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Re: ESTRATÉGIA NAVAL
Enviado: Ter Mai 12, 2009 11:17 pm
por Bolovo
Walterciclone escreveu: Positivo, foi na década de oitenta ainda, era o AGM 135 ou AIM 135, no entanto tratava-se de uma arma ASAT sub-orbital, não servindo para atingir satélites em orbitas médias ou altas.
ASM-135 ASAT
ASM: Anti-Satellite Missile
Foram fabricados 15, testados 5, com 4 sucessos, mas nunca chegou a entrar em operação.
http://en.wikipedia.org/wiki/ASM-135_ASAT
Re: ESTRATÉGIA NAVAL
Enviado: Ter Mai 12, 2009 11:19 pm
por WalterGaudério
Bolovo escreveu:Walterciclone escreveu: Positivo, foi na década de oitenta ainda, era o AGM 135 ou AIM 135, no entanto tratava-se de uma arma ASAT sub-orbital, não servindo para atingir satélites em orbitas médias ou altas.
ASM-135 ASAT
ASM: Anti-Satellite Missile
Foram fabricados 15, testados 5, com 4 sucessos, mas nunca chegou a entrar em operação.
http://en.wikipedia.org/wiki/ASM-135_ASAT
Esclarecido. Era 135 afinal
Re: ESTRATÉGIA NAVAL
Enviado: Ter Mai 12, 2009 11:44 pm
por Vinicius Pimenta
Então seria inviável?
Re: ESTRATÉGIA NAVAL
Enviado: Qua Mai 13, 2009 8:33 am
por Marino
Creio que sim. Já existe antecedente.
Re: ESTRATÉGIA NAVAL
Enviado: Qua Mai 13, 2009 9:12 am
por FIGHTERCOM
felipexion escreveu:
Que aliás agora ele inventou a idéia de comprar Harriers para manter na amazônia.
Numa região daquela, aonde é complicado construir pistas em pontos estratégicos, não seria uma má idéia. Mas é preciso saber como a plataforma de comportaria naquele ambiente. Lembro de um PDF postado aqui no DB que mencionava sobre a dificuldade de se construir uma pista na fronteira com a Venezuela para pouso dos Caravan. Seria mais fácil construir um quadrado concretado (10mx10m?) do que uma pista.
Abraços,
Wesley
Re: ESTRATÉGIA NAVAL
Enviado: Qua Mai 13, 2009 9:22 am
por WalterGaudério
Vinicius Pimenta escreveu:Então seria inviável?
Vinícius sim seria inviável, uma vez que os satélites de comunicações estão e Orbitas altíssimas, para serem atingidos por mísseis do porte do AGM 135. O que os russos e , parece que agora, os chineses tb , fazem é desviar um satelite previamente lançado com esta finalidade e "ajustar" sua altitude para colidir, ou explodir próximo ao satélite alvo. Diz que a maioria daos satélites da série kosmos tem energia residual para efetuar missões ASAT após esgotar sua vida últil.
Naves Progress tb poderiam fazer o serviço, mas não como interceptação direta. Os chineses conduziram a cerca de uns 3/4 anos atrás um teste assim e foi muito comentado aqui na lista.
Re: ESTRATÉGIA NAVAL
Enviado: Qua Mai 13, 2009 8:09 pm
por felipexion
FIGHTERCOM escreveu:felipexion escreveu:
Que aliás agora ele inventou a idéia de comprar Harriers para manter na amazônia.
Numa região daquela, aonde é complicado construir pistas em pontos estratégicos, não seria uma má idéia. Mas é preciso saber como a plataforma de comportaria naquele ambiente. Lembro de um PDF postado aqui no DB que mencionava sobre a dificuldade de se construir uma pista na fronteira com a Venezuela para pouso dos Caravan. Seria mais fácil construir um quadrado concretado (10mx10m?) do que uma pista.
Abraços,
Wesley
Segue MP.
Re: ESTRATÉGIA NAVAL
Enviado: Qui Jun 11, 2009 7:12 pm
por Marino
Também "puxei" este tópico do fim da página para os que estão discutindo PA entendam o uso do mesmo.
Leiam sobre Controle do Mar e Projeção de Poder, principalmente.
Também sobre Manobra Estratégica no Mar.
Mas não esqueçam: aqui é sobre Estratégia.
Re: ESTRATÉGIA NAVAL
Enviado: Sex Jul 03, 2009 7:22 pm
por Marino
Is Chinese Naval Doctrine Based On The Theories Of Admiral Mahan?
June 30, 2009
Is Chinese Naval Doctrine Based On The Theories Of Admiral Mahan?
