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Enviado: Sex Jul 06, 2007 11:20 am
por Matheus
jp escreveu:Mano Zero, qdo falo na contraproducência de se criar, ou recriar, mais instituições - do mesmo fim - é pq isto segue uma política anacrônica, em que se contorna um problema sem apor condições de solução à entidades que já existem para isto.

Esta política, é um factóide de todo poder público político.
Ou seja, qdo ocorrem problemas, ao invés de aportarem verbas, reestruturarem condições de trabalho e, inclusive, o ônus de mudanças profundas na legislação, anunciam-se "novas" instituições.
Ao meu ver, isto é a leitura ao inverso do "Príncipe" de Maquiavel ("dividir para governar"). Este tipo de conduta política é demagógica.

Criar a FNS, e ressalto que seus valorosos intergrantes nada tem a ver com isto, é uma pantomima burlesca, uma jogada de avestruz politiqueiro. Dividiram-se verbas e não se chegou a nada. Basta ver que os pobres coitados vieram ao Rio e foram atirados em condições aviltantes de alojamento e alimentação. Aliás, até os meus colegas do DPF estão se vendo em situações precárias no PAN.

A FNS foi criada pela visão paleolítica do EB em resistir à criação da GN,aliada ao "olho gordo" de patentes superiores das PM, em não querer abrir mão de prerrogativas militares. O diáchos! O cara tem que escolher o que quer ser. Porque não opta em transformar as PM em GN. Quem não quiser fica como policial "uniformizado" e com carreira. Pois bem, foi disto que foi parido este Frankstein que é a FNS. Lembro, novamente, o EB criou uma brigada de infantaria leve (salvo engano a 11ª), denominada BGLO. Então pra que FNS? Em que 1.200 homens ajudam, efetivamente, um estado como Rio e SP? E estamos falando em 1.200 nominais, pq nunca é este número na prática. E o custo/benefício disto (diárias/deslocamento/treinamento "Wallita" na ANP etc)?

Quando falo em recriar cito, não jogar no colo de instituições que já tem seu círculo de competência já abarrotado mais atribuições sem repontecializá-las. No caso da PRF foi um aproveitamento salutar de suas potencialidades, no que acho foi felicíssimo. Mas, gerar atribuições ao DPF, para quem conhece o universo interno da instituição como eu, é loucura. O DPF que surge em operações na mídia não é o DPF do dia-a-dia. Este é muito menos glamuroso, é eivado de deficiências estruturais e sobrevive, na sua grande maioria, pela abnegação de seus integrantes. NO RJ, por exemplo, ha algum temp atrás, nós é montamos uma rede de rádio entre os colegas, comuncações inexistiam.
Portanto, gerar mais atribuições...

Cabem aos estados apuração judiciária dos crimes comuns, e às PM o policiamento ostensívo. Então, que se lhes dêem meios.
Se existem armas nos morros não se pode culpar só o DPF, pois elas atravessaram não só fronteiras internacionais mas tbm às interestaduais.
Cabe ao DPF fiscalização das fronteiras, então... para vc ver, em Rondônia haviam dois (??!!) colegas em uma linha de fronteira amazonica. Eles se revezavam 12h cada. Imagine se isto é fiscalizar alguma coisa. Claro, caberia ao EB a segurança física de nossas fronteiras, isto para países de poucos recursos é indiscutível.
E qdo isto ocorre para nosso exército que - infelizmente e não pq quer - tem um punhado de soldados naquela imensidão. Mas, eles tbm tem seus próprios problemas, qual oficial quer deixar as "agruras" da Vila Militar (o maior contigente de oficiais no Brasil), para o "deleite" de uma Brasiléia, BV-8, Lábrea....
Porém, justiça seja feita, eles estão deslocando várias unidades para o novo teatro previsto. Isto é caro e custo, até qto á política do seu publico interno, mas estão fazendo.

