Estados Unidos busca nuevas bases en la región

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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GustavoB
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Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

#241 Mensagem por GustavoB » Ter Set 01, 2009 11:37 am

É, mas algo dito aí em cima tem muita VERDADE: os Colombianos, querendo ajuda contra o narcoterrorismo, pode obtê-la com quem?

Buenas, não há operações conjuntas contra o narcotráfico com o Brasil para troca de informações e etc? Me consta também que os mais importantes golpes contra as FARC tiveram como principal protagonista uma aeronave COIN brasileira.
Quanto as bases penso que haverá apenas uma principal. As outras seis serão para uso eventual em operações. Manter as sete bases guarnecidas sairá muito caro para os americanos além de correrem riscos desnecessários. É mais fácil, prudente e seguro concentrar tudo em um único local.

Que tipo de 'assessoria' os US podem dar nestas bases? Fariam parte dela, além do emprego de satélites, aeronaves espiãs e UAVs a partir dali? Me desculpem perguntar porque sou leigo, mas também não lembro de pelo menos citarem algum trabalho/ajuda dos US naquelas recentes reportagens sobre o resgate de sequestrados. Todo o trabalho de inteligência, me corrijam, teve méritos do exército colombiano.




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rodrigo
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Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

#242 Mensagem por rodrigo » Ter Set 01, 2009 2:21 pm

Por que temer os ianques?

Joanisval Gonçalves*, Jornal do Brasil

RIO - Na última conferência da União de Nações Sulamericanas (Unasul), o tema discutido foi o acordo entre Estados Unidos e Colômbia, que prevê a presença de militares americanos em sete bases colombianas. O que se viu foram críticas severas de Hugo Chávez e seus discípulos à “intervenção ianque no continente”. A Colômbia respondeu lembrando seu direito soberano de fazer acordo com quem quiser e do problema da guerra civil em seu território, que dura mais de quatro décadas. O Brasil mostrou-se comedido no caso. E o sentimento antiamericano, que tanto nutre os líderes populistas da América Latina, continuou imperando.
A verdade é que estão fazendo uma grande tempestade neste pequeno copo d'água que é o acordo EUA-Colômbia. Sabe-se pouco sobre ele, mas é ilusório achar que os americanos pretendem projetar seu poder na América do Sul enviando tropas para novas bases na Colômbia. O que deve ocorrer é a realocação do pessoal que servia na base de Manta, no Equador, que será desativada até o fim do ano porque o presidente Rafael Corrêa decidiu não renovar o acordo com Washington.
Os EUA são a maior potência do globo. Se juntarmos todos os outros orçamentos mundiais, inclusive da Rússia e da China, não chegaremos às cifras americanas: é mais da metade do que se gasta no mundo por ano com defesa! O que isso significa? Se “os ianques” quisessem intervir militarmente na América do Sul – hipótese remota – o fariam, e não precisariam das bases na Colômbia para isso.
Se há um risco à estabilidade no continente, este se encontra muito mais na política externa de Hugo Chávez. A Venezuela tem feito gastos significativos com defesa. Tem firmando parcerias com outras potências que tinham pouca presença, até então, na América do Sul, algumas tradicionais rivais dos EUA. Só no ano passado, os venezuelanos investiram US$ 4 bilhões em gastos militares, o que é significativo para a região: compraram mais de 100 mil fuzis russos e pretendem adquirir submarinos, helicópteros e aviões.
O aumento nas despesas militares da Venezuela está associado ao discurso de Chávez de enfrentamento com os EUA, de críticas à Colômbia e, ainda, ao suposto apoio chavista às guerrilhas, sobretudo às Forças Revolucionárias da Colômbia (FARC). Chávez está projetando seu poder no continente e tem um forte discurso contrário à presença americana na América do Sul. Tudo isso gera insegurança.
O Brasil não tem que temer a presença americana na Colômbia. Mas tem que se preocupar com a instabilidade política e econômica no continente, e com eventuais conflitos na região. Certamente que devemos seguir o princípio constitucional da não-intervenção em assuntos internos de outros países. Mas não podemos descuidar de nossas responsabilidades como liderança regional. Também precisamos fortalecer nosso setor de defesa, para aumentar a presença brasileira na Amazônia e nas fronteiras, proteger nosso espaço aéreo e garantir a segurança de nossas águas jurisdicionais. No campo político, preocupa a iniciativa brasileira de questionar a presença americana, o que é razoável, mas ao mesmo tempo manter atitude demasiado passiva frente ao expansionismo de Chávez e suas pretensões de liderança na América do Sul. É preciso que o Brasil solidifique seu papel de líder no continente, de Estado garante da estabilidade regional. Assim mostramos a qualquer potência estrangeira que temos capacidade de solucionar nossos problemas, sem intervenções externas. E não temos que temer ninguém.