Martin McCauley writes from the United States: Rear Admiral Alfred
Thayer Mahan (1840-1914) was one of the greatest theorists of naval
power. He conducted a cost benefit analysis of imperial expansion by
integrating commercial, naval and political aspects. How does a nation
expand its power at the lowest possible cost? He concluded that
commerce was of paramount importance. War was to be a last resort, he
stressed. In other words, the goal was expansion by stealth.There are
two main schools of thought about naval power. One posits that the
largest and most powerful navy should be assembled and then used to
defend and expand power. Battleships and aircraft carriers are of key
importance. The other regards the huge expenditure and servicing of
such a navy as a needless waste of national resources. The main
concern should be to protect and expand trade. This involves securing
strategic bases in strategic regions. Do not develop a navy which is
perceived as a growing threat to one’s neighbours and competitors. In
other words, do not get involved in a naval arms race.
Mahan’s most famous work is The Influence of Sea Power Upon History
1660-1783, published in 1890. In it he attempted to elucidate the
reasons for the rise and fall of empires and great states. He deduced
that the secret of Great Britain’s success was sea power. This was the
critical factor in the defeat of Napoleonic France when Britain was
able to blockade French ports and hence neutralise the French navy.
His other writings could not explain the rise of Bismarckian Germany.
However, he was vindicated in 1918 when a major factor in the defeat
of Kaiser Wilhelm II’s Germany was the weakness of its navy.
Mahan’s writings were closely studied by the Imperial Japanese Navy,
amid many others. It would now appear that the People’s Republic of
China is devoting intensive study to his publications. Nineteenth
century America and present day China have much in common. How should
Beijing expand its navy without provoking other powers to respond?
China’s demand for hydrocarbons and raw materials has forced it to
sail the seven seas in pursuit of these sinews of industry. Almost
accidentally it has acquired a worldwide reach. Since its imports are
strategically important it needs a navy capable of protecting the sea
lanes. The last time China had a navy which sailed into such distant
waters was 600 years ago. It has a lot of catching up to do to become
as professional as other navies.
Chinese naval writings emphasise the link between commerce and naval
power. A goal is to command strategic passages, such as the Strait of
Hormuz and the Strait of Malacca, vital to Chinese trade.
Of primary importance is Taiwan. If the Middle Kingdom were to take
control over it, China would have a gateway to the western Pacific.
The Chinese talk of the First Island Chain which runs from Japan to
Indonesia. The declared goal is to expand to the Second Island Chain
which would make China potentially master of the western Pacific.
Hence Beijing will do its upmost to prevent Taiwan becoming
independent. Should Taipei become independent Beijing’s dream of
becoming a great Pacific and world sea power would never be realised.
The Chinese agree enthusiastically with Mahan’s claim that a nation
cannot be great without sea power. China is perceived to be an
‘oceanic nation’ endowed with a long coastline, many islands and a
huge sea area under its control. China is building aircraft carriers,
probably because it can see how the U.S. uses them to project power.
However, Mahan warned that ‘commerce thrives by peace and suffers by
war’. He claimed that peace was the ‘superior interest’ of seagoing
powers. Hence he did not advocate a race to build the biggest battle
fleet. Some Chinese writers appear to have taken this to heart and
advocate restricting China’s sea power to the First Island Chain.
China’s navy should not be seen as a threat to anyone and its function
is to defend the national interest. Others, of course, would like
China to expand its influence several hundred miles from its
shoreline.
If the Chinese leadership decide to learn from Mahan the world will be
a safer place.
Re: ESTRATÉGIA NAVAL
Enviado: Sáb Jul 04, 2009 3:15 pm
por Quiron
Olá, Marino.
Teria alguma relação com essa idéia de "paz é o maior interesse para nações navais" o fato da MB não ter mencionado um substituto pro São Paulo com propulsão nuclear? Falo no sentido de termos uma Marinha poderosa para a defesa do país mas não extremamente poderosa a ponto de outros nos verem com receio, conforme os chineses pensam.
Re: ESTRATÉGIA NAVAL
Enviado: Sáb Jul 04, 2009 7:30 pm
por Marino
Não leve ao pé da letra o que os autores interpretam de Mahan.
É claro que para uma nação que vive do comércio marítimo, como era a Inglaterra de seu tempo, a paz nos mares era seu o principal interesse.
Mas isso não a fazia renunciar a um imenso poder naval. A USN cresceu a partir de Mahan, basta lembrarmos a construção da Grande Esquadra Branca, que fez um cruzeiro ao redor do mundo mostrando que havia um novo poder naval a ser levado em conta.