Em relação ao agentes peninteciários federais, creio ser outros "quinhentos".
Os cargos foram criados por necessidade da conseqüente - e por demais tardia - da criação de presídios federais. Em resumo, foi a natural ação física da ação e reação.
Corporativismos à parte, e pundonores pueris do medo da pulverização de algusn colegas do DPF, sou amplamente favorável a unificação das instituições policiais federais. Assim, teríamos o braço uniformizado ( detesto o termo farda, afinal nçao somos militares), com a PRF e os APENF, e o corpo da polícia judiciária da União (DPF). Pronto, a carreira estaria estruturada com condições de progressão, como ocorre em várias cidades americanas.

Também em relação ao que cito, como, "ferimentos à independência dos estados", reconheço que exagero. Isto se deve ao fato de minha exclusiva ojeriza à vassalgem legal dos estados em relação à União e desta última em não poder legislar mais especificamente contra crimes federais.


A maioria do efetivo da PRF é favarável a unificação, os contrários, na sua maioria, são os chefes que perderiam seus carguinhos comissionados. O que é unânime é a visão que ao unificar deverímos ser equiparados a agente do DPF e não abaixo, caso contrário é melhor ficar como está(para o efetivo).
Aliás, a PRF no Rio tá fazendo muito mais com muito menos do que a FSN, mesmo com boa parte das VTRs precárias, sem fuzil e sem uma rede de inteligência funcional. Só ontem uma das equipes apreendeu 9 pistolas, 65 granadas e farta munição.
A PRF conheçe o trecho(BRs, vicinais, etc) como ninguém, falta um pouquinho de apoio do governo.

Enviado: Sex Jul 06, 2007 11:26 am
por Moccelin
Pior que é isso mesmo...
_ Queremos ações DURA do estado...
Aí o estado age, com açõe DURAS... e o mesmo sujeito, ou outro, porém da mesma ONG/OAB vem e diz:
_ Estão fazendo chacinas na favela, matando inocentes...

Pra mim o pessoal da Segurança Pública do Brasil tem é que reprimir o crime com força E energia... Sem dó mesmo...
Diga-se de passagem os inocentes são inocentes armados com um AR-15, M-16, AKs etc...

Enviado: Sex Jul 06, 2007 1:54 pm
por PQD
MCD-SM escreveu:
jp escreveu:Mano Zero, qdo falo na contraproducência de se criar, ou recriar, mais instituições - do mesmo fim - é pq isto segue uma política anacrônica, em que se contorna um problema sem apor condições de solução à entidades que já existem para isto.

Esta política, é um factóide de todo poder público político.
Ou seja, qdo ocorrem problemas, ao invés de aportarem verbas, reestruturarem condições de trabalho e, inclusive, o ônus de mudanças profundas na legislação, anunciam-se "novas" instituições.
Ao meu ver, isto é a leitura ao inverso do "Príncipe" de Maquiavel ("dividir para governar"). Este tipo de conduta política é demagógica.

Criar a FNS, e ressalto que seus valorosos intergrantes nada tem a ver com isto, é uma pantomima burlesca, uma jogada de avestruz politiqueiro. Dividiram-se verbas e não se chegou a nada. Basta ver que os pobres coitados vieram ao Rio e foram atirados em condições aviltantes de alojamento e alimentação. Aliás, até os meus colegas do DPF estão se vendo em situações precárias no PAN.

A FNS foi criada pela visão paleolítica do EB em resistir à criação da GN,aliada ao "olho gordo" de patentes superiores das PM, em não querer abrir mão de prerrogativas militares. O diáchos! O cara tem que escolher o que quer ser. Porque não opta em transformar as PM em GN. Quem não quiser fica como policial "uniformizado" e com carreira. Pois bem, foi disto que foi parido este Frankstein que é a FNS. Lembro, novamente, o EB criou uma brigada de infantaria leve (salvo engano a 11ª), denominada BGLO. Então pra que FNS? Em que 1.200 homens ajudam, efetivamente, um estado como Rio e SP? E estamos falando em 1.200 nominais, pq nunca é este número na prática. E o custo/benefício disto (diárias/deslocamento/treinamento "Wallita" na ANP etc)?

