Fórum Defesa Brasil

Vamos la...

Na tentativa de entender as razoes da FAB, alguem sera que poderia explicar porque 'e importante para a FAB operar aeronaves cuja funcao primaira para qual foram projetasa 'e de 'destruir tanques'?

Acho que isso talvez me ajude a entender o motivo dessa concorrencia.



[]s
CB_Lima

Posso estar falando besteira, mas na FAB não terá essa função de destruir tanques como missão primária.
Por vezes temos necessidade de aeronaves para defesa de ponto, tal como já usamos em eventos do tipo visita do presidente Bush, Pan do Rio, etc...
Ataques a alvos de C2 próximos à fronteiras, tipo radares, comunicações, etc... com um heli realizando NOE a probabilidade de sucesso devido a não detecção é maior que utilizando aeronaves.
Escolta de missões CSAR, uma vez que aeronaves podem denunciar e o diferencial de velocidade dificulta a manutenção em escolta próxima, se este for o caso para a missão.
Devem haver outros usos que eu tenha me esquecido agora, deve ser por isso que grandes Forças Aéreas utilizam helis (IAF, etc).
Que eu me lembre só os EUA não usam helicópteros exclusivos de ataque na Força Aérea, só que eles têm uma interoperabilidade muito bem desenvolvida, coisa que ninguém tem no mundo. Aí quando precisam é só adjudicar uma das centenas de unidades do Army para cumprirem missões de Força Aérea, sem desfalcar a força de superfície. Isso está longe de ser nossa realidade.
Abraços

A coisa é uma operação complexa, talvez nunca venha a tona, mas é muito interessante a "manobra" que está sendo feita.

Jésus! Estou fritando aqui para desdobrar isso.

eu acho que aquela história de que se formos de Mi-35 desmostrará algo com os venezuelanos bem furada.

Thor escreveu:A FAB trabalha com missões específicas para cada Unidade Aérea, para que desenvolvam doutrina, e isso, muitas vezes, independe do vetor que está sendo utilizado. O 2º/10º cuida de resgate SAR, inclusive em combate (CSAR), mas jamais pensou em missões de ataque. O Esquadrão que mais desenvolve doutrina de superioridade aérea com helicópteros é o 2º/8º GAV em Recife, com UH-50 e, provavelmente, caso recebam helis de ataque serão movimentados para alguma base da amazônia.
Uma Base Aérea só faz apoiar as Unidades Aéreas, pois não possuem gerência operacional nas missões a serem treinadas e desempenhadas pelas UAE.
Volto a dizer que cada um com seus problemas, se o EB quer fazer sua missão de ataque, possivelmente em prol da força de superfície, a FAB também têm suas necessidades para uso dos helis em missões de ataque ou escolta, com doutrina diferente do EB. É um pouco utópico que na hora do vamo-vê vai ser fácil coordenar com uma Unidade do EB, que já tem muitas atribuições em seu TO, que desenvolva missões em proveito da FAB e com o mesmo rendimento que uma unidade com doutrina e conhecimento já treinados pela FAB. Nós não somos EUA...
Abraços

Caro Thor.

E sobre a possível compra de CN-235M para o Pelicano, algum fundamento?

Abraços...

Alitson escreveu:

Thor escreveu:A FAB trabalha com missões específicas para cada Unidade Aérea, para que desenvolvam doutrina, e isso, muitas vezes, independe do vetor que está sendo utilizado. O 2º/10º cuida de resgate SAR, inclusive em combate (CSAR), mas jamais pensou em missões de ataque. O Esquadrão que mais desenvolve doutrina de superioridade aérea com helicópteros é o 2º/8º GAV em Recife, com UH-50 e, provavelmente, caso recebam helis de ataque serão movimentados para alguma base da amazônia.
Uma Base Aérea só faz apoiar as Unidades Aéreas, pois não possuem gerência operacional nas missões a serem treinadas e desempenhadas pelas UAE.
Volto a dizer que cada um com seus problemas, se o EB quer fazer sua missão de ataque, possivelmente em prol da força de superfície, a FAB também têm suas necessidades para uso dos helis em missões de ataque ou escolta, com doutrina diferente do EB. É um pouco utópico que na hora do vamo-vê vai ser fácil coordenar com uma Unidade do EB, que já tem muitas atribuições em seu TO, que desenvolva missões em proveito da FAB e com o mesmo rendimento que uma unidade com doutrina e conhecimento já treinados pela FAB. Nós não somos EUA...
Abraços

Caro Thor.

