Eletricidade para o Brasil

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NettoBR
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Re: Eletricidade para o Brasil

#256 Mensagem por NettoBR » Ter Jul 31, 2012 5:41 pm

Marechal-do-ar escreveu:
NettoBR escreveu:Se naquele frio funciona, imagina no Brasil que é sol forte o ano inteiro. [000]
Mais cautela antes de afirmar isso...
Não entendi.
Imagem
Marechal-do-ar escreveu:
NettoBR escreveu:Pena que sistemas como esse no Brasil custam muito caro ainda por não haver um incentivo e uma cultura de custo/benefício bem desenvolvida.
Você quis dizer: "subsídios"?
Também.
Marechal-do-ar escreveu:
NettoBR escreveu:Um sistema híbrido solar+eólico que gera 250kw/h mês sai por volta de R$ 20.000,00. Com a economia que ele produz, praticamente se paga sozinho.
Mesmo com preços abusivos 250 kWh/mês representam uma economia de apenas 80 reais por mês, não da para justificar um investimento de R$ 20.000,00 com uma economia tão pequena, e de onde veio esses valores? Em que situações essa produção de energia ocorre?
Esse sistema não substitui a rede elétrica, ele complementa.
Não se esqueça que o terror do consumo em uma casa é o chuveiro elétrico, que sozinho chega a representar mais de 25% do gasto de energia mensal.
Para ele instala-se um AQUECEDOR SOLAR que custa 10x menos que as células fotovoltaicas.

Marechal-do-ar escreveu:
NettoBR escreveu:Ao invés de fomentar essa indústria, que é mais prática e eficiente,
Você quis dizer: "Mais cara"?
Por enquanto, enquanto não ouver incentivo (ou subsídio) para desenvolver o setor.
Marechal-do-ar escreveu:Produção de eletricidade em pequena escala não é vantajoso, a energia eólica só começa a valer a pena com turbinas a partir de 2MW, e isso aonde venta muito (por isso na Dinamarca constroem turbinas no mar, porque la venta muito).
Energia eólica não é a mais eficiente, mas eles não tem pra onde correr. Não tem rios e nem sol, então correm atrás do vento.
Ao contrário do Brasil.
Marechal-do-ar escreveu:
NettoBR escreveu:preferem construir usinas uma atrás da outra e ficarem choramingando o "custo Brasil"... :roll:
Constroem usinas porque é a forma mais barata de produção de energia, "custo Brasil" é quando a energia que é produzida a 8 ou 9 por kWh chega em nossas casas a 30 ou 35 centavos por kWh.
Em uma cidade como São Paulo se 100 mil residências usarem esse sistema economizando 250kw/h em cada uma, quanta energia excedente será repassada, e não produzida, para as indústrias?
O Brasil é muito grande e quanto mais a economia crescer, mais energia vai precisar, e mais cara vai ficar. Alternativas serão obrigatórias para continuar crescendo.




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Re: Eletricidade para o Brasil

#257 Mensagem por Marechal-do-ar » Ter Jul 31, 2012 8:49 pm

NettoBR escreveu:
Marechal-do-ar escreveu:Mais cautela antes de afirmar isso...
Não entendi.
Leia o post do Lages001, quando respondi seu post não tinha aquela informação em mãos mas agora posso dizer, naquele frio não funciona, logo não é possível concluir nada sobre o Brasil.
NettoBR escreveu:
Marechal-do-ar escreveu:Você quis dizer: "subsídios"?
Também.
Não deu certo na Alemanha, será que podemos não repetir o erro deles? Ao contrário deles, não temos 100 bilhões sobrando.
NettoBR escreveu:
Marechal-do-ar escreveu:Mesmo com preços abusivos 250 kWh/mês representam uma economia de apenas 80 reais por mês, não da para justificar um investimento de R$ 20.000,00 com uma economia tão pequena, e de onde veio esses valores? Em que situações essa produção de energia ocorre?
Esse sistema não substitui a rede elétrica, ele complementa.
Ele é economicamente inviável, quer dizer, é mais caro do que as alternativas, os benefícios são menores do que os custos, etc.
NettoBR escreveu:Não se esqueça que o terror do consumo em uma casa é o chuveiro elétrico, que sozinho chega a representar mais de 25% do gasto de energia mensal.
Para ele instala-se um AQUECEDOR SOLAR que custa 10x menos que as células fotovoltaicas.
Já tive e não quero de volta, se você quiser usar só não diga que fui eu que recomendei...

Ah... No quote anterior já coloquei nas células fotovoltáicas o rótulo de "economicamente inviáveis" só olhando o elevado investimento inicial, mas o investimento inicial para produção da energia não é tudo, na verdade isso costuma ser apenas uma fração dos custos e problemas para implantação e operação (no caso da sua primeira solução só o custo inicial já inviabiliza, mas enfim...), no custo inicial o aquecedor solar passa, a menos que você só tome banho no fim da tarde vai precisar armazenar a água quente, dependendo do caso o aparato para esse controle pode acabar consumindo mais energia do que o chuveiro elétrico, conheço esse sistema... Mas ok, em alguns casos funciona.

A porpósito, já ouviu falar em chuveiro a gás? Costuma ser mais barato de mnater do que o chuveiro elétrico.
NettoBR escreveu:
Marechal-do-ar escreveu:Você quis dizer: "Mais cara"?
Por enquanto, enquanto não ouver incentivo (ou subsídio) para desenvolver o setor.
Incentivo para a pesquisa existe, já torraram bilhões mas a tecnologia ainda não está pronta para uso, é simples.

Subsidiar esse tipo de coisa apenas aumenta custos, o que o cliente não paga na conta paga depois em impostos.
NettoBR escreveu:
Marechal-do-ar escreveu:Produção de eletricidade em pequena escala não é vantajoso, a energia eólica só começa a valer a pena com turbinas a partir de 2MW, e isso aonde venta muito (por isso na Dinamarca constroem turbinas no mar, porque la venta muito).
Energia eólica não é a mais eficiente, mas eles não tem pra onde correr. Não tem rios e nem sol, então correm atrás do vento.
Não é a mais eficiente, mas é barata, quer dizer, barata o bastante para eles, e realmente, as únicas alternativas para a Dinamarca são nuclear e carvão, o atual governo está dando prioridade a essa última.
NettoBR escreveu:Ao contrário do Brasil.
Temos rios, e ao contrário dos demais países que tem rios aqui não podemos construir hidrelétricas e nossa energia é cara.

