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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás
Enviado: Seg Jun 09, 2008 7:03 pm
por Tigershark
09/06/2008 - 18h04 - Atualizado em 09/06/2008 - 18h10
Ex-presidente boliviano diz que Bolívia é "colônia venezuelana"
Da EFE
Bogotá, 9 jun (EFE) - O ex-presidente boliviano Jorge Quiroga afirmou que o problema que afeta o hemisfério e, mais diretamente, seu país, é o "projeto hegemônico" do chefe de Estado venezuelano, Hugo Chávez, e indicou que a Bolívia se transformou em uma "colônia venezuelana".
O ex-governante (2001-2002) assegurou em entrevista publicada hoje no jornal "El Espectador", de Bogotá, que o atual Governo do presidente boliviano, Evo Morales, "é um satélite de propriedade direta de Hugo Chávez".
"O caso da Bolívia é absolutamente descarado: o Governo distribui cheques, destinados à conta da embaixada da Venezuela, em guarnições militares, municípios e organizações sindicais. O presidente da Bolívia se desloca em aviões e em helicópteros venezuelanos", disse.
Quiroga, que está de visita a Bogotá para participar, hoje, do fórum "Encontrando a rota da prosperidade coletiva", acrescentou que este não é um tema de esquerda ou direita, mas de um projeto financiado pelo petróleo que procura chegar às urnas, "governar com hegemonia e perpetuar-se na tirania".
O líder da oposição no Congresso boliviano, com o partido Poder Democrático e Social (Podemos), afirmou que será candidato nas eleições de 2010 para evitar que a Bolívia se transforme em uma "colônia chavista".
"O atual Governo da Bolívia é propriedade de Hugo Chávez e o que não vou deixar é que meu país seja de sua propriedade. Entendamos que este projeto e suas expressões em Bolívia, Nicarágua, Equador e Paraguai são a maior ameaça para a democracia e a liberdade", ressaltou.
De outro lado, disse que a Colômbia tem a "obrigação hemisférica" de revelar todos os dados dos computadores do ex-líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) "Raúl Reyes" para conhecer os laços dessa guerrilha com Governos da região.
Raúl Reyes, porta-voz internacional das Farc, morreu em 1º de março em uma operação militar colombiana em território equatoriano no qual também foram mortas outras 25 pessoas, entre elas quatro mexicanos e um equatoriano. EFE
Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás
Enviado: Seg Jun 09, 2008 9:07 pm
por bruno mt
demoraram eim, até o Brasil no lugar na Bolivia já tinha percebido.
Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás
Enviado: Sáb Jun 14, 2008 1:08 pm
por Tigershark
14/06/2008 - 12h46 - Atualizado em 14/06/2008 - 12h50
Argentina, Brasil e Colômbia lamentam falta de diálogo na crise boliviana
Da France Presse
LA PAZ, 14 Jun 2008 (AFP) - Os governos da Argentina, Brasil e Colômbia, mediadores de um diálogo interpartidário na Bolívia, lamentaram neste sábado que até o momento a crise política neste país não tenha sido resolvida, segundo um comunicado conjunto divulgado em La Paz.
"O Grupo de Países Amigos lamenta a falta de condições, até o momento, para que se concretize um diálogo e um acordo nacional", afirmou o manifesto divulgado pelas delegações diplomáticas dos três países.
Os três países fizeram um "enfático pedido a todos os setores políticos da Bolívia para que contribuam para a viabilização de um diálogo amplo e consistente, voltado para a solução das dificuldades que afetam o país".
O vice-presidente boliviano Alvaro García adiou uma conversa com partidos de oposição, orientado a atenuar a crise política, para depois do referendo revocatório de mandatos de autoridades do próximo dia 10 de agosto.
O referendo foi convocado em meio a uma forte crise entre o governo, que apóia uma nova Constituição de corte estadista, e a oposição que deseja a autonomia dos departamentos liberais.
Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás
Enviado: Seg Jun 16, 2008 5:45 pm
por Tigershark
16/06/2008 - 17h20 - Atualizado em 16/06/2008 - 17h25
EUA chamam embaixador na Bolívia para consultas após protestos
Da EFE
Washington, 16 jun (EFE) - Os Estados Unidos chamaram hoje para consultas seu embaixador em La Paz, Philip Goldberg, e criticaram declarações de alguns membros do Governo boliviano, que, em sua opinião, trazem dúvidas à disposição da Bolívia de proteger a embaixada americana.