Quando falo em recriar cito, não jogar no colo de instituições que já tem seu círculo de competência já abarrotado mais atribuições sem repontecializá-las. No caso da PRF foi um aproveitamento salutar de suas potencialidades, no que acho foi felicíssimo. Mas, gerar atribuições ao DPF, para quem conhece o universo interno da instituição como eu, é loucura. O DPF que surge em operações na mídia não é o DPF do dia-a-dia. Este é muito menos glamuroso, é eivado de deficiências estruturais e sobrevive, na sua grande maioria, pela abnegação de seus integrantes. NO RJ, por exemplo, ha algum temp atrás, nós é montamos uma rede de rádio entre os colegas, comuncações inexistiam.
Portanto, gerar mais atribuições...

Cabem aos estados apuração judiciária dos crimes comuns, e às PM o policiamento ostensívo. Então, que se lhes dêem meios.
Se existem armas nos morros não se pode culpar só o DPF, pois elas atravessaram não só fronteiras internacionais mas tbm às interestaduais.
Cabe ao DPF fiscalização das fronteiras, então... para vc ver, em Rondônia haviam dois (??!!) colegas em uma linha de fronteira amazonica. Eles se revezavam 12h cada. Imagine se isto é fiscalizar alguma coisa. Claro, caberia ao EB a segurança física de nossas fronteiras, isto para países de poucos recursos é indiscutível.
E qdo isto ocorre para nosso exército que - infelizmente e não pq quer - tem um punhado de soldados naquela imensidão. Mas, eles tbm tem seus próprios problemas, qual oficial quer deixar as "agruras" da Vila Militar (o maior contigente de oficiais no Brasil), para o "deleite" de uma Brasiléia, BV-8, Lábrea....
Porém, justiça seja feita, eles estão deslocando várias unidades para o novo teatro previsto. Isto é caro e custo, até qto á política do seu publico interno, mas estão fazendo.

Em relação ao agentes peninteciários federais, creio ser outros "quinhentos".
Os cargos foram criados por necessidade da conseqüente - e por demais tardia - da criação de presídios federais. Em resumo, foi a natural ação física da ação e reação.
Corporativismos à parte, e pundonores pueris do medo da pulverização de algusn colegas do DPF, sou amplamente favorável a unificação das instituições policiais federais. Assim, teríamos o braço uniformizado ( detesto o termo farda, afinal nçao somos militares), com a PRF e os APENF, e o corpo da polícia judiciária da União (DPF). Pronto, a carreira estaria estruturada com condições de progressão, como ocorre em várias cidades americanas.

Também em relação ao que cito, como, "ferimentos à independência dos estados", reconheço que exagero. Isto se deve ao fato de minha exclusiva ojeriza à vassalgem legal dos estados em relação à União e desta última em não poder legislar mais especificamente contra crimes federais.


A maioria do efetivo da PRF é favarável a unificação, os contrários, na sua maioria, são os chefes que perderiam seus carguinhos comissionados. O que é unânime é a visão que ao unificar deverímos ser equiparados a agente do DPF e não abaixo, caso contrário é melhor ficar como está(para o efetivo).
Aliás, a PRF no Rio tá fazendo muito mais com muito menos do que a FSN, mesmo com boa parte das VTRs precárias, sem fuzil e sem uma rede de inteligência funcional. Só ontem uma das equipes apreendeu 9 pistolas, 65 granadas e farta munição.
A PRF conheçe o trecho(BRs, vicinais, etc) como ninguém, falta um pouquinho de apoio do governo.


só lembrando que atualmente um PRF ESTA GANHANDO MAIS QUE O PESSOAL DA PF

Enviado: Sex Jul 06, 2007 1:56 pm
por Matheus
PQD, isso não é verdade, com a MP 305 o inicial da PRF baixou(!) para 5084,00 e o inicial da PF aumentou para 6200,00.