Aqui tem quem reclame dos R$30 bilhões para construir Belo Monte, já que na sua primeira sugestão você só citou os custos iniciais vou considerar esse custo inicial, e a produção mínima de 4500MW que da 3240GWh/mês nos meses com 30 dias, enquanto na sua sugestão cada kWh/mês custou 80 reias, em Belo Monte cada kWh/mês vai custar 9 reias, claro, custos de operação não inclusos (sua sugestão também não inclui), eu considerei a menor produção ao invés da máxima ou média e se subdimensionarem as linhas de transmissão podemos ter até 20% de perda, mesmo assim acho que uma orden de magnitude de diferença ilustram bem a situação.
NettoBR escreveu:Em uma cidade como São Paulo se 100 mil residências usarem esse sistema economizando 250kw/h em cada uma, quanta energia excedente será repassada, e não produzida, para as indústrias?
25GWh ou 0,07% da energia consumida no país (preguiça de procurar dados de São Paulo) durante o mês, ou 20 vezes menos do que o economizado com o horário de verão ou 2,5% da produção de Angra II e isso a um custo de R$2 bilhões, uns 10% do custo da usina.

Mas por que parar em 100 mil residencias? Por que não 10 milhões de residências?
7% da energia consumida, 5 vezes mais que o economizado com o horário de verão, 66% da produção mínima de Belo Monte a um custo de R$200 bilhões quase 7 Belo Montes... Ai acho que o País não tem condições... Mas por que ninguém protesta contra essa opção?
NettoBR escreveu:O Brasil é muito grande e quanto mais a economia crescer, mais energia vai precisar, e mais cara vai ficar. Alternativas serão obrigatórias para continuar crescendo.
Ainda existem alternativas como Belo Monte, daqui a 20 anos com o avanço tecnológico talvez existam outras opções viáveis, mas hoje...




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Re: Eletricidade para o Brasil

#258 Mensagem por Pedro Gilberto » Qua Ago 01, 2012 10:12 am

Marechal-do-ar escreveu:
rodrigo escreveu:A Alemanha tem um sistema onde quase todas as casas são interligadas ao sistema de abastecimento de energia, e possuem, em seus telhados, captadores de energia solar. No final do mês, se o morador gerou mais do que consumiu, ele recebe um cheque. E o seu excedente é disponibilizado na rede, para abastecer outras residências.
Há alguns meses recebi informações sobre a malha elétrica na Alemanha e a participação da energia solar era insignificante (algo esperado para um país tão perto do artico, não?), você tem algum link sobre esses captadores no telhado?
Recomente ler o artigo abaixo as considerações sobre o uso de energia solar na Alemanha. Basicamente por haver subsidio diretamente pago aos que investem em instalação de placas fotovoltaicas, e pela queda do preço dos equipamentes houve um crescimente das tarifas de energia devido ao subsidio cruzado.
Integração de energia solar fotovoltaica em larga escala: a experiência alemã
Em energia solar, energias renováveis, 23/07/2012 às 01:21

Por Clarice Ferraz

Há mais de 10 anos, a Alemanha lançou um audacioso plano de apoio à expansão da produção e integração das energias renováveis em sua matriz energética, no qual a eletricidade de origem solar fotovoltaica recebeu atenção especial. Recentemente, “vítima de seu sucesso ” – bastante oneroso, e sofrendo os impactos da crise econômica mundial e europeia, o país está revendo sua política energética.

No momento em que o Brasil aguarda a definição dos critérios para a conexão da micro e minigeração distribuída às redes de distribuição, o caso alemão de integração de larga escala de energias renováveis merece ser analisado com atenção sobretudo por duas razões: o êxito da rápida expansão e integração das fontes renováveis e os problemas que decorreram da falta de limites do programa. É importante lembrar que a Alemanha possui importante nível de atividade industrial forte consumidora de eletricidade, e que é o país que melhor tem enfrentado a crise europeia, apesar de ter os preços de sua eletricidade elevados.

Em 2000, Alemanha implementou o German Renewable Energy Sources Act, conhecido como EEG. O plano se baseia na remuneração da eletricidade gerada a partir de fontes renováveis através do sistema feed-in tariff [1] com venda garantida durante vinte anos. O nível das tarifas é ajustado para baixo anualmente e revisto a cada três ou quatro anos para incentivar a competitividade com outras fontes de geração a longo termo.

Na época em que foi lançado, os custos dos sistemas fotovoltaicos eram extremamente elevados e por isso o apoio do programa foi fundamental para viabilizar o desenvolvimento da indústria e a integração da fonte. Ao mesmo tempo, os custos elevados do apoio ao solar fotovoltaico já representavam um peso importante para o programa. Os custos do EEG são financiados por uma taxa cobrada nas tarifas de todos os consumidores de eletricidade, com exceção de algumas categorias, como os grandes consumidores industriais.

Nos últimos anos, o programa de compra garantida passou a representar custos mais elevados do que o previsto e a sobretaxa cobrada para seu financiamento teve que ser aumentada. Em realidade, a Alemanha não esperava que fosse haver uma adesão tão expressiva da população. O país ultrapassou constantemente suas metas de expansão da capacidade instalada de geração solar fotovoltaica. Diante das altas tarifas remunerando essa fonte de geração, e face a uma redução radical dos custos dos sistemas fotovoltaicos, milhares de cidadãos resolveram se tornar produtores de eletricidade e assim aumentar sua renda, afinal o EEG garantia por lei que a eletricidade seria comprada. O sucesso foi tamanho que em 2010, o país respondia por 44% da capacidade instalada global (Grau, 2012). O gráfico abaixo ilustra o rápido avanço do solar fotovoltaico no mundo e a liderança alemã, superada somente em 2011 pela China.

Imagem
Fonte: Diekmann, Kemfert e Neuhoff, 2012.

Afim de reduzir o impacto financeiro sobre o EEG, o governo começou a prever uma série de ajustes a partir de 2009. Houve redução do nível da tarifa e aumento do grau de reajuste negativo do preço da tarifa. Os esforços entretanto não foram suficientes pois a velocidade da queda dos custos dos sistemas fotovoltaicos foi ainda mais expressiva. Nos últimos cinco anos a queda foi de 57% (Grau, 2012), como mostra o gráfico abaixo. O número de microgeradores continuou a aumentar.

