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Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qui Jun 09, 2011 5:47 pm
por akivrx78
09/06/2011 às 10:05:07 - Atualizado em 09/06/2011 às 10:05:07
EUA registra déficit comercial de US$ 43,68 bi em abril

O déficit comercial dos Estados Unidos diminuiu inesperadamente em abril, para o menor nível deste ano, com as exportações atingindo um recorde e as compras de petróleo caindo em meio ao aumento dos preços internacionais. A balança comercial norte-americana teve déficit de US$ 43,68 bilhões em abril, uma queda de 6,7% em relação ao déficit revisado de março, de US$ 46,82 bilhões. O resultado de março havia sido calculado anteriormente em US$ 48,18 bilhões.

O déficit de abril foi bem menor que o esperado pelos economistas, que previam US$ 48,3 bilhões. O preço médio do petróleo bruto importado aumentou US$ 9,42 em abril, para US$ 103,18 o barril - a maior alta desde meados de 2008. Porém, diante dos custos crescentes, os EUA reduziram o volume de petróleo importado para 252,25 milhões de barris, ante 295,12 milhões de barris. Em valores, o total de petróleo importado somou US$ 26,03 bilhões em abril, ante US$ 27,67 bilhões em março.

O comércio atuou como um grande peso sobre a economia dos EUA no primeiro trimestre deste ano, depois de ter contribuído para o crescimento nos últimos meses de 2010. No entanto, o relatório de hoje mostrou que o déficit real, ajustado pela inflação - que os economistas usam para medir o impacto do comércio no Produto Interno Bruto (PIB) - diminuiu para US$ 44,23 bilhões em abril, ante US$ 49,66 bilhões em março.

As exportações dos EUA continuaram em nível recorde e subiram 1,3%, para US$ 175,56 bilhões. As importações caíram 0,4%, para US$ 219,24 bilhões. Excluindo produtos de petróleo, as compras de automóveis e autopeças pelos EUA diminuíram US$ 2,82 bilhões e a importação de alimentos subiu US$ 360 milhões, para US$ 8,97 bilhões.

China

O déficit comercial dos EUA com a China subiu 19,4%, para US$ 21,60 bilhões em abril. As exportações para a China caíram 16,3%, para US$ 7,97 bilhões, enquanto as importações aumentaram 7,1%, para US$ 29,57 bilhões. Com o Japão, o déficit comercial dos EUA despencou 40,8%, para US$ 3,59 bilhões, com as importações sofrendo um declínio mensal recorde em consequência do terremoto de março.

O déficit dos EUA com o Canadá caiu 4,0%, para US$ 2,54 bilhões, enquanto o déficit com o México diminuiu 11,6%, para US$ 5,45 bilhões, e o com a zona do euro recuou para US$ 6,97 bilhões. As informações são da Dow Jones.

http://www.parana-online.com.br/editori ... I+EM+ABRIL

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qui Jun 09, 2011 6:57 pm
por Sterrius
acho otimo que falam que ficou "BEm abaixo do esperado" quando estamos falando de uma redução de 5 bilhões em um deficit de 48.

Sendo que se adiciona a uma divida que ja esta ficando a nivel impagavel.

Ja se discute deixar de pagar a china por alguns dias como manobra pra aprovar orçamentos. :lol:

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qui Jun 09, 2011 7:12 pm
por akivrx78
PRick escreveu:
Túlio escreveu:CREDO! Tomara quer estejam ERRADOS, pois vai ser bem FEIO!!! :shock: :shock: :shock: :shock:

Esse artigo coloca todos os problemas na mesa, porém, ele toma o pior cenário em todas as situações como algo inevitável. Como o artigo mesmo fala, não interessa aos BRIC´S uma derrocada dos países desenvolvidos. E farão tudo para que essa troca de vitalidade hegemônica seja feita da forma mais suave possível.

Estamos efetivamente entrando num mundo multipolar, onde a riqueza será melhor dividida entre algumas nações, vamos dizer que o G8 está dando se dissolvendo no G20.

