Fórum Defesa Brasil

Reginaldo Bacchi escreveu:Jauro,

Nesta discussões sobre equipamento existe na minha opinião uma grande falha, que acredito pode ser corrigida por você.

Seria possivel (como aliás você já fez em outros casos) dar uma explicação resumida (mas abrangente) da função do RCB dentro da Brigada de Cavalaria Mecanizada?

Eu acho que conhecendo esta função, pode-se definir a dotação.

Obrigado

Bacchi

O Regimento de Cavalaria Blindado, RCB com seus CC trocados por VBR MR e ou seus M113 trocados por VBTP-MR.

O RCB é uma OM de Cavalaria, orgânico da BdaCMec. O RCB é a única Unidade blindada dentro da Cavalaria mecanizada.
Vamos às informações que temos.
Quanto a primeira notícia ela deve ser interpretada, já que não é do site oficial do EB e sim matéria jornalística.

“CMS promove seminário interno para discussão sobre a nova viatura a ser adotada pelos RCB
28 de Maio, 2012
O Comando Militar do Sul estará promovendo, de 18 a 22 de junho, na cidade de Santa Maria, um seminário interno para discussão sobre a nova viatura a ser adotada pelos Regimentos de Cavalaria Blindado – RCB”.

O seminário é do CMS e não do EME ou muito menos do EMCFA. Evidente que a maioria dos blindados está no CMS. Por isso o CMS tem que decidir como “com seus blindados” vai mobiliar os seus RCB. É batata quente na mão e é para ontem.
Só tem M41, Leopard1A1, já que os Leo1A5 são imexíveis (PORTARIA No 06-EME, DE 31 DE JANEIRO DE 2012. Aprova a Diretriz de Reorientacão da Implantacão do Projeto Leopard 1).

“O objetivo do seminário é discutir sobre as características táticas que está viatura deve possuir para fazer frente às missões operacionais táticas deste regimento, orgânico das Brigadas de Cavalaria Blindada”.

Unidade Blindada é aquela que tem boa blindagem e poder de choque, boa mobilidade e pouca velocidade. Já as Unidades Mecanizadas possuem pouca blindagem e poder de choque, boa mobilidade e grande velocidade.
A característica tática do RCB é dar poder de choque às Brigadas Mecanizadas.
Verifica-se que reduzirmos o RCB a um conjunto de carros sobre rodas, a Brigada CMec vai perder o seu poder de choque dado pela blindagem.
Infere-se também que se mantivermos os M113, combatendo junto com as VBR 6x6 ou 8x8, os M113, com lagartas, sempre, em terreno ruim, chegarão á frente dos VBR; bem como em estrada, não terão velocidade suficiente para acompanhar as VBR.

“O Comando do Exército, como solução paliativa, pretende investir cerca de 2 milhões de Reais na sua recuperação”.

Na realidade o que o CMS vai discutir é como empregar bem essa verba.

“Estuda-se a possibilidade de adoção de um carro médio. As dúvidas pairam sobre o tipo de chassi (roda, lagarta) e o calibre do canhão.
O seminário pretende, ..............viaturas.
Está prevista a participação de especialistas .......internacionais no evento.

“Estuda-se” do verbo divaga-se e sem sujeito.


Quanto a segunda informação:

“O pesquisador ainda informa que a versão 8x8, que previa uma torre com canhão de 105 mm, não mais existirá, todos serão 6x6.”

Ela é válida, por enquanto.

Sou de parecer, portanto, para que se mantenham as características estratégicas e táticas das Brigadas de Cavalaria Mecanizadas, que os RCB sejam mantidos no "status quo" atual, como unidade blindada de alto poder de fogo, choque e blindagem.
Sou de parecer também que o desenvolvimento de um carro de combate, CC, comece pelos RCB.

Jauro, muitissimo obrigado.

Acredito que depois disto ninguem mais vai falar de Centauros e Guaranis 8X8 105 mm (L7/M68) nas RCB.

Abraços

Bacchi

Para resumir, tudo no EB que tiver Blindado no nome, se relaciona a lagartas, com a respectiva proteção e poder de choque.

Abraços

Eu gostaria muito de considerar um 8X8 de 35 toneladas (peso de combate) com canhão de 105 mm (L7/M68) ou mesmo 120 mm.

Ja foram construidos vários protótipos deste tipo. Nunca encontrei um comentário sobre eles.

Bacchi

Paulo Bastos escreveu:_ Ainda não existe definição sobre o VBR-MR mas apenas estudos, como bem disse o FCarvalho. Atualmente o projeto mais avançado está com a configuração 6x6 equipada com a torre belga LCTS 90, da CMI, equipada com o canhão Cockerill Mk.8, de 90mm, porem existem diversas correntes no EB que ainda defendem os primeiros requisitos, definidos no ROB 08/99 e aprovado na portaria 022-EME, ambas de maio de 1999, que define um canhão de 105mm. No ROB 1/11, aprovado pela portaria 004-EME, a menção 105mm foi abolida, abrindo a possibilidade do canhão de 90mm, mas isso ainda vai gerar muitos debates dentro da força.

Mas então, os projetos estudados são excludentes, isto é, ou uma viatura com canhão 90 mm (6x6) ou então uma com canhão de 105 mm (suponho que 8x8) para ocupar o nicho dos atuais "Cascavel"?

Não haveria nenhuma possibilidade de os dois tipos de viaturas conviverem dentro de alguma hipotética organização do regimento de cavalaria mecanizada?