Gonzalo Gallegos, porta-voz do Departamento de Estado americano, informou da decisão em comunicado, tomada depois que milhares de manifestantes protestaram contra a embaixada em 9 de junho e tentaram furar o cordão de segurança com pedras e paus. EFE
Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás
Enviado: Ter Set 09, 2008 8:44 am
por Edu Lopes
Chapa quente:
Opositores bolivianos fecham as fronteiras do departamento de Santa Cruz com o Brasil
LA PAZ e SANTA CRUZ DE LA SIERRA - Num agravamento da crise entre La Paz e os departamentos opositores da Meia Lua boliviana, grupos de estudantes radicais e líderes de comitês cívicos fecharam na segunda-feira as fronteiras do departamento de Santa Cruz com o Brasil e anunciaram a expulsão dos voluntários e funcionários cubanos e venezuelanos que trabalham na região. De acordo com a edição desta terça-feira do jornal "O Globo", manifestantes dos departamentos de Beni e Tarija também ameaçam fechar seus postos de fronteira e interromper nas próximas horas o fornecimento de gás natural para Brasil e Argentina , o que poderia provocar uma crise de desabastecimento nos dois países. O presidente Evo Morales, no entanto, tentou tranqüilizar o governo brasileiro e argentino, assegurando que o abastecimento aos dois países está garantido.
A tomada dos postos alfandegários em Santa Cruz, o departamento mais rico da Bolívia, foi feita ainda pela manhã pela União Juvenil de Santa Cruz (UJC), grupo estudantil radical apontado por muitos analistas como racista e o maior defensor da independência da Meia Lua do resto da Bolívia.
Segundo a imprensa boliviana, os opositores já têm 20 pontos de bloqueio em todo o país, entre postos de fronteira e estradas. A Bolívia viu sua crise política se intensificar depois do referendo revogatório do dia 10 de agosto, em que Morales e a maior parte dos governadores da oposição tiveram seus mandatos confirmados.
Morales troca ministro de Hidrocarbonetos
De maneira supreendente, Morales revelou na noite de segunda-feira que realocou o poderoso ministro de Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, concedendo a ele um outro posto em seu gabinete.
A mudança no gabinete de Morales atingiu os influentes ministros da área política, atualmente concentrados no manejo do conflito entre a mudança constitucional impulsionada pelo governo e as autonomias que reclamam várias regiões controladas pela oposição de direita.
Villegas, que foi substituído pelo político governista Saúl Avalos, voltou a ocupar o cargo de ministro do Planejamento do Desenvolvimento, seu posto original no gabinete.
Um dia antes do anúncio de Morales, Villegas afirmara que as exportações de gás natural para o Brasil e a Argentina eram realizadas "normalmente".
- A partir do momento em que foram declaradas as greves e os bloqueios de estradas, o governo decidiu militarizar (as regiões gasíferas) e resguardar todo o sistema de transportes para garantir tanto o abastecimento interno quanto o externo - disse.
Trata-se da terceira recomposição da equipe de colaboradores de Morales em dois anos e meio de gestão.
Outras três mudanças atingiram os ministério da Saúde, Desenvolvimento Rural e Microempresa.
Crise causa mal-estar entre militares bolivianos
A escalada de violência está provocando um clima de forte mal-estar entre alguns setores das Forças Armadas do país que, segundo analistas locais complicará ainda mais a crise em que está mergulhado o governo de Morales. Na segunda-feira, o canal de TV "Gigavisión", de Santa Cruz, divulgou um pronunciamento elaborado por um grupo de militares que pediu ao governo e à oposição que busquem alcançar um acordo através do diálogo. Os militares pediram para não serem identificados.
- A posição das Forças Armadas é muito delicada. Elas continuarão defendendo a democracia, o governo e todas as instituições do país, mas para isso estão enfrentando situações muito complicadas - disse o professor da Universidade Maior de San Andrés, Carlos Cordero.
