Pressões Nucleares sobre o Brasil
Moderador: Conselho de Moderação
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Hoje pressão contra o Irã... amanhã... adivinha??
[]'s.
[]'s.
"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
- Centurião
- Sênior
- Mensagens: 1153
- Registrado em: Qui Set 29, 2005 1:14 pm
- Agradeceu: 5 vezes
- Agradeceram: 21 vezes
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Eu acho a traição à pátria o pior delito que um cidadão pode cometer quando comparado à corrupção, desvio de conduta, etc.. Se uma pessoa trai seu país, ela não se importa com seus valores, costumes, amigos, parentes... enfim, ela não é leal a nada.
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
ENERGIA NUCLEAR
Brasil tem que desenvolver potencialidade de enriquecimento de
urânio, diz ministro
Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República,
Samuel Pinheiro Guimarães, defendeu hoje (29) que o Brasil desenvolva seu potencial no que se refere
ao urânio, até 2022. O ministro disse que o país é um dos únicos três no mundo que têm urânio e que
conhecem a tecnologia do ciclo completo de enriquecimento da substância, que é usada como
combustível nuclear.
“Só dois países estão na mesma situação do Brasil: a China e os Estados Unidos”, disse Samuel,
em palestra no Rio de Janeiro. Em entrevistas anteriores à imprensa, o ministro já havia defendido que o
Brasil exporte de urânio.
Mas, apesar de o país ter a tecnologia para desenvolver o ciclo completo de enriquecimento do
urânio, ainda não tem capacidade de fazê-lo em escala industrial. No início do mês, em audiência no
Congresso Nacional, Samuel Pinheiro Guimarães disse que o Brasil não tem alocado recursos
necessários para esse fim e que faltam engenheiros nucleares no país.
O ministro também disse que, até 2022, o Brasil precisa reduzir sua vulnerabilidade política,
principalmente com a entrada do país no Conselho de Segurança das Nações Unidas, e a
vulnerabilidade militar, com a reconstrução de sua indústria de defesa.
Sem mencionar explicitamente a polêmica em torno do programa nuclear iraniano, Samuel
Pinheiro Guimarães também criticou a postura da comunidade internacional em relação a determinados
países. Segundo ele, há, nas nações desenvolvidas, uma manipulação ideológica por meio de teorias,
criadas por universidades e organismos internacionais, que distorcem a realidade.
“Essas teorias foram tão reprisadas [pela mídia] que alguns anos atrás nos convencemos de que
o Iraque tinha armas de destruição em massa, que poderiam atingir Londres em 58 segundos.
Acreditamos nisso e isso levou à invasão de um país e a sua destruição. Como foi possível gerar a
interpretação de uma situação política que levou a consequências tão extraordinárias. Quem sabe não
estamos diante de uma outra formulação desse tipo, que se articula gradualmente?”, disse o ministro.
Segundo ele, os países mais bem armados procuram desarmar aqueles que têm menos
potencial bélico. “Nas negociações na área de defesa, o que procuram os países extraordinariamente
armados? Desarmar os desarmados. Naturalmente, porque afinal os países desarmados oferecem
‘grande risco’ para a paz internacional. Eles não têm armas, então eles são muito perigosos. Então, é
preciso desarmá-los totalmente, até o último estilingue”, ironizou o ministro.
Brasil tem que desenvolver potencialidade de enriquecimento de
urânio, diz ministro
Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República,
Samuel Pinheiro Guimarães, defendeu hoje (29) que o Brasil desenvolva seu potencial no que se refere
ao urânio, até 2022. O ministro disse que o país é um dos únicos três no mundo que têm urânio e que
conhecem a tecnologia do ciclo completo de enriquecimento da substância, que é usada como
combustível nuclear.
“Só dois países estão na mesma situação do Brasil: a China e os Estados Unidos”, disse Samuel,
em palestra no Rio de Janeiro. Em entrevistas anteriores à imprensa, o ministro já havia defendido que o
Brasil exporte de urânio.