[]´s
Mas estas não são as metas da globalização?
O G7 comparado com décadas passadas transferiram grande parte de sua produção industrial justamente para os novos ricos, e alguns novos ricos crescem as custas dos novos pobres e ainda dependem de parte de seus mercados para sobreviver...(não é o caso do Brasil que priorizou seu mercado interno)

O que eu vejo é que foi um erro de calculo cometido pelo G7 em acreditar que se desinstrualizando iria conseguir permanecer com o mesmo nível de padrão do passado, eu acho que os novos ricos tem que aproveitar o bom momento e tentar ganhar o maior espaço possível dentro das multinacionais dos novos pobres, antes que eles comecem a reindustrializar seus mercados agravados com protecionismo crescente, a China tem explorado bem esta área.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qui Jun 09, 2011 7:16 pm
por akivrx78
Sterrius escreveu:acho otimo que falam que ficou "BEm abaixo do esperado" quando estamos falando de uma redução de 5 bilhões em um deficit de 48.

Sendo que se adiciona a uma divida que ja esta ficando a nivel impagavel.

Ja se discute deixar de pagar a china por alguns dias como manobra pra aprovar orçamentos. :lol:
Mas parece que ai que esta a jogada forçar a qualquer custo a desvalorização do dólar e recomeçar uma industrialização interna.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qui Jun 09, 2011 7:21 pm
por akivrx78
EUA atingiram os 427 mil pedidos de subsídio de desemprego

09.06.2011 - 16:58 Por PÚBLICO

Imagem
É a nona semana consecutiva que os pedidos nos EUA estão acima dos 400 mil
(Larry Downing/ Reuters)

Mais mil pedidos de subsídio de desemprego foram pedidos na semana passada nos EUA, atingindo assim os 427 mil. O Departamento de Trabalho norte-americano divulgou hoje que esta foi a nona semana consecutiva em que os pedidos de subsídio de desemprego ficaram acima dos 400 mil.

Este número está acima da estimativa feita por analistas, consultados pela agência financeira Bloomberg, que previam que os pedidos descessem para os 419 mil.

O desemprego subiu 0,1 pontos percentuais para 9,1 por cento em Maio, contrariando as expectativas, que esperavam uma estagnação da taxa, divulgou na semana passada o mesmo departamento. Gerou-se o menor número de postos de trabalho dos últimos oito meses: foram 54 mil contratações em Maio, contra as 232 mil do mês de Abril.

De acordo com a Bloomberg, muitos empregadores estão a cortar nos funcionários devido ao decréscimo da oferta, que foi afectada pelos preços elevados da energia, queda dos preços da habitação e pelo crédito cada vez mais apertado.

Na semana passada, os economistas do Barclays, contactados pela Bloomberg, cortaram as previsões de crescimento da economia para 2,5 por cento, contra os 3,1 por cento iniciais. Os dados "sugerem que não haverá uma recuperação rápida no mercado de trabalho”, disse Sean Incremona, economista da 4Cast, em Nova Iorque, acrescentando que o “progresso será tediosamente lento”.

Por outro lado, o Departamento do Comercio divulgou que o défice comercial diminuiu em Abril devido à queda nas importações de automóveis e petróleo aliado ao aumento das exportações, cita a agência financeira norte-americana. O défice diminuiu 6,7 por cento para se fixar nos 43,7 mil milhões de dólares (cerca de 30 mil milhões de euros), valor mais baixo desde Dezembro de 2010.

http://economia.publico.pt/Noticia/eua- ... go_1498239

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qui Jun 09, 2011 7:35 pm
por LeandroGCard
akivrx78 escreveu:O que eu vejo é que foi um erro de calculo cometido pelo G7 em acreditar que se desinstrualizando iria conseguir permanecer com o mesmo nível de padrão do passado, eu acho que os novos ricos tem que aproveitar o bom momento e tentar ganhar o maior espaço possível dentro das multinacionais dos novos pobres, antes que eles comecem a reindustrializar seus mercados agravados com protecionismo crescente, a China tem explorado bem esta área.
Esta é uma idéia comum no ocidente, de que um país pode se tornar ou se manter desenvolvido sem uma base industrial pujante e inovadora. Esta idéia é constantemente desmentida pelas estatísticas e pela evolução econômica de países como Coréia do Sul e Alemanha, mas muita gente ainda insiste nisso.

