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Re: NOTICIAS

Enviado: Qui Jan 15, 2009 9:23 pm
por gaitero
Os Classe Austin são o alvo numero 1 da MB todos sabem disto.....

Re: NOTICIAS

Enviado: Qui Jan 15, 2009 9:26 pm
por gaitero
cb_lima, o post sobre o Nae são paulo se encontra trancado..........

Abraço.

Re: NOTICIAS

Enviado: Qui Jan 15, 2009 11:36 pm
por Junker
Inace faz acordos com a Namíbia e a Marinha

As atividades na Indústria Naval Cearense (Inace) estão de vento em popa. Antes de entregar ao governo da Namíbia o navio patrulha Brendan Simbwaye, a empresa já iniciou a construção da primeira de duas lanchas que também fazem parte do projeto para atender aquele país africano, orçado em US$ 24 milhões.

No estaleiro, também está sendo realizado trabalho de acabamento de cinco lanchas para a Marinha do Brasil, com valor de investimento próximo a R$ 16 milhões. Nos planos para 2009 está a participação na concorrência de mais quatro navios de 500 toneladas para patrulhar costa brasileira, cuja licitação acontece no próximo dia 8 de fevereiro.

De acordo com Elisa Gradhvol Bezerra, superintendente da Inace, ´a chegada do navio importado do Ceará na Namíbia vai favorecer o interesse de outros países africanos de encomendar embarcações´. ´Um projeto como esse leva anos de negociação. O país interessado precisa confiar na empresa que vai construir. No caso da Namíbia, foram dez anos´.

Ela disse que a construção do Brendan Simbwaye levou quatro anos por opção da Namíbia, que só podia fazer os investimentos de forma paulatina. ´Um navio-patrulha com as características desse que vamos entregar é possível fabricarmos em até 24 meses. O maior entrave é que temos que importar o motor da Alemanha — 30% a 40% dos itens da embarcação são importados. Se tivéssemos esse equipamento na prateleira, entregaríamos em 18 meses´, destacou Elisa Bezerra. A superintendente da Inace adiantou que das cinco lanchas de 45 toneladas destinadas à Marinha brasileira, que estão no estaleiro para acabamento, duas serão entregues ainda este ano. As outras três ficam para 2010; o mesmo prazo para as embarcações da Namíbia, de 500 toneladas.

Brendan Simbwaye

O coverta será incorporado à Marinha da Namíbia em cerimônia que acontece na próxima sexta-feira, às 16h30, no estaleiro Inace, quando haverá a troca de tripulação — sai o pessoal do Ceará e entram os namibianos: cinco oficiais e 26 praças (sargentos, cabos e marinheiros).

O navio é o primeiro construído por uma indústria privada no País a ser exportado.

Em sua fabricação foram utilizadas 70 toneladas (t) de aço naval e 20 t de alumínio. Está equipado com um canhão de 40 milímetros (mm) na proa e duas metralhadoras de 20 mm nas laterais. Dispõe de um radar de busca de longo alcance na popa e dois botes de salvamento com guindastes. Conta ainda com infra-estrutura de apoio à mergulho.

O Brendan Simbwaye — nome do mártir da independência da Namíbia — possui comprimento de 46,5 metros e desenvolve velocidade de 27 nós. Será empregado na vigilância e defesa da costa namibiana. Pode ser utilizado também para busca e resgate.

O evento deve contar com a presença do governador do Ceará, Cid Ferreira Gomes; dos ministros da Defesa da Namíbia e do Brasil (Nelson Jobim); do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge; dos comandantes da Marinha da Namíbia e do Brasil (Almirante-de-Esquadra Júlio Soares de Moura Neto); da prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, entre outras autoridades.

Por Diário do Nordeste - CE

Re: NOTICIAS

Enviado: Sex Jan 16, 2009 4:28 pm
por Oziris

Re: NOTICIAS

Enviado: Sex Jan 16, 2009 6:15 pm
por Bender
Brazil's army

But what is it for?
Jan 15th 2009 | SÃO PAULO
From The Economist print edition

A philosopher redesigns an army


WHEN Roberto Mangabeira Unger swapped life as a philosopher and Harvard law professor for a place in Brazil’s government, he was given a small ministry from which to think about the future. From this perch, Mr Unger has already produced a proposal for regularising land tenure in the Amazon. He also has a grand scheme for redesigning the world economy (with help from his former pupil, Barack Obama). His most recent plan is a blueprint for Brazil’s armed forces—an unusual task for a man whose previous life involved writing long, gnomic books about “the radicalisation of indeterminacy”.