Mas, apesar de o país ter a tecnologia para desenvolver o ciclo completo de enriquecimento do
urânio, ainda não tem capacidade de fazê-lo em escala industrial. No início do mês, em audiência no
Congresso Nacional, Samuel Pinheiro Guimarães disse que o Brasil não tem alocado recursos
necessários para esse fim e que faltam engenheiros nucleares no país.
O ministro também disse que, até 2022, o Brasil precisa reduzir sua vulnerabilidade política,
principalmente com a entrada do país no Conselho de Segurança das Nações Unidas, e a
vulnerabilidade militar, com a reconstrução de sua indústria de defesa.
Sem mencionar explicitamente a polêmica em torno do programa nuclear iraniano, Samuel
Pinheiro Guimarães também criticou a postura da comunidade internacional em relação a determinados
países. Segundo ele, há, nas nações desenvolvidas, uma manipulação ideológica por meio de teorias,
criadas por universidades e organismos internacionais, que distorcem a realidade.
“Essas teorias foram tão reprisadas [pela mídia] que alguns anos atrás nos convencemos de que
o Iraque tinha armas de destruição em massa, que poderiam atingir Londres em 58 segundos.
Acreditamos nisso e isso levou à invasão de um país e a sua destruição. Como foi possível gerar a
interpretação de uma situação política que levou a consequências tão extraordinárias. Quem sabe não
estamos diante de uma outra formulação desse tipo, que se articula gradualmente?”, disse o ministro.
Segundo ele, os países mais bem armados procuram desarmar aqueles que têm menos
potencial bélico. “Nas negociações na área de defesa, o que procuram os países extraordinariamente
armados? Desarmar os desarmados. Naturalmente, porque afinal os países desarmados oferecem
‘grande risco’ para a paz internacional. Eles não têm armas, então eles são muito perigosos. Então, é
preciso desarmá-los totalmente, até o último estilingue”, ironizou o ministro.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
- Sávio Ricardo
- Sênior
- Mensagens: 2990
- Registrado em: Ter Mai 01, 2007 10:55 am
- Localização: Conceição das Alagoas-MG
- Agradeceu: 128 vezes
- Agradeceram: 181 vezes
- Contato:
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Esse ministro é oque entrou no lugar do Carlos Minc???
Parece ser bom...
Parece ser bom...
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Não, é o Ministro da SAE, e ex-Secretário Geral do Itamaraty.
Vulgo "Chupa Cabras".
Vulgo "Chupa Cabras".
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Já vi uma entrevista desse cara muito, mas muito boa mesmo. Defendeu o Brasil aimda de tudo e todos, defendeu que devemos nos armas e bem, para defender o brasil contra QUALQUER um.
Coloquei o link aqui na época e pouca gente se interessou em escutar o que o comunista barnudo estava falando.
Da torcida azul, que eu me lembre, ninguém fez sequer um comentário.
Aí depois neguinho e branquinho fica se descabelando com as derrotas azuis nas compras militares.
É xepa, é fábrica de graça, é F-35BRI,m Gripen-NNGBi, e etc.
Só que esquecem que a Política externa e a estratégia de longo prazo do país estão muito acima destes detalheszinhos.
As alianças estratégicas e políticas entre países são decididas e implementadas por estes caras, que estudam essa relações por décadas e possuem informações de bastidores que atualmente as FAs não tem, por estarem fora dessa seara diplomática, dedicadas aos seus deveres constitucionais (Acho que alguns setores ainda não se acostumaram com essa noiva realidade).
Portanto, nada mais óbvio que essas mesmas pessoas participem muito ativamente das decisões sobre compras e acordos militares.
Coloquei o link aqui na época e pouca gente se interessou em escutar o que o comunista barnudo estava falando.
Da torcida azul, que eu me lembre, ninguém fez sequer um comentário.
Aí depois neguinho e branquinho fica se descabelando com as derrotas azuis nas compras militares.
É xepa, é fábrica de graça, é F-35BRI,m Gripen-NNGBi, e etc.
Só que esquecem que a Política externa e a estratégia de longo prazo do país estão muito acima destes detalheszinhos.