Enviado: Sex Jul 06, 2007 2:03 pm
por PQD
Esse negocio de F.ARMADAS NA FRONTEIRA me cheira a corporativismo, todos os orgãos detestam trabalhar em área de fronteira, ai sobra para as F.Armadas (principalmente pro exercito). Exercito nos grandes centros os intelectuais, policia, politicos não querem, mas nos confins do universo sim é bem vindo? Bem longe da midia, do prestigio, das benesses, ai é mole, e ainda muito mal remunerados. O pior inimigo não são os bandidos mas sim o corporativistas. Eu pessoalmente sou contra as FNS, mas como brasileiro torço pra dar certo, muitos torcem contra pois pra que mais outra policia? Afinal muitos não querem dividir com mais 1 o poder de polícia, este o fator de maior disputa entre as instituições, poder, quem manda, quem organiza, quem dirige, quem sai na foto, quem isso ou aquilo, sinceramente não vejo solução até o momento.

Enviado: Sex Jul 06, 2007 2:06 pm
por PQD
MCD-SM escreveu:PQD, isso não é verdade, com a MP 305 o inicial da PRF baixou(!) para 5084,00 e o inicial da PF aumentou para 6200,00.


e pode um salario abaixar?

Enviado: Sex Jul 06, 2007 2:14 pm
por Moccelin
O inicial pode, pro pessoal novo... Só não pode é mexer com o dos que já estão ganhando... E mesmo assim pode também... Afinal de contas no EB isso aconteceu, cortaram um monte de benefícios de uma hora pra outra (posto acima, entre outras coisinhas)...

Enviado: Sex Jul 06, 2007 2:44 pm
por Matheus
PQD escreveu:
MCD-SM escreveu:PQD, isso não é verdade, com a MP 305 o inicial da PRF baixou(!) para 5084,00 e o inicial da PF aumentou para 6200,00.


e pode um salario abaixar?


é consenso entre os juristas que o montante do remuneração não pode baixar ao passar para subsídio como o que aconteceu com as carreiras(PF, PRF e outras da união). Eu perdi 500 reais brutos há quase um ano, e desde lá estamos brigando na justiça. To com vontade é de fazer o concurso para APF, to de saco cheio com os problemas do DPRF.

Enviado: Sex Jul 06, 2007 2:49 pm
por PQD
MCD-SM escreveu:
PQD escreveu:
MCD-SM escreveu:PQD, isso não é verdade, com a MP 305 o inicial da PRF baixou(!) para 5084,00 e o inicial da PF aumentou para 6200,00.


e pode um salario abaixar?


é consenso entre os juristas que o montante do remuneração não pode baixar ao passar para subsídio como o que aconteceu com as carreiras(PF, PRF e outras da união). Eu perdi 500 reais brutos há quase um ano, e desde lá estamos brigando na justiça. To com vontade é de fazer o concurso para APF, to de saco cheio com os problemas do DPRF.


subir o salario é a passos de cagado, pra cair é a velocidade da luz :evil:

Enviado: Sex Jul 06, 2007 7:40 pm
por Booz
Essa coisa de salário desanima. Querem segurança, querem FFAA profissionais... só não querem é pagar.
Na hora de exigir fazem fila, lista de exig~encias e tudo o mais, só que na hora de ir ao caixa começam as alegações.
Atividades que envolvem risco diário e preemente de vida imprescínde de um tratamento diferenciado, Não é crivel igualar um sargento do exército, que sai de sua cidade, e se embrenha com família e cachorro pro meio da selva, onde escolas são mera ilação, com carreiras esteadas nas oportunidades das cidades. Ao mesmo julgamento tem-se os policiais, cuja vida de ressaltos os fazem campeões de desajuste familiar. Tudo isto, para estas carreiras, não somando o natural estresse das atividades fins.
Quanto ao que ocorre com o DPRF, creio que o lugar merecido por esta instituição emergirá em breve. Os PRF tem dado provas inequívocas de ganhos precisos de aproveitamento, com meios parcos diga-se de passagem, afastando há muito a imagem do "gualda" rotundo sossobrando em um canto da estrada. Cheguei a trabalhar com o pessoal do DPRF em algumas operações, deram um banho de competência. Em meu entender a unificação já deveria ter ocorrido, certamente, como citou o colega, os "chefetes" de amabas as instituições (DPF/DPRF), só a desejam se puderem continuar chefetes.
Coisa de comadres!