There are some traces of the philosopher in his “National Defence Strategy”. Conscription, which Mr Unger is keen to continue (but which many youngsters avoid), is described as a “republicanising space”. But in some respects his report reiterates the military top brass’s traditional preoccupations, including the urge to master new technologies such as nuclear energy (to power submarines, not make bombs) and create a domestic arms industry, and a mild paranoia about Amazonia.

Brazil’s army occupies an ambiguous place in national life. Its officers, fired with a faith in progress imported from France, replaced the monarchy with a republic in the 19th century. The army has often seen itself as a force for nation-building, laying down roads and putting up hospitals. But it has also seized power at times, such as in the 21 years to 1985, during which time one member of the current cabinet was tortured for her political views.

When Brazil became a democracy again it managed to keep the army out of politics but did not define a clear new role for it. Brazil’s territory has not been seriously threatened since the 1860s, when together with Argentina and Uruguay it crushed little Paraguay. The armed forces now talk a lot about flexibility, though this is not so much a voguish notion as a reflection of the difficulty of imagining threats to a country that is almost instinctively pacifist. Mr Unger uses the word flexibility 31 times in his 70-page review.

In the past few years, however, the government has started to think about projecting power abroad. Since 2004, Brazil has commanded the United Nations’ intervention in Haiti. After a slow start during which the mission was plagued by unclear objectives, it is now held up as a great success amid the awful failures in Congo and Somalia, according to Richard Gowan of the Centre on International Co-operation at New York University, who has observed Brazilian marines in action.

A second use for the army, featured prominently in Mr Unger’s plans, is in the policing of the Amazon region. “The Amazon is a bit like the Mediterranean was at the beginning of the 19th century,” says Alfredo Valladão of Sciences Po, a French university, “full of smugglers and pirates, and without much effective state presence.” The former military government had a fixation with the idea that a long, jungly border made the country vulnerable and that foreigners coveted Brazil’s forests. Boosting troop numbers to deter illegal logging and ranching would thus be a return to two old modes of military thinking: defending the forests from invaders and extending the reach of the state.



Forças Armadas do Brasil

Um filósofo redesenha as Forças Armadas

Mas o que é para quê?

15 jan 2009 | SÃO PAULO
From The Economist edição impressa

QUANDO Roberto Mangabeira Unger trocou sua vida como um filósofo e professor de direito de Harvard por um lugar no governo do Brasil, foi-lhe dado um pequeno ministério a partir do qual deveria pensar no futuro. A partir deste poleiro, O Senhor Unger já elaborou uma proposta de regularização de terras na Amazônia. Ele também tem um grande esquema para redesenhar a economia mundial (com a ajuda de seu ex-aluno, Barack Obama. Seu mais recente plano é um plano para as forças armadas do Brasil uma tarefa incomum para um homem cuja vida anterior estava envolvido a escrever longos,e sentenciosos livros sobre "a radicalização da indeterminação".

Há alguns traços do filósofo na sua "Estratégia Nacional de Defesa". Compulsivo,Unger está interessado em continuar com as convocações para o serviço militar (e evitar que muitos jovens se livrem dela), é descrito esse processo como um "espaço de cidadania". Mas, em alguns aspectos, o relatório reitera os ideários principais dos militares e as suas já tradicionais preocupações, incluindo a necessidade de dominar novas tecnologias, tais como a energia nuclear (para poder movimentar submarinos, e não fazer bombas) e criar uma indústria doméstica de armas, apontando ai, uma leve paranóia sobre a Amazônia.

O Exército do Brasil ocupa um lugar ambíguo na vida nacional. Seus oficiais, se moldaram em um modelo de progresso importado da França, substituiu a monarquia com uma república no século 19. O exército tem sido frequentemente visto como uma força de sustentação,pela nação,e realiza a construção de estradas e hospitais. Mas também tomou o poder, como nos 21 anos até 1985, período durante o qual um membro do atual governo foi torturado por sua opinião política.