Pelo que eu entendi do Cel Jauro, o RCB deveria usar um bom CC com um bom VCI, para o choque, bom poder de fogo e blindagem. Parece me que a solução, a médio prazo, com um bom custo x benefício seria a compra de Leo 2 e Marder dos estoques da Alemanha, nos mesmos moldes dos 1A5, com a participação da KMW. Só não sei se os RCB podem ter maior poder de fogo que os RCC.

Estamos certos em manter essa estrutura de BdaCavMec, com 3 unidades mecanizadas (RegCavMec) e 1 unidade blindada (RegCavBld)?

Olhando para aqueles que tem mais esperiências em combate com forças blindadas e mecanizadas, observo que os EUA, a Italia e a Espanha (conforme estruturas já postas em algum lugar no DB) não fazem essa combinação, mantendo suas brigadas mecanizadas apenas com unidades mecanizadas.

Clermont escreveu:Mas então, os projetos estudados são excludentes, isto é, ou uma viatura com canhão 90 mm (6x6) ou então uma com canhão de 105 mm (suponho que 8x8) para ocupar o nicho dos atuais "Cascavel"?

Não haveria nenhuma possibilidade de os dois tipos de viaturas conviverem dentro de alguma hipotética organização do regimento de cavalaria mecanizada?

Possivel é, mas acho que seria meio ilógico gastar no desenvolvimento de duas versões de um veículo que iriam fazer praticamente a mesma coisa, isso sem contar em duplicar as cadeias logisticas para o canhão e sua munição.


Abraços,
Paulo

Paulo Bastos escreveu:

Clermont escreveu:Mas então, os projetos estudados são excludentes, isto é, ou uma viatura com canhão 90 mm (6x6) ou então uma com canhão de 105 mm (suponho que 8x8) para ocupar o nicho dos atuais "Cascavel"?
Não haveria nenhuma possibilidade de os dois tipos de viaturas conviverem dentro de alguma hipotética organização do regimento de cavalaria mecanizada?

Possivel é, mas acho que seria meio ilógico gastar no desenvolvimento de duas versões de um veículo que iriam fazer praticamente a mesma coisa, isso sem contar em duplicar as cadeias logisticas para o canhão e sua munição.
Abraços,
Paulo

Paulo, concordo em genero e numero com você.

Este tipo de coisa era tipico da União Soviética onde tudo era duplicado, triplicado ou quadruplicado.

A Russia ainda não se livrou deste mal.

Bacchi

Paulo Bastos escreveu:Possivel é, mas acho que seria meio ilógico gastar no desenvolvimento de duas versões de um veículo que iriam fazer praticamente a mesma coisa, isso sem contar em duplicar as cadeias logisticas para o canhão e sua munição.

Realmente, a restrição logística sempre será um fator a considerar, sem contar que seria preciso levar em conta a necessidade da munição 30 mm que talvez também venha a ser utilizada nos regimentos.

Como será que fica o projeto dos VBTP-MR se o CFN resolver adquirir o mesmo só que em uma versão 8x8, já que o número a ser comprado não seria suficiente para convencer o EB e a Iveco da abertura de uma linha de produção só para os mesmos?

Se eventualmente o CFN vier a fazê-lo, poderá no máximo entender como conveniente a mobiliação de três ou quatro Btls, sendo três no rio, se a FFE/Rio vier a se tornar quaternária como previsto, sendo o quarto constituindo-se em um btl de inf. bldo equipado com o substituto dos M-113's, e um quarto Btl Inf Mec na FFE/Ne.

Para se equipar um btl inf mec de fuz navais seriam necessários quantos veículos, considerando-se os de transporte, apoio e rec?

abs

[começo de off-topic]Quatro batalhões no RJ. Um batalhão no Nordeste. Um batalhão em Manaus.

Desta forma, o Brasil vai ter quase uma divisão inteira de fuzileiros navais. Agora compreendo o que presidente Ernesto Geisel queria dizer quando, certa vez, discutiu com um almirante:

- Vocês da Marinha não querem mais saber de navios! Vocês só querem saber de avião e de fuzileiro naval![fim do off-topic]

Clermont escreveu:[começo de off-topic]Quatro batalhões no RJ. Um batalhão no Nordeste. Um batalhão em Manaus.

Desta forma, o Brasil vai ter quase uma divisão inteira de fuzileiros navais. Agora compreendo o que presidente Ernesto Geisel queria dizer quando, certa vez, discutiu com um almirante:

- Vocês da Marinha não querem mais saber de navios! Vocês só querem saber de avião e de fuzileiro naval![fim do off-topic]

A previsão da MB para o CFN no PEAMB é de:

4 Btl Fuz Nv - FFE / 1a Esq
1 Btl Fuz Nv - FFE / 2a Esq
1 Btl Fuz Nv - BNRN / Manaus
1 Btl Fuz Nv - BNTBT / Tabatinga
1 Btl Fuz Nv - BNVC / Belém
1 Btl Fuz Nv - BNLR / Ladário

Eu particularmente adicionaria a estes futuros btls, mais um em Rio Grande, que não sei porque não foi contemplado, apesar de estar perto de região de fronteira não foi contemplado no PEAMB para sua elevação a nível btl.

Contudo, apesar destes números, somente os btls das FFE serão agraciados com recursos de bldos.

abs

jauro escreveu:

“Estuda-se a possibilidade de adoção de um carro médio. As dúvidas pairam sobre o tipo de chassi (roda, lagarta) e o calibre do canhão.
O seminário pretende, ..............viaturas.
Está prevista a participação de especialistas .......internacionais no evento.

O Project Leader para o Brasil da Rheimetal estará presente......

eligioep escreveu:

jauro escreveu:

O Project Leader para o Brasil da Rheimetal estará presente......

eligioep, por favor, o que é o Projeto Leader?

Bacchi