Que após ser lançado ao mar, o primeiro NUC vai passar pelo menos 2/3 anos sendo provado até ser entregue ao ComForSub. No início de 2020 nós teremos uma Força Submarina embora no estado da arte, mas limitada em termos de unidades operacionais.

3/4 Tupis já com baixa programada para poucos anos.

O Tikuna.

2/3 Scorpene

1/2 nucs

Concordo que é mais do que temos agora, e indiscutivelmente muito mais poder submarino embarcado do que temos hoje, mas é algo tímido ai nda em função do patrimônio marítimo a ser protegido. Mas vai ser isso mesmo, sem muita chance de estar errado.




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


Os sábios PENSAM
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Os Idiotas PLANTAM e os
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#274 Mensagem por Brasileiro » Dom Ago 24, 2008 2:46 pm

Ciclone,

O Tikuna tem 2 anos
O Tapajó tem 10 anos (pelo menos mais 15 pela frente)
O Timbira tem 12
O Tamoio tem 13
O Tupi tem 21


Isso quer dizer que os nossos subumarinso, exceto o Tupi, tem uma grande vida útil pela frente, cerca de 18 anos. Portanto, eles vão longe ainda.
Bem capaz que operem ao lado dos SSN por alguns anos.



abraços]




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#275 Mensagem por thelmo rodrigues » Dom Ago 24, 2008 7:01 pm

brisa escreveu:
Já existem barcos de pesquisa sismológica aqui no litoral maranhense.
Movimento tectonico eminente....epicentro localizado vosso municipio...favor tomar as devidas providencias...

Um tempo depois....

Movimento tectonico desbaratado....epicentro prezo cadeia local...desculpa demora resposta...terremoto nossa cidade... :mrgreen: :mrgreen:

desculpem o off topic
Pequeno trecho de um artigo de 2006 do Diário do Nordeste:
A Petrobrás ainda emprestou um navio de pesquisas sismológicas para que fossem feitas buscas no fundo mar, mas as buscas não lograram êxito mesmo a embarcação tendo ficado um mês e meio procurando o módulo na costa do Maranhão.

O termo sismológico parece ir além dos tremores e terremotos. :mrgreen:




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#276 Mensagem por Paisano » Qui Ago 28, 2008 1:06 am

Marinha nega passar tecnologia a argentinos

Fonte: http://www.diariodovale.com.br
Comandante da Marinha no país descarta compartilhamento

O comandante da Marinha brasileira, almirante-de-esquadra Júlio Soares de Moura Neto, negou ontem, durante coletiva à Imprensa na INB, qualquer possibilidade de o Brasil ceder tecnologia de enriquecimento de urânio à Argentina: “Ninguém cede tecnologia no campo nuclear, para país nenhum. Ninguém cedeu tecnologia ao Brasil. O processo brasileiro de enriquecimento de urânio não será passado a nenhum país”, afirmou Moura Neto.

A declaração do comandante da Marinha – que desenvolveu a tecnologia de enriquecimento de urânio hoje usada pela INB para produzir combustível nuclear – desfaz as dúvidas que se formaram em torno de um protocolo de intenções já assinado entre o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) e a presidente da Argentina, Cristina Kirchner. O protocolo prevê colaboração no campo nuclear, inclusive com a possibilidade de criação de uma empresa binacional que poderia se dedicar a materiais e aplicações nucleares.

O presidente da INB, Alfredo Tranjan Filho, reforçou a posição de Mora Neto: “Não se fala em transferência de tecnologia. A proposta fala em examinar a possibilidade de uma empresa binacional para enriquecimento de urânio”, disse o presidente da INB.

A repercussão das declarações de Tranjan e Moura Neto no governo federal será testada a partir de 6 de setembro, quando a presidente Cristina Kirchner vai visitar o Brasil. Na ocasião, está prevista a assinatura de um complemento ao protocolo de intenções de cooperação nuclear.

Moura Neto destacou, na entrevista, que a Marinha não participou das conversas com a Argentina sobre cooperação na área nuclear. O almirante disse que tem participado de discussões na área de defesa, onde Brasil e Argentina têm diversos interesses comuns.