Enviado: Sáb Jul 07, 2007 11:30 pm
por Guerra
PQD escreveu:Esse negocio de F.ARMADAS NA FRONTEIRA me cheira a corporativismo, todos os orgãos detestam trabalhar em área de fronteira, ai sobra para as F.Armadas (principalmente pro exercito). .


Eu tb penso da mesma forma. Trabalhar num posto em BV 8 é muito facil. Até eu quero. Eu morando em Boa Vista, pego meu carro vou até BV 8 por uma estrada asfaltada e muito bem conservada (pelo EB). Chego num posto parecendo aquelas fronteiras de desenho animado, com uma linha no chão escrito de lado BRASIL e do outro VENEZUELA. Final do serviço eu encho meu tanque de gasolina barata na Venezuela e volto para minha casa.
Em BV 8 tem marco de 10 em 10 metros, eu quero ver criarem uma guarda nacional capaz de patrulahr os marcos no meio da selva que ficam a dezenas de quilometros um do outro. Eu queria ver essa tal guarda nacional ficar uma semana no meio da selva procurando um marco (apenas um marco) de fronteira, e tendo que cavar mais de meio metro para achar.
É bom levar em conta que nenhuma instituição federal entra na selva sem apoio das FAs. Eu gostaria de ver essa guarda nacional montada com medicos, motoristas, cozinheiros, pilotos de embarcações, em fim, com toda uma cauda logistica. Porque se a ideia é criar mais uma instituição para o EB dar apoio eu sou contra. POdem me chamar de homem das cavernas. E se algum dia vingar essa ideia eu espero que o salario seja compativel com os salarios do EB, porque não existe coisa pior para o moral da tropa do que sair em missão conjunta com orgãos federais, comendo farinha e vendo os caras ganhando, só em diarias, o que voce ganha em um mês.

Eu não vou enganar ninguém. É claro que o EB tem interesse em manter os Comandos de fronteira. Quem conheceu os batalhôes antes e depois de virarem comandos de fronteira sabem que a mudança foi para melhor. As OM de selva tem duas história, antes e depois. E ppodem ter certeza se criarem essa tal guarda nacional vão voltar a ser o que era antes. Vai parar de entrar dindin. As OM da amazônia vão voltar a serem colônias penais. A amazonia vai voltar a receber só militar punido. Escutem o que eu estou dizendo.

Em time que está ganahndo não se mexe. Acho bem melhor deixar as coisas como estão. Deixa lá o soldadinho que não sabe empunhar uma arma ganhando seu troquinho para ficar 6, 7, e até um ano num pelotão destacado, mas pelo menos a gente sabe que tem alguém lá.

Enviado: Dom Jul 08, 2007 6:25 pm
por PQD
Querem as F.Armada bem longe dos holofotes, de preferencia no meio do mato, para não ter o perigo de assistirem o exito em algo feito pela F.A, (veja bem nao disse que os outros orgaos sao incompetentes), mas que outros orgãos nao querem competicao.
Afinal nao existe diferenca politica em termos de fronteira seca e de fronteira maritima, a diferenca esta nos holofotes do SHOW.

Enviado: Dom Jul 08, 2007 6:28 pm
por PQD
SGT GUERRA escreveu:
PQD escreveu:Esse negocio de F.ARMADAS NA FRONTEIRA me cheira a corporativismo, todos os orgãos detestam trabalhar em área de fronteira, ai sobra para as F.Armadas (principalmente pro exercito). .


