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Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sáb Mar 26, 2011 10:56 am
por tflash
Entretanto achei o link da entrevista:

http://sic.sapo.pt/online/video/informa ... m?list=all

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sáb Mar 26, 2011 5:34 pm
por soultrain
500 mil ingleses manifestam-se contra medidas de austeridade




Milhares de pessoas participaram, este sábado, em Londres, numa manifestação contra os cortes de gastos e as medidas de austeridade promovidas pelo governo de coligação britânico. A "Marcha para a Alternativa" já foi considerada a maior da última década.

As centrais sindicais estimaram uma adesão de cerca de 500 mil pessoas. Mais de 800 autocarros e dez comboios foram colocados à disposição para levar pessoas de outras cidades até Londres. O protesto decorreu sob vigilância de 4500 polícias que, apesar disso, não conseguiram evitar os confrontos.

A marcha, inicialmente anunciada como pacífica, foi convocada pelos principais sindicatos britânicos em Outubro para coincidir com a semana da apresentação do orçamento (apresentado há três dias) e também com a altura em que muitos cortes orçamentais começaram a surtir efeito. O desfile começou na estação de Victoria Embankment e foi até ao Hyde Park, local escolhido para o comício.

O líder da oposição trabalhista, Ed Miliband, acusou o governo de fomentar "políticas de divisão" que relembram os anos 80 de Margaret Thatcher.

Brendan Barber, secretário-geral do Trades Union Congress, plataforma que reúne 58 dos principais sindicatos do país, congratulou-se pela resposta ao apelo. "Estamos aqui para enviar uma mensagem ao governo: somos fortes e unidos", afirmou, prometendo continuar a lutar contra os "cortes selvagens" e para proteger "os serviços, empregos e vidas das pessoas".

Len McCluskey, secretário-geral do Unite, o maior sindicato envolvido no protesto, defende que o governo tem de ser corajoso. "A nossa alternativa é focar as medidas no crescimento económico através da justiça tributária. Se o governo fosse suficientemente corajoso, acabaria com a evasão fiscal."
publicado a 2011-03-26 às 19:05

Para mais detalhes consulte:
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/In ... id=1816103

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Dom Mar 27, 2011 8:52 am
por tflash
http://www.ionline.pt/conteudo/113267-i ... a-recessao
Crise financeira mundial

Islândia. O povo é quem mais ordena. E já tirou o país da recessão

por Joana Azevedo Viana, Publicado em 26 de Março de 2011

A crise levou os islandeses a mudar de governo e a chumbar o resgate dos bancos. Mas o exemplo de democracia não tem tido cobertura

Os protestos populares, quando surgem, são para ser levados até ao fim. Quem o mostra são os islandeses, cuja acção popular sem precedentes levou à queda do governo conservador, à pressão por alterações à Constituição (já encaminhadas) e à ida às urnas em massa para chumbar o resgate dos bancos.

Desde a eclosão da crise, em 2008, os países europeus tentam desesperadamente encontrar soluções económicas para sair da recessão. A nacionalização de bancos privados que abriram bancarrota assim que os grandes bancos privados de investimento nos EUA (como o Lehman Brothers) entraram em colapso é um sonho que muitos europeus não se atrevem a ter. A Islândia não só o teve como o levou mais longe.

Assim que a banca entrou em incumprimento, o governo islandês decidiu nacionalizar os seus três bancos privados - Kaupthing, Landsbanki e Glitnir. Mas nem isto impediu que o país caísse na recessão. A Islândia foi à falência e o Fundo Monetário Internacional (FMI) entrou em acção, injectando 2,1 mil milhões de dólares no país, com um acrescento de 2,5 mil milhões de dólares pelos países nórdicos. O povo revoltou-se e saiu à rua.

Lição democrática n.º 1: Pacificamente, os islandeses começaram a concentrar-se, todos os dias, em frente ao Althingi [Parlamento] exigindo a renúncia do governo conservador de Geir H. Haarde em bloco. E conseguiram. Foram convocadas eleições antecipadas e, em Abril de 2009, foi eleita uma coligação formada pela Aliança Social-Democrata e o Movimento Esquerda Verde - chefiada por Johanna Sigurdardottir, actual primeira-ministra.

Durante esse ano, a economia manteve-se em situação precária, fechando o ano com uma queda de 7%. Porém, no terceiro trimestre de 2010 o país saiu da recessão - com o PIB real a registar, entre Julho e Setembro, um crescimento de 1,2%, comparado com o trimestre anterior. Mas os problemas continuaram.


Lição democrática n.º 2: Os clientes dos bancos privados islandeses eram sobretudo estrangeiros - na sua maioria dos EUA e do Reino Unido - e o Landsbanki o que acumulava a maior dívida dos três. Com o colapso do Landsbanki, os governos britânico e holandês entraram em acção, indemnizando os seus cidadãos com 5 mil milhões de dólares [cerca de 3,5 mil milhões de euros] e planeando a cobrança desses valores à Islândia.

Algum do dinheiro para pagar essa dívida virá directamente do Landsbanki, que está neste momento a vender os seus bens. Porém, o relatório de uma empresa de consultoria privada mostra que isso apenas cobrirá entre 200 mil e 2 mil milhões de dólares. O resto teria de ser pago pela Islândia, agora detentora do banco. Só que, mais uma vez, o povo saiu à rua. Os governos da Islândia, da Holanda e do Reino Unido tinham acordado que seria o governo a desembolsar o valor total das indemnizações - que corresponde a 6 mil dólares por cada um dos 320 mil habitantes do país, a ser pago mensalmente por cada família a 15 anos, com juros de 5,5%. A 16 de Fevereiro, o Parlamento aprovou a lei e fez renascer a revolta popular. Depois de vários dias em protesto na capital, Reiquiavique, o presidente islandês, Ólafur Ragnar Grímsson, recusou aprovar a lei e marcou novo referendo para 9 de Abril.

Lição democrática n.º 3: As últimas sondagens mostram que as intenções de votar contra a lei aumentam de dia para dia, com entre 52% e 63% da população a declarar que vai rejeitar a lei n.o 13/2011. Enquanto o país se prepara para mais um exercício de verdadeira democracia, os responsáveis pelas dívidas que entalaram a Islândia começam a ser responsabilizados - muito à conta da pressão popular sobre o novo governo de coligação, que parece o único do mundo disposto a investigar estes crimes sem rosto (até agora).

Na semana passada, a Interpol abriu uma caça a Sigurdur Einarsson, ex-presidente-executivo do Kaupthing. Einarsson é suspeito de fraude e de falsificação de documentos e, segundo a imprensa islandesa, terá dito ao procurador-geral do país que está disposto a regressar à Islândia para ajudar nas investigações se lhe for prometido que não é preso.

Para as mudanças constitucionais, outra vitória popular: a coligação aceitou criar uma assembleia de 25 islandeses sem filiação partidária, eleitos entre 500 advogados, estudantes, jornalistas, agricultores, representantes sindicais, etc. A nova Constituição será inspirada na da Dinamarca e, entre outras coisas, incluirá um novo projecto de lei, o Initiative Media - que visa tornar o país porto seguro para jornalistas de investigação e de fontes e criar, entre outras coisas, provedores de internet. É a lição número 4 ao mundo, de uma lista que não parece dar tréguas: é que toda a revolução islandesa está a passar despercebida nos media internacionais.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Dom Mar 27, 2011 12:30 pm
por Paisano
Essas políticas neo-liberais são uma grave ameaça à própria existência da UE. :?

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Dom Mar 27, 2011 2:38 pm
por Bourne
A base de ação da UE são as políticas econômicas neoliberais ou semelhantes. Fazem coisas que nos EUA e outros países seriam impensadas ou maluquices sem fundamento.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Dom Mar 27, 2011 3:33 pm
por P44
Times
Banca europeia vende dívida portuguesa

Mafalda Aguilar
27/03/11 14:35


Juros de Portugal bateram novos máximos, na sexta-feira.

Os principais bancos europeus estão a vender massivamente os seus títulos de dívida pública portuguesa, revela o Sunday Times.

O jornal britânico, que cita fontes com conhecimento das operações, explica que a venda de títulos de dívida lusa prende-se com os próximos testes de stress a que banca europeia está sujeita.

Recorde-se que a dívida portuguesa será aquela que mais penalizará os resultados dos próximos testes de stress à banca europeia. Nas obrigações do Tesouro a 10 anos, por exemplo, as instituições terão que descontar um 'haircut' (simulação de perda) de 19,8%, no pior cenário macroeconómico, ao passo que na dívida irlandesa será aplicado um 'desconto' de 19,1% e na dívida grega de 17,1%.

O Sunday Times sublinha ainda que o ‘sell'-off' de dívida soberana portuguesa por parte dos bancos europeus coloca mais pressão a Portugal para aceitar uma assistência financeira do FMI e da Europa, através do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF).

Já no dia de hoje, Ewald Nowotny, membro do Conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE) defendeu que seria "recomendável" que o Governo português recorresse à ajuda externa, considerando que "a situação política de Portugal piorou claramente" após a demissão do primeiro-ministro, José Sócrates, na passada quarta-feira, dia em que os partidos da oposição chumbaram o PEC IV, que já tinha sido aplaudido por Bruxelas.

Perante o chumbo do PEC IV e a consequente queda do Governo, bem como o receio sobre a capacidade de Portugal se financiar nos mercados, duas das principais agências de ‘rating' do mundo - Fitch e Standard & Poor's - desceram, em dois níveis, a notação do País e alertaram mesmo para novos cortes, na quinta-feira.

Em reacção, os juros das obrigações do Tesouro (OT) atingiram novos máximos em todas as maturidades, na sexta-feira, segundo dados da Bloomberg.

Isto quando faltam pouco mais de 15 dias para o Estado português amortizar 4,227 mil milhões de euros referentes a uma linha de OT que atinge a maturidade. Na mesma data, Portugal deverá ainda pagar mais 575 milhões de euros em taxas de cupão anuais de duas linhas de OT que vencem em 2021 e 2037.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Dom Mar 27, 2011 4:58 pm
por Paisano
Bourne escreveu:A base de ação da UE são as políticas econômicas neoliberais ou semelhantes. Fazem coisas que nos EUA e outros países seriam impensadas ou maluquices sem fundamento.
Daí a minha dúvida quanto ao futuro do bloco. [001]

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Mar 29, 2011 7:59 am
por cabeça de martelo
Sobram três Governos socialistas na Europa
Quantos países com governo socialista restam agora em toda a União Europeia?
Depois das últimas eleições na Hungria e no Reino Unido só ficaram 3 países:
Grécia, Portugal e Espanha
… que coincidência!

Como disse Margaret Thatcher
"o socialismo dura até se acabar o dinheiro dos outros".
http://wwwahenriques.blogspot.com/2011/ ... as-na.html

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Mar 29, 2011 12:57 pm
por P44
o (des) governo português é tão "socialista" como eu sou adepto do fcp [003]

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Mar 29, 2011 3:55 pm
por P44
Brazil's Lula to Portugal: Don't take bailout
By BARRY HATTON, Associated Press Barry Hatton, Associated Press 22 mins ago

LISBON, Portugal – Brazil's former president Luiz Inacio Lula da Silva has some advice for Portuguese politicians: Don't take the bailout.

But even as the popular Brazilian supported Portuguese efforts to stick to their own plan for clearing the country's crippling debts, financial pressures mounted Tuesday as Standard & Poor's downgraded its credit rating of Portugal's bonds to just one notch above junk status.

That cut — the rating agency's second in six days — will make it even harder for Portugal, one of the 17-nation eurozone's smallest and weakest economies, to raise money on international markets, where nervous investors view the country as a very risky bet.

Standard & Poor's said it lowered its sovereign credit ratings on Portugal to BBB-/A-3 from BBB/A-2 and said Portugal's high debt load and poor growth prospects make it likely the ailing country will need a financial rescue.

Analysts estimate Portugal would need a bailout of up to euro80 billion ($113 billion).

Portugal has so far defied calls from other European countries to accept help, even as its financial woes have deepened following last week's resignation of the government. Portugal's plight could further unsettle investors worried about the eurozone's overall financial health.

The yield on Portugal's 10-year bond rose again Tuesday, hitting a new euro-era record of 8 percent as markets fretted over its ability to settle its debts and demanded high returns on Portuguese loans.

But Silva said even though Portugal is on the verge of financial collapse it should refuse assistance from the European bailout fund and the International Monetary Fund because that would only increase austerity measures and reduce growth. Portugal has already enacted pay cuts and tax hikes that have triggered a wave of strikes, including a Lisbon subway strike Tuesday, and lowered living standards.

"The IMF won't resolve Portugal's problem, like it didn't solve Brazil's," Silva said during a trip to Portugal. "Whenever the IMF tried to take care of countries' debts, it created more problems than solutions."

Silva didn't elaborate, but in the past he has criticized the IMF for espousing "orthodox and recessive concepts."

Brazil took a $41.5 billion IMF loan in 1998. Like many emerging markets, the Latin American country has enjoyed an economic boom in recent years. Silva, who left office in January, is credited with generating wealth through a blend of fiscal discipline and innovative investment strategies designed to reduce poverty.

Portugal's outgoing Prime Minister Jose Socrates insisted again that his government "is determined not to ask" for a bailout.

"I'm sick of saying we won't," he told reporters.

Socrates, who quit last week after opposition parties rejected his latest debt-cutting strategy, blamed his political rivals for Portugal's sharply deteriorating financial situation. Socrates' plan had won the backing of the European Central Bank and the European Commission before it was defeated in Parliament.

Brazil's current president, Dilma Roussef, said Tuesday her country could come to the aid of Portugal, which has expanded its Brazilian investments in recent years.

"Brazil could help Portugal like Portugal has helped Brazil," Roussef was quoted as saying by the Portuguese news agency Lusa as she began a two-day visit to Portugal.

Portugal's problems are getting worse by the day. Standard & Poor's said "an uncertain outlook for the (Portuguese) economy and the financial sector" spelled further difficulties.

The Bank of Portugal concurred, saying Tuesday that even darker times lie ahead. It forecast the economy will contract 1.4 percent this year in a double-dip recession that has pushed the jobless rate to a record 11.2 percent. The central bank had previously projected a contraction of 1.3 percent this year.

The bank also warned that its calculations didn't include additional austerity measures that will be required to meet the country's debt-reduction goals this year.

Fitch, another rating agency, downgraded Portugal last week, but Moody's said it had no immediate plans for a cut because both main parties have said they are committed to fiscal retrenchement.

Yet it was not clear who in Portugal would even have the authority to request a bailout. The outgoing minority government will likely take a caretaker role with limited powers while the country prepares for elections in late May or early June.

All political parties have rejected a bailout, though they differ on how to lower the national debt.

Portugal is in a race against time. It faces a euro4.5 billion ($6.3 billion) repayment of an existing bond in April, which officials say they can meet, and then has to find euro4.96 billion ($7 billion) for another repayment in June. It is not clear where the June funds will come from.

____

Alan Clendenning in Madrid contributed to this report.

(bh)

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Mar 29, 2011 5:57 pm
por tflash
Pelo que eu leio aqui no DB, afinal ele também deixou o Brasil com as calças na mão.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Mar 29, 2011 7:05 pm
por Centurião
tflash escreveu:Pelo que eu leio aqui no DB, afinal ele também deixou o Brasil com as calças na mão.
Recorde de investimentos, empregos e vendas de produtos nos dois primeiros meses de 2011. Imagine se não estivéssemos com as calças na mão...

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Mar 29, 2011 7:11 pm
por delmar
tflash escreveu:Pelo que eu leio aqui no DB, afinal ele também deixou o Brasil com as calças na mão.
Podemos dizer que gastou mais que deveria e poderia gastar para eleger a sucessora. Prometeu para cada santo uma esmola, para cada morto uma vela e para cada vivo um vintém. Inaugurou o começo de centenas de obras, a maioria só uma placa. A tia Dilma logo que tomou posse cortou quase tudo e as coisas vão ficar só nas placas mesmo.
A bem da verdade deve-se dizer que não há recessão ou aumento de desemprego. O país vai continuar crescendo. Só aquela festa que havia entre os adeptos do governo, de que "agora somos rico, podemos gastar a vontade, comprar coisas caras" é que acabou. Continuamos sendo um país com muitas carências e o sonho de ter dois porta aviões foi adiado. Foi só um sonho.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Mar 30, 2011 4:57 pm
por P44
quero Portugal de calças na mão, mas versão brasileira, estou farto da versão portuguesa, em que já nem calças tenho!!!!!!!!!

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Mar 30, 2011 5:09 pm
por irlan
Oque houve aqui foi uma gastança.... [002]