Imagem
Fonte: Diekmann, Kemfert e Neuhoff, 2012.

Em dezembro de 2011, foi registrado um novo recorde de instalações de sistemas solares fotovoltaicos totalizando um acréscimo de 7,5 GW somente em 2011 – a EPE (2012) estima que o Brasil possui 20 MW. Em janeiro deste ano, o governo adotou medidas mais radicais para frear a expansão da geração de eletricidade de origem solar fotovoltaica: uma redução da tarifa oferecida, reduções mensais progressivas a uma taxa fixa e um modelo de integração de mercado. O modelo proposto ainda se encontra em discussão no parlamento.

Diekmann, Kemfert e Neuhoff (2012), assim como Grau (2012), se preocupam com a severidade das medidas que o governo pretende adotar. Em 2010, o governo previa uma expansão da capacidade de geração fotovoltaica de 52 GW para 2020[2]. Se a revisão pretendida for adotada com sucesso, a meta prevista cai para 33 GW, um terço a menos do que o esperado há menos de 2 anos.

Os autores acreditam que o corte na tarifa é muito elevado e acrescentam que adotar um sistema de redução da remuneração a taxas fixas é contra a dinâmica do mercado. Afinal, não se pode saber de antemão a que ritmo a tecnologia continuará a ter seus custos reduzidos ou se tornar efetivamente competitiva com outras fontes de geração. Ora, os problemas que o governo enfrenta atualmente são justamente dessa natureza, afinal ele não foi capaz de prever o ritmo de redução dos custos e ajustar de forma adequada a remuneração ofertada. As reduções devem portanto seguir a dinâmica de preços do mercado.

Dessa forma, o desafio do governo é encontrar um sistema em que haja uma penetração de solar fotovoltaico a um ritmo mais lento, que limite os custos do programa e consequentemente o impacto sobre a tarifa de eletricidade (Diekmann, Kemfert e Neuhoff, 2012).

Se a preocupação em limitar os custos do EEG é legítima, o governo deve tomar cuidado para não provocar um brusco desinteresse pela fonte e afetar negativamente toda a cadeia de produção e implementação que existe atualmente. Além do reajuste dinâmico de preços, seguindo a queda dos preços da instalação dos sistemas fotovoltaicos, existem outros instrumento de incitativos desenvolvidos para que as pessoas não busquem produzir eletricidade além de suas necessidades de consumo. Uma delas é justamente o sistema de net metering onde o microgerador que produzir eletricidade excedente é remunerado “fisicamente”, em KWh, e não financeiramente. Não há interesse em se produzir além do que se pode consumir. Esse é o modelo previsto pela Resolução Normativa n° 482, de 17 de abril de 2012, da ANEEL que rege o acesso de micro e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica.

É interessante notar que apesar de todo esse esforço e do avanço da indústria solar fotovoltaica na Alemanha, o país ainda não atingiu a paridade tarifária (discutida no post anterior sobre o solar fotovoltaico no Brasil). A Alemanha ainda precisa de subsídios que viabilizem a integração da fonte na sua matriz.

No caso brasileiro a micro e a minigeração solar fotovoltaica distribuída já são competitivas em diversas regiões e nesse momento o mais importante em termos de regulamentação é evitar barreiras artificiais que impeçam as pessoas de gerarem sua própria eletricidade e se integrarem à rede distribuição.

Bibliografia:

Dieckmann, J., Kemfert, C. and Neuhoff, K., “The proposed adjustment of Germany’s Renewable Energy Law – a critical assessment”, DIW Berlin, Volume 2, No 6, 1° Junho 2012.

EPE, Nota Técnica EPE, “Análise da Inserção da Geração Solar na Matriz Elétrica Brasileira”, Rio de Janeiro, Maio 2012.

Grau, T., “Targetted Support for New Photovoltaic Installations Requires Flexible and regular Adjustments”, DIW Berlin, Volume 2, No 6, 1° Junho 2012.

Morris, C., “ German solar bubble? Look again!”, European Energy Review, 5 de julho de 2012.

[1] No sistemade feed-in tariff a eletricidade gerada é remunerada a um preço premio (acima do cobrado pelas distribuidoras) durante um largo período de tempo afim que o investidor tenha um fluxo de caixa contínuo que remunere seu investimento sem nenhum risco

[2] Federal Republic of Germany’s 2010 Action Plan.

http://infopetro.wordpress.com/2012/07/ ... cia-alema/
Marechal-do-ar escreveu:
Pedro Gilberto escreveu:Caso você o faça perceberá que esse leilão ocorrerá na esfera privada, sem participação alguma do governo.
Se o governo da incentivos fiscais ou cobra demais das outras fontes então existe uma participação do governo.

Já é ridículo o que eles fazem para a energia eólica ser "viável" (entre aspas porque acho que quase inviabilizar outras formas de energia não torna essa viável mas há ecochatos quem discorde) e agora aparece alguém falando que algo 50% mais caro é viável, como isso?
Continuo acreditando que levantar suspeição no processo é procurar chifre em cabeça de cavalo

A TUST / TUSD são tarifas que são pagas pelos empresas geradoras de energia às empresas de transmissão ou distribuição ao fornecer para um consumidor livre que está interligado em suas respectivas redes. De certo modo equivale a um pedágio pois renumera um terceiro (empresas de transmisão / distribuição) pelo uso de sua infra-estrutura.

O desconto aplicado é para o incentivo de fontes renováveis (PCH, biomassa, eólicas,etc) de baixa potência (até 30MW). É um regra que beneficia todos os agentes que se enquadrem nas premissas estabelecidas.

Claramente percebe-se que é sua aplicação é horizontal e não condicionada a avaliação nenhuma por parte de autoridade, de modo que não faz sentido nenhum querer imputar que houve suborno para que beneficio de uma determinada empresa.

Como disse anteriormente o único papel do governo é na regulação da atividade ao estabelecer quais são as regras do jogo. No ACL, uma empresa privada tem total liberdade para identificar oportunidades de negócios independente de fonte energética, estruturar o projeto, e vender aos consumidores livres pelos preços que forem acordados entre ambas as partes.

No caso em questão a Bioenergy enxergou uma possibilidade de pioneiramente vender energia de fonte fotovoltaica pelo preço mínimo de R$ 250 MWh. Caso algum consumidor do mercado livre entenda que pagar esse preço lhe traz alguma vantagem (não necessariamente financeiro), o projeto irá em frente, caso contrário não haverá construção alguma e portanto o incentivo dado pela regra não será usado.