Fase comercial de produção de urânio enriquecido deve começar em 2014

O domínio do ciclo do urânio pelo Brasil – compreendendo desde a retirada do minério até sua aplicação em usinas nucleares, para produção de energia – vai se transformar em realidade industrial em 2014 – um ano depois da data prevista para a entrada em operação da usina nuclear Angra 3. Nessa época, a produção de urânio enriquecido da INB será suficiente para atender todo o consumo de Angra 1 e 20% das necessidades de Angra 2. Angra 3 começará a funcionar usando urânio enriquecido importado – o fornecedor atual é a Urenco, um consórcio de empresas da Inglaterra, Holanda e Alemanha.

Para atender completamente à demanda das usinas nucleares brasileiras – Angra 1, 2 e 3, mais outras quatro usinas planejadas para entrarem em operação em 2030 – a INB vai ampliar sua produção em todo o ciclo do urânio, começando por ampliar a extração do minério: hoje, são 400 toneladas anuais retiradas de Caetité, na Bahia, onde a produção será dobrada. Além disso, mais 1.200 toneladas anuais serão extraídas através de uma parceria com a iniciativa privada em Santa Quitéria. Com a produção chegando a 2.000 toneladas anuais, a INB poderá até exportar “yellow cake” – a “matéria-prima” para o urânio enriquecido.

Submarino nuclear brasileiro fica pronto em 2020

De acordo com o comandante da Marinha, almirante-de-esquadra Moura Neto, o projeto do submarino nuclear brasileiro deve chegar à conclusão – com o início da operação da nave de combate – em 2020. “A verba para a construção do protótipo do reator nuclear será terminada dentro de alguns anos. Depois disso, o primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear deve ser lançado em 2020”, disse Moura Neto.

O projeto do submarino nuclear, segundo Moura Neto, faz parte de uma iniciativa mais ampla, que prevê o reaparelhamento da Marinha e das outras Forças Armadas. O almirante reconheceu que, por muitos anos, os orçamentos insuficientes “foram degradando” a Marinha. Ele também disse que a situação melhorou a partir de 2006, e lembrou que já existem dois navios-patrulha em construção, além de mais quatro para serem licitados, e lembrou que recentemente foi lançada a corveta Barroso, construída no Arsenal de Marinha, no Rio, e que atualmente está em fase de testes operacionais.

“O plano de reaparelhamento da Marinha deve ficar definido em breve, após a aprovação da Estratégia Nacional de Defesa, que vai orientar o reaparelhamento das Forças Armadas”, concluiu o comandante da Marinha.




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#277 Mensagem por Quiron » Qui Ago 28, 2008 9:03 am

Marino escreveu: Respeito muito o Alte Othon como cientista, mas não como Oficial de Marinha, que "empurrou água" a vida toda.
Como cientista, ele queria ver SEU projeto priorizado em relação a tudo o mais. Não queria navios para Controle do mar, não queria aviões, varredores, etc, se esquecendo que uma Marinha TEM que ser balanceada, ou não cumpre com as Tarefas Básicas.
Como cientista não fez o curso de Estado-Maior, que lhe daria base para discutir a guerra no mar.
Saiu "magoado" com o Alte Serpa, de quem não diz o nome, cuspindo no prato que lhe formou, que lhe bancou no exterior, que acreditou na sua programação, mas que não podia ACABAR para bancar o projeto.
Isto foi dito ao governo, que assumiu o programa como de ESTADO, mostrando sua importância e o acerto da MB em assim agir.
Outra coisa: mostra com a história do Araponga americano o entreguismo do governo FHC, que ao receber 40 bilhões de dólares dos EUA após quebrar o país, assinou os tratados que conhecemos, e deixou a mingua o programa nuclear e as FA.
O mesmo fez o Menen na Argentina, desmontando o Condor, cortando verbas, etc, no que se reflete até hoje.
Mas isto é história hoje...
FHC faz parte do CFR americano. É o tipo de "globalista" que extinguiria as Forças Armadas e entregaria o país à ONU sem piscar. Soberania, Pátria e tais valores pra eles são coisas ultrapassadas, por isso o ranço que têm com os militares que sempre serão vistos como paranóicos e antiquados.




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#278 Mensagem por Fernando Teles » Qui Ago 28, 2008 9:33 am

Brasil não cederá tecnologia diz comandante da Marinha
Em visita à fábrica de combustível nuclear da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), no município de Resende, no sul fluminense, o comandante da Marinha, almirante-de-esquadra Julio Soares de Moura Neto, afirmou que o País “não pretende ceder sua tecnologia na área nuclear e a defenderá em qualquer fórum de discussão”. “Isto (ceder tecnologia) ninguém faz”, declarou.

