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Re: AVIBRAS

Enviado: Dom Jun 09, 2019 9:57 pm
por Crisaman
O que aconteceu é que o MD colocou no vídeo algo que não era pra colocar e agora a FAB esta tentando apagar o fogo. Pra mim é a versão aéreo lançada do MTC e a FAB está dizendo que não é só pra despistar.

Re: AVIBRAS

Enviado: Dom Jun 09, 2019 11:09 pm
por knigh7
Imagem

Re: AVIBRAS

Enviado: Dom Jun 09, 2019 11:30 pm
por knigh7
knigh7 escreveu: Dom Jun 09, 2019 8:34 pm
Túlio escreveu: Dom Jun 09, 2019 7:00 pm

Concordo, mas isso nos coloca (ou provavelmente o faz) diante de outra interessante questão: e o novo modelo de RBS-15, especial para o Gripen E/F, que supostamente seria o míssil antinavio e de cruzeiro da FAB, a quantas ficaria com essa?
O RBS-15 faz manobras terminais. Ele é ágil, um míssil projetado para ataques antinavio que foi adaptado para ataques em terra. O AV MTC é um Tomawak de alcance mais curto.
Completando a informação: A revista Segurança & Defesa no ano passado entrevistou o Presidente da COPAC. O Fontoura perguntou sobre a utilização de misseis antinavio para o GripenNG. O Brigadeiro Bonotto respondeu que havia requerimento para esse tipo de míssil ser empregado nos nossos caças.

Uma versão aerolançada do Matador não ocupa o espaço de um míssil antinavio.

Obs: Não será o MAN o míssil antinavio do Gripen.

Re: AVIBRAS

Enviado: Seg Jun 10, 2019 12:16 am
por caixeiro
Túlio escreveu: Dom Jun 09, 2019 7:23 pm
Brasileiro escreveu: Dom Jun 09, 2019 7:08 pm Algo de errado não está certo...

Esse míssil não foi feito para romper sozinho a velocidade do som, ainda mais com esse nariz rombudo... O que deve estar acontecendo é um teste supersônico do caça (este sim, supersônico) com o míssil acoplado. Não temos outro caça supersônico, então tem que ser o F-5 mesmo.

E, depois... essa marcação "booster" com certeza está errada, e deve ter sido feita pelo autor. Você pode notar a nacele da entrada de ar da turbina e, atrás dela, uma linha divisória. Atrás dela está a seção da turbina, exatamente onde se lê CAES-06.

O míssil parece meio encurtado, meio deformado. Acredito que seja efeito da câmera e do ângulo que a foto foi tirada.

A aparência do míssil, bem como o seu layout ainda é o mesmo do original, contando as alterações no nariz e possivelmente a raiz e dobra das asas, deve ser mesmo como a foto que ele próprio disponibilizou:

Imagem
E outra vez ficamos com mais perguntas do que respostas: o que um msl DO EB está fazendo num caça DA FAB? Desde quando ficaram amiguinhos a este ponto? Que eu saiba o msl tático do EB (lançado do ASTROS) seria este, o da MB (lançado por navios e TALVEZ por helis) aquela imitação de Exocet dos anos 90 e a FAB ia de RBS lançado do Gripen e possivelmente (mas não provavelmente) do AMX, o que mudou?

E aquela nota oficial não me sai da cabeça, a imagem que se forma é a de alguém digitando às pressas a primeira coisa que lhe vem à cabeça, enquanto leva um baita esporro do superior. É muito amadorismo...
Essa nota so piorou a coisa

Porque o teste supersonico em um missil que sabidamente nao deveria alcansar essas velocidades?

1) Nova versao ?

2) O perfil final de ataque sera como as dos russos? com voo subsonico e finalizacao supersonica ?

E ai aviBRAS ?

Re: AVIBRAS

Enviado: Seg Jun 10, 2019 12:45 am
por knigh7
caixeiro escreveu: Seg Jun 10, 2019 12:16 am
Por que o teste supersonico em um missil que sabidamente nao deveria alcansar essas velocidades?
Se será utilizado numa aeronave de caça (como eu e boa parte acredita que seja) precisa testar a resposta aerodinâmica do míssil na aeronave em caso de voo supersônico...o míssil não precisa ser supersônico.


caixeiro escreveu: Seg Jun 10, 2019 12:16 am
Essa nota so piorou a coisa
Essa nota desse suposto oficial foi estranha. Eu acho que ele tentou enrolar...
Se fosse para utiliza-lo apenas aerolançado em helicópteros, não haveria sentido algum em testar um míssil subsônico numa aeronave supersônica...