Diferentemente no mercado cativo, em que as autoridades entendem que a energia solar ainda possui um custo elevado e que portanto não haverá como realizar a contratação deste tipo de fonte energética. Inclusive na noticia abaixo que data de antes desse leilão privado a noção de custos que a MME teria para fonte fotovoltaica é na faixa de R$ 300 a 400 MWh.
Energia solar pode fazer parte de leilão para testar competitividade
04/07/2012 - 03h45
DO RIO

O Brasil ainda vai demorar um pouco para incluir a energia solar na sua matriz energética, mas, para estimular seu uso, o governo poderá incluir usinas movidas com esse tipo de energia em futuros leilões, informou o presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tolmasquim.

Ainda em debate interno no governo, a entrada da energia solar no país foi alvo de um estudo da EPE que analisa cenários possíveis para sua instalação.

Em todos, a conclusão é que o país tem uma grande vocação, mas os preços ainda são proibitivos. "Ainda não é viável, mas as possibilidades estão mais próximas", disse Tolmasquim.

Nas simulações feitas pelo estudo, sem nenhum subsídio para a energia solar em residências, a chamada energia distribuída hoje custaria R$ 602 o MWh (megawatt-hora) --o da energia hidrelétrica custa R$ 108.

Com financiamento do BNDES, o valor cairia para R$ 585 e, sem o pagamento de tributos como PIS e Cofins (já é isenta de IPI e ICMS), para R$ 549. Já com o estímulo de desconto de 30% no Imposto de Renda, como é feito em alguns países, o preço iria para R$ 465, ainda assim bem acima do valor da energia gerada por hidrelétricas.

Já no caso da geração centralizada, ou feita por usinas, o preço inicial seria de R$ 405 por MWh. Com incentivos, chegaria a R$ 302, quase o triplo do preço da energia hoje.

"Mesmo se houvesse um leilão, ainda não seria muito viável hoje, mas eventualmente pode haver alguém com infraestrutura que lhe dê condições de concorrer", avaliou Tolmasquim, considerando "muito cedo" a energia solar nos leilões de energia do governo em 2013.

Segundo Tolmasquim, a inserção de usinas de energia solar em futuros leilões será um "teste" para o preço e, assim como ocorreu com a eólica, pode surpreender.

"Tem gente que fala que consegue preço menor do que esse (R$ 405 por MHh). Por isso, é bom colocar em um leilão com outras fontes para testar, para ver o preço real. O nosso é de gabinete."

Ele descartou um leilão específico para energia solar.

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/11 ... dade.shtml
[]´s




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Re: Eletricidade para o Brasil

#259 Mensagem por Pedro Gilberto » Dom Set 23, 2012 12:37 pm

Tarifa de energia retorna aos padrões internacionais
Enviado por luisnassif, sab, 22/09/2012 - 10:49

Ao reduzir conta de luz, Dilma colhe o que foi plantado em 2002
Por zanuja castelo branco
Do Correio do Brasil


Uma década após o apagão, governo aproveita renovação das concessões para reduzir conta de luz e desindexar as tarifas. Ainda que não se possa dizer que o modelo pró-mercado tenha ficado para trás, as novas conquistas são garantidas pelo retorno do planejamento estratégico público, uma proposta gestada por técnicos progressistas no Instituto Cidadania, antes das eleições presidenciais de 2002.

Marcel Gomes

São Paulo – A partir de cinco de fevereiro de 2013, a conta de luz dos domicílios brasileiros será reduzida em 16,2% em média. Isso significa que quem gasta R$ 200 por mês passará a pagar em torno de R$ 168. O corte será ainda maior para os consumidores industriais, e poderá atingir 28%.

A medida, anunciada dez anos após o apagão no governo Fernando Henrique e a explosão tarifária, ajuda a recolocar o preço da energia do país dentro dos padrões internacionais. O resultado é positivo. As famílias podem consumir mais com o aumento da renda disponível, as empresas têm sua competitividade elevada e, de quebra, a inflação sofre um baque.

A presidenta Dilma Rousseff está finalmente colhendo o que fora plantado em 2002. Naquele ano, um grupo de técnicos progressistas reunidos no Instituto Cidadania, base do programa de governo que elegeu Lula, lançou o documento “Diretrizes e Linhas de Ação para o Setor Elétrico Brasileiro”.

A coordenação coube ao professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Luis Pinguelli Rosa. Entre os técnicos participantes, além da própria Dilma, estavam Ildo Sauer, Roberto Pereira d´Araujo, Mauricio Tolmasquim, Roberto Schaeffer, Ivo Pugnaloni, Carlos Augusto Kirchner e Joaquim de Carvalho.

Diante da crise provocada pelo racionamento de energia elétrica desde 2001, o documento criticava o modelo pró-mercado lançado na era privatista da década de noventa, que aniquilou o planejamento estratégico público. O trabalho serviu de base para o programa de governo de Lula e guiou, ainda que parcialmente, as reformas do marco regulatório iniciadas em 2003.

Dizia um trecho do programa de Lula, escrito sob administração tucana: “Ao longo da década de 1990, o atual governo concluiu que os problemas existentes resumiam-se, simplesmente, à presença do Estado no setor elétrico. O modelo de mercado que se procurou impor desestruturou o planejamento e, mesmo sem fazer as alterações cabíveis, privatizou empresas e modificou as regras do setor abruptamente. Como resultado tem-se um setor elétrico profundamente desajustado, necessitando ser ‘revitalizado’”.

Novo projeto
Com a vitória petista, Dilma foi alçada ao Ministério de Minas e Energia. Entre 2003 e 2004, uma nova legislação lançou novas bases para o modelo elétrico, com o fortalecimento do planejamento estratégico pelo Estado. Foi criada a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), justamente com a função de avaliar permanentemente a segurança do suprimento de eletricidade.

Não se desejava, porém, uma volta ao passado e a estatização das empresas, como apontava o próprio programa de Lula. “Nosso governo vai estimular a ampliação dos investimentos de empresas privadas na expansão do setor”, afirma o texto. Para isso, estimulou-se um novo modelo de financiamento chamado “project finance”, com a meta de atrair tanto recursos privados quanto públicos.