As alianças estratégicas e políticas entre países são decididas e implementadas por estes caras, que estudam essa relações por décadas e possuem informações de bastidores que atualmente as FAs não tem, por estarem fora dessa seara diplomática, dedicadas aos seus deveres constitucionais (Acho que alguns setores ainda não se acostumaram com essa noiva realidade).
Portanto, nada mais óbvio que essas mesmas pessoas participem muito ativamente das decisões sobre compras e acordos militares.
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
CORPO-A-CORPO – SAMUEL PINHEIRO GUIMARÃES
'Reduzir a autonomia do Brasil é prejudicial'
BRASÍLIA. Não são apenas interesses diplomáticos que levam o Brasil a defender a aplicação de
sanções ao Irã somente se comprovado que sua política nuclear tem fins militares. Segundo o ministro
de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Samuel Pinheiro Guimarães, se os iranianos
forem punidos sem qualquer direito de defesa, isso impedirá o Brasil de crescer economicamente e se
tornar, no futuro, um grande exportador de urânio enriquecido.
Eliane Oliveira
O GLOBO: Por que tanto interesse em defender países como o Irã de terem as suas
políticas nucleares?
SAMUEL PINHEIRO GUIMARÃES: Faríamos isso com qualquer outro país. A descentralização
do enriquecimento de urânio prejudica o Brasil que, em sua Constituição Federal, determina que toda
atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação
do Congresso.
Como assim?
GUIMARÃES: Por iniciativa dos americanos, negociou-se o Tratado de Não-Proliferação, em
1968. Assinaram primeiro aqueles que detinham o armamento: Estados Unidos, Rússia, China, França e
Reino Unido, que passaram a ter o direito de ter armas nucleares. Os demais países não tinham esse
direito. Essas potências tornaram suas armas nucleares cada vez mais sofisticadas e exerceram um
esforço enorme para impedir que outros Estados desenvolvessem armas nucleares. Assim, no campo
industrial, você não pode desenvolver tecnologias para fins pacíficos, a pretexto de que elas poderiam
ser usadas para fins militares.
Esse tipo de restrição impediria o Brasil de crescer economicamente?
GUIMARÃES: Temos que ter clareza sobre o que está em jogo. Qualquer medida que venha a
reduzir a autonomia do Brasil na produção do ciclo de enriquecimento é algo extremamente prejudicial.
Podemos nos tornar grandes fornecedores de urânio enriquecido para o mundo, porque temos a
tecnologia.
O Brasil está sozinho nesse impasse em torno do Irã, ou tem o apoio de outros países?
GUIMARÃES: Temos apoio de países que não dominam a tecnologia. Somente três países no
mundo têm urânio e dominam essa tecnologia: Brasil, EUA e Rússia. Apenas esses três têm a
possibilidade de participar desse mercado de forma intensa.
No entanto, crescem cada vez mais as pressões para que o Brasil concorde com a
aplicação de sanções ao Irã.
GUIMARÃES: O Brasil é soberano, igual a qualquer outro Estado. Não é um país agressivo, não
quis invadir outros países e não exerce pressão sobre outros países. Não aceito a ideia de que há
nações responsáveis e outras irresponsáveis. Os países que se sentem ameaçados procuram se armar.
É preciso pensar nos grandes interesses econômicos e políticos.
Há pressões para que o Brasil assine o Protocolo Adicional ao TNP. Por que o governo
brasileiro se recusa a aderir a esse tratado?
GUIMARÃES: Somos um dos poucos países do mundo que têm instalação de natureza militar.
As inspeções da AIEA, naturalmente, são limitadas e devem ser autorizadas. O Protocolo
Adicional permite a inspeção, sem aviso prévio, não somente em usinas nucleares, como em qualquer
local em que os inspetores possam suspeitar que se está desenvolvendo pesquisa, inclusive acadêmica.
Se existe algum risco efetivo de proliferação, de aumento de armamento importante, é nos países
nucleares.