* Joanisval Gonçalves é doutor em Relações Internacionais




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Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

#243 Mensagem por Enlil » Ter Set 01, 2009 4:48 pm

Santiago escreveu:
Nukualofa77 escreveu:Falando nisso, o Santiago parece ser o maior defensor dos "interesses americanos" no DB, será q ele não é uma agente yankee infiltrado no fórum? :lol:...
Vc está paranóico?! :lol:

Seria o mesmo que achar vc o maior defensor dos interesses bolivarianos no DB...um agente infiltrado do "temido" Servicio de Inteligencia del Estado boliviano?

Tenho postado notícias que saem na grande imprensa que mostram um contraponto a maioria das notícias postadas aqui. Isso é bom para o debate. Diversidade de pontos de vista. O engraçado é ver claramente a limitada tolerância com a diversidade de opiniões. Sintomático?

[]s

OBS.: O fato de postar algo, não quer dizer que esteja de acordo :wink:
Foi uma ironia, não uma sentença. Mas já q tu se incomodou um pouco agora fiquei na dúvida :lol:...




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Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

#244 Mensagem por Penguin » Ter Set 01, 2009 4:56 pm

Nukualofa77 escreveu:
Santiago escreveu: Vc está paranóico?! :lol:

Seria o mesmo que achar vc o maior defensor dos interesses bolivarianos no DB...um agente infiltrado do "temido" Servicio de Inteligencia del Estado boliviano?

Tenho postado notícias que saem na grande imprensa que mostram um contraponto a maioria das notícias postadas aqui. Isso é bom para o debate. Diversidade de pontos de vista. O engraçado é ver claramente a limitada tolerância com a diversidade de opiniões. Sintomático?

[]s

OBS.: O fato de postar algo, não quer dizer que esteja de acordo :wink:
Foi uma ironia, não uma sentença. Mas já q tu se incomodou um pouco agora fiquei na dúvida :lol:...
Então fomos ambos irônicos :wink:

[]s




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Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

#245 Mensagem por Enlil » Ter Set 01, 2009 5:01 pm

Por favor, não me inclua em seu relatório, eu só estava brincando :mrgreen:...




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Marino
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Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

#246 Mensagem por Marino » Qua Set 02, 2009 2:26 pm

Nuevas tensiones con viejos conflictos en América del Sur
Ago-31-09 - por Ignacio J. Osacar (Coordinador de la Comisión de Defensa del CENM)

El uso de bases aéreas en Colombia para que Estados Unidos reemplace a la perdida base de Manta en Ecuador, suma otro elemento a la tensión generada por la destitución del presidente Manuel Zelaya de Honduras. El presidente Hugo Chávez de Venezuela ha reiterado advertencias sobre el peligro de una guerra regional que podría desatar Estados Unidos usando el territorio colombiano.

En las últimas semanas acontecieron algunos incidentes en la línea fronteriza protagonizados por efectivos militares, los que si bien son habituales, al igual que sobrevuelos de aeronaves, por la naturaleza selvática del terreno, en este momento son vistos con preocupación.

En Colombia una patrulla ecuatoriana de diez hombres fue arrestada en su territorio, en La Reforma, en el municipio de Puerto Leguizamo - a menos de 20 Km a la triple frontera con Perú mientras que en Venezuela una patrulla colombiana fue detectada violando aguas jurisdiccionales en el Rio Orinoco, aunque evadieron la captura ante la aproximación de tropas venezolanos. El presidente Chavez explicó públicamente que los lanzacohetes antitanques venezolanos, capturados a las FARC, provienen de un ataque a un puesto naval venezolano ocurrido hace más de 10 años, desmintiendo la acusación de que Venezuela estuviera abasteciendo a esa organización.

