China...

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Re: China...

#241 Mensagem por FoxHound » Qua Jul 18, 2012 2:19 pm

A minha pergunta é, até onde irão os chineses?
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China investe na maior rodovia do mundo, no Paquistão, em troca de benefícios a longo prazo
A China está empregando quantidades imensas de dinheiro e mão de obra para melhorar a rodovia Karakoram do Paquistão, a maior autoestrada do mundo. O suposto presente ao vizinho é um exemplo perfeito da estratégia econômica da China de assumir despesas a curto prazo, visando benefícios a longo prazo
http://4.bp.blogspot.com/-Rs1s4dpvt-I/U ... kistan.jpg

O rolo compactador luta para subir a montanha, com o piche fumegando no calor. Vários trabalhadores chineses e paquistaneses se encontram ali, apoiados em suas pás, observando como seu chefe, o sr. Li, opera a máquina amarela. Poucos metros à frente, ele para e desce no lado não pavimentado da estrada, em frente a um abismo de cerca de 1.000 metros de profundidade. Aparentemente impassível diante da elevação, ele se volta para seus trabalhadores e diz: “É assim que se faz. Alguma dúvida?”

Sejam edifícios, portos ou ruas, a China está construindo --em todo o mundo e em grande escala. A ampliação da famosa rodovia Karakoram da China ao Paquistão, uma parte das rotas comerciais da Rota da Seda, é apenas um dos enormes projetos de construção da China e um exemplo da estratégia de Pequim para o futuro --investir muito e dar generosamente em troca de benefícios a longo prazo.

A estrada com quase 1.300 quilômetros, que vai de Kashgar, na região autônoma uigur no oeste da China, quase até Islamabad, a capital paquistanesa, deverá ser transformada de uma acidentada estrada de terra em uma rodovia moderna pelas montanhas. O trecho no lado chinês está quase concluído. “Para Pequim, trata-se de ser capaz de exportar mais bens para o Paquistão, por meio dos portos de Karachi e ao redor do mundo”, diz o especialista em China, Fazal ur-Rehman, do Instituto de Estudos Estratégicos em Islamabad. Os planos também incluem um futuro gasoduto ao longo da rodovia Karakoram, permitindo à China importar gás iraniano.

Mas círculos do governo na Índia, a rival da China na Ásia, temem que após a ampliação a China também poderá transportar tanques e outros equipamentos militares pesados para o Oceano Índico. Afinal, a China já mostrou seu potencial agressivo quando marchou no Tibete em 1950, e poucos anos depois quando ocupou outras partes da região.

Segurança pesada
O engenheiro Li ainda está diante do precipício próximo da cidade de Karimabad, no Vale de Hunza. Abaixo corre o Rio Hunza, que se une ao Rio Indo mais ao sul. “Sempre suspeitam que nós chineses temos más intenções”, diz Li, que então ri. “Isso não diz mais sobre aqueles que fazem essas insinuações do que sobre nós?”

Ele está cercado por policiais paquistaneses, armados com metralhadoras, que vigiam os operários chineses onde quer que trabalhem. Sob nenhuma circunstância um deles pode ser atacado ou sequestrado, o que poderia levar os chineses a suspender o projeto por razões de segurança. Até mesmo fotos dos chineses não são permitidas.

Li diz que a autoestrada trata-se de ter uma “conexão confiável” entre a China e o Paquistão”, uma estrada transitável o ano todo e capaz de suportar caminhões com contêineres de 12 metros. Atualmente, a Rodovia Karakoram fica fechada no inverno, porque os removedores de neve não funcionam em superfície irregular. E em muitos lugares os caminhões com contêineres de 6 metros ainda têm dificuldade para fazer as curvas.

Com vistas espetaculares de picos gigantes como Nanga Parbat e o K2, a estrada mais elevada do mundo foi aberta pelas montanhas nos anos 60 e 70. Antes disso, a área só podia ser percorrida por pessoas e mulas por trilhas de terra.

A estrada passa por Karakoram, pelo Hindu Kush, pelo Himalaia e por longos trechos do Rio Indo. Ao longo do caminho há mais de cem pontes. Policiais e militares também vigiam esses pontos ao longo do caminho, para assegurar que ninguém tire fotos --as pontes são consideradas alvos estrategicamente importantes e, consequentemente, raramente aparecem em mapas.

Um presente caro
A primeira encarnação do enorme projeto também foi um presente dos chineses para o Paquistão, seu vizinho ao sul. Pequim financiou o projeto e ele foi implantado sob a supervisão chinesa de cerca de 15 mil operários paquistaneses, a maioria soldados, e até 20 mil operários chineses. Segundo números oficiais, mais de 800 paquistaneses e 82 chineses morreram, apesar de provavelmente ter ocorrido mais vítimas chinesas não informadas entre os mortos. Muitos morreram durante as detonações e outros despencaram para a morte nos desfiladeiros profundos.

Apesar de ser chamada de “rodovia”, a estrada --que atinge 4.700 metros em seu ponto mais alto, na Passagem de Khunjerab, na fronteira entre a China e o Paquistão– era em grande parte de cascalho até agora. Nos últimos 15 anos, alguns trechos foram asfaltados, mas permaneciam com apenas uma faixa, lugares onde caminhões passavam uns pelos outros a altitudes vertiginosas.

Os planos atuais para pavimentação completa e alargamento da estrada para duas, ou em alguns trechos para quatro faixas, são outro presente da China ao Paquistão. A ampliação custará cerca de US$ 400 milhões, que estão sendo financiados pelo governo chinês por meio dos bancos estatais. “Quando estiver pronta, a viagem da fronteira até Islamabad durará apenas 20, em vez de 30 horas”, diz Li.