Segundo ele, "a maioria dos militares teme que a crise os obrigue a reprimir de forma violenta os opositores do governo".
Fonte: http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/ ... 138059.asp
Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás
Enviado: Ter Set 09, 2008 10:34 am
por delmar
tomada dos postos alfandegários em Santa Cruz, o departamento mais rico da Bolívia, foi feita ainda pela manhã pela União Juvenil de Santa Cruz (UJC), grupo estudantil radical apontado por muitos analistas como racista e o maior defensor da independência da Meia Lua do resto da Bolívia.
Estes são os caras. Uma cópia boliviana das SS com a Falange espanhola e os camisas pretas do Mussolini. Sempre que a coisa descamba para a paulera, eles estão no meio. É o braço armado e violento das provincias rebeldes. Acreditam alguns que eles já armazenaram armas suficientes para peitar o Morales e até o exército boliviano, sem contar que podem ter simpatizantes dentro das forças armadas.
saudações
Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás
Enviado: Ter Set 09, 2008 12:23 pm
por jauro
Situação política preocupa Brasília Governo descarta enviar tropas
Eliane Oliveira
BRASÍLIA. A possibilidade de interrupção do fornecimento de gás natural para o Brasil é o que mais preocupa o governo brasileiro, no agravamento da situação política na Bolívia. Ontem, vias de acesso, postos aduaneiros e de fronteira com o Brasil foram fechados por opositores ao governo Evo Morales e há ameaça de corte na exportação de gás. O Itamaraty não se manifestou. E o ministro da Defesa, Nelson Jobim, descartou o envio de tropas para reforçar a segurança nos trechos bloqueados na fronteira brasileira com a Bolívia. Para Jobim, o assunto deve ser resolvido de outra forma:
- A solução para essas coisas é pela via diplomática.
O Exército, questionado sobre a situação ou possíveis transtornos do lado brasileiro, limitou-se a informar que a segurança do lado brasileiro da fronteira com a Bolívia - que se estende do Acre até o Mato Grosso do Sul - é responsabilidade das secretarias de segurança pública dos Estados. Porém, essa atividade não é responsabilidade das polícias estaduais.
O governo vem alertando as autoridades bolivianas de que o cumprimento do contrato de fornecimento de gás é sagrado e qualquer interrupção implica multas pesadas. A Bolívia envia ao Brasil cerca de 32 milhões de metros cúbicos diários de gás.
O presidente Evo Morales vem repetindo que não faltará gás ao mercado brasileiro. Para evitar mais problemas, a Petrobras está investindo no país vizinho em novos projetos de prospecção de gás.
- Enquanto tem movimentação na fronteira, tudo bem. O que não se pode é mexer no gasoduto - disse José Augusto de Castro, vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).
O Itamaraty afirmou apenas que aguarda mais informações da embaixada em La Paz, que está acompanhando o assunto.
A indústria paulista depende fortemente do gás boliviano e uma redução num momento de aquecimento da economia seria um caos, segundo uma autoridade com trânsito na área diplomática. De janeiro a agosto deste ano, a Petrobras importou cerca de US$1,7 bilhão de gás boliviano.
COLABORARAM: Carolina Brígido e Leila Suwwan
Bom momento para obscurecer os grampos e se lançar o PND
Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás
Enviado: Ter Set 09, 2008 9:13 pm
por XBASIC
Manifestantes bolivianos fecham dutos que exportam gás ao Brasil
O Globo
Manifestantes anti-Morales enfrentam a polícia em Santa Cruz, Bolívia / Reuters
LA PAZ - Um grupo de manifestantes opositores ao governo de Evo Morales fechou na manhã desta terça-feira quatro dutos pelos quais Bolívia exporta gás natural ao Brasil, segundo informou a rádio local Erbol.
Clique e veja imagens dos confrontos em Santa Cruz
De acordo com a rádio, manifestantes ligados ao movimento cívico do departamento de Tarija fecharam as válvulas de parte dos gasodutos que passam por Taicuasi, comunidade situada a 33 quilômetros de Villa Montes, próxima da rodovia que liga esta cidade a Santa Cruz.