La necesidad de reemplazo a la base de Manta surgió cuando el presidente Correa, al asumir el cargo expresó su intención de no renovar ese contrato. La búsqueda de alternativas concluyó con la posibilidad de utilizar bases en Colombia, desde las cuales operen aviones norteamericanos para la lucha contra narcotráfico.

La primera exigencia para una base operativa es que su posición geográfica, para que permita el menor tiempo de vuelo posible hasta la zona de interés a patrullar, para así lograr el máximo tiempo de permanencia sobrevolando la misma. Otras son la seguridad física de las instalaciones y la infraestructura de apoyo disponible (hangares, radioayudas, cisternas de combustible, talleres, alojamientos, etc.).

Los aviones empleados principalmente por Estados Unidos para estas misiones están equipados con radares con alcances que superan los 300 Km, como el cuatrireactor AWAC E-3 Sentry, de 8000 Km de autonomía y el bimotor E-2 Hawkeye, con una autonomía de 2500 Km. También se emplea el cuatrimotor P-3, de vigilancia marítima y antisubmarino, con un alcance de 9000 Km.

El largo de pista que estas aeronaves requieren para el despegue con carga es de 2500 metros para el E-3, mientras que el P-3 puede hacerlo en 1500 m y el E-2 en solo 700 metros.

Sin embargo, lo que preocupa a algunos países regionales es la capacidad de proyección de fuerzas de Estados Unidos, que esta constituida por el C-5 Galaxy que puede transportar más de 350 hombres totalmente equipados o 120 toneladas de carga, a una distancia de 4400 Km, requiriendo 3660 metros para despegar y el C-17 Globemaster que puede cargar 70 toneladas o unos 100 hombres, con igual alcance pero que requiere de 2250 metros de pista para despegar. Es destacable que estas aeronaves requieren de pistas de aterrizaje e instalaciones de apoyo de considerables dimensiones para poder operar con el máximo de sus capacidades.

Para esas necesidades Colombia dispone de unas 22 pistas de aterrizaje asfaltadas o de concreto que pertenecen a las Fuerzas Armadas o a la Policía. Las que superan los 2500 metros de largo y permitirían operar a cualquiera de los aviones norteamericanos son las de Barranquilla, Cartagena, Yopal, Tolemaida, Palanquero, Apiay y El Dorado (Bogotá). Existen también pistas de más de 1500 metros en Bahía Malaga, Neiva, Larandia, Tumaco, Leticia (en construcción), San Andrés, Madrid, Tres Esquinas, Cali, Guayamel y Mariquita.

Las opciones son varias, pero las únicas localizadas sobre la costa son las de Cartagena, Barranquilla sobre el Mar Caribe) y Bahía Malaga sobre el Océano Pacífico, lo que al parecer constituirían las mejores opciones. La mayoría de las pistas de aterrizaje colombianas están concentradas en general sobre el centro geográfico del país. Recientemente Estados Unidos ha manifestado especial interés de controlar las rutas marítimas hacia el Africa.

Esta cuestión de las bases no implica la construcción de nuevas instalaciones, sino que se trata de una concesión de uso de bases colombianas ya existentes, asiento operativo de unidades aéreas colombianas, aunque el empleo futuro por parte de aviones norteamericanos podría exigir mejoras a las extensiones de las pistas o a su infraestructura, tal como se realizó en su momento en Manta, con gastos a cargo del locatario.

Si bien es claro que la autoridad de las bases continuara siendo colombiana es previsible que el sector de estacionamiento, hangares y mantenimiento este compartimentado dentro del perímetro de la base, dando el personal norteamericano su propia seguridad y compartiéndose únicamente el uso de la pista de aterrizaje y el control de vuelo.

La sumatoria de confusos incidentes armados en zonas fronterizas selváticas podría contribuir al escalamiento de tensiones, en lugares donde ya se encuentran desplegadas fuerzas armadas y policiales, las que operan permanentemente contra de fuerzas irregulares, bandas de narcotraficantes y contrabandistas, en un complejo escenario al que se incluye a personas desplazadas, refugiados y etnias locales que procuran sus propias reivindicaciones.