Moura Neto disse que nenhum País cedeu tecnologia ao Brasil. “Tudo que conseguimos foi de forma muito difícil, com técnicos brasileiros unindo diversos setores da sociedade: a Marinha, as universidades, os institutos de pesquisa e as indústrias. Uma vez conseguida esta tecnologia, ela não será passada em hipótese alguma para nenhum País. Cada um terá que conseguir sua própria tecnologia.”

Segundo ele, esta posição não é apenas da Marinha, mas do País. O Brasil vem discutindo com a Argentina acordos bilaterais, entre os quais a cooperação na área nuclear, com ênfase no processo de enriquecimento de urânio, que o país vizinho não detém.

Segundo o presidente da INB, Alfredo Tranjan Filho, em “momento algum na discussão com a Argentina falou-se de transferência de tecnologia”. Segundo ele, discute-se a possibilidade de se criar uma empresa binacional para identificar oportunidades e necessidades dos dois países.

A tecnologia de enriquecimento de urânio adotada na INB foi desenvolvida no Centro Tecnológico da Marinha de São Paulo. O Brasil ainda necessita de urânio enriquecido no exterior. Um projeto de ampliação da usina de enriquecimento da INB prevê, para 2014, a produção de 100% do combustível utilizado na usina nuclear Angra 1 e pelo menos 20% da usina Angra 2.

O almirante Moura Neto disse ainda que desde o ano passado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu a continuidade do projeto nuclear da Marinha, que tem como meta a construção de um submarino de propulsão nuclear. Segundo ele, o projeto está na fase de desenvolvimento do protótipo de reator. As previsões oficiais indicam que até 2020 a Marinha deverá testar esse protótipo em um submarino.

Fonte: Agência Estado




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#279 Mensagem por Marino » Sáb Ago 30, 2008 7:34 pm

SNB será destaque no PND
Fonte: Agência Estado

O destaque do Plano Nacional de Defesa, que será divulgado no dia 7 de setembro, quando se comemora a Independência do Brasil, é o investimento no submarino de propulsão nuclear. É um grande projeto nacional [o plano de defesa], fundamentalmente o prosseguimento do projeto do submarino de propulsão nuclear, no qual já executamos R$ 130 milhões esse ano e destinamos mais R$ 130 milhões para o próximo, disse o ministro da Defesa, Nelson Jobim, na cerimônia de comemoração dos 92 anos da Aviação Naval, no Rio.

Jobim adiantou que o plano de defesa prevê um acordo de troca de tecnologia de R$ 1 bilhão com a França, para fomentar a construção de cascos e de sistemas eletrônicos para submarinos.

O acordo com os franceses, segundo o ministério, deve ser assinado em dezembro, durante a visita do presidente Nicolas Sarkozy ao Brasil.

A proposta é que essa tecnologia se some aos avanços do programa nuclear da Marinha brasileira, que estuda a construção de um reator para a embarcação nuclear.

O programa militar, anunciado em 2007, conta com R$ 1 bilhão para ser aplicado em oito anos.

O governo federal esperar contar com um submarino de propulsão nuclear em 2020. Até hoje, somente cinco países detêm a tecnologia: Estados Unidos, Inglaterra, França, Rússia e China.

O submarino nuclear resiste mais horas sem abastecimento, portanto, sem subidas superfície, sendo mais difícil de ser detectado.

O Brasil tem cinco submarinos convencionais movidos diesel. Eles ficam ancorados na Base Almirante Castro e Silva, na Ilha do Mocanguê Grande, em Niterói, região metropolitana do Rio.




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#280 Mensagem por bruno mt » Sáb Ago 30, 2008 7:53 pm

demorou mas tá saindo coisas do PND.

ha, vou começar á fazer contagem regreciva apartir de hoje.




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#281 Mensagem por luisabs » Sáb Ago 30, 2008 9:38 pm

Uma pergunta ao amigo Marino:

Qual a lógica de modernizarmos os nossos subs convencionais com a LM já que construiremos com os franceses os Scorpenes e o Sub nuclear?




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#282 Mensagem por Marino » Sáb Ago 30, 2008 9:51 pm

Os sistemas também poderão ser da LM.
Só adiante veremos.