Re: AVIBRAS

Enviado: Seg Jun 10, 2019 9:46 am
por FCarvalho
Eu não sei vocês mas, sendo os nossos militares como são, cheios de mistério e de coisas escondidas, e a notar também que qualquer coisa que se faça aqui em defesa repercute no continente e além, e também dado o nosso histórico com as sempre evasivas americanas para tolher, senão inibir qualquer tipo de desenvolvimento tecnológico nesta área e na aeroespacial, fica meio que óbvio que revelar o desenvolvimento de um míssil nacional na categoria do KEPD 350, e que pode facilmente evoluir para um Tomahawk da vida, em diversas versões, como o míssil americano, tudo isso meio que explica, mas não justifica, toda tentativa de sigilo da FAB em torno dessa suposta versão do AV-MTC.
Sabe-se que este tipo de tecnologia é sempre limitada e as potências mundiais, diga-se USA, procuram limitar e negar cada vez mais o acesso a elas a países que não estejam dentro do seu rol de aliados preferenciais. Países como o Brasil, assim, não teriam "autorização" para dispor ou chegar a desenvolver mísseis que possam efetivamente impor a mesma efetividade de ameaça que os sistemas homólogos americanos e europeus. Simplesmente porque eles veem isso como uma ameaça a eles e a seus interesses.
O projeto espacial do Brasil está aí capengando há décadas em função, também, dessas ações de bastidores americana e européia.
Alguém aqui já parou para pensar o que significa o Brasil dispor de uma família inteira de mísseis de cruzeiro capazes de serem lançados de vários vetores e com diversidade de alcances a partir das três esferas de atuação das ffaa's?
Isso com certeza por si só já faria qualquer um, mesmo os americanos pensarem duas vezes antes de tentar impor-nos suas agendas por estes lados de cá. Só o fato de saber que teremos capacidade, inclusive, de atingir alvos extra-região, se quisermos, já deixa sem sombra de dúvidas a questão da defesa em outro patamar totalmente diferente. O que também justificaria um tratamento diferenciado, neste aspecto, do país como um todo.
A saber até onde vai as intenções deste projeto, e se ele conseguirá sobreviver as intempéries de nosso vizinho ao norte e sua influência sobre o jogo político e econômico interno.

abs

Re: AVIBRAS

Enviado: Seg Jun 10, 2019 12:31 pm
por Fab-Wan
Túlio escreveu: Dom Jun 09, 2019 7:23 pm
Brasileiro escreveu: Dom Jun 09, 2019 7:08 pm Algo de errado não está certo...

Esse míssil não foi feito para romper sozinho a velocidade do som, ainda mais com esse nariz rombudo... O que deve estar acontecendo é um teste supersônico do caça (este sim, supersônico) com o míssil acoplado. Não temos outro caça supersônico, então tem que ser o F-5 mesmo.

E, depois... essa marcação "booster" com certeza está errada, e deve ter sido feita pelo autor. Você pode notar a nacele da entrada de ar da turbina e, atrás dela, uma linha divisória. Atrás dela está a seção da turbina, exatamente onde se lê CAES-06.

O míssil parece meio encurtado, meio deformado. Acredito que seja efeito da câmera e do ângulo que a foto foi tirada.

A aparência do míssil, bem como o seu layout ainda é o mesmo do original, contando as alterações no nariz e possivelmente a raiz e dobra das asas, deve ser mesmo como a foto que ele próprio disponibilizou:

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E outra vez ficamos com mais perguntas do que respostas: o que um msl DO EB está fazendo num caça DA FAB? Desde quando ficaram amiguinhos a este ponto? Que eu saiba o msl tático do EB (lançado do ASTROS) seria este, o da MB (lançado por navios e TALVEZ por helis) aquela imitação de Exocet dos anos 90 e a FAB ia de RBS lançado do Gripen e possivelmente (mas não provavelmente) do AMX, o que mudou?

E aquela nota oficial não me sai da cabeça, a imagem que se forma é a de alguém digitando às pressas a primeira coisa que lhe vem à cabeça, enquanto leva um baita esporro do superior. É muito amadorismo...
Mas e SE esse negócio de Missil Tático das 3 Forças estiver, sem nosso conhecimento, convergindo para um único missil, de fabricação nacional, e com versões terrestre, naval e aerolançada, não seria MUITO melhor pra nós?

Re: AVIBRAS

Enviado: Seg Jun 10, 2019 12:44 pm
por Túlio
Fab-Wan escreveu: Seg Jun 10, 2019 12:31 pm
Mas e SE esse negócio de Missil Tático das 3 Forças estiver, sem nosso conhecimento, convergindo para um único missil, de fabricação nacional, e com versões terrestre, naval e aerolançada, não seria MUITO melhor pra nós?
Bueno, minha opinião (que não vale mais que a de ninguém) pode ser resumida em duas palavras: SEM DÚVIDA!