Só não acho que foi um erro de cálculo dos países do G-7, isto implicaria que a desindustrialização foi algo planejado, quando na verdade ela foi simplesmente resultado da onda de liberalismo econômico que varreu o mundo nas duas últimas décadas. Os empresários dos países ricos simplesmente concluíram que era melhor transferir suas fábricas para outros países com mão de obra e impostos mais baratos, e assim o fizeram. E devem estar ganhando dinheiro como nunca até hoje, com ou sem crise. Já os povos dos seus países de origem... :( .


Leandro G. Card

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qui Jun 09, 2011 8:32 pm
por PRick
É muito dificil descrever em pouco espaço o processo histórico dos últimos 60 anos. Porém, o que dá para perceber é que uma série de circunstâncias permitiram alguns países concentrarem muito riqueza, em detrimento de outros.

Existe aquela célebre tese das vantagens comparativas. O que podemos ver é que Japão e alguns outros países que se tornaram muito ricos, não tem como manter essa concentração no quadro atual.

Esses países tem mercado interno pequeno quando comparados com os BRIC´S, tem pouco recursos naturais ou dilapidaram quase todos eles. Vivemos a fantasia que o conhecimento e o capital concentrado seria o suficiente para manter a dianteira e a concentração.

Porém, vemos que a concentração se deveu as duas guerras mundiais e a guerra fria. Só pode ser mantida enquanto 60% da população mundial estava fora desse mercado. No momento em que os entraves ao mercado global foram desfeitos, aquilo que já vinha ocorrendo antes, explodiu, quer dizer, a concentração de riqueza fez com que os países desenvolvidos perdessem a competitividade. A tendência de longo prazo é que a riqueza seja dividida entre o G20.

Porém, não existe volta atrás, os grandes países tem uma grande vantagem, um mercado interno grande e muitos recursos naturais.

Os EUA vão continuar a empobrecer relativamente aos outros grandes países, porque não existe como manter a concentração alcançada, ela não foi decorrente somente da vitalidade interna. Se os EUA não perceberem isso, e continuarem a gastar muito mais do que podem, o declínio será mais forte e profundo. É necessário que a sociedade dos EUA percebem que não podem mais viver como antes, os padrões de consumo, etc...

[]´s

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qui Jun 09, 2011 11:37 pm
por akivrx78
Posso acrescentar que no caso do Japão que apesar de que boa parte de sua industria foi para o exterior manteve o cuidado de não transferir tudo como os Eua, por isto ainda necessita de mão de obra estrangeira para garantir sua produção industrial.
Diferente do que ocorre no Ocidente, onde as famílias gastam e sempre tentam melhorar seu padrão de vida, no Japão os jovens gastam bem como no Ocidente por gostar de novidades, mas quando se casam e compram uma casa ou apartamento praticamente não gastam nada durante 30 anos a não ser o essencial.
E comum mesmo tendo lançamentos sempre de novidades eletrônicas, (tirando os jovens) as pessoas utilizarem um televisor ou computador por 15 anos por exemplo, os carros somente são trocados porque o governo força as pessoas a comprarem veículos novos por ser o imposto de carro usado mais elevado do que um carro novo.
Não da nem para comparar com outros países onde falta escolas, no Japão sobra, tem escolas para comportar por exemplo 300 alunos mas somente se frequenta 30....(no interior as escolas estão vazias muitas já fecharam)
Se criou uma sociedade que como as famílias fazem em media 1 filho, quando adultos não querem viver no campo ou interior + não querem trabalhar em trabalhos braçais + não tem ambição de sempre melhorar o padrão de vida, adora ir gastar dinheiro no exterior (principalmente Coreia do Sul e Hawaii) com a população envelhecendo a cada dia e vivendo mais....se criou um monstro sistema insuportável de desenvolvimento.

http://www.ipcdigital.com/br/Noticias/J ... s_08062011
Não sei como se pode esperar boas noticias de uma nação com a população mais velha do mundo.
(sabe qual é o crime que se tornou o mais rentável e comum no Japão? O trote se liga para um idoso se passando por filho ou neto e pede para depositar dinheiro na sua conta)

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sex Jun 10, 2011 12:12 am
por akivrx78
LeandroGCard escreveu:
akivrx78 escreveu:O que eu vejo é que foi um erro de calculo cometido pelo G7 em acreditar que se desinstrualizando iria conseguir permanecer com o mesmo nível de padrão do passado, eu acho que os novos ricos tem que aproveitar o bom momento e tentar ganhar o maior espaço possível dentro das multinacionais dos novos pobres, antes que eles comecem a reindustrializar seus mercados agravados com protecionismo crescente, a China tem explorado bem esta área.
Esta é uma idéia comum no ocidente, de que um país pode se tornar ou se manter desenvolvido sem uma base industrial pujante e inovadora. Esta idéia é constantemente desmentida pelas estatísticas e pela evolução econômica de países como Coréia do Sul e Alemanha, mas muita gente ainda insiste nisso.