Eu tb penso da mesma forma. Trabalhar num posto em BV 8 é muito facil. Até eu quero. Eu morando em Boa Vista, pego meu carro vou até BV 8 por uma estrada asfaltada e muito bem conservada (pelo EB). Chego num posto parecendo aquelas fronteiras de desenho animado, com uma linha no chão escrito de lado BRASIL e do outro VENEZUELA. Final do serviço eu encho meu tanque de gasolina barata na Venezuela e volto para minha casa.
Em BV 8 tem marco de 10 em 10 metros, eu quero ver criarem uma guarda nacional capaz de patrulahr os marcos no meio da selva que ficam a dezenas de quilometros um do outro. Eu queria ver essa tal guarda nacional ficar uma semana no meio da selva procurando um marco (apenas um marco) de fronteira, e tendo que cavar mais de meio metro para achar.
É bom levar em conta que nenhuma instituição federal entra na selva sem apoio das FAs. Eu gostaria de ver essa guarda nacional montada com medicos, motoristas, cozinheiros, pilotos de embarcações, em fim, com toda uma cauda logistica. Porque se a ideia é criar mais uma instituição para o EB dar apoio eu sou contra. POdem me chamar de homem das cavernas. E se algum dia vingar essa ideia eu espero que o salario seja compativel com os salarios do EB, porque não existe coisa pior para o moral da tropa do que sair em missão conjunta com orgãos federais, comendo farinha e vendo os caras ganhando, só em diarias, o que voce ganha em um mês.

Eu não vou enganar ninguém. É claro que o EB tem interesse em manter os Comandos de fronteira. Quem conheceu os batalhôes antes e depois de virarem comandos de fronteira sabem que a mudança foi para melhor. As OM de selva tem duas história, antes e depois. E ppodem ter certeza se criarem essa tal guarda nacional vão voltar a ser o que era antes. Vai parar de entrar dindin. As OM da amazônia vão voltar a serem colônias penais. A amazonia vai voltar a receber só militar punido. Escutem o que eu estou dizendo.

Em time que está ganahndo não se mexe. Acho bem melhor deixar as coisas como estão. Deixa lá o soldadinho que não sabe empunhar uma arma ganhando seu troquinho para ficar 6, 7, e até um ano num pelotão destacado, mas pelo menos a gente sabe que tem alguém lá.



putz, altas operacoes desencadeadas em todo brasil, com apoio das F.A e quase sempre nem falam na participacao das F.A

Enviado: Dom Jul 08, 2007 11:07 pm
por trabuco
SGT GUERRA escreveu:E se algum dia vingar essa ideia eu espero que o salario seja compativel com os salarios do EB, porque não existe coisa pior para o moral da tropa do que sair em missão conjunta com orgãos federais, comendo farinha e vendo os caras ganhando, só em diarias, o que voce ganha em um mês.


Isso deve ser cruel mesmo...

E ainda fazem greve...