A China tinha um planejamento que a faria capaz, de acordo com sua avaliação, de enfrentar a USN em sua área de interesse em 2025. Sabemos como o tempo é relativo para os chineses. O planejamento continua.
A questão do PA nuclear para o Brasil deve ser tratada por uma próxima geração de Almirantes, após o sucesso do SSN. Foi o que ocorreu em outras Marinhas.
Re: ESTRATÉGIA NAVAL
Enviado: Dom Ago 02, 2009 12:35 pm
por alexmabastos
Não sei se já foi postado no DB mas aqui vai um interessante artigo inglês de considerações sobre o conflito nas Malvinas:
The Falklands’ Forgotten Lessons
2009 August 1
by Mike Burleson
Over time we often forget hard-won lessons from previous conflicts. There are several myths prevailing over the Falklands Conflict which some use to justify long-cherished naval ides which have little to do with actual lessons from war, but more with peacetime economy and building projects too often favored by industry over National Security. The 1982 Falklands Conflict is one such where myths prevail, so I decided to repost this in hopes of setting the record straight, or at least get you to thinking. From 2007 here are 5 Lessons of War from the Falklands Conflict:
25 years ago the first major air-land-sea war of the Missile Age was fought over a few sparsely populated islands in the far-off South Atlantic. Being the first major naval encounter since World War 2 with large fleet units on both sides, the 1982 Falklands Conflict offers many useful insights on conducting future warfare:
Numbers still count. Before the war, Britain was prepared to sell off a huge chunk of her Royal Navy, including a brand new aircraft carrier plus her 2 remaining assault landing ships, while reducing the number of Royal Marines. The timely Argentine invasion interrupted these plans with bare months to spare. Also, when several warships were lost due to cruise missiles and bombs, these were easily replaced in the frontline thanks to her large fleet of over 50 destroyers and frigates.
Military heritage still matters. Though the British armed forces were a shadow of her Imperial self, it still could field several old and highly skilled infantry units, including the Parachute Regiment, Royal Marines, SAS Commandos, the Ghurkas. Such professional volunteers easily bested the ill trained and poorly motivated conscripts of the Argentine Army.
Cruise Missiles decide strategy. The single factor in the placement of naval forces, other than the exceedingly long logistical chain to the South Atlantic, was the new power and reach of cruise missiles, as proven dramatically after the sinking of HMS Sheffield by a single Argentine Exocet missile. The British carriers were forced to sail at their planes’ operational limit to distance themselves from this threat, and the sinking of the cruiser General Belgrano was decided for fear she carried such weapons. The loss of a single aircraft carrier might have changed the course of the war.
Every ship is an aircraft carrier. The capabilities of the Harrier “jump jet” astounded friend and foe alike, with its capability against land based fighters, while being able to fly in the most adverse weather off any flight deck. Such planes could fly off a short runway of light carriers, or even a merchant vessel. The West’s future jump jet, the F-35B Lightning could be spread throughout the fleet, along with new unmanned aerial vehicles, rather than limited to a few vulnerable and expensive platforms.
The submarine is the new capital ship. This can be seen after a few observations of the sinking of the Argentine ship Belgrano by HMS Conqueror. The escorting destroyers chose to flee for their lives after the sinking, when in WW 2 they would have immediately attacked the aggressor sub. Likewise the Argentine Navy fled to port for the duration of the conflict. The lesson here is: Ignore the power of the modern nuclear attack sub at your peril!
From this single battle we divulge these 5 lessons which matter most in future war: plenty or enough of the right weapons, well-trained infantry, non-traditional aircraft, precision guided weapons, and submarines. Future military strategists and politicians in charge of buying new armaments, please take note!
Abs
Alex
Re: ESTRATÉGIA NAVAL
Enviado: Dom Ago 02, 2009 12:39 pm
por alexmabastos
Re: ESTRATÉGIA NAVAL
Enviado: Seg Set 14, 2009 3:50 pm
por Corsário01
Vou colocar aqui, porque este comentário questiona algo que para mim é estratégico.
"Infelizmente (na minha opinião) estamos falando de replicar toda a estrutura operativa, logística e administrativa do Comando-em-chefe da Esquadra (que passaria a ser a 1ª Esquadra) na Região N/NE por meio do Comando que se convencionou chamar de 2ª Esquadra. Ela terá base e meios operativos (navios e aeronaves) próprios e atuará em conjunto com uma 2ª Divisão Anfíbia, também a ser criada. Portanto, uma empreitada megalomaniaca.
A única coisa que não replicaria, seria a Força de Submarinos, que se tornaria una e independente, inclusive da atual Esquadra.