Só não acho que foi um erro de cálculo dos países do G-7, isto implicaria que a desindustrialização foi algo planejado, quando na verdade ela foi simplesmente resultado da onda de liberalismo econômico que varreu o mundo nas duas últimas décadas. Os empresários dos países ricos simplesmente concluíram que era melhor transferir suas fábricas para outros países com mão de obra e impostos mais baratos, e assim o fizeram. E devem estar ganhando dinheiro como nunca até hoje, com ou sem crise. Já os povos dos seus países de origem... :( .


Leandro G. Card
Sim concordo tem muitas multinacionais que se já eram ricas se tornaram hoje super-ricas no caso do Japão eu não acho um erro grande porque a população esta encolhendo (mercado interno morto a 20 anos, mesmo assim ainda necessita de 3 milhões de estrangeiros para trabalhar em suas fabricas) agora no caso do Eua que tem uma população crescente e necessita criar sempre cada vez mais empregos eu acho um erro grotesco...
O Brasil se assemelhando em muito com o Eua espero que não siga os maus exemplos deles.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sex Jun 10, 2011 10:53 pm
por akivrx78
[002] Cavaco pede contributo "justo e equilibrado" às Forças Armadas
O chefe de Estado afirmou na cerimónia militar das Comemorações do Dia de Portugal que a "crise é real e séria" e pediu o contributo "justo e equilibrado" às Forças Armadas, sem situações de privilégio.
Lusa
10:33 Sexta feira, 10 de junho de 2011

Imagem
Cavaco apelou a uma "gestão criteriosa, responsável e exigente" por parte das Forças Armadas
Paulo Novais/Lusa

O Presidente da República exortou hoje as Forças Armadas a encontrarem caminhos para superar as dificuldades explorando "margens" ainda existentes, considerando que o contributo que lhes é pedido deverá ser "justo e equilibrado", mas sem "situações de privilégio".

"A crise que vivemos é real, séria, e ninguém o pode ignorar. A instituição militar conhece e compreende a gravidade da conjuntura que Portugal atravessa", afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, na cerimónia militar das Comemorações do Dia de Portugal.

Reconhecendo que a vida e o quotidiano das Forças Armadas têm sido caracterizados pela "contenção nos gastos, através de uma gestão criteriosa, responsável e exigente", Cavaco Silva, que é também o Comandante Supremo das Forças Armadas, alertou, contudo, para a necessidade de manter esse mesmo rumo.

"As Forças Armadas saberão encontrar os caminhos que lhes permitam superar as dificuldades, explorando as margens ainda existentes para uma maior racionalização e integração de serviços, a fim de que possam manter a capacidade de resposta militar que os portugueses esperam e a sua missão exige", sustentou.

Contenção dos gastos nas Forças Armadas

Desta forma, continuou o Presidente da República, o contributo que é pedido neste momento da vida do país deverá, "sem situações de privilégio", "ser justo e equilibrado", recorrendo a "decisões bem estudadas e ponderadas" que não as descaracterizem, e "contribuam para uma desejável estabilidade, indispensável ao seu bom desempenho e normal funcionamento".

Numa intervenção totalmente dedicada à 'família' militar, Cavaco Silva deu ainda nota das obrigações do Estado de apoiar e dedicar uma atenção permanente às suas Forças Armadas, assegurando as condições que viabilizem a realização das suas atividades essenciais, mesmo que num quadro de grande rigor e contenção orçamental.

Alertando que "a diminuição da capacidade de produzir segurança pode acarretar riscos não desprezáveis para o desenvolvimento e para o bem-estar nacional", Cavaco Silva sublinhou que a aposta numas Forças Armadas "equilibradas, coerentes e operacionais não é um desperdício de recursos".