O governo defende o aumento da participação da energia nuclear na matriz energética
mundial?
GUIMARÃES: A participação da energia nuclear, a mais limpa, deveria ser bem maior. No
entanto, há interesses econômicos das empresas que produzem petróleo, gás. A Rússia é uma grande
exportadora de gás de cozinha.
EUA e China têm grandes reservas de carvão.
Como está o Brasil nesta área?
GUIMARÃES: Somos os sextos maiores do mundo, com reservas de 309 mil toneladas. Esse
volume foi encontrado em 30% do território, ou seja, 70% ainda não foram prospectados, o que nos
levaria à terceira posição. Temos toda a tecnologia de enriquecimento e dominamos a tecnologia de
produção de reatores.
'Reduzir a autonomia do Brasil é prejudicial'
BRASÍLIA. Não são apenas interesses diplomáticos que levam o Brasil a defender a aplicação de
sanções ao Irã somente se comprovado que sua política nuclear tem fins militares. Segundo o ministro
de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Samuel Pinheiro Guimarães, se os iranianos
forem punidos sem qualquer direito de defesa, isso impedirá o Brasil de crescer economicamente e se
tornar, no futuro, um grande exportador de urânio enriquecido.
Eliane Oliveira
O GLOBO: Por que tanto interesse em defender países como o Irã de terem as suas
políticas nucleares?
SAMUEL PINHEIRO GUIMARÃES: Faríamos isso com qualquer outro país. A descentralização
do enriquecimento de urânio prejudica o Brasil que, em sua Constituição Federal, determina que toda
atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação
do Congresso.
Como assim?
GUIMARÃES: Por iniciativa dos americanos, negociou-se o Tratado de Não-Proliferação, em
1968. Assinaram primeiro aqueles que detinham o armamento: Estados Unidos, Rússia, China, França e
Reino Unido, que passaram a ter o direito de ter armas nucleares. Os demais países não tinham esse
direito. Essas potências tornaram suas armas nucleares cada vez mais sofisticadas e exerceram um
esforço enorme para impedir que outros Estados desenvolvessem armas nucleares. Assim, no campo
industrial, você não pode desenvolver tecnologias para fins pacíficos, a pretexto de que elas poderiam
ser usadas para fins militares.
Esse tipo de restrição impediria o Brasil de crescer economicamente?
GUIMARÃES: Temos que ter clareza sobre o que está em jogo. Qualquer medida que venha a
reduzir a autonomia do Brasil na produção do ciclo de enriquecimento é algo extremamente prejudicial.
Podemos nos tornar grandes fornecedores de urânio enriquecido para o mundo, porque temos a
tecnologia.
O Brasil está sozinho nesse impasse em torno do Irã, ou tem o apoio de outros países?
GUIMARÃES: Temos apoio de países que não dominam a tecnologia. Somente três países no
mundo têm urânio e dominam essa tecnologia: Brasil, EUA e Rússia. Apenas esses três têm a
possibilidade de participar desse mercado de forma intensa.
No entanto, crescem cada vez mais as pressões para que o Brasil concorde com a
aplicação de sanções ao Irã.
GUIMARÃES: O Brasil é soberano, igual a qualquer outro Estado. Não é um país agressivo, não
quis invadir outros países e não exerce pressão sobre outros países. Não aceito a ideia de que há
nações responsáveis e outras irresponsáveis. Os países que se sentem ameaçados procuram se armar.
É preciso pensar nos grandes interesses econômicos e políticos.
Há pressões para que o Brasil assine o Protocolo Adicional ao TNP. Por que o governo
brasileiro se recusa a aderir a esse tratado?
GUIMARÃES: Somos um dos poucos países do mundo que têm instalação de natureza militar.
As inspeções da AIEA, naturalmente, são limitadas e devem ser autorizadas. O Protocolo
Adicional permite a inspeção, sem aviso prévio, não somente em usinas nucleares, como em qualquer
local em que os inspetores possam suspeitar que se está desenvolvendo pesquisa, inclusive acadêmica.
