knigh7 escreveu: Sáb Jan 04, 2025 6:32 pm
A nossa necessidade de mísseis antiaéreos de médio e longo alcance é urgente. Gosto da opção do CAM-MR porque a MB só vai utilizar mísseis dessa classe para as escoltas que serão construídas na próxima década e nem temos capacidade de projetar força usando os CFN com proteção, que também será conseguida só na próxima década. Até desembarcar hoje no Uruguai seria perigo.
O Brasil nunca teve na prática defesa AAe que prestasse. Só o me engana que eu gosto de sempre. O máximo que o CFN chegou a ter foram os Bofors 40\70 com radar, e os Mistral, que salvo engano ainda são operados até hoje. O EB do mesmo jeito, só que agora está nas mãos dos RBS-70NG para tudo, já que todos os canhões AAe foram aposentados definitivamente. Igla-S é apenas para enfeite. A FAB não merece nem comentário neste assunto.
De resto, para o CFN a defesa AAe a meu ver teria que ser algo móvel, de preferência sobre plataforma mecanizada ou blda, mas nem isso vamos ter, porque a ideia continua sendo colocar a defesa AAe na praia, e daí se faz tudo. Qualquer coisa além disso, cada OM que se vire sozinha e dê seu jeito. Com ou sem meios próprios, que na verdade nunca existiram. Enfim, é uma solução bastante moderna, para o século XX.
O sistema com o CAMM é bastante capaz, mas só faz sentido para nós porque os mísseis seriam os mesmos das fragatas. Conquanto, logística material é apenas uma da muitas considerações na hora de se decidir o que comprar.
A FFE ainda está basicamente organizada como se fosse uma brigada comum de infantaria, dotada com alguns adereços anfíbios para fins específicos, e é só. Não evoluímos neste aspecto em relação a doutrina de guerra anfíbia, mesmo fazendo crtl C + crtl V do USMC praticamente em tudo. E parece que não vamos além. Ou não queremos, não conseguimos, não podemos, sei lá.
Sendo uma tropa expedicionária, tudo deveria ser pensado em termos de mobilidade, flexibilidade e adaptabilidade, mas no fim não é isso que vemos. O que vemos é uma tropa bem pesada para o que se propõe a partir da doutrina e da organização que se tem. Mas é isso aí ou nada.