En la dinámica de este conflicto cabe cuestionarse, si en el caso que Colombia dispusiera de la información confirmada por fuentes de alta confiabilidad, que algún líder de las FARC como Alfonso Cano o el "Mono Jojoy se encontrare localizado en un punto fronterizo determinado, dentro de territorio venezolano, y que permanecería allí, el tiempo necesario para planear y alistar las fuerzas necesarias para su eliminación ¿Ejecutarían una incursión aeroterrestre similar a la que se realizó para eliminar a Ramón Reyes dentro de Ecuador? ¿La reacción de Chávez ante este hecho sería la de una represalia militar o no superaría lo declamatorio? ¿El golpe que conduciría a la desarticulación casi definitiva de las FARC, hasta que punto provocaría una escalada bélica? Aunque Venezuela es probablemente santuario de algunos elementos de las FARC, más probablemente esa situación se pudiera configurar por segunda vez en Ecuador.

Una violación de la soberanía territorial provocaría un efecto dominó en toda la región. Como sucede en estos casos, los países limítrofes, aun cuando no se encuentren involucrados directamente en el conflicto, rutinariamente refuerzan sus fronteras, inicialmente como prevención al ingreso masivo de civiles refugiados o bien para impedir el uso militar de su territorio por las fuerzas beligerantes.

Ante el supuesto de una nueva agresión contra Ecuador, Venezuela como mínimo concentraría fuerzas sobre su frontera con Colombia, si el atacado fuere Venezuela, Ecuador haría lo mismo con Colombia. En cualquiera de los casos, Perú también reforzaría su frontera con Ecuador y Brasil no podría dejar de hacer lo mismo ante esta situación, por tener fronteras comunes con todos menos Ecuador. Es dudoso como actuaría Chile, considerando su alianza histórica con Ecuador y sus igualmente antiguas diferencias con Perú. Hasta Guyana tendría razones para ajustar sus planes militares, dado que parte de su territorio es reclamado históricamente por Venezuela.

Si se iniciare un conflicto armado, aún con enfrentamiento iniciales intensos, con empleo de importantes fuerzas conjuntas, sin que alguno de los bandos recibiera ayuda exterior, las operaciones se reducirían a la baja intensidad, incluso con la intervención semi-independiente de elementos irregulares de milicias en ambos bandos y con apoyo estatal más o menos encubierto.

Todas estas alternativas no escapan a la regla general de que las situaciones pueden escalar descontroladamente como resultado de un cálculo erróneo al apreciar la magnitud de reacción ante determinado hecho.

No parece probable que pueda desencadenarse un conflicto bélico generalizado de características convencionales, tal como se concibe académicamente, con la aplicación completa del poder militar, ejecución de operaciones de terrestres, navales y aéreas, convocatoria de reservas y movilización integral del potencial nacional.

Tampoco es fácil apreciar cuales serían los objetivos estratégicos a conquistar en una acción con esa magnitud, a menos que sean configurados por territorios reclamados históricamente o bien codiciadas zonas de gran valor económico de uno y otro lado. Aun cuando estos fueran conquistados, es dudosa la capacidad de consolidar y retener las mismos en el tiempo, dados los reducidos medios militares disponibles y la presión política y económica de la comunidad internacional.

Las intenciones quizás no excedan el ejercicio al derecho de represalia, mediante operaciones con objetivos limitados, en un teatro de operaciones acotado, de reducida extensión relativa, aislado, con características de selva montañosa y mínima densidad poblacional. La Guerra del Cenepa de 1995 entre Ecuador y Perú se desarrollo en un escenario con esas características.

La intervención inmediata de organismos de seguridad internacionales como ONU, OEA y UNASUR, y el eventual despliegue de una fuerza de paz, reduciría la prolongación de una guerra. Tampoco, a menos que reciban sustancial ayuda exterior, la capacidades militares, ni aún con la totalidad del poder económico nacional movilizado, podría sustentar una guerra en forma prolongada, sin graves consecuencias económicas para las generaciones futuras.

No obstante, no parece factible evitar que durante un corto lapso, se desarrollen operaciones militares, con uso limitado de personal y medios, ejecutando operaciones terrestres con unidades de infantería selva, de asalto aéreo y fuerzas especiales, con apoyo aéreo táctico y algunas incursiones aéreas sobre objetivos estratégicos, además de enfrentamientos navales como resultado de los bloqueos de rutas marítimas y fluviales. Pero ante la probable involución del conflicto a uno de baja intensidad, este quedaría estancado, con líneas de contacto difusas, reducido a enfrentamientos de pequeñas fracciones esporádicos, con escasas definiciones sobre el terreno y una prolongación imprevisible en el tiempo.