E nem é por questões logísticas e/ou administrativas, embora estas sejam indubitavelmente importantes, mas porque, no caso de estares certo, nossas FFAA estariam atingindo um patamar inédito, o de trabalhar em conjunto, racionalizando os recursos para o desenvolvimento/aquisição de meios comuns a todas. SE, e somente SE, isso for verdade, estaríamos com montes de debates a serem iniciados, como treinamento conjunto (tipo aquela escola de helicópteros do UK), AAAe, etc.

MY CONGRATZ pelo aporte, confesso que não tinha pensado nisso.

Re: AVIBRAS

Enviado: Seg Jun 10, 2019 1:04 pm
por Fab-Wan
Túlio escreveu: Seg Jun 10, 2019 12:44 pm
Fab-Wan escreveu: Seg Jun 10, 2019 12:31 pm
Mas e SE esse negócio de Missil Tático das 3 Forças estiver, sem nosso conhecimento, convergindo para um único missil, de fabricação nacional, e com versões terrestre, naval e aerolançada, não seria MUITO melhor pra nós?
Bueno, minha opinião (que não vale mais que a de ninguém) pode ser resumida em duas palavras: SEM DÚVIDA!

E nem é por questões logísticas e/ou administrativas, embora estas sejam indubitavelmente importantes, mas porque, no caso de estares certo, nossas FFAA estariam atingindo um patamar inédito, o de trabalhar em conjunto, racionalizando os recursos para o desenvolvimento/aquisição de meios comuns a todas. SE, e somente SE, isso for verdade, estaríamos com montes de debates a serem iniciados, como treinamento conjunto (tipo aquela escola de helicópteros do UK), AAAe, etc.

MY CONGRATZ pelo aporte, confesso que não tinha pensado nisso.
Pois então, é de no mínimo se pensar né?

Há muito se comenta que o MTC (já teve tantos nomes antes) é o mais maduro projeto em andamento.

Há muito se discute da marinha estar desenvolvendo MAN com base num missil de mais de 20 anos atrás. E SE esse uso do Exocet como base se der pela familiaridade com a plataforma (o missil, lançadores etc), mas o foco esteja na cabeça de guiagem, propulsão etc, para depois de desenvolvido, transferi-lo para uma plataforma defintiva?

A FAB não desenvolve nada nesse nicho, namora com um ou dois nomes (RBS, KEPD) para funções completementares, e derepente surge essa imagem desse teste e todo esse desmentido sem sentido aparente.

Re: AVIBRAS

Enviado: Seg Jun 10, 2019 2:53 pm
por Túlio
Fab-Wan escreveu: Seg Jun 10, 2019 1:04 pm
Pois então, é de no mínimo se pensar né?

Há muito se comenta que o MTC (já teve tantos nomes antes) é o mais maduro projeto em andamento.

Há muito se discute da marinha estar desenvolvendo MAN com base num missil de mais de 20 anos atrás. E SE esse uso do Exocet como base se der pela familiaridade com a plataforma (o missil, lançadores etc), mas o foco esteja na cabeça de guiagem, propulsão etc, para depois de desenvolvido, transferi-lo para uma plataforma defintiva?

A FAB não desenvolve nada nesse nicho, namora com um ou dois nomes (RBS, KEPD) para funções completementares, e derepente surge essa imagem desse teste e todo esse desmentido sem sentido aparente.
Aí já vira SONHO DE CONSUMO, imagines só as FFAA ficando ADULTAS todas ao mesmo tempo! Alguns possíveis exemplos de resultados:

1 - O EB pega o que sabe sobre guiagem CLOS/ACLOS/SACLOS - teve que desenvolver para o malfadado MSS 1.2 - e junta com o que a FAB sabe sobre o motor e ogiva explosiva do A-Darter: temos um msl AAe (na verdade antimunição) para as 3 Forças, e com muito melhor desempenho que um Roland 2 da vida, para não falar em RBS-70;

2 - A Marinha pega o que sabe sobre radar de busca e especialmente radar-altímetro daquela geringonça obsoleta chamada MANSUP e acrescenta, com as devidas alterações, ao MCT: temos um msl de cruzeiro e antinavio para as 3 Forças, e com maior alcance e poder destrutivo que a maioria que anda nas prateleiras dos fornecedores internacionais;

Teria muito mais mas deixo nisso. Só evitar a duplicação/triplicação de esforços já economiza bastante; agora, todo mundo comprando/desenvolvendo o mesmo economiza DE MONTE e, na prática, tem o potencial de pelo menos DUPLICAR o valor do orçamento, na parte de investimentos, e sem gastar um tostão a mais!