Enviado: Dom Jul 08, 2007 11:16 pm
por rodrigo
Imagem

O Estado é maior

A gente dificilmente percebe a História – este é um defeito, inclusive, de nós, jornalistas. Acostumados ao dia-a-dia maçante, às milhares de promessas não cumpridas, ao discurso sempre repetitivo das autoridades, estamos acostumados a escrever para o peixe da feira: aquele papel vai virar embrulho e tudo vai voltar à normalidade.
Normalidade, no Rio, quer dizer o seguinte: gente pobre sem direito a segurança porque a polícia não entra nas favelas. Porque os DPOs ou são arregados ou estão em constante ameaça. Resultado? O poder paralelo, o traficante, armado de fuzil, G-3, antiaérea, granada, impõe sua vontade, invade a casa, destrói a família, corrompe a criança, estupra a mulher e mata o pai. Ou expulsa todo mundo, como na primeira história que postei aqui no Santa Bárbara e Rebouças, há um ano, no dia 13 de junho.
Recordando; um ex-técnico da Telerj tem a casa, que é perto da favela, invadida por traficantes, é ameaçado e vira funcionário do tráfico, é obrigado a grampear telefones para evitar que os moradores façam denúncias. Eu disse que é obrigado? Não, porque ele pôde fugir, e fugiu.
Mas com milhares de cariocas não é assim: o traficante armado manda, coloca a arma na cara e o jeito é obedecer. Entretanto, o maior prejuízo mesmo não é nem com essa coação armada, e sim com a expansão de uma “cultura do tráfico”, do pobre que leva vantagem, da sensação de grupo social que as facções criam. Em suma: “Eu sou do Comando Vermelho, eu tenho amigos que matam, portanto sou visível e existo”. Ergo sum.
Uma cultura daninha que vai se espalhando, por meio de gírias e linguajares, criando no carioca uma tolerância abjeta ao narcotráfico e seus subprodutos.
Esta, atualmente, é a nossa História. O Rio virando uma outra coisa – não às casas simples com cadeiras nas calçadas, com flores tristes e baldias, não à orla de Tom & Vinícius, mas sim uma propagação virótica de um comportamento e linguajar da violência, um “já é” para lá e um “é nós’ para cá, como se nossos objetivos existenciais mais profundos fossem ter armas, seqüestrar pessoas, impor a força, impor a violência.
Enfim, chego ao ponto: o dia 27 de junho de 2007 será tão guardado na história como o 13 de junho de 1994 para a História do Rio. Se no dia de 1994 acabou simbolicamente o poder paralelo paternalista com a morte de Orlando da Conceição, o Orlando Jogador, pode-se dizer que, com o enfrentamento do tráfico no Alemão, em 2007, no mesmo mês de junho, o delegado PF José Mariano Beltrame começou a acabar com o próprio poder paralelo.
É claro que este não acabou, e nem vai acabar neste governo. De jeito nenhum. Mas foi dada a largada oficial, a ruptura ousada. A Secretaria de Segurança arcou com os prejuízos políticos e com todos os desgastes possíveis de uma ação violenta com o intuito único de dizer: o Estado é maior que vocês. O povo organizado, formal e que trabalha é maior do que vocês. Vocês vão se enquadrar – parar de seqüestrar, de ameaçar os outros pelo telefone, parar de assaltar, de atirar, de matar. O Estado é maior do que vocês.
Beltrame, gaúcho de Santa Maria – me corrijam se não for esta a cidade – é como um legítimo estrangeiro, um ser não crente naquele estado de coisas. Quando digo não crente estou me referindo a alguém incapaz de aceitar passivamente a frase “Ah, é assim mesmo”. O olhar estrangeiro do delegado PF José Mariano Beltrame foi fundamental para a insistência praticamente louca (em termos políticos) em se manter no coração do Comando Vermelho. Para Beltrame, não há como uma favela ter quatro armas anti-aéreas de guerra, armas militares. Não há como uma favela ter 15 mil cápsulas de fuzil 762 (como foi apreendido mês passado). Não há como uma favela ter snipers.
A realidade dele, de gaúcho de Santa Maria, não assimila uma loucura destas. Daí a insistência no Complexo do Alemão, mesmo debaixo do já previsível e normal fogo da OAB, da Alerj, das comissões todas – pessoas que trabalham honestamente, honradamente, mas que nada fazem para impedir que outros sejam vítimas de seqüestro-relâmpago ou extorsão telefônica, por exemplo.
O delegado PF José Mariano Beltrame provavelmente deve ser esquecido, na correria do dia-a-dia, assim como este dia 27 de junho. Ambos, injustamente. Afinal, foi inaugurada uma era, a do Estado Maior.

http://www.jblog.com.br/gustavoalmeida. ... mid=3539#c