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#283 Mensagem por GustavoB » Dom Ago 31, 2008 9:38 pm

Procurei um tópico mais específico, mas desisti quando vi pelo menos três sobre as novas escoltas. Então aí vão reportagens datadas de hoje da Agência Brasil.

Marinha espera concluir usina para produzir combustível nuclear em 2010
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticia ... 29900/view

Marinha terá que dominar projeto de submarino convencional antes de construir o nuclear
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticia ... 86290/view

Atividades no centro de Aramar são ambientalmente seguras, garante químico
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticia ... 73094/view

Corte de investimentos atrasou o Programa Nuclear da Marinha
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticia ... 58450/view




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#284 Mensagem por betoordie » Ter Set 02, 2008 3:05 pm

http://www.defesanet.com.br/mb1/sub_nuc_6.htm

Marinha prioriza submarino de propulsão nuclear
(o presente artigo da FSP está baseado essencialmente em
informações de artigos de DEFESA@NET - ver hiperlinks )

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A descoberta das jazidas de petróleo do pré-sal trouxe a Marinha a um protagonismo nas discussões do Plano Nacional de Defesa que antes era reservado à Aeronáutica. Mas tal importância até aqui não se traduziu em coerência estratégica.

Tudo passa pelo fetiche maior dos almirantes brasileiros hoje, o submarino nuclear, um projeto que começou em 1979. Para o Ministério da Defesa, o submarino ganha nova prioridade e é encaixado na ainda incerta parceria a ser definida com a França.

Assim, a primeira vítima foi um acordo vigente desde 1982 entre Brasil e estaleiros alemães, que capacitou o país a construir a duras penas seus próprios submarinos convencionais. Em 2006, a Marinha definiu que sua nova geração de submarinos convencionais teria base no sucessor do modelo atual, o Tipo-209, o Tipo-214. Agora, segundo a Defesa, a escolha deverá recair sobre o Scorpène francês - derrotado na competição de 2006.

Os alemães dominam 80% do mercado de submarinos do Ocidente em unidades vendidas desde 1985, e o Scorpène não é usado pela França nem por nenhuma Marinha da Otan (aliança militar ocidental). O Chile tem duas unidades - que, segundo a imprensa local, enfrentam problemas técnicos -, a Malásia tem outros dois e a Índia contratou a fabricação local de seis unidades - mas vem criticando a França por atrasos na transferência tecnológica.

Em nota, a Marinha dá o motivo da escolha: o submarino nuclear. Informa que a idéia é associar-se a quem detenha tecnologia de construção de aparelhos convencionais e nucleares, caso dos franceses, mas não dos alemães. Mas aí entra uma questão conceitual: todo o discurso político até aqui é o de que o submarino nuclear é necessário para proteger as riquezas sob as águas territoriais do Brasil. Isso não é correto.

Problemas

Um submarino nuclear é muito maior, deslocando em média 7.000 toneladas, contra entre 1.500 e 2.000 toneladas de um convencional. Logo, é mais visível a sonares. É muito mais barulhento devido a seu intrincado mecanismo de dispersão de calor do reator. E esse calor, 80% da energia do submarino, é jogado para fora, facilitando sua detecção.

Quando opera em grandes profundidades, tudo bem: isso tudo é compensado pela maior velocidade e capacidade de ficar longe de sua base por meses. Mas num ambiente costeiro, de águas não tão profundas, a vantagem se dissipa. O maior problema apontado pela Marinha é a menor velocidade e a necessidade que os modelos convencionais (de motor diesel-elétrico) têm de subir à superfície para "respirar", acionar seus motores e recarregar as baterias, o que os deixam vulneráveis. E o diesel acaba, ao contrário da energia nuclear.

Mas com a costa ali ao lado, e inúmeros portos à disposição, o argumento perde força. E os modelos diesel-elétricos mais modernos (o Tipo-214 e o Scorpène) podem ser equipados com uma unidade de propulsão baseada em hidrogênio líquido, que aumenta seu período submerso. Mas é algo caro (US$ 40 por milha náutica viajada, contra US$ 6 no caso das baterias).

Segundo o almirante da reserva Mario Cesar Flores, uma das maiores autoridades em assuntos militares do país, o submarino nuclear é defensável. "Será útil para a defesa distante do Brasil, caso venhamos a ter problema com potências navais poderosas, improvável no horizonte de tempo hoje imaginável, mas não decididamente impossível no longo prazo. É claro que o submarino nuclear tem potencial ofensivo, mas não visualizo razão de uso desse potencial ofensivo pelo Brasil, visualizo-o sim na defesa distante, basicamente como fator de dissuasão e até na defesa efetiva, se a dissuasão não funcionar."




