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Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Jun 25, 2010 1:38 pm
por Marino
Plano Brasil
Brasil deve superar assimetrias na América do Sul, diz Samuel Pinheiro
24/06/2010

Imagem

O Brasil deve superar as assimetrias regionais em seu território, mas deve se esforçar também para reduzir as assimetrias com os países vizinhos para se tornar um país desenvolvido, disse hoje o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Samuel Pinheiro Guimarães, durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados.

“Temos que superar a ideia de que podemos nos desenvolver sozinhos”, disse o ministro ao responder ao questionamento do deputado Raul Jugmann (PPS-P E) sobre os riscos à liderança brasileira na região, representados pelo aumento das diferenças com os países vizinhos.

A assimetria entre o Brasil e seus vizinhos da América do Sul se reflete, segundo o ministro, no desequilíbrio comercial crônico, e na crescente participação de empresas brasileiras na economia desses países.

Pinheiro Guimarães apresentou aos parlamentares da Comissão o Plano Brasil 2022, projeto de metas a serem atingidas até o bicentenário da independência do País, sugerindo a participação do Legislativo tanto no aperfeiçoamento do Plano quanto na verificação do seu cumprimento por parte do Executivo.

O Plano Brasil 2022 foi encomendado pelo presidente Lula ao dar posse ao ministro, em outubro do ano passado, e está sendo elaborado por grupos de funcionários da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), da Casa Civil e de cada um dos Ministérios.

“Os grupos elaboraram um conjunto de documentos, que descrevem a importância estratégica do setor, os avanços dos últimos anos, as metas a serem alcançadas e as ações necessárias para isso”, explicou.

Segundo o ministro, para a elaboração do Plano, partiu-se de três premissas. A primeira, a escassez do tempo; a segunda, o fato de que já existem vários Planos setoriais nos Ministérios, muitos deles decorrentes, inclusive, de disposições legais; e a terceira, de que um Plano de natureza acadêmica, feito somente por especialistas, não teria viabilidade.

Todos os documentos, segundo ele, foram encaminhados aos ministros, para eventuais acréscimos ou correções. Em seguida, o material foi enviado aos presidentes das Comissões da Câmara e do Senado, aos presidentes e secretários de partidos políticos, aos governadores dos estados, às centrais empresariais e dos trabalhadores, além dos ex-presidentes da República e ex-ministros de Estado.

“Enviamos ainda correspondência para cerca de 20 mil organizações da sociedade civil, informando que todos os documentos estão disponíveis para consulta e sugestões no site da Secretaria”, disse o ministro. O documento final terá também capítulos com a visão do mundo em 2022, da América do Sul e do próprio Brasil. Além das metas e ações para o poder Executivo, o Plano trará projeções para o Legislativo e o Judiciário.

Para Samuel Pinheiro, o objetivo é ter um texto final que conte com amplo apoio da sociedade e que reflita, de fato, as aspirações do povo brasileiro. O Plano Brasil 2022 será entregue ao presidente da República no próximo dia 30 de junho.

O ministro da SAE falou também sobre o trabalho da Secretaria, que tem como principais funções realizar o planejamento de longo prazo e propor temas estratégicos para o Brasil.

De acordo com ele, a SAE está realizando atualmente estudos sobre três setores estratégicos: as áreas nuclear, espacial e de tecnologia da informação. “A ideia é identificar os gargalos e sugerir medidas para superá-los”, explicou.

Os temas trabalhados antes da chegada de Samuel à Secretaria também foram mencionados pelo ministro, como a questão da banda larga, dos biocombustíveis e da regularização fundiária, todos estudos originalmente elaborados pela SAE.

O ministro falou ainda sobre a coordenação do Plano Amazônia Sustentável (PAS), a cargo da Secretaria de Assuntos Estratégicos. “Fizemos uma avaliação recente do grau de execução das 198 diretrizes que constam no PAS”, disse. Segundo ele, a análise será, agora, enviada aos Ministérios interessados e aos governadores dos estados da Amazônia, para confirmação das conclusões e do estágio em que se encontra cada diretriz.

Fonte: SAE

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Jun 25, 2010 2:36 pm
por Oziris
Já imagino o Brasil rico cercado por mendigos.

[]'s

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Jun 25, 2010 2:50 pm
por DELTA22
Não por nada que o MD está pretendendo implantar um sistema de monitoramento das fronteiras. A justificativa politicamente correta é que é para o combate ao narcotráfico, crimes e tal, mas com certeza servirá para inibir imigração ilegal que no futuro acontecerá se se confirmar as tendências econômico-sociais do Brasil.

[]'s.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Jun 25, 2010 7:00 pm
por Centurião
“Temos que superar a ideia de que podemos nos desenvolver sozinhos”, disse o ministro ao responder ao questionamento do deputado Raul Jugmann (PPS-P E) sobre os riscos à liderança brasileira na região, representados pelo aumento das diferenças com os países vizinhos.
Não concordo. Não há dúvida que temos de cooperar com os nossos vizinhos, mas nós, como povo brasileiro, temos que encontrar o nosso próprio caminho para o desenvolvimento. Somente assim poderemos ajudar quem precisar. Enquanto não tivermos condições de dar vida digna a todos os cidadãos não podemos ajudar os outros. Enquanto nossas empresas não desfrutarem de um ambiente de P&D compatível com os EUA ou Europa, não podemos dar o nosso sofrido dinheiro para desenvolver a ciência argentina. Por favor, não coloquemos os carros na frente dos bois.
A assimetria entre o Brasil e seus vizinhos da América do Sul se reflete, segundo o ministro, no desequilíbrio comercial crônico, e na crescente participação de empresas brasileiras na economia desses países.
E isso é ruim? Vejam como são as coisas, se nossas empresas conquistarem outros mercados isso é negativo. Se esse senhor tem coragem de falar publicamente algo assim, imaginem o que é feito sem que saibamos. Que belo incentivo a inserção internacional das nossas empresas. É o chamado voto de pobreza. :evil:

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Jun 25, 2010 11:54 pm
por Algus
Brasil e Argentina trabalham para criar moeda única, diz Néstor Kirchner

Os governos da Argentina e do Brasil estão trabalhando para “criar uma moeda única” para os dois países, afirmou nesta sexta-feira (25/6) o ex-presidente argentino Néstor Kirchner, em um fórum de empresários, segundo a agência de notícias espanhola Efe

De acordo com Kirchner, a medida seria tomada para facilitar o comércio bilateral. “Isso está sendo discutido e analisado para agilizar as negociações entre os dois países”, disse durante encontro com 400 empresários na cidade de Neuquén, na região central da Argentina.

Atualmente, Brasil e Argentina utilizam suas moedas nacionais nas trocas bilaterais. Sem detalhar os próximos passos para a aplicação do projeto, Kirchner disse apenas que a iniciativa “compreende uma série de medidas que devem ser acentuadas daqui em diante para que o projeto seja levado adiante" e que o objetivo é incorporar outros parceiros no Mercosul na política.

Fonte: http://operamundi.uol.com.br/noticias/B ... 4755.shtml

===============================

Quando li isso a primeira reação que tive foi rir, acreditando se tratar de uma firula do Néstor.
Mas pensando no modo como nossas empresas estão entrando no mercado argentino (incluo o BB nessa), fiquei em dúvida.

Vocês imaginam este cenário num médio prazo?

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sáb Jun 26, 2010 12:12 am
por Sterrius
Pra que diabos unificar a moeda quando um acordo bi-lateral ou dentro do mercosul faz o mesmo efeito?

Unificar a moeda so vai valorizar ainda mais e piorar as exportações de ambos os paises pro resto do mundo!

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sáb Jun 26, 2010 6:28 pm
por Carlos Mathias
não podemos dar o nosso sofrido dinheiro para desenvolver a ciência argentina
Não consegui achar nada semelhante nas palavras do Samuel.
Poderias citar onde estão, por favor?

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sáb Jun 26, 2010 6:33 pm
por Bolovo
Algus escreveu:Brasil e Argentina trabalham para criar moeda única, diz Néstor Kirchner

Os governos da Argentina e do Brasil estão trabalhando para “criar uma moeda única” para os dois países, afirmou nesta sexta-feira (25/6) o ex-presidente argentino Néstor Kirchner, em um fórum de empresários, segundo a agência de notícias espanhola Efe

De acordo com Kirchner, a medida seria tomada para facilitar o comércio bilateral. “Isso está sendo discutido e analisado para agilizar as negociações entre os dois países”, disse durante encontro com 400 empresários na cidade de Neuquén, na região central da Argentina.

Atualmente, Brasil e Argentina utilizam suas moedas nacionais nas trocas bilaterais. Sem detalhar os próximos passos para a aplicação do projeto, Kirchner disse apenas que a iniciativa “compreende uma série de medidas que devem ser acentuadas daqui em diante para que o projeto seja levado adiante" e que o objetivo é incorporar outros parceiros no Mercosul na política.

Fonte: http://operamundi.uol.com.br/noticias/B ... 4755.shtml

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Quando li isso a primeira reação que tive foi rir, acreditando se tratar de uma firula do Néstor.
Mas pensando no modo como nossas empresas estão entrando no mercado argentino (incluo o BB nessa), fiquei em dúvida.

Vocês imaginam este cenário num médio prazo?
Deveriam executar todos os lideres por crime lesa patria todos que dizem "moeda unica".

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sáb Jun 26, 2010 6:51 pm
por Loki
Levando em consideração que qualquer um consegue pagar contas e comprar produtos em BA com cheque do Brasil, (se for da praça de São Paulo ainda rola um pré datado :twisted: )

Já se sabe qual moeda será a dita única! :mrgreen:

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sáb Jun 26, 2010 6:56 pm
por DELTA22
Brasileños, ¡¡¡imperialistas!!! Imagem

:twisted: :twisted: :lol: :lol: :lol:

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sáb Jun 26, 2010 9:12 pm
por Centurião
Carlos Mathias escreveu:
não podemos dar o nosso sofrido dinheiro para desenvolver a ciência argentina
Não consegui achar nada semelhante nas palavras do Samuel.
Poderias citar onde estão, por favor?

Não são palavras dele. Mas são ações influenciadas por pessoas que compartilham o ideal:

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 1740,0.php
BNDES terá fundo para a Argentina

Fundo, em parceria com bancos argentinos,emprestará US$ 100 milhões para empresas

Brasil e Argentina anunciaram ontem a criação de um fundo de US$ 100 milhões para financiar empresas argentinas de ciência e tecnologia. Os recursos serão aportados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelos argentinos Banco de La Nación Argentina e Banco de Investimento e Comércio Exterior (Bice).

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sáb Jun 26, 2010 10:47 pm
por Carlos Mathias
:roll: :roll: :lol: :lol: :lol:

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Dom Jun 27, 2010 11:13 am
por Centurião
Carlos Mathias escreveu::roll: :roll: :lol: :lol: :lol:
:roll:

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Dom Jun 27, 2010 12:26 pm
por Hader
Caro Centurião

Em política externa existe uma máxima que todos respeitam: influência é como o ar. Não existe espaço no mundo sem ele. Bueno, se não há influência brasileira, haverá de outro. Logo, é vital que ocupemos este espaço. A única maneira de consolidar a liderança brasileira na América do Sul é a formação de um bloco com profundas relações comerciais e financeiras, no qual seremos o núcleo. Para isto acontecer as assimetrias devem ser corrigidas, reduzidas à um patamar aceitável. As assimetrias deverão existir, mas não em um nível de desconforto. Sem isso estaremos sempre divididos e sujeitos ao poder hegemônico de plantão, sem falar na entrada de uma turma de olhos puxados...

[]'s

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Dom Jun 27, 2010 12:56 pm
por Algus
Sobre economia eu não entendo.

Sei que uma moeda única entre alguns países fica fortalecida. Isso gera vantagens e desvantagens, como vemos com o Euro.
Porém, uma moeda única no Mercosul agiria de modo diferente, penso. Porque nossa economia é 5x maior que a da Argentina, maior que a dos países da AS somados.

Isso quer dizer o q? Que numa moeda única nós perderíamos a capacidade de controlá-la ou nós acabaríamos ditando as regras da economia argentina?