E sobre a possível compra de CN-235M para o Pelicano, algum fundamento?

Abraços...

Não ouvi falar ainda...

O povo encasquetou que a FAB vai ficar catando CARROS DE COMBATE* prá atacar com seus helis de ataque.

*Tanque é de lavar roupa, de água, de gasolina... No Brasil temos carro de combate, míssil anti-carro, heli anti-carro...

orestespf escreveu:
Bem, amigo Plínio, você disse em suas entrelinhas que hélis de ataque pra FAB é invenção, ok, respeito, mas também sugeriu algo que não sei se foi intencional: a prioridades das compras da FAB. O que temos observados é algo muito simples, que "contagia" as três Forças, ou seja, primeiro as compras de prateleira, isto é, o que não será produzido no País. Esta é a lógica por trás das atuais compras, gostemos ou não.

Como as compras agora serão diretas, sem licitação ou concorrência, vemos que as mais "simples", isto é, as compras de prateleira, estão sendo realizadas de uma vez. Já as compras de maior porte, maior valor agregado, maiores custos, etc., estão sendo programadas para o momento devido.

Acho que o caminho é mesmo este, as Forças estão corretas agindo assim, pelo menos estão comprando algo, e novo. Assim sendo, aguardemos as próximas compras (de prateleira???).


Grande abraço,


Orestes

Orestes, até entendo que as compras de ¨prateleira¨ são as de volume financeiro menos significativo do que por exemplo, compras com um maior volume (ex.caças), mas é aquele negócio, de grão em grão, a galinha enche o papo....como disse antes, tem muita coisa a ser feita para depois, partir para invenções/inovações...o arroz com feijão em primeiro lugar.

Citaram que a FA israelense opera AH-64 Apaches e AH-1 Cobras, verdade, mas dêem uma olhada no ¨restante¨ da força..., + de 250 F-16s de vários modelos, + 100 F-15s de vários modelos, todos estes caças muito bem equipados e armados, estão no projeto F-35, SAM´s de vários tipos para defesa de bases e locais estratégicos e por aí vai...ou seja, fizeram a lição de casa e podem perfeitamente dar-se ao luxo de partir para inovações e ¨algo diferente¨para força.

Entendo que eles conseguiram boa parte disto com ajuda americana, mas mesmo assim, ainda mostraram organização e responsabilidade, exatamente o que cobramos da FAB...

Thor escreveu:Você pode ter um pingo de razão, pois até havia um lema da FAB que dizia "nossa Força vem da nossa gente".
Mas na FAB, o emprego operacional da Força está a cargo do COMGAR, com suas 3 Forças Aéreas separadas para o preparo específico em cada atividade (caça, reconhecimento, transporte, patrulha, etc...).
Quando surge uma necessidade operacional, o COMGAR, dentro de suas possibilidades, solicita ao EM da FAB novos equipamentos para cumprir uma missão que lhe foi atribuída, e o EM distribui as necessidades de acordo com prioridades e orçamentos disponíveis para os anos vindouros. Para países mais organizados, parece-nos que é uma tarefa não muito complicada, mas para o Brasil, que não sabe nem o orçamento disponível para o ano vigente, que corta CPMF da saúde que gera cortes nos outros ministérios, que não sabe ao menos a estratégia de curto prazo, quiçá planejamento para 10 anos, deve ser difícil.
Mas não podemos nos esmorecer, precisamos manter o pensamento honesto e não nos corromper como nossos governantes, mesmo com os revéses e ataques que nos são deferidos. Talvez só uma guerra corrija isso... ou quem sabe nem isso, pois do jeito que o povo é, muitos morrerão e mesmo assim ainda continuarão preocupado com o final da novela, com a compra de votos e com os desvios de verbas para os partidos.
Abraços
Obs: não tem muito a ver com o tópico, mas não pude resistir.