Originalmente ela seria concluída em 2013, mas então ocorreu um deslizamento de terra violento em Karimabad. O deslizamento enterrou muitos vilarejos e criou um lago artificial que deixou 22 quilômetros de estrada debaixo d’água. “Qualquer um que queira cruzar do Paquistão para a China ou vice-versa por terra deve usar um barco aqui”, diz Li, acrescentando que não há outras rotas e até mesmo cargas devem ser carregadas em barcos.


Um monumento para as políticas chinesas
Os chineses decidiram sumariamente escavar um túnel para contornar o recém-criado Lago Attabad, atualmente uma atração turística. “Agora, isso exigirá mais alguns anos”, diz Li.

Inabalados pelo desafio, os chineses transportaram equipamento pesado. E onde tijolos eram necessários para proteger a estrada com muros contra deslizamentos de terra ou rochas, olarias foram rapidamente construídas no local. “Onde os muros de proteção eram inúteis, nós construímos um túnel”, diz Li.

Quilômetro a quilômetro, um monumento às políticas econômicas externas chinesas está sendo construído. Pequim não se preocupa com os retornos a curto prazo de seus projetos de construção no exterior, mas nas opções de comércio a longo prazo que eles podem abrir. O país também está interessado em conquistar aliados com sua ajuda generosa. Em muitos países além do Paquistão, engenheiros chineses estão trabalhando em projetos-chave de infraestrutura. E com frequência os chineses também estão investindo exatamente em locais onde o Ocidente se retirou --como em muitos países africanos ricos em recursos naturais.

Os paquistaneses ficam maravilhados com o conhecimento dos chineses e estão aprendendo com suas técnicas de construção. Mas em um setor da estrada recém-pavimentada o asfalto rachou, porque os operários paquistaneses simplesmente o espalharam sobre o cascalho nivelado. Li diz que teve que ensiná-los que a superfície da estrada deve consistir de várias camadas, especialmente em regiões onde as temperaturas podem chegar a 40ºC negativos no inverno e mais de 40ºC no verão.
http://codinomeinformante.blogspot.com. ... mundo.html




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Re: China...

#242 Mensagem por NettoBR » Qui Jul 19, 2012 12:13 pm

China anuncia linha de crédito de US$ 20 bilhões à África
Valor será destinado para o desenvolvimento de áreas como infraestrutura e agricultura
DA EFE - 19/07/2012 04:49:21

O presidente da China, Hu Jintao, anunciou nesta quinta-feira uma linha de crédito de US$ 20 bilhões destinada a países africanos para o desenvolvimento de diferentes áreas, entre elas infraestrutura e agricultura, na abertura do Fórum de Cooperação Ministerial China-África (FOCAC), que irá até amanhã em Pequim.

Hu revelou o número durante seu discurso de abertura da cúpula no Grande Palácio do Povo, na capital chinesa, onde compartilhou o palanque com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e os líderes de África do Sul, Guiné Equatorial, Benin, Djibuti, Quênia, Cabo Verde, Níger e Costa do Marfim.

Além disso, pelo menos 200 representantes governamentais de quase todos os países do continente africano presenciaram a alocução do presidente da China, que não mencionou quais os países serão beneficiados por essa linha de crédito nem quais são as condições do acordo.

"Deveríamos trabalhar mais duro para desenvolver uma cooperação avançada em investimento, finanças, serviços e trocas tecnológicas, além de melhorar o comércio para beneficiar mais gente", avaliou Hu. O presidente da China também anunciou que Pequim irá tirar do papel o programa "Talentos Africanos", destinado a treinar 30 mil profissionais de diferentes setores trabalhistas, para o qual oferecerá 18 mil bolsas de estudo.

Além disso, assegurou que a China apoiará o processo de integração africana mediante o desenvolvimento de "infraestrutura transnacional". Hu também defendeu o aumento da cooperação e dos intercâmbios de mulheres e jovens, assim como a aproximação dos jornalistas africanos e chineses com a criação de um "Centro de Troca de Imprensa".

"Assim aumentarão as visitas dos jornalistas africanos à China e as de nossos meios de comunicação à África", acrescentou. Hu também ressaltou que a China e os países africanos deveriam "promover juntos a paz e a estabilidade" e enfatizou que seu país financiará as missões de paz da União Africana.

Fonte: http://economia.ig.com.br/2012-07-19/ch ... frica.html




"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."
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#243 Mensagem por FoxHound » Qui Jul 19, 2012 3:12 pm

China disposta a lutar com Japão por quatro ilhas.
A maioria (52%) dos chineses e 40% dos taiwaneses considera justo o emprego da força militar para a defesa de quatro das ilhas Diaoyuidao (Senkaku, na versão japonesa), reclamadas pela parte japonesa, informou hoje a mídia local, com base em resultados de um inquérito.

Este inquérito foi promovido pelo jornal taiwanês China Times e a edição chinesa Global Times. Foram consultados 1500 habitantes da China e da Formosa, maiores de 18 anos de idade.

A situação em torno das ilhas agravou-se de novo depois que o Governo nipónico ter anunciado sua disposição de nacionalizar esses territórios, comprando-os a particulares. Essa declaração provocou um protesto da China que considera que Tóquio procura, assim, reforçar seus direitos ao território em questão.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_07_19/ch ... -ao-japao/




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Re: China...