A iniciativa faz parte de uma série de protestos que são realizados nos departamentos mais ricos da Bolívia, na região chamada Meia Lua, com o objetivo de pressionar o governo de Morales. As manifestações incluem também o bloqueio de diversas rodovias bolivianas, algumas delas interrompidas há mais de 15 dias. ( Leia mais )
Os movimentos cívicos exigem que o governo de Evo Morales restitua aos departamentos um imposto cobrado sobre os hidrocarbonetos, que foi destinado pelo governo nacional ao pagamento de uma pensão para idosos.
Felipe Moza, presidente do Comitê Cívico da cidade de Villa Montes, também confirmou à rádio Erbol a intenção de fechar nas próximas horas outros gasodutos entre Bolívia e Brasil.
"Estamos cansados de que o governo não atenda as demandas do Chaco, por isso decidimos fechar as chaves de bypass e em poucas horas o Brasil vai perceber que o gás não está chegando como deveria", indicou Moza.
Nesta segunda-feira, o governo havia declarado que, graças à proteção militar nos centros de distribuição, a exportação de gás não seria afetada pelos protestos da oposição.
- Garantimos a regularidade do envio de gás à Argentina e ao Brasil - afirmou ontem o ministro de Planificação e Desenvolvimento, Carlos Villegas, citado pela Agência Boliviana de Informação.
Villegas, que já foi ministro dos Hidrocarbonetos, também advertira os manifestantes que este tipo de boicote seria um "auto-bloqueio", pois uma redução na exportação de gás - com a qual "o país obtém US$ 2 bilhões" - significaria menos dinheiro no caixa do Estado, o que levaria a um corte no orçamento destinado aos departamentos.
Segundo a agência de notícias estatal boliviana, o país produz cerca de 40 milhões de metros cúbicos diários de gás, dos quais 7 milhões abastecem o mercado interno e 31 milhões são exportados ao Brasil, destinados principalmente ao pólo industrial de São Paulo.
(ANSA)
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/ ... 145857.asp
É a hora de invadir é colocar ordem naquilo lá...
Inté!! =)
Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás
Enviado: Ter Set 09, 2008 10:50 pm
por WalterGaudério
XBASIC escreveu:Manifestantes bolivianos fecham dutos que exportam gás ao Brasil
O Globo
Manifestantes anti-Morales enfrentam a polícia em Santa Cruz, Bolívia / Reuters
LA PAZ - Um grupo de manifestantes opositores ao governo de Evo Morales fechou na manhã desta terça-feira quatro dutos pelos quais Bolívia exporta gás natural ao Brasil, segundo informou a rádio local Erbol.
Clique e veja imagens dos confrontos em Santa Cruz
De acordo com a rádio, manifestantes ligados ao movimento cívico do departamento de Tarija fecharam as válvulas de parte dos gasodutos que passam por Taicuasi, comunidade situada a 33 quilômetros de Villa Montes, próxima da rodovia que liga esta cidade a Santa Cruz.
A iniciativa faz parte de uma série de protestos que são realizados nos departamentos mais ricos da Bolívia, na região chamada Meia Lua, com o objetivo de pressionar o governo de Morales. As manifestações incluem também o bloqueio de diversas rodovias bolivianas, algumas delas interrompidas há mais de 15 dias. ( Leia mais )
Os movimentos cívicos exigem que o governo de Evo Morales restitua aos departamentos um imposto cobrado sobre os hidrocarbonetos, que foi destinado pelo governo nacional ao pagamento de uma pensão para idosos.
Felipe Moza, presidente do Comitê Cívico da cidade de Villa Montes, também confirmou à rádio Erbol a intenção de fechar nas próximas horas outros gasodutos entre Bolívia e Brasil.
"Estamos cansados de que o governo não atenda as demandas do Chaco, por isso decidimos fechar as chaves de bypass e em poucas horas o Brasil vai perceber que o gás não está chegando como deveria", indicou Moza.
Nesta segunda-feira, o governo havia declarado que, graças à proteção militar nos centros de distribuição, a exportação de gás não seria afetada pelos protestos da oposição.
- Garantimos a regularidade do envio de gás à Argentina e ao Brasil - afirmou ontem o ministro de Planificação e Desenvolvimento, Carlos Villegas, citado pela Agência Boliviana de Informação.
