Re: Porta-Aviões
Enviado: Sáb Mar 11, 2017 12:56 pm
Tudo isso e muito mais seria sim possível, e muito provavelmente seria mais rápido e barato do que adquirir sistemas estrangeiros de eficiência até inferior.Túlio escreveu:Outra, será possível que ninguém no EMFA considerou:
Que a FAB já desenvolveu seu próprio RAM (MARE) e tinta furtiva, que temos turbinas para mísseis e que o principal do formato stealth já é de domínio público, bastando unir isso às tecnologias de guiagem desenvolvidas/copiadas para aquele xerox do Exocet Mk I e teremos um MAN furtivo equivalente ou até melhor que o NSM?
Que dois dos principais projéteis do ASTROS (SS-30 e SS-60/80) são desenvolvimentos dos lançadores de combustível sólido do programa SONDA (versões I - 127 mm - e II - 300 mm)? Que Taiwan chegou a considerar o Sonda III (dois estágios, sendo o booster o SONDA III - 550 mm e principal o SONDA II) como projétil para contraatacar a China, décadas atrás? Por fim, que o SONDA IV (1.005 mm), com um SONDA III na ponta, subia a mais de 500 km décadas atrás?
Assim como a AVIBRÁS "repaginou" o I e o II e os usa com sucesso até hoje, será possível que ninguém considere que um Sonda IV igualmente "repaginado" e à luz das tecnologias de grão propelente moderno e guiagem que já temos, devidamente montado em uma VTR QT, tornaria o nosso litoral inacessível a caças e aviões de ataque oriundos de um NAe, porque este seria atacado por mísseis hipersônicos bem antes de poder lançar suas aeronaves?
Porque não é mole, gastar os tubos para desenvolver uma cópia ligeiramente melhorada do motor do Exocet I é pensar pequeno DEMAIS!
É o que penso.
Mas o Brasil (não só o governo, mas a própria sociedade) tomou a decisão de se tornar um país de "sinhozinhos de senzala" e "Jecas-Tatu", e a simples menção à possibilidade de se desenvolver qualquer coisa aqui parece que já dá brotoejas na maioria do pessoal. O "grande negócio" é produzir commodities e com elas comprar tudo o que pode ser desenvolvido à partir do engenho humano e produzido de forma industrial, de satélites espaciais a alfinetes de fralda. E quem aponta isso como problema é por definição um louco deslocado da realidade. O pouco que ainda se imagina ser possível desenvolver aqui é o que já existe em algum lugar e portanto alguém lá fora já demonstrou cabalmente ser possível, conceitos novos são colocados na categoria de graves heresias e quem insistir neles merece apenas queimar nas fogueiras da inquisição da opinião geral.
Não acho que tenha mais jeito. O futuro do Brasil é ficar para trás na história, como uma nação onde a vida é triste (menos para quem tem muito $$$) e nada do que se faz tem qualquer relevância para a humanidade.
Leandro G. Card