Fórum Defesa Brasil

Europa e EUA vendem armamentos de ponta para o Marrocos, a Rússia venda armamento de ponta para a Argélia, não sei de onde você tira essas coisas Flávio, mas não é papel do Brasil ser juiz do mundo.
No passado vendemos para o Iraque, Angola (puta ditadura), Líbia, hoje vendemos para a Indonésia tacar bomba nos separatistas, sem contar armas de pequenos porte rodam o mundo, como disse se não há sanção da ONU, é mercado.

E quem disse que temo vocação para ser juiz do mundo? Não somos de nós mesmos, vamos querer apitar jogo dos outros lá fora?
Só disse que deveríamos dar aos saauaris as mesmas oportunidades que são dadas aos marroquinos para comprar tudo o que eles precisam para defender o que julgam ser seu país. Qual o problema nisso?
Em termos bem simples. Se tem Astros 2020 para o Marrocos, por que não igualmente dispormos ALAC, IA-2/T-4, MSS 1.2, VBTP Guarani, radares, rádios, Marruás, caminhões, munições, logística e tudo o mais aos saauris? Não por acaso eles são reconhecidos por todos os países da África como país independente, e a ONU só não reconheceu isso de fato por causa do conselho de segurança, onde o Marrocos tem defensores declarados de seus interesses.
Não estou falando para pegar a causa do Saara Ocidental como nossa. Estou dizendo para sermos pragmáticos. Se os marroquinos tem a Argélia para se preocupar, os saauaris tem o Marrocos.
Comércio até onde sei aceita qualquer moeda boa no mercado internacional, independente de valores e/ou questões éticas ou morais. E se o dinheiro dos saauaris é tão bom quanto o marroquino, por que não?

abs

Tá, o Saara Ocidental vai comprar com a gente? Eles tem dinheiro pra isso, tem crédito? Se vendermos pra eles o Marrocos vai continuar comprando da gente? Quem eu quero como cliente? Quem dá mais lucro? A vida é assim...

E isso vale pro resto do mundo, a régua é a ONU e a relação custo/benefício pra nós, afinal não queremos levar sanções também.

Sanções por quê? De quem? Da ONU? Duvido.
Vendemos de tudo um pouco para um monte de gente lá fora. E não vai ser porque vendemos meia dúzia disso ou daquilo para os saauaris que vão querer nos impingir sanções.
Aliás, vendemos armas para países em guerra, civis ou entre estados durante décadas e não aconteceu absolutamente nada.
Como se a ONU estivesse preocupada com isso de fato. Todo mundo tem o rabo preso neste mercado. Não há ninguém lá fora com culhões para nos apontar o dedo aqui como se fosse madre Tereza.
Mas enfim, os marroquinos não compram só armas de nós. Pelo contrário, a BID nem de longe mantém relações de comércio que suportem sequer uma reclamação junto ao Itamarati sobre quaisquer questões relativas ao Saara Ocidental. Já o mercado de commodities é algo a se pensar. E no mais, a nossa balança com eles é absolutamente favorável. Eles precisam mais de nós do que nós deles. E não tem ninguém na África que fosse reclamar ao BIspo o fato de exportarmos material de defesa para o Saara Ocidental.
Já europeus e americanos com certeza seriam os primeiros a chorar pitangas por causa dessa unha encravada chamada Marrocos que eles tem de aturar bem debaixo do nariz de Espanha e Portugal.
Mas, negócios são negócios.

abs

Carvalho, leia com mais calma, eu disse a régua é a ONU, porquê, existem países que estão em embargo!
Vai vender pra Coréia do Norte pra ver se não leva uma na cabeça, vai vender pra Iêmem pra ver ser não tomamos capote no Oriente Médio, vai vender armas para o Irã pra ver se continuamos a exportar para os países Sunitas do OM, vai vender Astros para Taiwan pra ver a martelada que levamos da China.

A vida é assim, vai vender armas para o Saara Ocidental pra ver se o Marrocos vai comprar alguma coisa nossa, principalmente commodites.

É isso... Se vender para "A" vai nos indispor com "B" é preciso ver se vale a pena. Quais as implicações diplomáticas?? Qual o potencial de cada mercado?

Se não são reconhecidos como nação pela ONU, então não cabe a nós vender para eles. Sim, a nossa régua deve ser a ONU. Afinal não querermos fazer parte, um dia, do conselho de segurança como membro permanente??

Não me parece inteligente se queimar por causa de meia dúzia de Guaranis quando Marrocos é um cliente de maior potencial.

Aí os sauaris compram e nos dão calote... Reclamar com quem se nem nação reconhecida são??

Meus caros colegas, entendo todos esses ditames. Mas, a ONU não possui embargos contra o Saara Ocidental. Até porque nas conversações para o armistício daquele conflito, ninguém assinou nada sobre não vender armas aos saauaris e vender para o Marrocos.
Mas, enfim, não tenho nenhum problema em não vender para eles e vender aos marroquinos. Afinal, Isso não paga o meu corinho de rato no final do mês.
Só quis chamar a atenção para questões mais complexas em termos de negócios de armas no mercado internacional, que inclusive levam em consideração fatores éticos e políticos para a compra e venda dessas.
Eliás, eu gosto da ideia de termos um país amigo bem no limite da fronteira do Atlântico Sul com o norte. Bem perto das linhas de comunicações marítimas que nos ligam a Europa e mediterrâneo.
Um dia quem sabe a gente arruma um que nos seja realmente fiel. Ao menos do ponto de vista militar.

abs

http://www.ebeventos.eb.mil.br/index.ph ... le/161/177
pdf com detalhes do sistema de simulação do astros 2020
http://www.ebeventos.eb.mil.br/index.ph ... view/55/74

Finalmente um vídeo do teste do mtc
aos 8 minutos e 35 segundos

Nada de cabeça pontuda como um exocet.

Aim For The Top escreveu: Qua Dez 09, 2020 4:28 pm Nada de cabeça pontuda como um exocet.

Inicialmente ele teria sim esse nariz pontiagudo, como o radome do Exocet


Com o tempo ele se transformou, com asa retrátil, ao mesmo estilo do Tomahawk, mas ainda com nariz pontiagudo


A versão mais recente, talvez de uns 2 anos pra cá, é que possui o nariz arredondado.


Não faço ideia, aerodinamicamente falando, sobre o que muda com cada configuração dessas...

As asas não abrem logo após a saída do casulo...

Essa versão acima poderia servir um belo MAN.

marcusv escreveu: Qua Dez 09, 2020 6:36 pm As asas não abrem logo após a saída do casulo...

Provavelmente devem abrir logo após a ejeção do booster, já em velocidade de cruzeiro. Diminui o arrasto e aproveita ao máximo o booster.

Já vi mísseis de cruzeiro modernos, com asas, que fazem o mesmo.

Exatamente, enquanto o booster está acoplado, o míssil está buscando aceleração, e neste momento, as asas mais atrapalham do que ajudam. Depois de ejetado o booster, asas abertas e então voa como um avião a jato.

Aqui neste vídeo, qualidade bem ruim, dá pra ver as asas abrindo logo após ejeção do booster:


Aqui, o míssil paquistanês Babur... Dizem que fizeram-no a partir de Tomahawks acidentados no meio do percurso contra alvos no Afeganistão: