Túlio escreveu: Qua Jun 27, 2018 6:53 pm
Juniorbombeiro escreveu: Qua Jun 27, 2018 6:44 pm
Na verdade eu tenho uma percepção um pouco diferente da do Marechal, o álcool e corrosivo sim, mas não é esse o principal problema, o problema é que álcool puro é mais caro de obter, e álcool + água é uma mistura que até certo ponto não dá problema. Agora, álcool + água + gasolina... aí sim é problema, tanto que se você procurar no YouTube por como obter gasolina sem álcool (sempre é bom lembrar que nossa gasolina possui por lei 27,5% de álcool), vai ver que basta adicionar água e agitar, que vai ocorrer uma separação bifásica, gasolina pura e no fundo (por ser mais denso), água + álcool. Eu acredito, mesmo sem ter certeza, que o motivo para o álcool adicionado na gasolina ser anidro, seja evitar a ocorrência de separação bifásica.
Foi o que concluí, daí a pergunta. Se é para botar anidro misturado com gasolina, por que não usar logo direto, sem mistura (talvez algum aditivo para, talvez, aumentar a capacidade calorífica - e, como disse, não vejo vantagem nisso - ao invés do etanol? Melhor ainda, num motor cuja taxa de compressão fosse realmente boa, ali por 20:1 ou mais, não essa meia-boca que fazemos desde os anos 70...
Então...como eu disse, álcool anidro (puro) é bem mais caro de se obter, e em um motor movido a etanol não é um problema relevante, o álcool aceita bem a presença de água, quem não aceita é a gasolina.
Agora...com relação ao fato de não termos motores calibrados para funcionar exclusivamente no álcool, isso é um problema meramente mercadológico. Quem é jovem a mais tempo sabe o mico que foi a crise do álcool na sacada de 90 (ou 80, não lembro mais direito) com a crise do desabastecimento. Quem tinha carro a álcool nessa época, tinha um mico na mão. O que reabilitou o álcool (que inclusive mudou de nome para etanol, por razões meramente de marketing, para evitar associação ao fiasco precedente), foi a tecnologia flex, que possibilitou ao consumidor ter uma alternativa para o caso de uma nova crise de abastecimento.
Agora...como nem tudo são flores, essa tecnologia tem um preço, por mais que a tecnologia tenha evoluído, um motor flex nunca será tão eficiente quanto um homônimo a álcool ou a gasolina.