Sob o enfoque de fomento e desenvolvimento de uma Região mais carente, até pode fazer sentido, mas sob o aspecto militar, não faz nenhum! Uma Esquadra é uma força de reação. Lenta, planejada, prolongada e poderosa. Não faz sentido dividir o seu poder se só se tem um litoral. Não é uma força de "guarda costas", que tenha que reagir rapidamente. Essas são as forças Distritais.
Melhor seria aumentar as capacidades das atuais bases navais distritais para que possam prover o adequado apoio logístico a uma Força-tarefa que opere em sua região."
Este comentário foi postado por um forista do BM no tópico: 2ª Esquadra da MB.
Acho que seria interessante um debate com este forista, pois o mesmo é da MB e sua visão é antagônica ao que lemos por aqui.
Re: ESTRATÉGIA NAVAL
Enviado: Seg Set 14, 2009 4:46 pm
por Marino
Corsário01 escreveu:Vou colocar aqui, porque este comentário questiona algo que para mim é estratégico.
"Infelizmente (na minha opinião) estamos falando de replicar toda a estrutura operativa, logística e administrativa do Comando-em-chefe da Esquadra (que passaria a ser a 1ª Esquadra) na Região N/NE por meio do Comando que se convencionou chamar de 2ª Esquadra. Ela terá base e meios operativos (navios e aeronaves) próprios e atuará em conjunto com uma 2ª Divisão Anfíbia, também a ser criada. Portanto, uma empreitada megalomaniaca.
A única coisa que não replicaria, seria a Força de Submarinos, que se tornaria una e independente, inclusive da atual Esquadra.
Sob o enfoque de fomento e desenvolvimento de uma Região mais carente, até pode fazer sentido, mas sob o aspecto militar, não faz nenhum! Uma Esquadra é uma força de reação. Lenta, planejada, prolongada e poderosa. Não faz sentido dividir o seu poder se só se tem um litoral. Não é uma força de "guarda costas", que tenha que reagir rapidamente. Essas são as forças Distritais.
Melhor seria aumentar as capacidades das atuais bases navais distritais para que possam prover o adequado apoio logístico a uma Força-tarefa que opere em sua região."
Este comentário foi postado por um forista do BM no tópico: 2ª Esquadra da MB.
Acho que seria interessante um debate com este forista, pois o mesmo é da MB e sua visão é antagônica ao que lemos por aqui.
Padilha, não sei se vou ter tempo agora de responder todos os pontos que merecem ser respondidos.
Uma primeira coisa é que a MB fez de tudo para que essa idéia fosse repensada. Explicou aos Ministros que cuidavam de confeccionar a END a importância de se dispor de POSIÇÕES ESTRATÉGICAS, e a necessidade de não se dividir a Esquadra.
O Poder Político da nação, ouvidos os interessados, DECIDIU criar a Segunda Esquadra, aceitando as ponderações da MB em não dividir a atual, já claramente insuficiente.
Então SERÁ criada a segunda Esquadra, por DECISÃO daqueles a quem devemos obedecer. Ponto.
Na END há duas áreas de interesse para a MB claramente definidas: os campos do pré-sal, que vão de Vitória até Santa Catarina, e a foz do Rio Amazonas, ponto de entrada para nosso interior e nossa Região Amazônica.
Então, superado o desgaste inicial, se o PODER POLÍTICO DA NAÇÃO nos der os meios para a criação da 2ª Esquadra e da 2ª Divisão Anfíbia, além de potencializar a Esquadra existente, não temos que ficar tristes não, MUITO PELO CONTRÁRIO.
O interessante é que este posicionamento estratégico apareceu pela primeira vez no 1º Império, quando nossos representantes políticos na 1ª assembléia nacional discutiam a ameaça que viria pelo mar (Portugal) e diziam da necessidade de 2 Esquadras, uma para proteger a Corte até Santa Catarina (esqueceram o RGS) e outra para o Norte do Brasil.
Dizer que a ForS se indenpendizará é uma tolice tão grande que não merece resposta.
Então, NÃO SE DIVIDIRÁ O PODER DA ATUAL ESQUADRA, pelo contrário, ele será aumentado, mas se criará uma OUTRA Esquadra, cada uma nucleada em um PA, aumentando o Poder Naval do Brasil, em MUITO.
As Forças Distritais serão aumentadas, assim como as atuais Bases Distritais terão sua capacidade de apoio grandemente aumentada. Já estamos vendo os NPa de 500 ton e os NaPaOc de 1800 ton a caminho.
O autor não deve ter tido oportunidade de acompanhar os debates iniciais, entre a MB e o Governo, assim como não deve ter lido o PEAMB em sua parte de articulação.
Acabei respondento, não?