#244 Mensagem por FoxHound » Qui Jul 19, 2012 3:16 pm

Medvedev autorizou chineses a sobrevoar a Rússia.
O chefe do Governo da Rússia, Dmitri Medvedev, autorizou aos aviões chineses a sobrevoar, até 30 de setembro próximo, o território russo fora dos corredores aéreos, para realizar fotografia aérea das regiões fronteiriças da Rússia. O texto do decreto foi publicado hoje no site do Governo.
As datas dos vôos serão acordadas por via diplomática, assinala-se no documento.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_07_19/me ... rio-russo/




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#245 Mensagem por FoxHound » Qui Jul 19, 2012 4:50 pm

Os riscos que Xi Jinping, o próximo dirigente chinês, enfrentará.
http://1.bp.blogspot.com/-kjxsNSp8PF0/T ... inping.jpg
Xi Jinping, cotado para ocupar a Presidência da China, é observado por Hu Jintao, atual presidente do país

O crescimento econômico em desaceleração, tensões sociais profundas e um crescente nacionalismo militar, centrado na controversa reivindicação de praticamente todo o Mar do Sul da China, fornece um cenário cada vez mais instável para as escolhas difíceis que precisam ser feitas para equilibrar riqueza, estabilidade e justiça, de acordo com analistas chineses. O povo – não só a nova classe média endinheirada, mas também os agricultores e os pobres das zonas urbanas – está clamando o direito de ter voz em vários assuntos, entre eles a corrupção, o direito sobre a terra, moradia, saúde, poluição e, recentemente, até os abortos forçados, que são uma consequência terrível da política de filhos únicos.

Por este motivo, dizem alguns integrantes do governo, criar um senso de igualdade social será um dos maiores desafios à frente do homem que deverá ocupar o mais alto posto do país – Xi Jinping.

Muito dependerá da personalidade do próximo líder. Como será Xi? “Xi Jinping será um pequeno Deng Xiaoping”, diz Wang Zhanyang, um acadêmico bem relacionado do Instituto Central de Socialismo em Pequim.

Adivinhando que as pessoas podem perguntar como é que Xi, que tem mais de 1,80 m de altura, poderá ser um “pequeno Deng” – que tinha 1,50 m –, Wang continuou: “Quer dizer, Xi será um jovem Deng Xiaoping”.

Para Wang, que passou vários anos estudando Deng, a comparação é um elogio. Outros podem entendê-la de uma forma mais ambígua. Deng, o último homem forte da China, que morreu em 1997, era um pragmatista que encorajou o acúmulo de riquezas e convocou uma reforma política (embora nunca tenha estabelecido um cronograma claro para ela). Mas também se agarrou ao poder de forma brutal, tendo notoriamente apoiado o massacre militar de manifestantes pela democracia e cidadãos comuns desarmados em Pequim em junho de 1989. Numa entrevista no mês passado, Wang se concentrou nas qualidades pessoais de Xi. “Ele tem profundidade. É inteligente. Ele lê livros. Isso é muito importante. Uma pessoa que lê pode entender coisas complicadas”, disse.

“Ele pode entender coisas que uma pessoa que só lê artigos ou documentos não pode”, diz ele. Wang diz que, entre os livros que Xi estaria lendo, estão alguns sobre as “contradições sociais” da China – um eufemismo para a crescente inquietação criada por décadas de rápido crescimento econômico em um estado partidário onde os abusos de poder são comuns. Muitos esperam que Xi tente resolver essas questões concentrando-se no bem-estar social.

Diz-se que Xi também leu “A Onda Chinesa” de Zhang Weiwei, professor da Universidade Fudan em Xangai e da Escola de Diplomacia Pública e Relações Internacionais de Genebra. O livro oferece um sumário vigoroso da teoria do “modelo chinês”, que sustenta que a China pode mesclar com sucesso um governo autoritário com uma economia de estilo capitalista. (Entre os títulos dos capítulos estão: “O Modelo Chinês Pode Ter Sucesso” e “Reforma Política, ao Estilo Chinês”.) Ele retrata a ascensão da China como a ascensão de uma civilização – algo maior do que uma nação.

Se Xi ficar com os principais postos do país, como se espera – ele deve se tornar o secretário-geral do Partido Comunista no final desde ano no 18º Congresso do Partido e presidente da China no próximo mês de março –, alguns acadêmicos preveem que o ritmo da reforma acelerará.

Que tipo de reforma? “Reformas gerais. A abertura entrará numa nova fase”, disse um acadêmico muito ligado aos líderes. Ele insistiu em permanecer anônimo, por conta da atmosfera de tensão crescente antes do congresso do partido, que alertou seus integrantes a não falar com repórteres estrangeiros.

Grandes atores políticos, incluindo Xi, estão “unidos para acelerar as reformas que contribuirão para a estabilidade social”, disse o acadêmico.

Grupos poderosos de interesses econômicos estatais, notavelmente nos setores imobiliário, energético e de telecomunicações, exercem uma influência enorme sobre a política, reduzindo o espaço para a reforma, concordam muitos analistas. É aí que as esperanças para Xi são grandes em alguns setores, e onde a comparação com Deng pode ser significativa.

“A China ainda é um país governado por personalidades, não pela lei”, disse o acadêmico que pediu anonimato. “Então é crucial e extremamente importante quem é o líder. Tudo flui a partir disso.”

“A próxima liderança estará cheia de pessoas muito fortes, e embora os grupos de interesses sejam um problema, se o líder for forte o suficiente, ele poderá ser capaz de mudá-los”, disse. Xi pode ter o necessário para isso, diz ele.

Muitas pessoas representando diferentes pontos de vista dentro do partido estão competindo pela atenção de Xi, dizem analistas. Mas os 2.270 delegados que devem se reunir no congresso em Pequim estão basicamente unidos em dois pontos, diz o acadêmico.