Fuentes:

"Balance Militar de America del Sur 2008" Nueva Mayoría, Buenos Aires.
www.scramble.nl consultado 15-08-2009
www.globalsecurity.org consultado 15-08-2009




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Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

#247 Mensagem por GustavoB » Qua Set 02, 2009 4:13 pm

EUA: com os pés na Colômbia e os olhos no Brasil

Os EUA querem manter um papel protagonista no mundo e, para tanto, tentam expulsar a China da África e impedir uma aliança entre Rússia e Europa Ocidental. Essas duas grandes estratégias estão fracassando, daí a necessidade de garantir que a América Latina seja sua zona de influência exclusiva. A presença militar na Colômbia é um passo nesta direção, mas o verdadeiro alvo de Washington na região é o Brasil, país com maior poder relativo da região. A análise é dos cientistas políticos argentinos Marcelo Gullo e Carlos Alberto Pereyra Mele.

Agencia Periodística del Mercosur

Nos centros de planejamento do traçado estratégico dos Estados Unidos sabe-se que passou o tempo da potência única e global. Para enfrentar a União Européia, China e Rússia, Washington quer assegurar o controle da América Latina. Para isso precisa “acabar” com o Brasil. As possibilidades de resistência na região, o papel da Unasul e outras iniciativas de integração – esses pontos foram de uma entrevista exclusiva à Agencia Periodística del Mercosul, concedida pelos cientistas políticos especialistas e geopolítica, Marcelo Gullo (autor dos livros “Argentina-Brasil: a grande oportunidade” e “A insubordinação fundadora. Breve história da construção do poder das nações”) e Carlos Alberto Pereyra Mele, do Centro de Estudos Estratégicos Sulamericanos.