Pelo contrário, frisou, é um investimento de futuro, uma garantia de liberdade e de independência e a possibilidade de afirmação de uma vontade política própria, num mundo que precisa do exemplo dos melhores valores.

Homenagem aos sacrifícios dos soldados

No seu discurso, Cavaco Silva, que escolheu este ano a cidade de Castelo Branco para 'palco' das comemorações do 10 de Junho, recordou ainda os "sacrifícios" dos soldados portugueses que perderam a vida ou foram feitos prisioneiros na Índia e aqueles que na guerra em África "deram exemplo de heroísmo e bravura", frisando que as divergências na análise dos fundamentos de qualquer conflito, não podem contundir com a admiração que merece "quem tudo arrisca em prol da sua comunidade".

"Portugal não pode esquecer aqueles que morreram em seu nome", disse, caraterizando o soldado português que combateu em África como "um soldado de exceção na disciplina, na camaradagem e no patriotismo, no relacionamento com as populações e na própria interação com o inimigo".

http://aeiou.expresso.pt/cavaco-crise-e ... ar=f654907

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sex Jun 10, 2011 10:55 pm
por akivrx78
09.06.2011 15:13
Lusa
Euro/Crise: Grécia precisa de mais de 170 mil milhões até 2014

Lisboa, 09 jun (Lusa) - Os governos europeus e o Fundo Monetário Internacional poderão emprestar 45 mil milhões de euros à Grécia, ao abrigo do segundo plano de resgate financeiro, para cobrir parte dos 170 mil milhões de euros das necessidades de financiamento entre 2012 e 2014.

Lisboa, 09 jun (Lusa) - Os governos europeus e o Fundo Monetário Internacional poderão emprestar 45 mil milhões de euros à Grécia, ao abrigo do segundo plano de resgate financeiro, para cobrir parte dos 170 mil milhões de euros das necessidades de financiamento entre 2012 e 2014.

A informação é avançada pela agência financeira Bloomberg, que cita duas pessoas conhecedoras do assunto, segundo as quais estes 45 mil milhões iriam juntar-se aos 57 mil milhões que sobraram do resgate financeiro do ano passado, mais 30 mil milhões em vendas de ativos e mais 30 mil milhões em adiamentos concedidos pelos credores.

Definir os contornos desta reestruturação permanece um dos aspetos mais sensíveis da negociação do pacote, uma vez que o Banco Central Europeu afirmou que as declarações dos responsáveis alemães para um alargamento do prazo de pagamento pode levar as agências de rating a declarar que a Grécia está em incumprimento financeiro, afirmaram as mesmas fontes, citadas pela Bloomberg.
MBA
Lusa/Fim

http://sicnoticias.sapo.pt/Lusa/2011/06 ... s-ate-2014

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sáb Jun 11, 2011 12:58 am
por P. K. Liulba
LeandroGCard escreveu:
akivrx78 escreveu:O que eu vejo é que foi um erro de calculo cometido pelo G7 em acreditar que se desinstrualizando iria conseguir permanecer com o mesmo nível de padrão do passado, eu acho que os novos ricos tem que aproveitar o bom momento e tentar ganhar o maior espaço possível dentro das multinacionais dos novos pobres, antes que eles comecem a reindustrializar seus mercados agravados com protecionismo crescente, a China tem explorado bem esta área.
Esta é uma idéia comum no ocidente, de que um país pode se tornar ou se manter desenvolvido sem uma base industrial pujante e inovadora. Esta idéia é constantemente desmentida pelas estatísticas e pela evolução econômica de países como Coréia do Sul e Alemanha, mas muita gente ainda insiste nisso.

Só não acho que foi um erro de cálculo dos países do G-7, isto implicaria que a desindustrialização foi algo planejado, quando na verdade ela foi simplesmente resultado da onda de liberalismo econômico que varreu o mundo nas duas últimas décadas. Os empresários dos países ricos simplesmente concluíram que era melhor transferir suas fábricas para outros países com mão de obra e impostos mais baratos, e assim o fizeram. E devem estar ganhando dinheiro como nunca até hoje, com ou sem crise. Já os povos dos seus países de origem... :( .