“Temos que expandir a demanda doméstica” na economia, para fortalecer o crescimento e diminuir o impacto dos caprichos da economia global, diz ele.

E complementou: “Qualquer que seja a visão deles no futuro, todo mundo concorda que a estabilidade social é uma prioridade. A situação já é consideravelmente urgente.”
http://codinomeinformante.blogspot.com. ... oximo.html




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Re: China...

#246 Mensagem por Sterrius » Qui Jul 19, 2012 4:52 pm

A minha pergunta é, até onde irão os chineses?


Com pensamento geopolitico de longo prazo e principalmente disposição para fazer funcionar esses pensamentos eles irão longe, muito longe. Irão tropecar varias vezes mas a tendencia é subir!

Aqui falta disposição para realmente se comprometer com ideias de longo prazo, mesmo que elas sejam falhas! Logo fica-se em cima do muro ad-eternum esperando que o outro lado tb ganhe essa visão para dividir os custos. Mesmo quando se sabe que o custo é infimo frente ao lucro de longo prazo.




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Re: China...

#247 Mensagem por FoxHound » Qui Jul 19, 2012 5:05 pm

Estou falando que os EUA estão empurrando cada vez mais a Russia para o lado da China, se ganhar um candidato republicano para presidência dos EUA como parece que vai acontecer Pequin vai sair no lucro pois vai receber o apoio russo mais forte ainda mais com o Putin batendo mais duro a Eurásia promete fortes e eletrizantes capítulos nesta década.
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Escudo antimísseis dos EUA pode levar a modernização do arsenal nuclear chinês.
http://1.bp.blogspot.com/-1y2hTbigEDU/U ... henghu.jpg
Zhu Chenghu

Segundo um alto oficial militar chinês e decano Instituto de Assuntos de Defesa da PLA National Defense University, entidade estatal chinesa de ensino superior administrada pelo Exército de Libertação Popular afim de prover o ensino militar, disse ontem (18/07) que a China precisa modernizar seu arsenal nuclear para responder o que chamou de “efeito desestabilizador” do sistema antimísseis americano.

“Ele mina a estabilidade estratégica”, disse o major-general Zhu Chenghu sobre o desenvolvimento do escudo antimísseis americano, escudo esse que também vem tirando o sono da Rússia.

“Temos que manter a fiabilidade da dissuasão”, disse Chenghu à renomada agência de noticias inglesa Reuters.

Segundo Chenghu, a China leva a sério a doutrina militar que se baseia na anulação do arsenal atômico inimigo. Para Chenghu, o inimigo não usará suas armas atômicas contra a China se o país asiático puder se defender e retaliar com violência.

Os EUA gastarão cerca de US$ 10 bilhões para desenvolver, testar e implantar o escudo antimísseis em vários países do globo. Tal escudo convergirá em tempo real com o escudo antimísseis da OTAN. O escudo antimíssil americano também será engrossado por navios interceptadores de mísseis, esses serão implantados no Oriente Médio e no Pacifico para fazer frente os mísseis norte-coreanos. Mísseis interceptadores baseados em silos também serão instalados no Alasca e na Califórnia.

Chenghu ganhou fama mundial ao emitir um comentário polêmico em 2005 contra os EUA. À época, Chenghu disse que a China poderia usar suas armas nucleares se os EUA intervisse militarmente em favor de Taiwan caso a China entre em guerra com a sua “província rebelde”. Em 15 de junho de 2005 ele disse: “Se os americanos deslocarem seus mísseis e munição guiada para a zona de alvo do território da China, eu acho que teremos que responder com armas nucleares”.

A China “terá que modernizar seu arsenal nuclear porque a implantação do escudo antimíssil pode reduzir a fiabilidade da dissuasão nuclear”, disse Chenghu. “Por isso, Pequim terá que melhorar suas capacidades de penetração, sobrevivência... caso contrário será muito difícil manter a fiabilidade da dissuasão”, concluiu Chenghu.
http://codinomeinformante.blogspot.com. ... levar.html




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Re: China...

#248 Mensagem por FoxHound » Seg Jul 30, 2012 11:49 am

Capital privado reforça poderio do exército chinês.
Os investidores privados chineses terão mais possibilidades para investir na indústria de defesa do país, informou o jornal China Daily citando a resolução do Comité da Ciência, Tecnologia e Indústria de Defesa da RPC e da Direção Geral de Armamento do Exército de Libertação Popular da China (ELP).

O ELP não se pode queixar de falta de financiamento. Nos últimos tempos, o orçamento de defesa aumentou anualmente em mais de 10%, tendo este ano, o aumento da despesa com a defesa sido de 11%. Os gastos da China com a defesa continuam a crescer mais que o PIB. Pequim continua a considerar como prioritário o aumento do poderio militar do ELP, não só não olhando a despesas como também buscando novas fontes de financiamento dos programas de defesa. Desse ponto de vista, é bastante lógico o nivelamento dos direitos dos investidores privados relativamente às empresas estatais que trabalham no setor da defesa.

Agora as empresas privadas terão o direito a participar na conceção e fabrico de armamento, assim como na restruturação das empresas de defesa estatais. Mais tarde será elaborada a lista do armamento em cuja conceção e produção poderão ser utilizados os meios de investidores privados. Entretanto, a resolução ressalva que o acesso a esse setor só estará aberto a investidores da China continental. Até agora eles só podiam fornecer componentes e alguns materiais à indústria de defesa sem participar nos grandes projetos.