Para Gullo, o interesse geopolítico dos Estados Unidos consiste em atrasar o processo de passagem da condição de potência global para a de uma potência regional. A crise que atingiu o país, acrescenta, não é conjuntural, mas sim estrutural, porque, pela primeira vez desde 1970, ocorreu uma dissociação entre os interesses da alta burguesia norte-americana e os do Estado. A partir da década de 80, as indústrias estadunidenses, buscando pagar salários mais baixos, foram para a Ásia para produzir para o mercado interno norte-americano, alimentando assim um processo de desindustrialização dentro do próprio território. “Isso gerou um enorme processo de desemprego. Esse seria o eixo conceitual da crise financeira global, deixando os EUA desindustrializado, sem empregos suficientes e com 40 milhões de pobres”, diz Gullo.
E acrescenta: “Os EUA querem manter um papel protagonista e, para tanto, tentam expulsar a China da África e impedir a aliança entre Rússia e Europa Ocidental. Essas duas grandes estratégias estão fracassando, daí a necessidade de colocar um pé na Colômbia, um passo para que a América Latina seja sua zona de influência exclusiva”.
Os EUA, lembra, só produzem 15% da energia que consome e a América Latina provê 25% de suas necessidades em matéria de recursos. Pereyra Mele assinala que “a Colômbia é um país bioceânico, é vizinho do país (Venezuela) que vende 15% do petróleo consumido pelos EUA e também do Equador, outro país petroleiro. Desde as bases navais de Málaga e Cartagena de Índias, Washington tem rápido acesso ao maior ponto de comunicação comercial do mundo, o canal do Panamá”. Na mesma direção, Gullo observa que a importância geopolítica da Colômbia para os EUA se expressa tanto no plano tático como no estratégico.
Do ponto de vista tático, ele assinala: “o complexo militar necessita criar focos bélicos para justificar a produção e renovação de material bélico. Sem tal esquema, esse aparato não tem como justificar sua existência”. E do ponto de vista estratégico, “o objetivo é conseguir a capitulação do poder nacional brasileiro; para isso, procura traçar um cerco em volta do Brasil, começando na Colômbia e com a idéia de continuar pela Bolívia e pelo Paraguai”.
Nesse marco, a América Latina é obrigar a reforçar seus acordos regionais, como Unasul, Comunidade Andina de Nações e Mercosul, para evitar fraturas e controlar as turbulências domésticas (como o golpe de Estado em Honduras), que possibilitem a expansão das forças armadas dos EUA na região. Para Pereyra Mele, “a solução ao problema colocado pela ofensiva estadunidense sobre a América do Sul passa pela defesa irrestrita das áreas por onde fluem e se conectam os três sistemas hidrográficos mais importantes: o Orinoco, a Amazônia e o Prata”.
“Para isso devem ser desenvolvidas políticas internacionais coerentes, levando em conta as limitações colocadas pela potência hegemônica. É muito importante aprofundar o Mercosul, aumentar a presença da Unasul e dos organismos de defesa regionais. É necessária a criação de um complexo industrial militar argentino-brasileiro para melhorar nossa capacidade de defesa, sem dependência externa, incorporando outros países”, conclui Pereyra Mele.
Para Marcelo Gullo, a América a conforma uma comunidade cultural única. “Lamentavelmente, do ponto de vista político, a região está dividida em duas. De um lado México, América Central e o Caribe, zona de influência exclusiva dos EUA, e de outro a América do Sul”.
A respeito dessa última reflexão, talvez pudesse se acrescentar que o ódio sistemático dos poderes estadunidenses à Revolução Cubana pode ser explicado pelo fato de esta ter sido a única experiência concreta de freio à hegemonia de Washington sobre as regiões Norte, Central e Caribenha da América Latina. Diante disso, conclui Gullo, “a responsabilidade principal é do Brasil, por ser o país com maior poder relativo da região. O problema é que a classe dirigente brasileira não compreende adequadamente que, para resistir à agressão dos EUA, precisa de sócios fortes e não fracos. Devem compreender que o importante não é sua industrialização isolada, mas sim a industrialização de toda a América do Sul”.
As mudanças de política militares que Barack Obama prometeu em sua campanha presidencial até agora não apareceram. A menos que alguém queira que o caráter identitário passa exclusivamente pela pigmentação da pele, nem que sequer podemos dizer que um afroamericano chegou à presidência. Para além do discurso, Obama solicitou ao Congresso dos EUA a aprovação de 83,4 bilhões de dólares em fundos extras para financiar as aventuras bélicas no Iraque e no Afeganistão, avança com a instalação de novas bases militares na Colômbia e manteve uma posição mais do que ambígua em relação ao golpe de Estado em Honduras.
O orçamento do Pentágono é 50 vezes superior ao total de gastos militares do conjunto de países do sistema internacional. Além disso, realiza os maiores investimentos, em nível mundial, em pesquisas militares e espaciais. Essa disponibilidade de recursos permite aos EUA agir de forma simultânea com ingerências bélicas em diferentes áreas do planeta.

Tradução: Katarina Peixoto




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Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

#248 Mensagem por P44 » Qua Set 02, 2009 4:16 pm

GustavoB escreveu:EUA: com os pés na Colômbia e os olhos no Brasil

Os EUA querem manter um papel protagonista no mundo e, para tanto, tentam expulsar a China da África e impedir uma aliança entre Rússia e Europa Ocidental. Essas duas grandes estratégias estão fracassando, daí a necessidade de garantir que a América Latina seja sua zona de influência exclusiva. A presença militar na Colômbia é um passo nesta direção, mas o verdadeiro alvo de Washington na região é o Brasil, país com maior poder relativo da região. A análise é dos cientistas políticos argentinos Marcelo Gullo e Carlos Alberto Pereyra Mele.

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Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

#249 Mensagem por Wolfgang » Qua Set 02, 2009 5:36 pm

O Obama que venha que lhe dou uns safanões na fuça... :twisted:




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Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

#250 Mensagem por rodrigo » Qua Set 02, 2009 6:27 pm

Além de querer ter razão, os histéricos com a reiteração da presença americana na Colômbia sugerem fazer o que? Podiam se juntar na frente da embaixada, queimar algumas bandeiras e pixar nos muros: OBAMA GO HOME




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Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

#251 Mensagem por Enlil » Qua Set 02, 2009 7:13 pm

Pior do q ser histérico com uma obviedade é não se dar conta de q os EUA não nos querem como a parceiros de nada além da consoancia com suas políticas e interesses "estratégicos" e q eles não têm o mínimo interesse em uma América do Sul independente e inter-cooperativa q contraste seu poder, incluindo-se sobretudo a ascenção do Brasil como potência global...