Nem vou me estender, arrisca a eu sonhar com isso de noite e acordar só pra saber que voltou ao "cada um por si"...

Re: AVIBRAS

Enviado: Seg Jun 10, 2019 4:19 pm
por FCarvalho
Tenho certeza que há pessoas nas ffaa's que pensam assim. E até fazem esforços para que a área de P&D trabalhe desta forma.
O riim de tudo isso é um MD omisso e indiferente a qualquer iniciativa neste sentido para não comprar briga com os egos dos comandos das ffaa's.
Ai fica difícil para todo mundo.

Abs

Re: AVIBRAS

Enviado: Seg Jun 10, 2019 5:37 pm
por Marcelo Ponciano
É simplesmente tudo que se fala aqui há anos. A necessidade de do EB e da MB trabalharem em conjunto com esse míssil é frequentemente citada aqui e por muitos sonhada. Havia vagas referências disso no site da AVIBRAS como mostrei várias vezes, lá existe uma citação de uma suposta "plataforma gero-estabilizada" para lançamento naval do MTC300. Está lá para quem quiser ler.

Mas nem na cabeça dos mais otimistas sonhadores se pensava no envolvimento da FAB nisso. É uma baita de uma surpresa.

Sinceramente acho que a FAB quer sim um míssil nacional desse porte. Por causa razão não ia querer? O único problema sempre foi a falta de conversa entre as 3 forças, porque em termos de custo sairia bem mais barato o desenvolvimento do orçamento de todos para desenvolver o mesmo míssil.

Re: AVIBRAS

Enviado: Seg Jun 10, 2019 5:42 pm
por Marcelo Ponciano
Marcelo Ponciano escreveu: Qua Dez 19, 2018 7:13 pm Achei sobre o lançador naval do MTC:
RIDEX: AVIBRAS apresenta programas avançados
AVIBRAS destaca vigor e capacidade tecnológica da Indústria Nacional de Defesa na RIDEX

Plataforma Giro Estabilizada
Outro projeto em destaque na feira será a Plataforma Giro Estabilizada. Com tecnologia nacional, a plataforma é a base para o SLDM (Sistema de Lançamento de Despistadores de Mísseis), único Sistema de Armas Brasileiro incluído nas corvetas da Marinha do Brasil.

Trata-se de um projeto estratégico dentro dos programas de desenvolvimento do IPqM (Instituto de Pesquisas da Marinha). O produto possui potencial para novos negócios, pois serve como base para o Sistema de Armas Navais, como por exemplo, o ASTROS embarcado com o Míssil AV-TCM Mar-Solo e Mar-Mar.
Imagem
http://www.defesanet.com.br/bid/noticia ... avancados/
O texto foi divulgado no site da RIDEX sob responsabilidade da própria AVIBRAS. Mas não está mais no ar, somente as cópias nos sites que o repercutiu. A imagem me parece que é do sistema de despistador. Mas a plataforma giro estabilizada será usada para o lançador da versão naval do MTC, conforme esclarece o texto.

Aí está a referência do suposto envolvimento da MB no projeto do MTC. Apesar que acredito que a imagem então divulgada na época em nada tem a ver com o conceito que estariam criando, pois na imagem parece muito mais um lançador de despistadores do que um lançador de mísseis de cruzeiro.

Re: AVIBRAS

Enviado: Seg Jun 10, 2019 8:01 pm
por knigh7
O AV MTC vai ser o nosso Scalp...

Re: AVIBRAS

Enviado: Seg Jun 10, 2019 9:22 pm
por FCarvalho
Se for este mesmo o caminho escolhido para o desenvolvimento do AV-MTC nada mais lógico que o pessoal usar a cabeça e não o fígado em relação ao seu desenvolvimento.
Talvez a visita do MD a Africa do Sul, e consequentemente a Denel, com a qual a FAB tem parceria no desenvolvimento do A-Darter, e a renovação da oferta de novas parcerias em vários sistemas que a empresa produz ou está em vias de desenvolver, seja um indicativo de que não basta apenas comprar coisas novas para dar conta das nossas necessidades, é preciso ir além e aprofundar os negócios afim de garantir uma capacidade real de dispor dos sistemas e vetores que nos serão necessários no futuro.
A visita a Denel é só um exemplo, liderada pelo MD, de como a sinergia entre os diferentes projetos das ffaa's pode gerar soluções não apenas eficazes, mas sobretudo, eficientes para todas.
É torcer agora para que essa e outras iniciativas aqui e lá fora não sejam apenas um lapso.

abs