Esse mecanismo ajuda a diluir os riscos de implantação e operação de um novo projeto entre todos os atores envolvidos no setor energético. Isso ocorre pois o ?uxo de caixa do projeto é a principal fonte de pagamento do serviço e da amortização do capital de terceiros, enquanto no ?nanciamento corporativo tradicional as garantias são calcadas principalmente nos ativos dos investidores.

Novas hidrelétricas em construção, como Belo Monte, utilizam o mecanismo do “project finance”. Segundo o diretor do Sindicato dos Engenheiros de São Paulo, Carlos Augusto Kirchner, que estava entre os técnicos mobilizados no Instituto Cidadania, os investidores passaram a ter mais segurança, inclusive o BNDES, que financia boa parte dos projetos do setor.

Isso não significa, porém, que Kirchner esteja de acordo com todas as bases do novo modelo. O engenheiro defende, por exemplo, a ampliação do tempo de contrato do consumidor livre, que em média tem pagado um preço muito mais baixo pela energia em relação ao consumidor cativo. Isso traria mais equilíbrio ao modelo, defende ele.

Novo modelo?
Mais contestações vêm do Instituto Ilumina, outro polo do pensamento progressista sobre as questões da energia. Em uma análise em que responde um documento divulgado pela Fiesp em agosto criticando o preço da eletricidade no país, o Ilumina aponta as relações da entidade com o modelo privatista e faz críticas ao atual marco regulatório – que, para o instituto, é o mesmo modelo de mercado anterior, e que apenas sofreu “correções imprescindíveis para permitir o seu funcionamento”.

“Por acaso se pode falar em sucesso para um modelo que em pouco mais de dez anos provocou a subida das tarifas para patamares tão elevados? Que provoca apagões sucessivos de todo tipo, além de constantes explosões de bueiros na cidade de maior projeção do país, as quais até já feriram gravemente turistas estrangeiros?”, diz a análise do Ilumina.

Ao menos à primeira crítica o governo tenta dar uma resposta. Além do corte no custo da energia a partir de fevereiro, o ministro Guido Mantega (Fazenda) anunciou que está em estudo a redução da influência do IGPM e do IPCA na determinação dos preços da energia. A ideia é desindexar os contratos a partir da renovação das concessões.

Mais uma preocupação vem dos trabalhadores do setor elétrico. Eles querem evitar que a conta da redução das tarifas seja paga pela categoria. De acordo com o advogado do Sindicato dos Eletricitários do Sul de Minas e da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas de Minas Gerais Maximiliano Nagl Garcez, a representação sindical dos eletricitários é, nacionalmente, favorável à diminuição da conta de luz e à renovação de concessões.

O receio, entretanto, exige garantias para que estas medidas não sejam usadas pelas empresas como desculpa para demitir trabalhadores, precarizar direitos e terceirizar ainda mais a atividade. “Isso não prejudica só os eletricitários, mas os próprios consumidores com a queda de qualidade do serviço. Basta ver no que deu os ataques aos direitos dos trabalhadores ocasionados pela privatização. Apagões, problemas de atendimento e até explosões de bueiros, comprovadamente reflexo da terceirização”, disse.

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, refuta esta possibilidade. “As mudanças não impõe ao setor nenhuma dificuldade adicional. Estamos tratando de um capital que já foi depreciado ou que está sendo pago, então não há nenhum motivo para demissão ou precarização”, diz.

* Colaborou Vinicius Mansur

http://advivo.com.br/blog/luisnassif/ta ... rnacionais
[]´s




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Re: Eletricidade para o Brasil

#260 Mensagem por NettoBR » Qua Out 17, 2012 6:06 pm

Inauguração Usina Hidrelétrica Estreito

http://www.youtube.com/watch?v=hrvdKTcrFIs




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Re: Eletricidade para o Brasil

#261 Mensagem por NettoBR » Seg Dez 17, 2012 4:28 pm

http://www.youtube.com/watch?v=BsjxclUNHAY




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Re: Eletricidade para o Brasil

#262 Mensagem por NettoBR » Ter Mar 12, 2013 10:29 am

O diretor executivo da Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de Energia Elétrica (Abrate), Cesar de Barros Pinto, disse, nesta sexta-feira (8), que a adaptação dos sistemas de transmissão de energia elétrica é tecnicamente desnecessária e implicaria aumento de custos para o consumidor final.
O diretor da associação, que congrega as maiores empresas do setor de transmissão de energia, é um dos palestrantes na audiência pública convocada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para debater efeitos da exposição a campos eletromagnéticos.







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Re: Eletricidade para o Brasil

#263 Mensagem por Marechal-do-ar » Ter Mar 12, 2013 1:48 pm

NettoBR escreveu:O diretor executivo da Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de Energia Elétrica (Abrate), Cesar de Barros Pinto, disse, nesta sexta-feira (8), que a adaptação dos sistemas de transmissão de energia elétrica é tecnicamente desnecessária e implicaria aumento de custos* para o consumidor final.
O diretor da associação, que congrega as maiores empresas do setor de transmissão de energia, é um dos palestrantes na audiência pública convocada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para debater efeitos da exposição a campos eletromagnéticos.
Depois de assistir os dois videos a conclusão que cheguei é que foi uma audiência pública que serviu apenas para gastar dinheiro público que fará falta em alguma outra área e que tecnicamente não serviu para nada.

*Falta muita falta saber o quanto, existe uma grande diferença entre dizer que a energia vai ficar mais cara e dizer que a energia vai ficar 0,1% mais cara, claro, não sei quanto realmente é, só senti falta dessa informação.

Finalmente e, repetindo resultados de estudos internacionais e apesar do que os palestrantes disseram, crianças mais próximas a linhas de transmissão (e não mais expostas ao magnetismo) tem mais chances de desenvolver leucemia, o dinheiro poderia ser melhor gasto com pesquisas para descobrir exatamente o porque das crianças próximas a linhas de transmissão terem mais chances de desenvolverem esse cancer e como evitar isso do que com uma audiência pública em que ninguém sabe de nada.




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Re: Eletricidade para o Brasil

#264 Mensagem por J.Ricardo » Ter Mar 12, 2013 5:39 pm

Em minha cidade, saiu uma nota no jornal local, dizendo que uma multinacional de fungicidas, quer instalar uma fábrica que gera energia a partir de resíduos sólidos, alguém sabe de que se trata??? pensei em geração a partir do bagaço de cana, mas estas costumam ficar anexas as usinas...




Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: Eletricidade para o Brasil

#265 Mensagem por Pedro Gilberto » Seg Jun 10, 2013 10:18 am

Cerca de 3 mil MW já foram adicionados ao SIN em 2013Dado foi apresentado pelo Secretário de Energia Elétrica do MME, Ildo Grudtner
Da redação

Até o fim de maio, 2.852 MW de novas usinas já entraram em operação comercial no Sistema Interligado Nacional em 2013. O dado foi apresentado pelo Secretário de Energia Elétrica, Ildo Grudtner, na 130ª Reunião Ordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) que ocorreu na última quarta-feira, 5 de junho. A previsão é de que até o fim deste ano, 8.500 MW de energia nova tenham sido incorporados ao SIN.

Na reunião, presidida pelo Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o Operador Nacional do Sistema (ONS), mostrou que as chuvas ocorridas na maioria das bacias na região Sudeste/Centro-Oeste, no fim de maio, ultrapassaram a média histórica para o mês.

Os estudos indicam ainda que a temporada de estiagem nas regiões Nordeste e Norte, Sudeste/Centro-Oeste, deve propiciar níveis reduzidos de precipitações. Já no Sul, a tendência climática é que o período úmido permaneça na média. Diante disso, o comitê deliberou a permanência do despacho das usinas termelétricas em operação, desligando-se adicionalmente a UTE Potiguar III.

O ONS apresentou também os principais resultados do Plano da Operação Energética 2013/2017, destacando que os riscos de déficit são inferiores a 5% em todo o horizonte do estudo, atendendo aos critérios de segurança estabelecidos pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Em função da gradual redução da capacidade de regularização dos reservatórios das usinas hidrelétricas do SIN, sinalizou a importância da expansão do segmento de geração térmica na matriz de energia elétrica brasileira.

http://www.jornaldaenergia.com.br/ler_n ... id_secao=2
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Re: Eletricidade para o Brasil

#266 Mensagem por Pedro Gilberto » Qui Jul 04, 2013 10:56 pm

Governo desligará todas as termelétricas movidas a óleo

No total, 34 usinas (3800 MW) serão desligadas a partir desta quinta-feira (04); Economia será de R$1,4 bilhão por mês

Por Adriana Maciel, de Brasília
São Paulo, 03 de Julho de 2013 - 18:18


O ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, afirmou após a reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), nessa quarta-feira (03/07), que desligará todas as térmelétricas movidas a óleo diesel e combustível a partir desta quinta-feira (04/07), o que representa o desligamento de 34 unidades de geração térmica. “As chuvas vieram, os reservatórios estão cheios, os principais rios estão com comportamento excelente e com isso resolvemos desligar as térmicas a óleo e fazer economia de R$1,4 bilhão de reais mensais”, afirmou Lobão, acrescentando que 2/3 dos gastos atuais com térmicas eram com essas mais caras.

Ainda segundo o ministro, esse número exclui as cinco térmicas desligadas em maio deste ano. “As termelétricas a gás, biomassa e carvão permanecem ligadas por ter custos bem mais baixos. Esse desligamento representa 3800 MW que deixarão de ser despachados”, acrescentou o ministro de Minas e Energia.

Edson Lobão destacou ainda que o desligamento foi proposto pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) e que o governo pretende permanecer com essas termelétricas desligadas, a não ser que mais para frente haja algum imprevisto, que obrigará o religamento. “As hidrelétricas darão conta da sua missão junto com as térmicas mais baratas, estamos retirando do processo as térmicas de custo mais caro apenas”, finalizou.

Conta de luz
Romeu Rufino, diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), afirmou também que o desligamento das termelétricas não interfere na conta de energia atual. Todavia, devem impactar positivamente nos próximos reajustes tarifários. “Lá na frente contribuirá com o custo menor, quando houver um novo reajuste. Esse valor de gasto a mais com as térmicas era repassado pela CDE, que não antecipa o valor. Então não mudará em nada por enquanto”, afirmou.

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Re: Eletricidade para o Brasil

#267 Mensagem por Pedro Gilberto » Ter Jul 09, 2013 6:36 pm

Uma boa notícia para o desenvolvimento da Região Norte, mas como tudo na vida tem ônus e bônus.
Manaus é integrada ao Sistema Interligado Nacional de energia
09/07/201314h40

Manaus foi interligada, em caráter experimental, ao Sistema Interligado Nacional (SIN), na madrugada desta terça-feira, 9. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), além da capital do Amazonas, os municípios de Presidente Figueiredo, Iranduba, Manacapuru e Rio Preto da Eva também estão conectados a rede básica de energia do país.

"Este sistema [de Manaus] operava de forma isolada sendo que era altamente dependente de geração térmica, a gás natural e a óleo combustível. Com a integração ao SIN, torna-se possível reduzir gradativamente a dependência da geração térmica existente, elevando a confiabilidade no atendimento a esta área", disse o ONS, no informativo preliminar diário da operação.

De acordo com o operador, a interligação elétrica da capital do Amazonas com o restante do país foi feita por meio de uma linha de transmissão, em circuito duplo, em 500 quilovolts (500 kV), a partir da subestação da hidrelétrica de Tucuruí (PA) até a subestação de Lechuga, no Amazonas. A linha tem 1.438 quilômetros de extensão.

O linhão Tucuruí-Macapá-Manaus é composto por três trechos: Tucuruí-Xingu-Jurupari, Jurupari-Oriximiná-Macapá (estes dois pertencentes à espanhola Isolux) e Oriximiná-Silves-Lechuga (que pertence ao consórcio Manaus Transmissora de Energia, formado por Eletronorte, Abengoa, Chesf e FIPBE).

Investimentos

De acordo com o último balanço do PAC, o empreendimento de transmissão tem investimentos previstos de R$ 3,5 bilhões no período de 2011 a 2014. Além disso, a Amazonas Energia, distribuidora que atende a capital do Estado, investiu R$ 572 milhões na adaptação da estrutura energética para receber a linha de transmissão.

http://economia.uol.com.br/noticias/val ... nergia.htm
Interligação de Manaus ao SIN pode gerar custo adicional para o sistema
Limitações de conexão deve manter térmicas ligadas, com custo calculado pelas indústrias em R$ 400 milhões

Sueli Montenegro, da Agência CanalEnergia, de Brasília, Regulação e Política
28/06/2013 - 19:56h

A entrada prevista de Manaus no Sistema Interligado até o dia 7 de julho pode resultar em custo adicional para o consumidor de energia, caso o governo decida ratear as despesas com as usinas termelétricas que ainda continuarão ligadas, por limitações na conexão à Rede Básica.O custo adicional de operação dessas usinas deve gerar em seis meses prejuízo calculado por grandes consumidores da região em R$ 400 milhões somente para a indústria, sem considerar o mercado cativo de distribuição.