Neste momento a China tem em curso uma série de projetos importantes que incluem a criação de novos aviões de combate, a construção de porta-aviões e outros navios de guerra, o desenvolvimento do programa espacial e o reforço das capacidades do exército na guerra moderna das informações com a ajuda de redes informáticas. O acesso do capital privado à indústria de defesa dará ao ELP capacidades acrescidas para um rearmamento tecnológico, considera o perito militar russo Igor Korotchenko:

“É evidente que na nova etapa de desenvolvimento se irão abrir as portas para que o capital privado possa se associar ao cumprimento das tarefas mais importantes da defesa nacional. É preciso sobretudo ter em conta que a exportação de armamento chinês está a crescer de forma ativa em todos os segmentos. Os novos investimentos irão permitir desenvolver as melhorias militares para atribuir ao ELP capacidades acrescidas para a projeção de força e defesa dos interesses nacionais do Império Celestial.”

Segundo os peritos da empresa de análises estadunidense IHS Jane’s, nos próximos cinco anos o orçamento de defesa da China irá duplicar. A análise foi efetuada sem considerar os investimentos privados: se trata só dos gastos com a defesa a serem aprovados. As despesas chinesas com a defesa irão aumentar à medida que Pequim for modernizar os seus caças e outro material militar. Os peritos associam o aumento das despesas com a crescente atividade militar dos EUA na Região da Ásia e Pacífico (RAP) o que, na opinião da China, ameaça os seus interesses estratégicos.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_07_30/ch ... rmamentos/




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Re: China...

#249 Mensagem por FoxHound » Ter Jul 31, 2012 2:40 pm

Morreu o comunismo parte para nacionalismo.
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Influência do exército na China está crescendo.
http://m.ruvr.ru/data/2012/07/31/129917 ... 520752.jpg

A chefia do exército chinês tem mostrado ultimamente uma crescente independência do Partido Comunista da China e do governo do país, segundo um relatório anual japonês sobre questões de defesa, divulgado em Tóquio.

Este fato é chamado no relatório de “problema de risco na área de gestão”. Os autores do documento referem que recentemente o comando do Exército de Libertação Popular (ELP) se permite cada vez mais declarações e avaliações independentes, inclusive sobre questões de política externa do país, por exemplo, sobre os exercícios militares dos EUA em águas regionais.

“As relações entre a liderança do país e o ELP estão se tornando cada vez mais complexas,” afirmam os autores do relatório. Nele também se diz que “o grau de influência dos militares sobre a tomada de decisões na política externa está mudando”, que é um motivo de preocupação para os vizinhos da China.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_07_31/ch ... o-partido/




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Re: China...

#250 Mensagem por akivrx78 » Qua Ago 01, 2012 5:18 am

ADMINISTRAÇÃO DE RISCOS 31/07/2012 - 10h13
Japão alerta sobre relações entre poderes político e militar na China

TÓQUIO, 31 Jul 2012 (AFP) - As relações entre o poder do Partido Comunista chinês e as Forças Armadas desse país passam por uma transformação e constituem um caso de "administração de riscos", alerta o relatório anual de Defesa do Japão, divulgado nesta terça-feira.

De acordo com o documento, figuras representativas do Exército Popular de Libertação (as forças armadas chinesas) passaram a falar em público e com mais frequência sobre política externa, uma evolução-chave nas relações entre poderes nesse país.

"As relações entre liderança (do Partido Comunista) e o Exército Popular de Libertação tornaram-se mais complexas", afirma o estudo japonês, que considera esta mudança "um caso de administração de riscos".

"O grau da influência militar em decisões sobre a política externa mudou", acrescenta o relatório.

"Como parte da administração de riscos do Japão, reconhecemos que as intenções e os propósitos por trás das ações chinesas se tornaram menos previsíveis", indicou Toshinori Tanaka, diretor da seção de inteligência estratégica do ministério japonês da Defesa.

A China se viu nos últimos meses em meio a ásperas disputas por suas reclamações territoriais no Mar da China Meridional, que afetam suas relações não apenas com o Japão, mas também com as Filipinas e o Vietnã.

O relatório anual foi divulgado apenas dias depois que o primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, e o ministro da Defesa, Satoshi Morimoto, sugeriram que o Japão poderá usar a força para proteger um grupo de ilhas em disputa com a China (Senkaku para o Japão, Diaoyu para a China).

"As iniciativas (militares) da China, aliadas à falta de transparência em seus assuntos de segurança, são uma fonte de preocupação", indica o documento, que recorda que os gastos chineses com defesa se multiplicaram por 30 nas últimas duas décadas.

O relatório japonês também reserva um alerta sobre a Coreia do Norte pela continuidade de suas experiências com o lançamento de foguetes de longo alcance.

"A Coreia do Norte está trabalhando arduamente para desenvolver armas de destruição em massa e mísseis balísticos", afirma o relatório, acrescentando que essas iniciativas "aumentam as tensões na península coreana e são um fator de severa instabilidade para a segurança no leste asiático".

http://www.opovo.com.br/app/maisnoticia ... r-na.shtml




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Re: China...

#251 Mensagem por Boss » Qui Ago 02, 2012 3:28 pm





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Re: China...

#252 Mensagem por NettoBR » Ter Ago 07, 2012 10:53 am

Julgamento da esposa de Bo Xilai começa esta semana
Por EFE Brasil, Atualizado: 07/08/2012 10:01

Imagem

Pequim, 7 ago (EFE).- O julgamento contra a esposa do ex-dirigente comunista Bo Xilai, Gu Kailai, em um caso que representa o pior escândalo político no país das últimas décadas, começa na próxima quinta-feira com poucas dúvidas que o veredicto será de culpabilidade.

O jornal 'South China Morning Post' cita nesta terça-feira um 'alto membro da acusação', o qual não identifica, que assegura que Gu - uma advogada de renome antes de sua detenção - admitiu a acusação de assassinato contra si na morte em novembro do ano passado do empresário britânico Neil Heywood, assim como 'delitos econômicos'.