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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO

#285 Mensagem por Marino » Ter Set 02, 2008 6:20 pm

betoordie escreveu:http://www.defesanet.com.br/mb1/sub_nuc_6.htm

Marinha prioriza submarino de propulsão nuclear
(o presente artigo da FSP está baseado essencialmente em
informações de artigos de DEFESA@NET - ver hiperlinks )

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A descoberta das jazidas de petróleo do pré-sal trouxe a Marinha a um protagonismo nas discussões do Plano Nacional de Defesa que antes era reservado à Aeronáutica. Mas tal importância até aqui não se traduziu em coerência estratégica.

Tudo passa pelo fetiche maior dos almirantes brasileiros hoje, o submarino nuclear, um projeto que começou em 1979. Para o Ministério da Defesa, o submarino ganha nova prioridade e é encaixado na ainda incerta parceria a ser definida com a França.

Assim, a primeira vítima foi um acordo vigente desde 1982 entre Brasil e estaleiros alemães, que capacitou o país a construir a duras penas seus próprios submarinos convencionais. Em 2006, a Marinha definiu que sua nova geração de submarinos convencionais teria base no sucessor do modelo atual, o Tipo-209, o Tipo-214. Agora, segundo a Defesa, a escolha deverá recair sobre o Scorpène francês - derrotado na competição de 2006.

Os alemães dominam 80% do mercado de submarinos do Ocidente em unidades vendidas desde 1985, e o Scorpène não é usado pela França nem por nenhuma Marinha da Otan (aliança militar ocidental). O Chile tem duas unidades - que, segundo a imprensa local, enfrentam problemas técnicos -, a Malásia tem outros dois e a Índia contratou a fabricação local de seis unidades - mas vem criticando a França por atrasos na transferência tecnológica.

Em nota, a Marinha dá o motivo da escolha: o submarino nuclear. Informa que a idéia é associar-se a quem detenha tecnologia de construção de aparelhos convencionais e nucleares, caso dos franceses, mas não dos alemães. Mas aí entra uma questão conceitual: todo o discurso político até aqui é o de que o submarino nuclear é necessário para proteger as riquezas sob as águas territoriais do Brasil. Isso não é correto.

Problemas

Um submarino nuclear é muito maior, deslocando em média 7.000 toneladas, contra entre 1.500 e 2.000 toneladas de um convencional. Logo, é mais visível a sonares. É muito mais barulhento devido a seu intrincado mecanismo de dispersão de calor do reator. E esse calor, 80% da energia do submarino, é jogado para fora, facilitando sua detecção.

Quando opera em grandes profundidades, tudo bem: isso tudo é compensado pela maior velocidade e capacidade de ficar longe de sua base por meses. Mas num ambiente costeiro, de águas não tão profundas, a vantagem se dissipa. O maior problema apontado pela Marinha é a menor velocidade e a necessidade que os modelos convencionais (de motor diesel-elétrico) têm de subir à superfície para "respirar", acionar seus motores e recarregar as baterias, o que os deixam vulneráveis. E o diesel acaba, ao contrário da energia nuclear.

Mas com a costa ali ao lado, e inúmeros portos à disposição, o argumento perde força. E os modelos diesel-elétricos mais modernos (o Tipo-214 e o Scorpène) podem ser equipados com uma unidade de propulsão baseada em hidrogênio líquido, que aumenta seu período submerso. Mas é algo caro (US$ 40 por milha náutica viajada, contra US$ 6 no caso das baterias).

Segundo o almirante da reserva Mario Cesar Flores, uma das maiores autoridades em assuntos militares do país, o submarino nuclear é defensável. "Será útil para a defesa distante do Brasil, caso venhamos a ter problema com potências navais poderosas, improvável no horizonte de tempo hoje imaginável, mas não decididamente impossível no longo prazo. É claro que o submarino nuclear tem potencial ofensivo, mas não visualizo razão de uso desse potencial ofensivo pelo Brasil, visualizo-o sim na defesa distante, basicamente como fator de dissuasão e até na defesa efetiva, se a dissuasão não funcionar."
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"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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