Leandro G. Card
Perfeita análise. Sem mais.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sáb Jun 11, 2011 7:05 am
por P44
o que vai safando os EUA....
EUA prevê exportar US$ 46 bi em armamentos em 2011

(AFP) – Há 10 horas

WASHINGTON, EUA — Os Estados Unidos projetam exportar 46 bilhões de dólares em armamentos ao término do período fiscal de 2011 - que vai de outubro de 2010 a setembro de 2011 -, num aumento de 50% em relação às vendas de 2010, informou nesta sexta-feira a Agência de Defesa, Segurança e Cooperação dos Estados Unidos (DSCA, na sigla em inglês).

Washington espera obter o aumento através do sistema de Vendas Militares ao Estrangeiro (FMS, na sigla em inglês), que tem recebido solicitações cada vez maiores.

As vendas de equipamentos militares americanos, que se limitavam à cerca de 10 bilhões de dólares no início dos anos 2000, alcançaram 30 bilhões já em 2005.

"Entre 2005 e 2010, mandamos via sistema de FMS o equivalente a 96 bilhões de dólares em equipamentos, materiais e serviços aos países sócios", declarou o vice-almirante William Landay, diretor da DSCA, à jornalistas.

Segundo ele, nos 2000, clientes buscavam principalmente preços baixos, mas com a guerra do Afeganistão eles passaram a querer os equipamentos novos o quanto antes, o que explica o aumento de valor das exportações americanas, disse Landay.

Além disso, segundo o governo, apenas 79% das exportações são financiadas pelas nações e organizações clientes e o resto é financiado pelos Estados Unidos e seu programa de assistência.
http://www.google.com/hostednews/afp/ar ... 6a607.1491

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Dom Jun 12, 2011 8:59 am
por P44
Hackers queriam colocar 'escuta' no FMI

Económico
12/06/11 09:33
.

FMI foi alvo de um ataque informático.

Um perito em segurança que já trabalhou para o FMI explica o objectivo do ataque de hackers à instituição sedeada em Washington.

O FMI, que supervisiona o sistema financeiro mundial e é composto por 187 países, tornou-se no mais recente alvo dos piratas informáticos, depois da Sony, da Lockheed Martin e do Citigroup.

A notícia do ataque informático à rede do FMI foi avançada ontem pelo New York Times. "Trata-se de uma brecha [de segurança] muito grande", admitiu um alto funcionário do FMI ao jornal norte-americano, acrescentando que a infiltração dos piratas informáticos durou vários meses, tendo ocorrido antes de o antigo director-geral da instituição, Dominique Strauss-Kahn ter sido detido por agressão sexual, a 14 de Maio.

Um especialista em segurança que trabalhou para o FMI e o Banco Mundial, Tom Kellerman, explicou que o ataque tinha como objectivo a instalação de um software que daria a um Estado-membro "uma presença de um informador digital" na rede da instituição internacional.

A presença do informador digital poderia fornecer um manancial de informação económica confidencial usada pelo Fundo para promover a estabilidade cambial, sustentar o equilíbrio no comércio internacional e fornecer recursos para remediar crises na balança de pagamentos dos seus membros, acrescentou Tom Kellerman, que também faz parte do grupo International Cyber Security Protection Alliance, sublinhando que "foi um ataque dirigido".

David Hawley, porta-voz do FMI, disse ontem que o Fundo se encontra "totalmente funcional", apesar do ataque. "Eu posso confirmar que estamos a investigar o incidente", acrescentou, recusando, contudo, comentar a conclusão de Kellerman sobre o objectivo dos piratas informáticos.

O ataque dos hackers à rede do FMI surge numa altura em que a instituição internacional está envolvida nos resgates a Portugal, à Grécia e à Irlanda e possuiu informação sensível sobre outros países que também se encontram à beira de uma crise económica, bem outros dados capazes de afectar os mercados.

Recorde-se que no passado dia 1 de Junho a organização de pirataria informática Anonymous anunciou no Twitter a ‘Operacão Grécia', na qual incitava a um ataque ao site do FMI, devido ao seu desacordo sobre as condições do resgate helénico impostas pela instituição sedeada em Washington e pela União Europeia em troca de um empréstimo de 110 mil milhões de euros.
http://economico.sapo.pt/noticias/hacke ... 20406.html

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Dom Jun 12, 2011 2:35 pm
por akivrx78
América corre o risco de um default em agosto
Imagem
Os chineses e as agências de notação Fitch e Moody's zangaram-se com o Congresso americano.