Segundo a fonte citada pelo jornal, Gu se mostrou 'relaxada' ao confessar o assassinato.

Além disso, no último dia 26 de julho, quando foi anunciado que a Promotoria de Hefei tinha acusado formalmente Gu e um assistente seu de assassinato, a agência oficial 'Xinhua' assegurou que 'os fatos são claros e as provas irrefutáveis e substanciais'.

A esposa do ex-chefe do Partido Comunista da China na cidade de Chongqing admitiu também 'crimes financeiros', embora aparentemente só será julgada por assassinato proposital.
O assassinato é um dos delitos que pode acarretar a pena de morte na China, embora os indícios apontem que as autoridades optarão por uma sentença menor.

Segundo declarou ao jornal o advogado Pu Zhiqiang, 'se Gu não for acusada de crimes financeiros, Bo não enfrentará muitos problemas'. 'As altas esferas querem um final sem complicações e rápido', acrescentou.

O julgamento acontece a apenas dois meses do processo de transição que renovará toda a cúpula dirigente do Partido Comunista chinês.
Vários dos protagonistas dessa mudança estão esta semana na cidade de Beidaihe, leste de Pequim, um lugar que tradicionalmente serviu para alojar reuniões a portas fechadas dos dirigentes chineses.

Entre eles se encontra, segundo informou a agência de notícias oficial chinesa, 'Xinhua', Xi Jinping, considerado o próximo líder chinês substituindo Hu Jintao à frente do Partido Comunista em outubro.

É difícil imaginar que em suas conversas não se aborde o processo de transição que acontece em outubro, quem serão os novos membros do Comitê Permanente do Politburo - o órgão de direção colegiado do Partido Comunista - e que ameaçava ser atingido pelo escândalo em torno de Bo.

Até sua queda em desgraça, se dava como certo que Bo Xilai, de 62 anos, seria um dos integrantes do novo Comitê Permanente.

O escândalo aconteceu em fevereiro passado quando Wang Lijun, vice-prefeito de Chongqing (centro) e braço direito de Bo, pediu asilo no consulado dos EUA na cidade de Chengdu, próxima a Chongqing.
Ali Wang denunciou, supostamente, as más práticas de Bo e os vínculos de Gu com a morte de Heywood, amigo da família.

Até então, as autoridades chinesas mantinham mistério sobre a morte do britânico, e inclusive chegaram a sugerir que sua causa tinha sido a ingestão excessiva de álcool.
Em 10 de abril, Gu e seu assistente, Zhang Xiaojun, foram declarados 'altamente suspeitos' da morte de Heywood.

Então, e de forma quase simultânea, também se revelou a suspensão de Bo Xilai do Politburo e do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) por 'supostas irregularidades', sem vincular ambos os casos.

Fonte: http://noticias.br.msn.com/mundo/julgam ... sta-semana




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Re: China...

#253 Mensagem por FoxHound » Ter Ago 14, 2012 10:45 pm

Influência militar preocupa Partido Comunista chinês.
Durante um banquete e feriado para a liderança militar da China no início deste ano, um general poderoso bebeu demais e ficou furioso com o que ele acreditava ser um movimento indireto para evitar sua promoção para o topo do corpo dirigente militar.

O general, Zhang Qinsheng, extravasou sua fúria na frente do presidente Hu Jintao, de acordo com quatro pessoas a par do acontecimento. No banquete, ele até empurrou um general que brindava; Hu se distanciou com desgosto.

A ira do general foi um entre vários acontecimentos este ano que alimentaram preocupações entre os líderes do Partido Comunista em relação ao nível de controle que eles exercem sobre os militares, que estão ficando mais críticos e desejando uma influência maior sobre a política.

Com a transição de liderança da China a poucos meses de acontecer, o partido está respondendo com uma campanha altamente visível contra a deslealdade e a corrupção, exigindo até que todos os funcionários reportem seus bens financeiros.

“Autoridades do partido perceberam que os militares estão se intrometendo nas questões políticas”, disse um cientista político com laços no alto escalão do partido. “Embora o partido controle as armas, a expressão de pontos de vista de dentro do poder militar sobre questões políticas aumentou para um nível alarmante”.

Ele, como outros que concordam em discutir questões internas do partido, falou sob condição de anonimato por temer represálias.

Alguns generais e marechais pediram veementemente para que o governo reafirme o controle sobre o Mar do Sul da China, foco de disputas territoriais cada vez mais rancorosas entre vários países do sudeste asiático e a China, onde os espíritos nacionalistas estão em ascensão entre o público e os políticos. E no início deste ano, líderes de Pequim se alarmaram por conta dos laços entre generais e Bo Xilai, integrante do Politburo que perdeu prestígio.

A necessidade do partido de manter um poder estável sobre os militares cada vez mais extrovertidos é um dos motivos pelo qual Hu, seu principal líder civil, deve sustentar sua posição como presidente da Comissão Central Militar por até dois anos depois que ele deixar o título de chefe do partido no outono, de acordo com pessoas informadas sobre as discussões políticas. Seu sucessor nomeado, Xi Jinping, ainda assumirá os postos de Hu como chefe do partido e chefe de estado, mas terá que esperar para se tornar o chefe dos militares da China.

Os dois predecessores de Hu exerceram controle sobre os militares depois de deixar seus outros títulos civis. Mas alguns informantes do partido concordaram que um entrega hesitante pode levar à criação de centros rivais de poder, dividindo a lealdade dos generais. Nenhuma decisão final foi tomada em relação a Hu ficar. Mas se isso acontecer, então Xi poderá se ver com espaço limitado para expandir sua base de poder, muito embora ele tenha um histórico militar maior do que Hu.