Concordo com você. Infelizmente, só aprenderão a dar valor às FA's quando surgir uma guerra ou chegarmos perto dela. Infelizmente...

Mas, a esperança é a última que morre!

Plinio Jr escreveu:

orestespf escreveu:
Bem, amigo Plínio, você disse em suas entrelinhas que hélis de ataque pra FAB é invenção, ok, respeito, mas também sugeriu algo que não sei se foi intencional: a prioridades das compras da FAB. O que temos observados é algo muito simples, que "contagia" as três Forças, ou seja, primeiro as compras de prateleira, isto é, o que não será produzido no País. Esta é a lógica por trás das atuais compras, gostemos ou não.

Como as compras agora serão diretas, sem licitação ou concorrência, vemos que as mais "simples", isto é, as compras de prateleira, estão sendo realizadas de uma vez. Já as compras de maior porte, maior valor agregado, maiores custos, etc., estão sendo programadas para o momento devido.

Acho que o caminho é mesmo este, as Forças estão corretas agindo assim, pelo menos estão comprando algo, e novo. Assim sendo, aguardemos as próximas compras (de prateleira???).


Grande abraço,


Orestes

Orestes, até entendo que as compras de ¨prateleira¨ são as de volume financeiro menos significativo do que por exemplo, compras com um maior volume (ex.caças), mas é aquele negócio, de grão em grão, a galinha enche o papo....como disse antes, tem muita coisa a ser feita para depois, partir para invenções/inovações...o arroz com feijão em primeiro lugar.

Citaram que a FA israelense opera AH-64 Apaches e AH-1 Cobras, verdade, mas dêem uma olhada no ¨restante¨ da força..., + de 250 F-16s de vários modelos, + 100 F-15s de vários modelos, todos estes caças muito bem equipados e armados, estão no projeto F-35, SAM´s de vários tipos para defesa de bases e locais estratégicos e por aí vai...ou seja, fizeram a lição de casa e podem perfeitamente dar-se ao luxo de partir para inovações e ¨algo diferente¨para força.

Entendo que eles conseguiram boa parte disto com ajuda americana, mas mesmo assim, ainda mostraram organização e responsabilidade, exatamente o que cobramos da FAB...

Perfeito, Plínio, perfeito. Mas como você mesmo disse, existe a ajuda americana para Israel, que na verdade eu nem chamo de ajuda, mas de custeio mesmo das Forças deste país.

Por estas bandas o cobertor é pra lá de curto, é muito difícil explicar para a população que é preciso gastar cerca de 24 bi dólares por 120 caças. Isto mesmo, seja qual for o caça escolhido, temos que avaliar o preço unitário por volta de 200 mi dólares cada um, pois não se trata apenas do caça em si, e o "extra" é muito mais caro.

Tá certo que a grana será paga em 30 anos ou mais, mas viriam argumentos do tipo infra-estrutura, social, etc., então... Além disso, um caça para se manter operacional e efetivo deve ser modernizado a cada 10 anos em média, então não se trata apenas do valor estimado por mim, é muito maior. E olha que estamos falando apenas de caças pra FAB.

Se considerarmos apenas a "troca" dos atuais meios para as três Forças por modelos mais novos, podemos estar falando de cerca de 200 bi dólares, fora o processo de modernização ao longo dos anos. É muita grana para um país como o Brasil.