O assunto foi discutido pelos presidentes Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia, Mário Menel, e da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais e de Consumidores Livres de Energia, Paulo Pedrosa, em reunião com o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann. Na próxima semana, Menel e Pedrosa pretendem levar o problema também ao ministro Edison Lobão, em encontro sugerido pelo próprio Zimmermann.

A conexão de Manaus ao linhão Tucuruí-Macapá-Manaus será feita por uma instalação provisória da Amazonas Distribuidora de Energia, que não permite o desligamento de termelétricas dos sistemas isolados. Essas usinas deverão permanecer em operação por mais seis meses, até que a distribuidora do grupo Eletrobras conclua as obras de algumas subestações em fase de construção. A assessoria da Eletrobras não foi encontrada para confirmar a informação.

Menel alertou nesta sexta-feira, 28 de junho, que existem usinas com Custo Variável Unitário superior a R$ 800,00 por MWh e, como o mercado local é pequeno, esse custo terá peso maior se ficar restrido aos consumidores da Região Norte. Segundo o executivo, a conta seria paga por todas as indústrias, da Zona Franca de Manaus até o Maranhão. Mas sobraria também para consumidor residencial e os demais do mercado cativo, uma vez que as distribuidoras de energia têm o direito de repassar o custo às tarifas nos reajustes anuais.

Para Pedrosa, a solução ideal é que o custo seja pago pelo Tesouro, por meio da Conta de Desenvolvimento Energético, porque aí estaria diluído entre todos os contribuintes. "No momento em que você declara a interligação, cria um problema. E, dependendo da interpretação, [a geração térmica] pode virar um custo para a Amazonas Energia; para o consumidor da distribuidora; para o Sistema Norte; ou para o consumidor de todo o Brasil, neste caso por segurança energética", observa o presidente da Abrace.

A operação das termelétricas localizadas nos sistemas isolados é coberta atualmente pela Conta de Desenvolvimento Energético, que paga o custo do combustível usado. Com Manaus oficialmente conectada ao SIN, as usinas não receberão mais o subsídio. "Uma solução nessa fase transitória, que são seis meses até dezembro, tem que ser encontrada, porque senão o despacho dessa térmica vai para o ESS, o Encargo de Serviços do Sistema por razões elétricas", acredita Menel. O executivo explicou que, nesse caso, somente o consumidor da região Norte pagaria a conta.

Pedrosa avalia que o problema é como vai ser dividida a despesa. Ele imagina que se for paga diretamente pelo consumidor amazonense, a tarifa de energia terá um aumento explosivo. Se for repassada à distribuidora, ela não terá como gerenciar o impacto. Caso seja estendido aos consumidores do Sistema Norte, o custo poderá superar R$ 70/MWh, o que pode ser trágico para indústria. "É muito mais do que toda a redução do custo da energia concedida para a industria na renovação das concessões", observa Pedrosa. Na última opção, que seria o rateio para todos os consumidores do pais, o efeito é pequeno, mas que se somaria aos demais custos que terão de ser pagos pelo despacho térmico atual.

Além da hidrelétrica de Balbina, com 260 MW de potência, o sistema de Manaus tem geração própria, com as térmicas de Aparecida (172,0 MW), Mauá (436,5 MW), Cidade Nova (15,4 MW), São José (36,4 MW), Flores (69,0 MW) e a usina flutuante Electron (120 MW), todas da Eletrobras. Ele é suprido também pelos empreendimentos privados Breitener Tambaqui (60 MW), Breitener Jaraqui (60 MW); Manauara (60 MW), Rio Amazonas (65 MW) e Gera (60 MW). No interior do estado, 105 localidades são abastecidas por um parque gerador com potência instalada de 479 MW.

http://webcache.googleusercontent.com/s ... en&ct=clnk
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Re: Eletricidade para o Brasil

#268 Mensagem por Pedro Gilberto » Seg Ago 05, 2013 11:43 pm

Comitê Brasileiro de Barragens defende reservatórios e recomenda reavaliação de inventários hidrelétricos
Entidade alerta para as diversas finalidades dos reservatórios, que permitem o uso múltiplo da água

Carolina Medeiros, da Agência CanalEnergia, do Rio de Janeiro, Planejamento e Expansão
31/07/2013

O Comitê Brasileiro de Barragens (CBDB) quer inserir a sociedade nas discussões em torno dos reservatórios de acumulação. A entidade defende que um amplo debate de nível técnico, sem influências políticas ou ideológicas, seja apresentado à sociedade, que é diretamente afetada pelas decisões do setor de energia elétrica. Para o comitê, os reservatórios têm importância estratégica para o desenvolvimento sustentável do país, uma vez que promovem maior segurança à matriz energética e possibilitam variados tipos de uso que impulsionam o desenvolvimento das cidades do entorno.

"O objetivo do comitê é difundir o uso múltiplo da água. O Brasil tem um recurso hídrico invejável e não podemos desprezar essa riqueza, mas temos que atuar de maneira responsável. Pregamos o desenvolvimento sustentável", declarou o presidente do CBDB, Erton Carvalho. O comitê recomenda que sejam reavaliados os inventários hidrelétricos já elaborados, no que se refere à importância dos reservatórios de regularização de vazões, visando a segurança do atendimento das necessidades do desenvolvimento nacional.

Segundo ele, desde que os reservatórios ganharam status de "vilão ambiental e social", eles deixaram de ser considerados no planejamento energético brasileiro. "As usinas a fio d'água ficam à mercê da vazão dos rios e a estiagem que se viu no ano passado foi bem preocupante. Já as fontes alternativas - eólica, solar e biomassa - são complementares e não garantem o abastecimento. Diante desse cenário, para a geração firme restam apenas as térmicas a carvão, óleo, gás e nucleares, muito mais caras e poluentes", afirmou Carvalho.

Em contrapartida, ainda na opinião de Carvalho, os impactos ambientais causados pela construção de reservatórios de acumulação são, em grande parte, mitigáveis a níveis toleráveis ou até mesmo reversíveis. Mesmo assim, somente um terço do aproveitamento hidrelétrico brasileiro foi aproveitado. De acordo com o engenheiro, o Brasil tem o terceiro maior potencial hidrelétrico estimado, cerca de 245 GW, ficando atrás apenas da China e da Rússia.