Se existe algum risco efetivo de proliferação, de aumento de armamento importante, é nos países
nucleares.
O governo defende o aumento da participação da energia nuclear na matriz energética
mundial?
GUIMARÃES: A participação da energia nuclear, a mais limpa, deveria ser bem maior. No
entanto, há interesses econômicos das empresas que produzem petróleo, gás. A Rússia é uma grande
exportadora de gás de cozinha.
EUA e China têm grandes reservas de carvão.
Como está o Brasil nesta área?
GUIMARÃES: Somos os sextos maiores do mundo, com reservas de 309 mil toneladas. Esse
volume foi encontrado em 30% do território, ou seja, 70% ainda não foram prospectados, o que nos
levaria à terceira posição. Temos toda a tecnologia de enriquecimento e dominamos a tecnologia de
produção de reatores.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Acabei de ouvir no Jornal da Globo que os EUA querem mais inspeções e mais profundas no Brasil.
Mas não somos pacíficos e nosso programa não é da paz?
Porque essa sanha fiscalizatória justamente aqui, onde temos tudo as claras?
Está claro para quem quer ver.
Mas não somos pacíficos e nosso programa não é da paz?
Porque essa sanha fiscalizatória justamente aqui, onde temos tudo as claras?
Está claro para quem quer ver.
- FOXTROT
- Sênior
- Mensagens: 7682
- Registrado em: Ter Set 16, 2008 1:53 pm
- Localização: Caçapava do Sul/RS.
- Agradeceu: 264 vezes
- Agradeceram: 106 vezes
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
O Brasil precisa assumir uma postura mais agressiva em relação ao seu programa nuclear, os EUA que vão fiscalizar israel....
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
- vitor freitas
- Júnior
- Mensagens: 117
- Registrado em: Qui Dez 03, 2009 11:23 am
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Na verdade mesmo, a energia nuclear foi feita primeiramente para Artefatos, que no qual o começo foi a pesquisa com "agua pesada" na Noruega pelos Alemães.delmar escreveu:A restrição principal do AIEA não é quanto a publicação do livro. No geral eles não querem que nós brasileiros pesquisemos sobre o assunto e desenvolvamos tecnologias próprias que possam levar à construção de artefatos nucleares. Acontece que toda pesquisa do uso da energia nuclear, como a construção de reatores e o enriquecimento do uranio, é também o caminho para a confecççao de artefatos nucleares. Não há como separar as duas coisas.
Para a publicação do livro o próprio NJ, como jurista iminente que é, já deu a palavra final. Se foi um trabalho puramente acadêmico não há como proibir. A constituição brasileira veda a censura de obras acadêmicas e literárias. A obra também não será nenhuma receita de como fazer uma bomba atômica. Pelo que foi divulgado tratam-se de complexos cálculos e fórmulas matemáticas que eu, com certeza, não vou entender nada. Passar desta teoria à prática vai uma distância muito grande.
saudações
Dois Links interessantes.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Reator_nuclear
http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_nuclear
- MAJOR FRAGUAS
- Sênior
- Mensagens: 767
- Registrado em: Seg Mai 23, 2005 3:32 pm
- Localização: São Paulo - Brasil
- Agradeceu: 88 vezes
- Agradeceram: 26 vezes
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Entrando o Serra, os americanos vao fazer a inspeção completa aqui, além de em um curto periodo de tempo, resolverem abandonar o enrequecimento, alegando que é muito caro e dispendioso para o Brasil, sendo melhor mandar o urânio pro EUA e pagar para eles enriquecerem, além de desistir do Sub nuclear (e do FX2 claro!). Vamos voltar a virar satelite dos EUA. Argh..... nem gosto de pensar....mas tudo leva a crer que se o Nosferatu ganhar pode voltar acontecer!
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Vejam a que ponto a imprensa nacional é "nacionalista", como defende "os interesses nacionais".
O Estadão foi cooptado.
