Túlio escreveu: ↑Sex Dez 17, 2021 3:30 pm
Mas hôme do céu
, não viste
(1) como foi e não vês
(2) como está sendo com o Guarani, vários degraus de complexidade e custo abaixo de um MBT?
1 - O contrato foi oferecido a quem já trabalhava modernizando Cascavel e Urutu aqui: deram risada. Veio a IVECO porque
dentro do Brasil todo mundo sabia a fria que era.
2 - Já cortaram cerca de 1/4 dos pedidos, espicharam o cronograma e a fábrica tá sempre com o pátio cheio de carros que o EB até quer mas não tem como comprar. Ou seja, agora também
fora do Brasil todo mundo sabe a fria que é. E a KMW, que montou filial aqui à espera de algum contrato mais intere$$ante do que remendar Leo véio também não deve andar de boca muito fechada quando lhe perguntam como é negociar no Brasil.
Mas tens um ponto, os Coreanos de fato já têm fábricas aqui, do mesmo jeito que a IVECO. Só que, e do mesmo jeito que a IVECO, não dá pra simplesmente chegar numa das fábricas e berrar "para tudo, agora vamos usar essas máquinas e aqueles trabalhadores para fazer MBT". Não, do mesmo modo que a IVECO, eles vão precisar antes construir uma nova linha de montagem com montes de equipamentos caros pra burro, contratar e treinar pessoal de ponta, celebrar acordos com um balaio de fornecedores & quetales.
Pergunto:
Isso aí tudo custa dinheiro GRO$$o, não?
E, vindo direto da Coréia, o K2 já não é exatamente balatim balatim, não?
Somemos os dois e veremos que vai sair ainda mais caro pra nós. Mas fica pior:
Os caras já devem ter visto o pátio cheio da IVECO, por que achariam que com eles vai ser diferente?
Cereja do bolo: aparece o EB com aquele cronograma tipo 2 carros para 2024, 5 para 2025 e aos pouquinhos chega a 50 ali por 2030, quando então o LED está completo; dae sim, vamos comprando o resto até ali por 2050 ou 2060.
Aí sim é que vira preço de zona, QED. O MBT mais caro do mundo, se bobear. E isso se toparem, porque ninguém monta fábrica para vender pingado e ainda por cima arriscando a passar pelo mesmo que a IVECO, pátio cheio quase sempre.
É o que penso.
Mas Túlio, tu acha que haveria o mesmo problema do Guarani se fosse com o AMV? Por um motivo muito simples, o AMV já existia e estava testado, vendendo que nem água desde 2003. Foi o EB quem decidiu pedir a Iveco uma viatura do qual ela só ficou afim de fazer depois de muita grana rolando.
Aliás, esse corte de 1/4 de viaturas sem alterar o valor do contrato continua sendo BEM estranho, tem que ser investigado.
Eu tenho certeza que se fosse o AMV, mesmo sendo mais caro que o Guarani, não enfrentaríamos problemas com ele e economizaríamos no custo de P&D. Penso o mesmo se fosse o SuperAV padrão mesmo. Gastamos muito pra desenvolver uma viatura barata.
Quanto às comparações da planta fabril, estás equivocado. A Fábrica de Sete Lagoas foi contruída do zero pra ser uma fábrica Militar, aonde fabrica a viatura e o motor. No caso da Hyundai, haveria expansão quanto as unidades da
Heavy e um complexo de montagem, que anexaria peças fabricadas aqui e fora. Outra que participaria seria a MTU, que poderia participar fabricando o 883.
O K2 não precisa ser desenvolvido nada dele. A diferença do nosso pro Coreano é que teria uma polia a mais, o que é relativamente simples e eles ofertam isso. A eletrônica embarcada também totalmente nacional.
O que obrigatóriamente importaríamos é sua blindagem - extremamente avançada até para padrões Europeus, Americanos e Russos -, canhão, torre, suspensão e parte da carroceria. Itens mais vicerais como motor, transmissão, eletrônica, blindagem ativa e parte da carroceria, dá pra fabricar aqui e montar tudo em um local.
No LED e primeiro lote, totalmente Sul Coreanos, até pra assimilar nossos sistemas embarcados, talvez até transmissão CVT e suspensão ativa, propostas do K2PIP. A partir dos lotes seguintes, ir nacionalizando aos poucos.
Os custos, ao meu ver, decairiam ao invés de acrescer.