Se o limite de endividamento dos EUA não for aumentado, 30 mil milhões de dólares de títulos do Tesouro que vencem a 4 de agosto podem estar em maus lençóis.
Jorge Nascimento Rodrigues (http://www.expresso.pt)
16:03 Domingo, 12 de junho de 2011

A palavra default subiu pela primeira vez explicitamente ao palco político nos Estados Unidos e passou a ser tema de conversa no mundo. A crise da dívida soberana ameaça entrar na vida americana. A luta política no Congresso dos Estados Unidos em torno do aumento do limite de endividamento do governo federal está a provocar uma onda de nervosismo entre os investidores na dívida emitida pelo Tesouro americano..

Dois responsáveis chineses advertiram na semana que terminou que os parlamentares americanos que se opõem ao aumento desse teto estão "a brincar com o fogo". Li Daokui, do Banco Central da China, afirmou que havia o risco real de um default da dívida americana, no que foi acompanhado por Yuan Gangming, da Academia de Ciências Sociais da China. Gangming referiu inclusive que a guerrilha política interna nos Estados Unidos, à medida que se aproxima a eleição presidencial de 2012, poderá colocar em risco a situação do Tesouro americano. Segundo a Reuters, alguns congressistas republicanos "pensam que um default técnico [no princípio de agosto] poderá ser o preço a pagar para que a Casa Branca aceite cortar na despesa" e imaginam que os credores aceitariam "um pequeno atraso, talvez uns dias" até que consigam dobrar Obama. O novo ano fiscal inicia-se a 1 de outubro, pelo que esta guerrilha não vai parar no verão.

Para além da China, logo o Banco Central da Índia e o Banco Central do Omã (refletindo a voz do Golfo) vieram manifestar publicamente a sua apreensão.

Rating ameaçado

Para completar o ramalhete, a agência Fitch, veio ameaçar na quarta-feira que poderia baixar no princípio de agosto o rating dos Estados Unidos do nível atual de triplo A para B+ se se verificar qualquer default técnico ou moratória na altura do vencimento de letras do Tesouro americano no valor de 30 mil milhões de dólares a 4 de agosto, e se o assunto não for resolvido até 11 de agosto, quando há novo vencimento de dívida. Na semana anterior tinha sido a vez da Moody's Investors Service a ameaçar que procederia a uma revisão da notação dos Estados Unidos em julho se o assunto continuar no pé atual.

Este problema deriva do facto do nível máximo de endividamento federal já ter sido atingido a 16 de maio. Um conjunto de medidas extraordinárias tomadas pelo secretário do Tesouro, Tim Geithner, permitiu adiar a situação de rutura até 2 de agosto.

A dívida pública americana atingiu os 14,3 biliões de dólares. Cada cidadão americano nasce com 143 mil dólares de dívida ao pescoço desde que o cordão umbilical é cortado. O PIB americano foi de 14,7 biliões no ano passado, pelo que a dívida pública é praticamente 100% do PIB.

Mal estar económico: retoma que não retoma

Os números da economia americana continuam a desagradar. E muitos analistas e economistas falam do risco de uma recaída na recessão - double-dip na designação inglesa. O desemprego, segundo o relatório do US Bureau of Labor Statistics de 3 de junho, atingiu os 13,9 milhões de pessoas, uma taxa de desemprego de 9,1% em final de maio, em que o desemprego estrutural é de 45,1% e o desemprego entre os jovens é de 24,2%. É o mais alto desemprego estrutural desde 1969 . O número mais elevado neste período foi em janeiro de 1983 com cerca de 3 milhões - hoje são 7 milhões.

Há já mais de 800 mil "trabalhadores desencorajados" que já não procuram emprego. Espera-se que o nível de desemprego suba para 9,2% em final de junho.