NOTAS & INFORMAÇÕES
Uma tática desastrada
Na próxima semana e depois, em maio, o Brasil participará de dois eventos internacionais de alto
nível sobre armas atômicas. O primeiro, organizado pelos Estados Unidos, é a Cúpula sobre Segurança
Nuclear, a que estará presente o presidente Lula. O segundo, no âmbito das Nações Unidas, será a
Conferência de Revisão do Tratado de Não-Proliferação (TNP). O tema formal da primeira reunião é a
"prevenção do contrabando nuclear e do terrorismo". Mas será uma espécie de ensaio geral para o
encontro de maio ? e, no que depender de Washington e de seus aliados europeus, uma ocasião a mais
para pressionar o Irã a manter o seu programa nuclear nos limites estabelecidos pelo Conselho de
Segurança da ONU e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
O presidente Barack Obama fez da não-proliferação e do desarmamento nuclear dois pontos
essenciais da sua política externa. Por enquanto, o seu principal trunfo nessa frente é o acordo já
apalavrado com a Rússia para a redução, em até 10 anos, de 30% dos respectivos arsenais de longo
alcance. A redução estava prevista em outro acordo, de 2001, mas estancou devido ao desinteresse
mútuo dos presidentes Bush e Putin. De qualquer forma, as potências ocidentais têm claro que nãoproliferação
e desarmamento, embora constituam questões aparentadas, que gravitam em torno do
mesmo objetivo da desnuclearização do planeta, não são sinônimos.
A história mostra que a ameaça maior de uma conflagração nuclear não estava, como havia
todos os motivos para supor, na guerra fria entre os EUA e a URSS, mas está nos países que forçaram o
seu ingresso no clube atômico ? Israel, Índia, Paquistão e Coreia do Norte. (Sob pressão internacional, a
África do Sul, que havia feito o mesmo, se desfez de suas bombas, produzidas ainda no regime do
apartheid.) O cenário do holocausto nuclear da segunda metade do século passado cedeu lugar à
hipótese de que a segunda geração de detentores de armas atômicas, ou a que eventualmente lhe
suceder, poderá produzir, em conflitos regionais, o que o equilíbrio do terror tornou impensável em
escala mundial. Sem falar no perigo de uma Al-Qaeda ou congênere de posse da bomba.
Isso levou a AIEA a aprovar um protocolo adicional que a autoriza a fiscalizar de forma mais
rigorosa os cerca de 80 dos 189 países signatários do tratado com atividades nucleares (para geração de
energia elétrica ou pesquisas). O controle focaliza principalmente as instalações de enriquecimento de
urânio, combustível para reatores com fins civis ou matéria-prima da bomba, conforme o grau do
beneficiamento. O protocolo adicional já foi assinado e ratificado por 129 países. O Brasil não é um deles
? e, ao que parece, pretende responder às pressões para que mude de atitude, desviando o debate para
as assimetrias que de fato existem no TNP entre os países com e sem a bomba, e batendo na tecla do
desarmamento dos primeiros.
Essa é uma tática, no mínimo, desastrada. A meritória defesa da aceleração do desmanche dos
estoques americanos e russos não deveria servir de pretexto para sustentar o que não passa de uma
bravata nacionalista: a recusa a aderir ao protocolo adicional, instituída na Estratégia Nacional de Defesa
do governo Lula. O Planalto alega que o acesso irrestrito dos inspetores da AIEA às instalações de
enriquecimento as deixará expostas à espionagem industrial. Descontada a ofensa implícita à entidade
da ONU de que o Brasil é membro, o argumento faz crer que o País tenha ido além dos demais no
domínio da ultracentrifugação ? uma tecnologia amplamente conhecida pelas potências nucleares.
Se ambiciona tornar-se um exportador de combustível nuclear, o Brasil terá de se pautar
conforme as normas definidas pela comunidade internacional no protocolo adicional ao TNP e em
tratados precedentes. Deixando de fazê-lo, alimenta suspeitas sobre as suas intenções. A olhos
estrangeiros, o fato de a Constituição proibir explicitamente a bomba brasileira não significa uma garantia
pétrea. E o País se cria um problema de todo desnecessário.