Villegas, que já foi ministro dos Hidrocarbonetos, também advertira os manifestantes que este tipo de boicote seria um "auto-bloqueio", pois uma redução na exportação de gás - com a qual "o país obtém US$ 2 bilhões" - significaria menos dinheiro no caixa do Estado, o que levaria a um corte no orçamento destinado aos departamentos.
Segundo a agência de notícias estatal boliviana, o país produz cerca de 40 milhões de metros cúbicos diários de gás, dos quais 7 milhões abastecem o mercado interno e 31 milhões são exportados ao Brasil, destinados principalmente ao pólo industrial de São Paulo.
(ANSA)
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/ ... 145857.asp
É a hora de invadir é colocar ordem naquilo lá...
Inté!! =)
Mas se até o nosso ministro da Defesa vem com essa ladainha de "faça amor , não faça a guerra..." fica difícil pacas, botar pressão nos caras(ou melhor nos Cambas)
Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás
Enviado: Ter Set 09, 2008 10:56 pm
por Paisano
O Brasil não fará nada se não houver um pedido formal de ajuda por parte do Governo Boliviano.
Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás
Enviado: Ter Set 09, 2008 11:05 pm
por Kratos
Achei bom o dia em que o Morales não conseguiu pousar o heli dele por lá e tiveram que vir pra cá pedir socorro. Podiam ter derrubado ele na pedrada.
Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás
Enviado: Qua Set 10, 2008 7:26 am
por cvn73
Infelizmente na Bolívia se o Evo cair, quem vai protestar são os índios.
As vezes penso que a solução é a separação definitiva entre o Oriente (a meia lua) e a parte do altiplano, pode parecer radical , mas acho que são regiões irreconciliáveis .
Manifestantes invadem e saqueiam prédios estatais na Bolívia
da Folha Online
Grupos de manifestantes invadiram e saquearam vários escritórios estatais em Santa Cruz, informou a imprensa local. Entre os alvos estava a empresa pública de telecomunicações Entel, cuja fachada foi destruída e queimada, e a sede regional do canal de TV estatal.
"Com a falta de proteção policial, grupos de vândalos conseguiram entrar nos escritórios da Televisão Boliviana, onde destruíram instalações e quebraram equipamentos", denunciou à imprensa o chefe regional da Televisión Boliviana-Canal 7 em Santa Cruz, Edgar López.
Os manifestantes saquearam o escritório, destruíram computadores e móveis e fizeram uma fogueira na porta de entrada do prédio, segundo imagens da emissora privada ATB. Poucas horas antes dos protestos, o Canal 7 havia suspendido suas transmissões.
Manifestantes queimam computadores, durante protestos em Santa Cruz
Grupos de jovens, liderados pela União Juvenil Cruzense (UJC), também ocuparam as instalações da Entel para "entregá-las à administração do governador Rubén Costas", governador oposicionista de Santa Cruz, revelou o ex-constituinte Javier Limpias.
O prédio foi ocupado no final da tarde por centenas de pessoas, que saquearam suas instalações, jogaram documentos e objetos pelas janelas, e os queimaram nas imediações da Entel.
Segundo a imprensa local, os sinos da catedral de Santa Cruz tocaram "durante toda a tarde por determinação do comitê cívico", que lidera as manifestações contra Morales.
Ao menos um soldado, entre um grupo que tentava conter os protestos, e vários jovens ficaram feridos, segundo a agência France Presse. Desde as 10h (11h, de Brasília), policiais e militares protagonizaram hoje uma batalha campal com os grupos de opositores, na maioria jovens.
Os manifestantes exigem que o presidente Evo Morales repasse às regiões a renda petroleira que o governo decidiu destinar, em janeiro, para um programa nacional de assistência aos idosos. Nesta terça-feira os protestos já tinham se espalhado por várias regiões da Bolívia, embora os principais focos de enfrentamento com a polícia estejam se dando nos cinco departamentos governados por opositores de Morales.
Santa Cruz, Beni, Pando, Tarija e Chuquisaca são os cinco Estados que rejeitam o projeto da nova Constituição, proposta por Morales e exigem autonomia.