Quando o Brasil se tornou uma democracia, mais uma vez, conseguiu manter as Forças Armadas fora da política, mas não definiram claramente um novo papel para ela.O Território do Brasil, não foi seriamente ameaçado desde 1860, quando juntamente com a Argentina e Uruguai por pouco não esmagaram o Paraguai.Para as forças armadas a palavra de ordem agora é a flexibilidade, embora isto não seja uma idéia tão moderna, mas apenas um reflexo da dificuldade de imaginar ameaças para um país que quase instintivamente é pacifista.O Senhor Unger usa a palavra flexibilidade 31 vezes nas 70 paginas de seu plano.

Nos últimos anos, porém, o governo já começou a pensar em projetar poder no exterior. Desde 2004, o Brasil tem comandado as Nações Unidas como na "Missão Haiti. Após um arranque lento, durante o qual a missão foi realizada com objetivos pouco claros,pode ser saudada até agora como um grande sucesso em meio a terríveis falhas no Congo e na Somália, de acordo com Richard Gowan do Centro sobre a Cooperação Internacional na Universidade de Nova York, que observou os marines brasileiros em ação.

Um segundo objetivo para as Forças Armadas, caracterizado pelo proeminente Sr. Unger no seu plano,é o policiamento da região amazônica. "A Amazônia é um pouco como o Mediterrâneo foi no início do século 19", diz Alfredo Valladão da: Sciences Po, uma universidade francesa, "cheio de traficantes e piratas, e sem grande presença estatal eficaz." O antigo governo militar tinha uma fixação com a idéia de que uma longa faixa de terra, coberta de mato na fronteira faria o país vulnerável e que os estrangeiros cobiçariam as florestas do Brasil.Aumentar o número de tropas para impedir a exploração madeireira ilegal e a pecuária seriam, assim, um regresso a uma antiga maneira de pensamento militar: defender as florestas de invasores, aumentando o alcance do estado.

Re: NOTICIAS

Enviado: Dom Jan 18, 2009 11:26 am
por Marino
Ancelmo Góis
Piratas da Somália
Navios da Marinha dos EUA escoltam a viagem para o Brasil de uma plataforma de produção e armazenagem de petróleo construída em Dubai.

Acredite. Ano passado, segundo a ONU, 65 navios foram sequestrados em águas somalis.

Campo de Frade
A plataforma se destina à produção de petróleo no campo de Frade, na Bacia de Campos.

A escolta americana é porque Frade é do consórcio onde a Chevron dos EUA tem 51%.

Re: NOTICIAS

Enviado: Dom Jan 18, 2009 12:08 pm
por irlan
então, se não fosse pelo consórcio a plataforma teria que tentar a sorte naquela área?

Re: NOTICIAS

Enviado: Dom Jan 18, 2009 1:15 pm
por caixeiro
irlan escreveu:então, se não fosse pelo consórcio a plataforma teria que tentar a sorte naquela área?

Nao a Petrobras mandar fazer na Coreia ou em SIngapura, nem petroleo daquela regiao ela compra mais. :D

Abracos Elcio Caixeiro

PS: Mais uma hora a coisa na Africa ou num mais perto podem piorar para o nosso lado, entam o reaperelhamento da MD deve continuar.

Re: NOTICIAS

Enviado: Dom Jan 18, 2009 1:33 pm
por irlan
opa caixeiro, eu acho que não fui muito claro(ou não entendi o seu post) no meu último post, digo se não fosse pelas escoltas americanas, teria algum tipo de rota alternativa para a plataforma?(digo, em questões de segurança da mesma)

Re: NOTICIAS

Enviado: Dom Jan 18, 2009 2:08 pm
por Jorge Freire
Junker escreveu:
Inace faz acordos com a Namíbia e a Marinha


O navio é o primeiro construído por uma indústria privada no País a ser exportado.



Por Diário do Nordeste - CE
O Brail exportou para o Paraguai o Napaflu Itaipu, fabricado pelo antigo estaleiro privado McLaren, que situava-se em Niteroi.