O Estadão foi cooptado.
NOTAS & INFORMAÇÕES
Uma tática desastrada
Na próxima semana e depois, em maio, o Brasil participará de dois eventos internacionais de alto
nível sobre armas atômicas. O primeiro, organizado pelos Estados Unidos, é a Cúpula sobre Segurança
Nuclear, a que estará presente o presidente Lula. O segundo, no âmbito das Nações Unidas, será a
Conferência de Revisão do Tratado de Não-Proliferação (TNP). O tema formal da primeira reunião é a
"prevenção do contrabando nuclear e do terrorismo". Mas será uma espécie de ensaio geral para o
encontro de maio ? e, no que depender de Washington e de seus aliados europeus, uma ocasião a mais
para pressionar o Irã a manter o seu programa nuclear nos limites estabelecidos pelo Conselho de
Segurança da ONU e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
O presidente Barack Obama fez da não-proliferação e do desarmamento nuclear dois pontos
essenciais da sua política externa. Por enquanto, o seu principal trunfo nessa frente é o acordo já
apalavrado com a Rússia para a redução, em até 10 anos, de 30% dos respectivos arsenais de longo
alcance. A redução estava prevista em outro acordo, de 2001, mas estancou devido ao desinteresse
mútuo dos presidentes Bush e Putin. De qualquer forma, as potências ocidentais têm claro que nãoproliferação
e desarmamento, embora constituam questões aparentadas, que gravitam em torno do
mesmo objetivo da desnuclearização do planeta, não são sinônimos.
A história mostra que a ameaça maior de uma conflagração nuclear não estava, como havia
todos os motivos para supor, na guerra fria entre os EUA e a URSS, mas está nos países que forçaram o
seu ingresso no clube atômico ? Israel, Índia, Paquistão e Coreia do Norte. (Sob pressão internacional, a
África do Sul, que havia feito o mesmo, se desfez de suas bombas, produzidas ainda no regime do
apartheid.) O cenário do holocausto nuclear da segunda metade do século passado cedeu lugar à
hipótese de que a segunda geração de detentores de armas atômicas, ou a que eventualmente lhe
suceder, poderá produzir, em conflitos regionais, o que o equilíbrio do terror tornou impensável em
escala mundial. Sem falar no perigo de uma Al-Qaeda ou congênere de posse da bomba.
Isso levou a AIEA a aprovar um protocolo adicional que a autoriza a fiscalizar de forma mais
rigorosa os cerca de 80 dos 189 países signatários do tratado com atividades nucleares (para geração de
energia elétrica ou pesquisas). O controle focaliza principalmente as instalações de enriquecimento de
urânio, combustível para reatores com fins civis ou matéria-prima da bomba, conforme o grau do
beneficiamento. O protocolo adicional já foi assinado e ratificado por 129 países. O Brasil não é um deles
? e, ao que parece, pretende responder às pressões para que mude de atitude, desviando o debate para
as assimetrias que de fato existem no TNP entre os países com e sem a bomba, e batendo na tecla do
desarmamento dos primeiros.
Essa é uma tática, no mínimo, desastrada. A meritória defesa da aceleração do desmanche dos
estoques americanos e russos não deveria servir de pretexto para sustentar o que não passa de uma
bravata nacionalista: a recusa a aderir ao protocolo adicional, instituída na Estratégia Nacional de Defesa
do governo Lula. O Planalto alega que o acesso irrestrito dos inspetores da AIEA às instalações de
enriquecimento as deixará expostas à espionagem industrial. Descontada a ofensa implícita à entidade
da ONU de que o Brasil é membro, o argumento faz crer que o País tenha ido além dos demais no
domínio da ultracentrifugação ? uma tecnologia amplamente conhecida pelas potências nucleares.