Soldados tentam conter protestos da oposição contra o governo de Evo Morales, no departamento de Santa Cruz, no sudeste da Bolívia
Os manifestantes já haviam ocupado hoje os escritórios da Receita e do Instituto Nacional de Reforma Agrária (INRA) em Santa Cruz, expulsando policiais e soldados que guardavam o local. A TV boliviana mostrou um manifestante exibindo dois fuzis e um capacete como troféu.
O vice-ministro do Interior, Rubén Gamarra, responsabilizou o governador Rubén Costas e o líder civil e empresário Branko Marinkovic pelos incidentes que, segundo ele, "promovem a violência".
Já Marinkovic culpou o novo gabinete, empossado na segunda-feira por Morales, que acusou de ter recebido "instruções da Venezuela" para aplacar os protestos da oposição.
Segundo rádios locais, grupos opositores também ocuparam o Aeroporto Viru Viru de Santa Cruz, o de maior tráfego da Bolívia.
Reforma no governo
Em meio à crise, Morales empossou nesta segunda-feira cinco ministros, realizando um ajuste no gabinete. Ingressaram no governo: o novo ministro da Saúde, Ramiro Tapia, que assumiu a pasta de Wálter Selum e o ministro de Hidrocarbonetos Saúl Avalos, que substituiu Carlos Villegas, que passou ao ministério do Planejamento.
Carlos Romero assumiu como ministro do Desenvolvimento Rural e Agropecuário no lugar de Susana Rivero, que passou ao ministério da Microempresa. A dança das cadeiras no ministério de Morales --especialmente na área de hidrocarbonetos-- surpreendeu políticos e analistas. Foi a terceira reforma ministerial do atual governo em dois anos e meio de gestão, desde a posse em janeiro de 2006.
Na pasta de Hidrocarbonetos, Villegas era visto como "moderado" por interlocutores de países vizinhos. Ávalos ficou mais conhecido durante a Assembléia Constituinte, da qual foi integrante e defensor das propostas do governo.
Gás em risco
A crise ameaça também o envio de combustíveis ao Brasil, que é o principal importador de gás da Bolívia. Mais de 70% do que o mercado brasileiro compra se destina ao mercado paulista.
No final de semana, integrantes do comitê cívico local --que reúne empresários e comerciantes aliados dos governadores de oposição-- ocuparam uma estação de compressão de gás, nos arredores de Tarija.
Foi a primeira invasão de uma instalação de gás desde que os líderes oposicionistas ameaçaram interromper a distribuição para Brasil e Argentina. Na sexta-feira (05), o chanceler brasileiro, Celso Amorim, disse que a Embaixada do Brasil em La Paz estava em contato com líderes da oposição e descartou que os manifestantes cumprissem suas ameaças.
Grupos opositores também invadiram uma usina de distribuição de gás natural para o Brasil operada pela empresa Transierra nesta terça-feira, informou um executivo da companhia à France Presse. Por causa do protesto, quatro válvulas de gás teriam sido fechadas, segundo os manifestantes.
ia.
Mas o diretor jurídico da Superintendência de Hidrocarbonetos da Bolívia, Leonardo Chiquie, disse nesta terça-feira, em mensagem à imprensa, que acha "muito difícil" os invasores da usina de distribuição de gás natural do povoado de Villamontes terem fechado as válvulas de fornecimento do produto ao Brasil.
Os invasores seriam moradores da região do povoado de Villamontes, a cerca de 1.200 km de La Paz. A administradora da usina é formada pela brasileira Petrobras, a francesa Total e a boliviana Andina. O assessor de Relações Institucionais da Transierra, Hugo Muñoz, disse que a companhia "enviou técnicos para avaliar a situação e ver se há danos".
Questionada sobre os reflexos do fechamento da fronteira e postos alfandegários do departamento de Santa Cruz, na Bolívia, com o Brasil, a diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, informou em nota divulgada pela empresa nesta terça-feira que o abastecimento de gás pelo país vizinho "está absolutamente normal".
"A Bolívia tem sido um excepcional supridor de gás para o Brasil, apesar de todas as suas inquietações." A diretora reiterou a expectativa positiva da Petrobras. "Até o momento não há sinal algum de que possamos ter perda de suprimento do gás da Bolívia".