Portanto, acredito eu, estamos em um bom caminho ao darmos prioridades para os equipamentos adquiridos através das compras de prateira, deixando os "grandes programas" para o momento adequado. É péssimo ter que dizer isso, é péssimo ter consciência que as coisas funcionam assim neste país, mas é o que temos, é o que podemos fazer de imediato. É bom lembrarmos o óbvio, prioridades só são adotadas quando o cobertor é curto, e este é o nosso caso.


Abração,

Orestes

Caro Orestes, voce tem absoluta razão.
Vejo alguns colegas eufóricos com as descobertas de petróleo e com o avanço da economia e já dizem que podemois comprar Tiffies e outras superarmas.
Eu só posso olhar tristemente e balançar a cabeça.
Foi só a capacidade petrolifera aumentar e o governo embolsou toda os royalties da MB.
Esse dinheiro é imenso e vai aumentar muito mais, nunca os politicos vão entregar esse dinheiro a MB. Se eu fosse o comandante da marinha, por iniciativa própria, já estaria negociando uma lei para obter 5 a 10 por cento deste dinheiro. Quanto mais cedo a MB reconhecer e jogar a toalha melhor.Vai ficar com menos mas vai ficar com algo....
Que as FAs gastem em projetos próprios e em pesquisas, pois só criando empresas com funcionarios (que votam) o setor bélico existirá no Brasil.

Alitson escreveu:

Thor escreveu:A FAB trabalha com missões específicas para cada Unidade Aérea, para que desenvolvam doutrina, e isso, muitas vezes, independe do vetor que está sendo utilizado. O 2º/10º cuida de resgate SAR, inclusive em combate (CSAR), mas jamais pensou em missões de ataque. O Esquadrão que mais desenvolve doutrina de superioridade aérea com helicópteros é o 2º/8º GAV em Recife, com UH-50 e, provavelmente, caso recebam helis de ataque serão movimentados para alguma base da amazônia.
Uma Base Aérea só faz apoiar as Unidades Aéreas, pois não possuem gerência operacional nas missões a serem treinadas e desempenhadas pelas UAE.
Volto a dizer que cada um com seus problemas, se o EB quer fazer sua missão de ataque, possivelmente em prol da força de superfície, a FAB também têm suas necessidades para uso dos helis em missões de ataque ou escolta, com doutrina diferente do EB. É um pouco utópico que na hora do vamo-vê vai ser fácil coordenar com uma Unidade do EB, que já tem muitas atribuições em seu TO, que desenvolva missões em proveito da FAB e com o mesmo rendimento que uma unidade com doutrina e conhecimento já treinados pela FAB. Nós não somos EUA...
Abraços

Caro Thor.

E sobre a possível compra de CN-235M para o Pelicano, algum fundamento?

Abraços...

Ouvi falar de C-295 para o Pelicano.

Carlos Mathias escreveu:O povo encasquetou que a FAB vai ficar catando CARROS DE COMBATE* prá atacar com seus helis de ataque.

*Tanque é de lavar roupa, de água, de gasolina... No Brasil temos carro de combate, míssil anti-carro, heli anti-carro...

Os ingleses, os inventores, chamam ele de TANK, hoje é Main Battle TANK, ou seja, não é tão sem sentido assim. Alias, eu chamo de tanque também. Carro de Combate, não sei porque, eu imagino um Gol 1.0 com um canhão.

Ai seria carro popular de combate

O melhor carro de combate seia um Uno 1000 movido a gas

Vocês são brasileiros ou já mudaram de cidadania? Procurem no EB alguma coisa escrita parecida como TANK, tanque ou tanquinho em qualquer literatura oficial.

Eu falo da maneira que meu exército fala, que é o correto no BRASIL. Mas é aquilo, né? A turma do "star and stripes" é assim mesmo.

Bolovo escreveu:Ouvi falar de C-295 para o Pelicano.

Eu também ouvi, mas depois foi colocado que era muito "grande" para a missão. Já o CN-235M é "menor" e mais adequado a missão. Pelo menos foi o que ouvi...

Abraços...