"É nosso dever estimular um amplo debate nacional a respeito da gestão dos recursos hídricos do país, de modo a evitar um iminente subaproveitamento das potencialidades hídricas nacionais, principalmente no que se refere à geração de energia elétrica. O país está deixando de lado seu imenso potencial hídrico, o terceiro maior do mundo, quando precisa armazenar energia para atender à demanda cada vez maior", observou Carvalho.

Ele lembra que o armazenamento de água para geração de energia é apenas uma das finalidades dos reservatórios de acumulação. Eles ainda garantem o abastecimento de água, saneamento, irrigação da agricultura, controle de cheias, transportes hidroviários, psicultura, turismo e lazer. "A produção de uva na região do Vale do São Francisco, no sertão pernambucano, só se tornou viável graças a utilização da água estocada no reservatório de Sobradinho para irrigação da agricultura local", exemplificou.

Por isso, ainda de acordo com ele, o debate com a sociedade é fundamental. O comitê recomenda que, com base nos resultados alcançados nas discussões, se proceda à adequação da legislação pertinente, de modo a tornar efetiva as alterações que forem necessárias. "Que as alterações contemplem também a necessidade de que os estudos ambientais sejam iniciados juntamente com o planejamento integrado dos aproveitamentos hidrelétricos a serem realizados", comentou.

http://www.canalenergia.com.br/zpublish ... p?id=96593
ONS trabalha para iniciar testes na linha das usinas do Rio Madeira
Órgão diz que a queda do reservatório de Santo Antônio precisa ser alterada para que possa ligar 12 unidades de geração necessárias para o início dos testes

Mauricio Godoi, da Agência CanalEnergia, de São Paulo, Operação e Manutenção
01/08/2013

Os primeiros testes da linha de transmissão do sistema das usinas do Rio Madeira deverão começar em breve. De acordo com o diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Hermes Chipp, a entidade está trabalhando para viabilizar a quota adequada na UHE Santo Antônio (RO - 3.300 MW) que possui maior número de centrais geradoras prontas para iniciar os testes. O executivo não deu um prazo para o inicio da energização da linha que está pronta por conta do período seco.

"Estamos buscando viabilizar o número minimo de máquinas para começar os testes da linha de transmissão que está pronta no Madeira. São necessárias 12 unidades. Em Santo Antônio há unidades geradoras de quatro e cinco pás e nesse periodo seco temos que manter uma quota máxima a montante e jusante e essas máquinas de quatro pás não operam na quota atual. Então estamos trabalhando para viabilizar a operação dessas máquinas para começar o mais rápido possivel os testes", disse ele.

Essas máquinas, continuou Chipp, após a sua apresentação no Fórum Cogen/ CanalEnergia: Geração Distribuída e Cogeração de Energia, estão prontas mas não podem operar com a altura de queda do reservatório. A meta do ONS é de conseguir a queda necessária para que essas máquinas de quatro pás de Santo Antônio operem junto com a primeira máquina da UHE Jirau (RO - 3.750 MW), que entra em operação agora na primeira quinzena de agosto.

Os testes, disse Chipp, envolvem a colocação de carga na linha no polo um com o bipolo um, no início, disse, a operação será monopolar.

http://www.canalenergia.com.br/zpublish ... p?id=96648
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Re: Eletricidade para o Brasil

#269 Mensagem por Pedro Gilberto » Ter Dez 31, 2013 6:17 pm

Um marco importante na introdução da energia fotovoltaica na matriz elétrica nacional. Ao criar uma referência de valor poderá atrair novos investidores e com isso criar demanda para criação de uma indústria de equipamentos solares em solo nacional
Pernambuco leiloa 23MW médios de solar, investimento de R$600 milhões
São Paulo, 27 de Dezembro de 2013 - 18:15

Os seis empreendimentos licitados somam 130MW e venderam energia ao preço médio de R$228,63/MWh

Por Maria Domingues

O PE Sustentável, leilão solar realizado pelo Governo de Pernambuco, nesta sexta-feira (27/12), licitou seis projetos, que totalizam 23MW médios e 122MWp, ao preço de R$228,63/MWh. O valor representa um deságio de 8,55% ante o preço inicial, de R$250/MWh. Os empreendimentos gerarão investimentos de R$597,25 milhões para o estado.

Serão quatro projetos de 30MW e dois de 5MW. As empresas vencedoras foram: Enel Green Power (italiana), Energia, Sowitec (alemã), Sun Premier (sino-espanhola), além das brasileiras Cone-Concierge e Kroma Comercializadora de Energia.

Apesar da previsão de oferta de 180MW, divididos em três lotes de 60MW (por três anos consecutivos), o secretário de Recursos Hídricos e Energéticos de Pernambuco, Eduardo Azevedo, considerou o resultado satisfatório. "Essa era uma previsão inicial, mas depois optou-se por contratar menos para incentivarmos a realização de um segundo leilão", disse. A data do novo certame só deverá ser divulgada no início de 2014.

Para Azevedo, a experiência serviu não apenas para mapear a oferta e a demanda, mas principalmente para chegar a um referencial de preço. "Conseguimos chegar a um valor bem razoável", disse.

Foram inscritos 36 empreendimentos, que totalizavam potência instalada de 1041 MW. Desse total, 32 situam-se no sertão, três no Agreste e um na Zona da Mata. Os empreendedores terão a diferença que é paga a mais pela energia solar em créditos presumidos de ICMS, na venda de seus produtos. O início de suprimento se dará em 1º de julho de 2015 e o contrato terá vigência de vinte anos.

A iniciativa de Pernambuco é pioneira, mas deverá servir de exemplo. Em entrevista recente ao Jornal da Energia, Azevedo afirmou que foi procurado por representantes de dois estados que também pensam em incentivar a energia solar. No segundo semestre deste ano, a energia solar participou pela primeira vez dos leilões regulados A-3 e A-5, mas nenhum projeto foi licitado, pois seus preço ainda é pouco competitivo na comparação com outras fontes.

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Re: Eletricidade para o Brasil

#270 Mensagem por prp » Ter Dez 31, 2013 10:19 pm

Pra min isso é rasgar dinheiro para agradar os ecochatos




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