Com Efe e France Presse.
Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás
Enviado: Qua Set 10, 2008 9:27 am
por delmar
O chamados UNIONISTAS, ou seja os membros da UJC é que estão liderando os protestos. São o braço armado dos dissidentes orientais. Se o Evo Morales continuar indeciso quanto ao que fazer vai acabar dançando.
saudações
Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás
Enviado: Qua Set 10, 2008 11:58 am
por Edu Lopes
O cabeçudo está começando a colher o que plantou. Alías, nem foi ele que plantou, foi seu mentor.
Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás
Enviado: Qua Set 10, 2008 4:53 pm
por cvn73
Parece que a galera da coca está querendo intervir, se isso acontecer a coisa sai dos eixos.
Parece que é isso que a UJC está querendo (e provocando), uma reação dos cocaleiros, se eles (os cocaleiros ) cercarem Santa Cruz o pau come solto.
Camponeses bolivianos prometem cerco a Santa Cruz; governo aponta golpe
da Folha Online
Os sindicatos campesinos que apóiam o presidente da Bolívia, Evo Morales, prometem iniciar ainda nesta quarta-feira um bloqueio de estradas e um cerco à cidade de Santa Cruz, centro dos protestos contrários ao governo federal, ontem (9).
De acordo com a agência de notícias Efe, o dirigente dos produtores de coca Julio Salazar disse à mídia de Cochabamba que os movimentos sociais "não têm mais paciência" para os grupos anti-Morales e que farão o cerco para "defender a democracia e a unidade do país". Eles acusam os anti-Morales de liderar "um golpe de Estado".
Salazar ecoa a opinião que os ministros do Interior, Alfredo Rada, e da Defesa, Walker San Miguel, expressaram ontem. Para eles, existe um "golpe de Estado cívico-governatorial" em andamento. Os dois chamaram de "fascistas" os atos promovidos pelos Comitês Cívicos, as entidades empresariais que lideram os protestos e são aliadas a governadores oposicionistas.
Esses governadores oposicionistas são dos departamentos (Estados) de Santa Cruz, Beni, Pando, Tarija e Chuquisaca, onde os protestos têm sido mais acirrados.
Santa Cruz
Soldados tentam conter protestos da oposição contra o governo de Evo Morales, no departamento de Santa Cruz, no sudeste da Bolívia
Santa Cruz é o departamento mais rico do país, e seu governador, Rubén Costas, realiza oposição radical a Morales, a quem já chamou de "macaco", depois do referendo em que ambos foram ratificados em seus cargos, em agosto passado.
Ontem, durante quase todo o dia, policiais e jovens liderados pela União Juvenil Cruzense (UJC) se enfrentaram nas ruas. Em algumas horas, os jovens invadiram os escritórios da Receita, do Instituto Nacional de Reforma Agrária, da empresa pública de telecomunicações Entel e do canal de TV estatal.
Hoje, Costas acusou Morales de ser o responsável "pelo acontecido". Para ele, os protestos na cidade de Santa Cruz são conseqüência do "terrorismo de Estado" praticado por Morales e da sua "cegueira" para reconhecer "o direito dos povos ao livre arbítrio e a soberania dos departamentos autônomos".
Igreja
Nesta quarta-feira, a Igreja Católica e a estatal Defensoria Pública pediram que situação e oposição dialoguem para pôr fim aos conflitos. "Faço um forte chamado à pacificação e ao respeito à vida. Rejeito toda atitude e ação que vá contra a pessoa humana, seus direitos e sua dignidade", disse o bispo Jesús Juárez.
"Hoje mais que nunca a Bolívia precisa de diálogo", afirmou o defensor público e defensor dos direitos humanos Waldo Albarracín. "É melhor conversar agora do que depois, no fim do ano, com uns cem mortos."
Reivindicação
Os confrontos estão concentrados nos cinco departamentos governados por opositores de Morales. Os manifestantes reivindicam que o governo devolva aos departamentos a renda oriunda do petróleo que, desde janeiro passado, é destinada a um programa nacional de assistência aos idosos.
Os departamentos opositores também rejeitam o projeto da nova Constituição proposto por Morales. Eles exigem autonomia.
Com Efe e Associated Press