A economia americana vive em 70% do consumo interno e este está afetado por duas doenças: o desemprego (já referido) e a quebra brutal no valor do imobiliário detido pelas famílias americanas. A baixa do preço do imobiliário (e o consequente valor em ativos detidos pelas famílias) desde o rebentar da bolha em 2007 já fez desaparecer 7 biliões de dólares (cerca de €5 biliões) e espera-se que caia mais 1 bilião no próximo ano. O professor Robert Shiller, da Universidade de Yale, e co-autor de um indicador sobre o imobiliário americano (conhecido como S&P/Case-Shiller home price índex), disse esta semana que não ficaria surpreendido se os preços do imobiliário caíssem ainda mais 10 a 25%, segundo a Reuters.

Ben Bernanke, o presidente da Reserva Federal (FED, o banco central), no seu discurso da semana passada na Conferência Monetária Internacional, em Atlanta, apesar de admitir uma retoma económica "espasmódica e frustrante" que continuará a exigir "uma política monetária acomodatícia" (na fixação dos juros), insistiu que o consenso dentro da equipa da FED é que se assistirá a uma inversão no segundo semestre e que o surto inflacionário será temporário. No entanto, o presidente da FED advertiu os políticos republicanos que "uma consolidação orçamental abrupta no curto prazo" poderá enfraquecer ainda mais a "retoma ainda frágil".

Este desapontamento ocorre em simultâneo com uma economia totalmente inundada por dinheiro quente. A base monetária dos EUA atingiu agora um recorde de 2,5 biliões de dólares (€1,75 biliões, €1750 mil milhões). Há menos de 3 anos, durante a bolha, essa base monetária era de 820 mil milhões de dólares, ou seja a intervenção monetária na economia desde a crise gerou um aumento de 300% - o que compara com os magros 44% entre 2000 e 2007.


Quem beneficiou da injeção monetária

Para onde foi essa inundação de dinheiro? Não para a economia real. Os bancos aumentaram as suas reservas na Reserva Federal (FED) e embrenharam-se na especulação financeira uma vez mais.

Peter Cohan, em declarações ao Expresso, é muito claro sobre esta política de Bem Bernanke: "Já vimos que o efeito desta injeção de dinheiro não levou ao crescimento do emprego - as empresas estão a 'armazenar' o dinheiro nos seus balanços, os bancos usam-no para comprar títulos do Tesouro em vez de emprestar às empresas e os traders utilizam-no para especular nas commodities".

Paul Krugmam colocou os nomes nos bois na sexta-feira passada na sua coluna no The New York Times com um artigo sugestivamente intitulado: "Governados por rentiers". Rentiers é o nome francês, usado na economia, para os que vivem de rendas financeiras. Diz o Nobel: "Estou cada vez mais convencido de que [a paralisia das políticas transatlânticas] é uma resposta à pressão de grupos de interesse. Conscientemente ou não, os decisores estão a servir quase exclusivamente os interesses dos rentiers".

Preocupante também o facto da FED ter ultrapassado a China como principal credor do Tesouro norte-americano. Harm Bandholz, economista-chefe do UniCredit nos EUA, deu os detalhes: em virtude do QE2 (2º programa de alívio quantitativo, quantitative easing em inglês, que injetou 600 mil milhões de dólares), a FED passará a deter 16% da dívida federal no final de junho, bem à frente da China que deteria menos de 12% em finais de março. Os detentores seguintes desta dívida são as famílias americanas (como aplicação de poupanças), o Japão, os governos estaduais e locais da federação americana e os fundos de pensões privados.

Se Ben Bernanke decidir não renovar nenhum programa de alívio quantitativo quando o QE2 terminar no final deste mês, alguém terá de preencher o lugar principal na aquisição de títulos do Tesouro e para tal os juros dos títulos do Tesouro terão de subir significativamente para ser atrativos. Atualmente, os juros dos títulos do Tesouro americano são mais baixos do que os juros dos Bunds (títulos alemães) nas maturidades a 5 anos (1,56% contra 2.17%), mas superiores nas maturidades a 10 anos (2,97% contra 2,96%) e 30 anos (4,18% contra 3,52%).

As bolsas refletiram este mal-estar. O índice bolsista S&P quebrou 1,4% na sexta-feira, findando uma semana em que caiu 2,24%. Desde o pico em 29 de abril, o S&P já desceu quase 7%. Foi a sexta semana consecutiva em baixa. O índice bolsista Dow Jones desceu abaixo dos 12.000 pontos.

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