Se ambiciona tornar-se um exportador de combustível nuclear, o Brasil terá de se pautar
conforme as normas definidas pela comunidade internacional no protocolo adicional ao TNP e em
tratados precedentes. Deixando de fazê-lo, alimenta suspeitas sobre as suas intenções. A olhos
estrangeiros, o fato de a Constituição proibir explicitamente a bomba brasileira não significa uma garantia
pétrea. E o País se cria um problema de todo desnecessário.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Concordo com o Marino, o artigo acima demonstra total falta de perspectiva. O indivíduo que o escreveu enxergou o problema somente do ponto de vista dos americanos. O fato é que não precisam inspecionar nada mais rigorosamente, exceto se for para controlar e impor restrições à nossa tecnologia. O medo deles é que nossa ultracentrifugação seja facilmente adaptada para atingir níveis de enrequecimento de urânio para armas. Querem poder saber exatamente quantas máquinas temos, como funcionam, o quão rápido podem produzir combustível para uma bomba, e como podem ser sabotadas. A inspeção adicional é só a cabeça de praia num movimento para desmantelar o enriquecimento de urânio fora dos países que já são nuclearmente independentes.
Oque já assinamos em termos de tratados, no caso o TNP, já é suficiente para se garantir que não estamos agora fazendo armas do tipo. Oque eles querem é nos impedir de até mesmo ter a capacidade de faze-las, ou seja, limitar nosso direito a desenvolver e adquirir tecnologia que nos deixe mais fortes. O TNP, ao contrário doque alguns dizem, não é entreguista, é um ato de boa fé que mostra ao mundo que não temos programas secretos de armas nucleares em andamento. Mas atos de boa fé tem limite. E quando impostos, de fora para dentro, deixam de ser atos de boa fé, e tornam-se coação. O Brasil não deve desistir do TNP, enquanto não houver ameaça nuclear contra o país, mas também não precisa aceitar a coação dos protocolos adicionais. Respeito se ganha de duas formas: demonstrando honestidade, e demonstrando independência. Temos de fazer ambos, para termos o respeito de todos.
Allan
ps. O desarmamento nuclear é obrigação das nações nucleares, não dos países não nucleares. A não-proliferação é do interesse de toda a humanidade, mas só se torna real, e não imposta, quando os que detém armas nucleares pararem de desenvolve-las e desmontarem seus arsenais. Se isso não ocorrer, não tem autoridade moral para exigir nada de ninguém.
Oque já assinamos em termos de tratados, no caso o TNP, já é suficiente para se garantir que não estamos agora fazendo armas do tipo. Oque eles querem é nos impedir de até mesmo ter a capacidade de faze-las, ou seja, limitar nosso direito a desenvolver e adquirir tecnologia que nos deixe mais fortes. O TNP, ao contrário doque alguns dizem, não é entreguista, é um ato de boa fé que mostra ao mundo que não temos programas secretos de armas nucleares em andamento. Mas atos de boa fé tem limite. E quando impostos, de fora para dentro, deixam de ser atos de boa fé, e tornam-se coação. O Brasil não deve desistir do TNP, enquanto não houver ameaça nuclear contra o país, mas também não precisa aceitar a coação dos protocolos adicionais. Respeito se ganha de duas formas: demonstrando honestidade, e demonstrando independência. Temos de fazer ambos, para termos o respeito de todos.
Allan
ps. O desarmamento nuclear é obrigação das nações nucleares, não dos países não nucleares. A não-proliferação é do interesse de toda a humanidade, mas só se torna real, e não imposta, quando os que detém armas nucleares pararem de desenvolve-las e desmontarem seus arsenais. Se isso não ocorrer, não tem autoridade moral para exigir nada de ninguém.
- suntsé
- Sênior
- Mensagens: 3167
- Registrado em: Sáb Mar 27, 2004 9:58 pm
- Agradeceu: 232 vezes
- Agradeceram: 154 vezes
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Fazer o que né, a imprensa Brasileira esta totalmente entregue ao sionismo internacional....você acha que o sionismo internacional tem interesse em um Brasil forte e independente?
Por isso que nossa impresa se alinha vigorosamente a visão dos americanos, porque isso é coisa que vem de fora.
Por isso que nossa impresa se alinha vigorosamente a visão dos americanos, porque isso é coisa que vem de fora.