Re: NOTICIAS

Enviado: Dom Jan 18, 2009 2:35 pm
por PRick
Jorge Freire escreveu:
Junker escreveu:
O Brail exportou para o Paraguai o Napaflu Itaipu, fabricado pelo antigo estaleiro privado McLaren, que situava-se em Niteroi.
Nossa mídia continua campeã e invicta! Não acertam uma! :twisted: :twisted: :lol: :lol:

Re: NOTICIAS

Enviado: Dom Jan 18, 2009 7:24 pm
por Junker
Mais uma:
Marinha quer ampliar frota

Marinha vê com bons olhos a participação da indústria nacional na construção de navios militares

Imagem
O Brendan Simbaye será testado na costa cearense até março, quando parte para a Namíbia (Foto: Kid Júnior)

Com orçamento aprovado pelo Congresso Nacional da ordem de R$ 2,716 bilhões para 2009, a Marinha do Brasil projeta dar continuidade ao Programa de Reaparelhamento da Frota da Marinha e construir, a partir deste ano, mais quatro navios-patrulha de 500 toneladas e iniciar os estudos para construção de um navio-patrulha oceânica de 1,8 mil tonelada, um navio-tanque e de quatro submarinos convencionais.

Para os próximos seis anos, a Marinha brasileira projeta ainda, a construção de um submarino de propulsão nuclear, em parceria com a França.

A projeção é do comandante da Marinha do Brasil, o almirante de Esquadra, Julio Soares de Moura Neto, que esteve ontem em Fortaleza, para participar da solenidade de incorporação à Marinha da Namíbia, do navio-patrulha (NPa) Brendan Simbaye, construído pela Indústria Naval do Ceará (Inace). Após a cerimônia, que durou cerca de duas horas, Moura Neto ratificou a intenção do governo brasileiro de incentivar a construção de embarcações navais em estaleiros nacionais.

´A indústria de defesa nacional é fator fundamental para as forças armadas e a Marinha vê com bons olhos a participação de estaleiros nacionais. O ideal é que todos os nossos navios sejam construídos em indústrias civis´, declarou o comandante, que atualmente ocupa a função de ministro da Defesa.

´Os novos submarinos convencionais serão construídos no Brasil, por estaleiros brasileiros´, informou o almirante de Esquadra. ´Aqui na Inace temos dois navios-patrulha de 500 toneladas e agora em fevereiro será aberta licitação para construção de mais quatro navios-patrulha iguais e os estaleiros nacionais estarão disputando os melhores preços´, exemplificou Moura Neto.

Para ele, os recursos aprovados no orçamento da Marinha para este ano, são bastante adequados para manter o custeio da máquina, reiniciar a renovação da frota e manter os investimentos que a marinha necessita. ´Se não tivermos nenhum tipo de contingenciamento é com isso que esperamos trabalhar´, afirma.

Quanto aos recursos necessários para a construção do submarino nuclear, Moura Neto disse que começam agora a ser negociados com financiadores externos. O novo submarino deverá começar a ser construído em seis anos, devendo estar pronto em 2021.

Brendan Simbwaye

Entregue oficialmente ontem pela Inace à Marinha da Namíbia, o Npa Brendan Simbwaye é o primeiro navio de guerra construído por uma empresa privada brasileira a ser exportado. ´Isso abre perspectivas alvissareiras para a indústria nacional de defesa´, expôs Moura Neto, durante a solenidade de incorporação da nova embarcação namibiana.

´A exportação de um navio de alta geração tecnológica para a Namíbia revela o potencial do Ceará para indústria naval do Brasil e do mundo´, destacou o presidente a Inace, Antônio Gil Bezerra. A solenidade contou com a presença do ministro na Namíbia, Charles Dickson Ndaxu e do governador em Exercício do Ceará, Desembargador Fernando Ximenes e demais autoridades das marinhas brasileira e namibiana e empresários cearenses.


Por Diário do Nordeste - CE
http://diariodonordeste.globo.com/mater ... igo=607213

Re: NOTICIAS

Enviado: Dom Jan 18, 2009 11:04 pm
por Alcantara
500 toneladas... e ninguém vê perigo em cruzar o Atlântico Sul... agora, se fosse uma Inhaúma, com quase 2.000 toneladas, tinha um monte de neguinho (e branquinho também) fazendo piada. :roll:

Abraços

Re: NOTICIAS

Enviado: Seg Jan 19, 2009 10:15 am
por Marino
Da FSP.
Interessante que nenhuma linha foi escrita sobre a MB.
Editoriais

editoriais@uol.com.br

Brasil antártico

Expedição ao interior da Antártida e centros polares indicam novos e positivos rumos no programa nacional

A ANTÁRTIDA , na visão de muitos brasileiros, fica longe demais para merecer atenção. Há 26 anos, porém, o país sustenta o Programa Antártico Brasileiro (Proantar) com relativo sucesso. Após um quarto de século, o programa deu um salto quantitativo e qualitativo -o que é bom e útil para o Brasil, tendo em vista a proximidade do continente austral de 13,83 milhões de km2 e sua influência sobre o país.