Hu vem construindo uma rede de lealistas no exército promovendo generais em ondas. Pelo menos 45 oficiais foram promovidos a generais por Hu desde setembro de 2004, quando ele se tornou chefe da comissão militar. Cerca de metade das promoções aconteceram desde julho de 2010. Quatro dos 45 estão agora entre os 10 generais que estão na comissão.

Um oficial que subiu rapidamente com o apoio de Hu foi Zhang, que ainda poderá estar disputando um lugar na comissão apesar de sua crise de bebedeira. Quando o antecessor de Hu, Jiang Zemin, conservou seu posto militar de 2002 a 2004, a inimizade faccional cresceu em relação a muitos temas. O mesmo poderá acontecer com Hu e Xi, que foi promovido para vice-presidente da comissão militar em 2010. Jiang entregou seu posto a Hu só depois que os conflitos entre os dois intensificaram.

“O que acontece com os militares é o seguinte: quem quer que me promova é meu chefe”, disse um membro da elite do partido que se encontra com os generais regularmente.
Essas divisões não podem ser debilitantes num serviço militar cada vez mais profissional, dizem analistas.

“Eles preferem resolver essas diferenças num processo de construção de consenso”, disse Dennis J. Blasko, oficial aposentado da inteligência do exército dos EUA e ex-attaché militar da embaixada norte-americana em Pequim. “Eu vejo a liderança do ELP como racional, pragmática e realista”, acrescentou, referindo-se ao Exército de Libertação do Povo.

Entretanto, as conversas com oficiais sugerem que alguns podem sentir uma afinidade com Xi que não tinham com Hu, filho de um comerciante de chá que lutou na sombra de Jiang para conquistar respeito. Xi, 59, é o “príncipe” filho de um reverenciado líder da guerrilha comunista que cresceu em Pequim com familiares militares. Ele está entrando no papel de liderança com relações mais próximas dos militares do que qualquer um desde Deng Xiaoping.

“Quando aqueles da 'segunda geração vermelha' chegarem ao poder, haverá um sentimento pessoal, uma ligação tradicional”, disse um oficial sênior.

O primeiro emprego de Xi foi como auxiliar de Geng Biao, um camarada de seu pai na guerrilha que se tornou ministro da defesa da China em 1981. Xi mais tarde teve posições de comando em unidades militares enquanto serviu como líder civil nas províncias de Fujian e Zhejiang em oposição a Taiwan, que a China ainda considera como parte do país. E ele é casado com Peng Liyuan, uma cantora célebre de uma trupe do exército que tem o equivalente a uma insígnia de major general.

Mesmo antes de assumir seu posto na comissão militar, Xi teve reuniões informais ocasionais em Pequim com vários generais, inclusive Liu Yuan e Liu Yaxhou, de acordo com Li Mingjiang, especialista em política chinesa que vive em Cingapura.

No que diz respeito à ideologia, Xi é um enigma. Mas com a ascensão da China cresceu uma certa assertividade na região, e Xi sentirá a pressão de ir nessa direção. Ele será “mais duro em termos de proteger os interesses da China”, disse Li. “O fato de que ele tem algum passado militar dá a ele mais confiança na tomada de decisão.”

Há sinais de que alguns generais acreditam que têm influência sobre Xi. No ano passado, o general Liu Yazhou, comissário político da Universidade de Defesa Nacional, enviou um belicoso major general, Zhu Chenghu, para Cingapura para liderar um estudo sobre o sistema autoritário mais flexível do pequeno país. Liu, que foi promovido a general por Hu em 30 de julho, planejou apresentá-lo para Xi para defender um sistema unipartidário mais liberal como forma de fortalecer o estado, disse um acadêmico que se encontrou com o grupo.

Liu Yuan (que não tem relação com Liu Yazhou), outra figura poderosa na rede de generais de Xi, é filho de Liu Shaoqi, que foi escolhido por Mao para assumir o posto de líder supremo antes de ser expurgado e abandonado à morte na prisão. Num ensaio publicado em 2002, Xi lembrou-se de como ele se conectou com Liu Yuan quando eles receberam postos civis de condado em 1982.

“Nós concordamos antes mesmo de conversar”, escreveu Xi. “Ambos queríamos pegar o caminho da integração com os trabalhadores e camponeses.”

Apesar de sua posição favorecida, Liu Yuan foi pressionado este ano por autoridades do partido por causa de suas conexões com Bo. De fato, a questão de Bo colocou funcionários civis em alerta para essas ligações secretas. Quando o escândalo começou a se desenrolar em fevereiro, Bo alertou alguns líderes do partido viajando para a província de Yunnan para visitar a sede do 14º Grupo do Exército, a unidade que havia sido comandada por seu pai.

Alguns dizem que o escândalo prejudicou as perspectivas de promoção de Liu Yuan. Mas sua popularidade foi evidente em abril, quando ele conquistou uma alta posição numa pesquisa de oficiais sênior, de acordo com um intelectual do partido próximo a ele. Para guardar sua carreira, o general se distanciou de Bo e declarou seu apoio a Hu, que havia anteriormente promovido-o a general.

Esta foi uma das muitas maneiras pelas quais Hu, dizem os analistas, tentou reunir oficiais das famílias de elite que poderiam fazer com que ele estendesse sua influência até a aposentadoria.
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Re: China...

#254 Mensagem por FoxHound » Ter Ago 14, 2012 10:46 pm

Partido Comunista Chinês reafirma controle sobre Exército.
Os dirigentes chineses estão reunidos desde o final do mês de julho em Beidaihe, uma estação balneária próxima a Pequim, para a última grande rodada de negociações antes do 18º Congresso do Partido Comunista Chinês (PCC) em outubro, que verá a saída de grande parte de sua direção.

Além da renovação do comitê permanente, a mais alta instância do PCC, e, abaixo, do gabinete político, a composição da futura Comissão Militar Central (CMC) é um dos temas de discussão. O Exército de Libertação Popular (ELP) é controlado pelo Partido através de uma dupla cadeia de comando, composta por comissários políticos e por uma direção, a CMC, conectada ao líder do Partido, no caso seu secretário-geral, Hu Jintao, que é o presidente da comissão.

O vice-presidente da CMC é Xi Jinping, o sucessor designado de Hu para o comando do país depois do congresso de outubro. Hu e Xi são os únicos membros do comitê permanente a pertencer à CMC, uma posição que garante sua preeminência sobre os sete outros “imperadores” do círculo dirigente. Assim, a exemplo de Deng Xiaoping, e depois de Jian Zemin, Hu Jintao deverá manter durante um ano ou dois seu posto de presidente da CMC apesar de ser substituído por Xi Jinping na liderança do partido. O objetivo? Cuidar de seu legado político.

O tema que se tornou recorrente da “nacionalização” do Exército, ou seja, colocá-lo a serviço do país e de sua Constituição, e não do Partido, defendido por parte dos militares, mas também pelos meios pró-democracia, torna-se altamente delicado em período de transição. Um jornalista chinês descobriu isso a duras penas.

2,3 milhões de homens
Yu Chen, redator-chefe da seção de reportagens do “Nanfang Dushi Bao” do Cantão, um dos jornais mais liberais da China, teve de se demitir em maio depois que o Weibo (microblog chinês) de sua coluna divulgou a seguinte mensagem: “Se é preciso considerar o Exército da Libertação do Povo como pertencente ao Partido Comunista, então o povo deve poder criar um outro exército!” Yu Chen confirmou o incidente mas preferiu não dar mais detalhes.

Esse gracejo não atingiu um ponto nevrálgico por nada: Hu Jintao e Xi Jinping são os dois únicos civis da CMC, da qual o ministro da Defesa, o general Liang Guanglie, é um simples membro. O resto é composto por militares. Só que 7 dos 12 membros atuais devem ser substituídos após o congresso. O Exército, que conta com 2,3 milhões de homens, tem suas próprias questões políticas: a Liga da Juventude Comunista, por exemplo, o corpo de origem de Hu Jintao e o de seus aliados, não está representado ali, e por isso o presidente chinês teve de cultivar dentro do Exército um outro círculo de fiéis, promovendo homens-chave. Só que dentro do ELP se encontra um grande número de taizi, os “filhos de príncipes” (ou seja, líderes revolucionários), cujas origens comuns podem reunir dentro do partido subfacções de ambições às vezes exageradas – como mostrou o caso de Bi Xilai.

“Promover os taizi é necessário [para um dirigente] a fim de garantir para si o apoio da geração anterior e reforçar sua legitimidade”, acredita o intelectual Hu Xingdou, entrevistado pelo “Le Monde”. “Os acordos dentro da CMC têm por objetivo garantir que o Partido continuará dirigindo o Exército. A escolha dos candidatos depende ao mesmo tempo do jogo das facções e das afinidades dos dirigentes. A Coreia do Norte funciona de acordo com uma sucessão familiar, a China segundo uma sucessão coletiva que envolve centenas de famílias”, diz essa figura da intelligentsia liberal.

Clima de contenção
Em março, a mídia de Hong Kong havia repercutido os problemas do general Zhang Qisheng, que por um tempo foi cogitado para o cargo de chefe de estado-maior geral, em razão do apoio que ele manifestou à tal “despolitização” e do escândalo que ele provocou durante um banquete de Ano Novo na presença de Hu Jintao, a respeito de “manobras” que regeriam a acessão à CMC. O general ainda está em exercício, mas suas chances de chegar ao mais sagrado dos postos agora estão comprometidas. De qualquer forma é uma questão premente: “A acessão ou não do próximo ministro da Defesa à vice-presidência da CMC, por exemplo, é uma das questões de sua futura composição”, explica um observador estrangeiro das questões militares chinesas que, no atual clima de contenção do Exército, não espera nenhuma grande mudança estrutural.

Deve-se lembrar de que o contexto político atual é particularmente delicado: o escândalo Bo Xilai voltou a centralizar o poder em torno do quarteto “Hu Wen Xi Li” (Hu Jintao, Wen Jiabao e seus dois sucessores, Xi Jinping e Li Keqiang) e a aproximação da transição ressuscitou a esperança de uma democratização parcial e controlada do regime. A necessidade de “reformas políticas” na China, assunto que é tabu já de alguns anos, recebe apoios explícitos entre um número cada vez maior de grupos.

Mas a intensidade das brigas internas também fez o PCC pensar: agora não é o momento de deixar escapar “o cano do fuzil”, única garantia do controle do poder. O momento é de lealdade absoluta ao partido. A mensagem foi proclamada durante o 85º aniversário do ELP, no dia 1º de agosto. Os mais turbulentos dos taizi se conformaram, assim como o general Liu Yuan, filho do ex-presidente Liu Shaoqi e arquiteto de uma operação anticorrupção dentro do Exército que causou grande comoção.
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Re: China...

#255 Mensagem por suntsé » Qua Ago 15, 2012 12:58 am

Eu achei um artigo muito interessante: http://planobrasil.com/2012/08/exclusiv ... a-chinesa/




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