Tarde demais para nos ofereceram mais espelhinhos...




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Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

#252 Mensagem por delmar » Qua Set 02, 2009 8:47 pm

P44 escreveu:
GustavoB escreveu:EUA: com os pés na Colômbia e os olhos no Brasil

Os EUA querem manter um papel protagonista no mundo e, para tanto, tentam expulsar a China da África e impedir uma aliança entre Rússia e Europa Ocidental. Essas duas grandes estratégias estão fracassando, daí a necessidade de garantir que a América Latina seja sua zona de influência exclusiva. A presença militar na Colômbia é um passo nesta direção, mas o verdadeiro alvo de Washington na região é o Brasil, país com maior poder relativo da região. A análise é dos cientistas políticos argentinos Marcelo Gullo e Carlos Alberto Pereyra Mele.

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“a responsabilidade principal é do Brasil, por ser o país com maior poder relativo da região. O problema é que a classe dirigente brasileira não compreende adequadamente que, para resistir à agressão dos EUA, precisa de sócios fortes e não fracos. Devem compreender que o importante não é sua industrialização isolada, mas sim a industrialização de toda a América do Sul”.

Coloquem isto também. Devemos pensar mais nos países da América do Sul, especialmente os bolivarianos. Dar mais dinheiro para eles. Só assim podemos vencer o inimigo comum. Esta conversa de ameaça americana é para o Brasil colaborar mais, em dinheiro, com os governos populistas da América do Sul. Minha opinião sobre isto: Vão trabalhar vagabundos.


saudações




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Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

#253 Mensagem por Enlil » Qua Set 02, 2009 9:00 pm

Temos superávit recorde com a Venezuela, o Paraguai não conseguiu nada além de esmolas perto da água paraguaia q utilizamos para geração de energia e vamos até explorar as jazidas de nióbio da Bolívia... Continue assim e reproduza o imaginário de país de quarta classe q sempre fomos para os EUA. Ele não querem integração q não seja uma sabotagem econômica chamada ALCA. Veto no CS, doping contra nossas exportações, veto de tecnologia, embargo, taxação, protecionismo, 4ª frota, bases na Colômbia = nossas "privilegiadas relações" com os EUA... Pode ficar com minha parte de espelhinhos...




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Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

#254 Mensagem por Sterrius » Qua Set 02, 2009 10:30 pm

Aumentar a importação de paises sul americanos é necessaria.

Por enquanto nos vendemos muito. Mas pouco compramos. Enquanto isso ocorrer os paises da america do sul não irão se unir. Pois a dependencia e necessidade que faz essa união, não apenas a vontade.

O Mercosul e acordos bi-laterais devem ser feitos. Não falo em tornar a balança superior pra eles e inferior pra gente, mas tentar chegar a um padrão mais estavel não seria errado.

Agora obviamente a estrategia fora da america do sul teria que ser mais agressiva pra compensar a perda da balança aqui!




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Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

#255 Mensagem por delmar » Qua Set 02, 2009 11:01 pm

Esta conversa de "imperialismo americano" sabotando os esforços de desenvolvimento dos explorados povos da América do Sul, eu escuto desde que cursava o segundo grau. É a permanente justificativa para os nossos maus governos, para as politicas populistas irresponsáveis que sempre tivemos por aqui.
O que tem os americanos a ver com a maneira irresponsável com que a Venezuela gastou o dinheiro do "boom" do petróleo, torrando as divisas como um marinheiro bêbado? O que tem a ver os americanos com a situação atual da Argentina, onde o governo está destruindo a capacidade produtora do país que vai acabar importando carne?
Os Estados Unidos não são nenhuma madre Tereza de Calcutá, não estão por aí fazendo caridade e distribuindo dinheiro aos pobres e necessitados. Eles fazem negócios e o objetivo de um negócio é ter lucro, ganhar dinheiro e defender os interesses americanos.
O governo brasileiro, nos últimos tempos, entendeu isto. Está começando a fazer o mesmo. Foi na OMC contra os americanos reclamar dos subsidios que acha indevido. Negócios são negócios, amigos a parte. É algo que os americanos entendem e respeitam, faz parte do jogo. Portanto sou contra este antiamericanismo estudantil, de segundo grau, com complexo de indio recebendo espelho. O Brasil já é um país grande e poderoso, não precisa disto.

saudações




Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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