No manto antártico encontra-se cerca de 90% da água doce do planeta, mas em estado sólido. Todo esse gelo exerce enorme influência sobre o clima da Terra. O Brasil, sétima nação mais próxima da Antártida, não poderia escapar dela.

Há indicações de que as frentes frias no Sul e no Sudeste, por exemplo, estejam diretamente relacionadas com o mar congelado em torno do continente branco. Na pior das hipóteses, os processos que lá ocorrem são tão importantes para o clima nacional quanto a Amazônia, mas bem menos conhecidos. Faz sentido investir na pesquisa antártica.

Manter um programa de investigação significativo, de resto, constitui exigência legal aos membros consultivos do Tratado Antártico, que entrou em vigor em 1961. O Brasil adquiriu essa condição em 1975, na esperança de exploração de jazidas de gás natural, carvão e petróleo na Antártida. Tal possibilidade foi suspensa pelo Protocolo de Madri, de 1991 (em vigor desde 1998), que designa o continente como "reserva natural, devotada à paz e à ciência".

O Proantar, criado em 1982, levou à instalação da Estação Antártica Comandante Ferraz na ilha Rei George, nas Shetlands do Sul. Fica na ponta da península Antártica, região mais próxima da América do Sul. Em seu entorno realiza-se a maior parte dos estudos científicos, muitos deles de caráter convencional e descritivo, como pesquisas populacionais sobre aves.

A latitude menos inclemente em que se localiza a estação, -62; o polo Sul está a 90- não propicia, contudo, condições adequadas para investigar o elemento onipresente na Antártida: gelo. Esse manto com espessura média de 1.829 metros está na base da pesquisa polar mais avançada, que lança mão das informações físico-químicas em microbolhas de ar nele seladas há dezenas, centenas, milhares ou milhões de anos, dependendo da profundidade. A pesquisa nacional com testemunhos de gelo era mínima.

Tal situação começou a mudar de modo decidido com o Ano Polar Internacional 2007/2008, que se encerra no próximo mês de março. Trata-se da quarta edição de um esforço internacional de pesquisa que envolveu 63 países e 227 projetos de pesquisa, 28 deles brasileiros, com participação de 30 instituições. Só o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) investiu R$ 28 milhões, a maior soma já aplicada na investigação antártica desde a criação do Proantar.

O ponto alto desse esforço foi a Expedição Deserto de Cristal, que reuniu sete pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro na primeira missão científica brasileira ao interior do continente. No centro da missão estava a obtenção de testemunhos de gelo na região dos montes Patriot e do monte Johns, 2.157 km ao sul da estação brasileira e a apenas 1.083 km do polo Sul.

Boa parte da análise do gelo coletado pelo grupo ainda será realizada no exterior, pela Universidade do Maine (EUA), mas também essa limitação cairá em breve. No final de novembro, ao anunciar a criação de uma centena de Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), o MCT consagrou dois dedicados à ciência polar: o INCT Antártico de Pesquisas Ambientais e o INCT da Criosfera. O segundo centro será coordenado pelo glaciologista gaúcho Jefferson Cardia Simões, líder da Expedição Deserto de Cristal, e contará com laboratórios frios para processamento dos testemunhos colhidos na Antártida e em geleiras andinas.

O biênio 2007/2008 pode entrar para a história como aquele em que o país passou a prestar a atenção devida à Antártida. Para isso, será preciso sustentar esses passos iniciais no interior do continente com a mesma determinação com que se conduziu o Proantar nos seus primeiros 25 anos -e com mais recursos.

Re: NOTICIAS

Enviado: Seg Jan 19, 2009 12:07 pm
por Mapinguari
Marino escreveu:Da FSP.
Interessante que nenhuma linha foi escrita sobre a MB.
Que nada, Marino... Quando dizem "a determinação ferrenha que levou o Proantar nos últimos 25 anos", querem dizer que a Marinha carregou o piano nas costas sozinha. Só "esqueceram" de dizer desta forma... :roll: