Missão de Paz no Haiti

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Mental Ray
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Re: Missão de Paz no Haiti

#2356 Mensagem por Mental Ray » Qui Jan 28, 2010 6:15 pm



Não uma missão de guerra, mas de paz, não se esperar confrontos, e uso de veículos sem qualquer blindagem é até normal, assim, os URUTUS são até muito para a maioria dos usos que servem.

Quanto a ataques de piratas a navios militares carregando centenas de soldados armados, você deve estar brincando, só se forem piratas suícidas. :mrgreen: :mrgreen:

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Re: Missão de Paz no Haiti

#2357 Mensagem por Ilya Ehrenburg » Qui Jan 28, 2010 6:38 pm

Mental Ray escreveu:


Não uma missão de guerra, mas de paz, não se esperar confrontos, e uso de veículos sem qualquer blindagem é até normal, assim, os URUTUS são até muito para a maioria dos usos que servem.

Quanto a ataques de piratas a navios militares carregando centenas de soldados armados, você deve estar brincando, só se forem piratas suícidas. :mrgreen: :mrgreen:

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Ah, divertido seria. ahahah
Já aconteceu. Os piratas da Somália atacaram um navio de transporte da marinha alemã. Foram recebidos à tiros, e presos.




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Re: Missão de Paz no Haiti

#2358 Mensagem por Guerra » Qui Jan 28, 2010 7:00 pm

Mental Ray escreveu:
rodrigo escreveu: E o custo? O Itamaraty acha que essa missão irrelevante no contexto mundial é trampolim para o CS da ONU. É muita maconha na cabeça...
De fato uma cadeira na mesma mesa 'dos caras' não vai render, mas acho válido para opinião pública em vários sentidos:
- ganho de imagem e credibilidade para as nossas FAs e, consequentemente, mais investimentos. Ainda mais quando vemos o Pimp my Urutu contra Hummer e Abraams americano em mesmo solo

- abertura da cabeça da população que, apesar de nossos problemas internos, podemos sim chumbar nego safado por ai e ajudar em missões de estabilização e impor, sim, a paz e ajudar esforços multinacionais.

- Está sendo um bom teste para a população para o futuro. Querem que o Brasil abra o bolso, mostre os músculos e se imponha? Então vamos, mas precisamos do aval da sociedade que paga a conta. Por enquanto está bem satisfatório, o povo apoia uma missão de paz com muito orgulho em ser bem representado. Bom ser um povo solidário e armado.

Pessoal, independente de cadeira no CS, o Uruguai tem mais missão de paz que o Brasil. Se o Brasil não aguentasse uma missão no Haiti era melhor fechar os quarteis.




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Re: Missão de Paz no Haiti

#2359 Mensagem por Glauber Prestes » Sex Jan 29, 2010 12:54 am

Pra mim, os EUA tiveram o tempo de reação que tiveram, pois:
-estão do lado do Haiti;
-estão lidando com catástrofes anualmente (furacões, inundações, terremotos) desde que os EUA eram uma colônia;
-porque as FA´s deles são gigantes, e sempre existe alguém em algum lugar que está de prontidão;
-porque eles tem um poder de desdobramento altíssimo (graças, em parte, ao tamanho das FA´s)

Acho também, que o tempo de reação do Brasil foi muito bom, tendo em vista que foi preciso mobilizar as tropas para enviar reforços, coletar alimentos e fármacos para enviar, fora que os meios que nós temos para o deslocamento é limitado (os nossos maiores cargueiros são C-130 e KC-137, contra C-17 da gringa), e a distância entre Brasil e Haiti é muito maior.

Enfim, na parte de mobilização e resposta, fomos muito bem, obrigado.

Eu acho que há sim, importância política na Minustah, mas acho que ela não está sendo explorada pelo GF. Muito poderia ser feito no Haití, de modo a ampliar a visibilidade do Brasil no mundo (Pré terremoto), mas parece que existe uma vergonha. Se o Haiti fosse um computador, ele seria um daqueles gamers, mas na mão de um cara que só acessa o e-mail, e joga paciência e copas.




http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
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Re: Missão de Paz no Haiti

#2360 Mensagem por Ilya Ehrenburg » Sáb Jan 30, 2010 8:35 pm

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
O Haiti não é aqui
Pedro Paulo Rezende

Um menino de cinco anos anda nu pelas ruas de Cite Soleil. A nudez não é um sinal de miséria. Serve como marca. Ele é um sans avec, órfão criado por outra família. Durante dez anos servirá como escravo. Poderá sofrer abusos sexuais. Faz parte do pacote de serviços. Noutro canto do bairro, o mais violento de Porto Príncipe, mulheres colhem a gordura deixada pela água servida das casas. Misturada com barro, açúcar e uma pitada de sal transformam- se em biscoitos. Para matar a sede, usam as sarjetas. Quem diz que o Haiti é aqui, nunca visitou o país caribenho.

A chegada na capital haitiana foi uma experiência inesquecível. Eram 23hs. O moderno C-99, avião fabricado pela Embraer e orgulho da indústria nacional, começou a descer numa imensa mancha escura. Nada abaixo denunciava um nervoso centro de 4,5 milhões de habitantes. Pousamos num aeroporto sem luzes.

Nas ruas, poucas casas iluminadas. Os postes recebem energia até às 20h e os mais abastados usam geradores. Apenas 10% dos habitantes possuem acesso a eletricidade. O abastecimento de água abrange menos de 20% da população. O índice de desemprego chega a 70% e o de mortalidade infantil, um dos mais altos do mundo, é de 69,9 por mil.

O Haiti é um desastre ecológico. Sem outros meios combustíveis, a população miserável devastou as florestas, causando o assoreamento dos rios e maximizando os efeitos das enchentes durante as temporadas de chuva ou de furacões. A cobertura vegetal, hoje, é de cerca de 1%. O sistema produtivo do país foi destruído, principalmente no campo, estimulando o êxodo rural.

Com esses números explosivos, componentes perfeitos para uma conflagração social, a estabilidade depende da presença da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Hait (Minustah), comandada por um brasileiro, o general Floriano Peixoto.

No Parlamento, é moda criticar a presença internacional. O mesmo não ocorre no Executivo. Durante uma visita de inspeção de senadores da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, chefiada pelo presidente do organismo, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG, o presidente René Préval e a primeira-ministra Michele Pierre-Louis deixaram claros os perigos de uma retirada prematura das forças da ONU.

Segundo as Nações Unidas, seriam necessários apenas US$ 5 bilhões para reconstruir a infraestrutura do país, alicerce necessário para investimentos capazes de atrair empresas e gerar empregos. Isso é menos que o gasto pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para reequipar o Exército da Geórgia depois da derrota para a Rússia. Na conferência de doadores, realizada em março de 2009, conseguiu-se apenas US$ 320 milhões. Até agora, nenhum tostão foi repassado. E os moradores de Cite Soleil continuam fazendo biscoitos de barro para alimentar as crianças nas ruas de um bairro tomado pelo lixo e destruído pelo terremoto.

Retirado do Blog: Panorma Global.




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Re: Missão de Paz no Haiti

#2361 Mensagem por lelobh » Sáb Jan 30, 2010 10:43 pm

glauberprestes escreveu: Eu acho que há sim, importância política na Minustah, mas acho que ela não está sendo explorada pelo GF. Muito poderia ser feito no Haití, de modo a ampliar a visibilidade do Brasil no mundo (Pré terremoto), mas parece que existe uma vergonha. Se o Haiti fosse um computador, ele seria um daqueles gamers, mas na mão de um cara que só acessa o e-mail, e joga paciência e copas.
X2! Disse tudo. Perdemos a oportunidade de reerguer aquele país, e demonstrar para o mundo uma nova forma de liderança... Agora é tarde.




Dom Pedro II, quando da visita ao campo de Batalha, Guerra do Paraguai.

Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."
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Re: Missão de Paz no Haiti

#2362 Mensagem por Ilya Ehrenburg » Dom Jan 31, 2010 12:06 am

lelobh escreveu:
glauberprestes escreveu: Eu acho que há sim, importância política na Minustah, mas acho que ela não está sendo explorada pelo GF. Muito poderia ser feito no Haití, de modo a ampliar a visibilidade do Brasil no mundo (Pré terremoto), mas parece que existe uma vergonha. Se o Haiti fosse um computador, ele seria um daqueles gamers, mas na mão de um cara que só acessa o e-mail, e joga paciência e copas.
X2! Disse tudo. Perdemos a oportunidade de reerguer aquele país, e demonstrar para o mundo uma nova forma de liderança... Agora é tarde.
Discordo. Houvéssemos nos imbuído de construir desenfreadamente, hoje, estaria tudo destruído pelo terremoto.
Observem que já se fala em reconstrução, mas em outro local: Porto Príncipe fica quase em cima de uma falha geológica. Para quê construir, para depois... Cair?




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Re: Missão de Paz no Haiti

#2363 Mensagem por DELTA22 » Dom Jan 31, 2010 9:53 am

31/01/2010 - 07h40
Mobilização anti-Brasil ecoa no Haiti após terremoto

FÁBIO ZANINI
enviado especial da Folha de S.Paulo a Porto Príncipe

Acuada e radicalizada, uma franja da sociedade haitiana aproveita o caos pós-terremoto para aumentar o volume de uma demanda que completa seis anos: brasileiros, voltem para casa! São na maioria simpatizantes do ex-presidente Jean-Bertrand Aristide, deposto em 2004 por uma ação norte-americana (para a qual a ONU fez vistas grossas) e hoje exilado na África do Sul.

Vivem em bairros miseráveis de Porto Príncipe, como Cité Soleil e Bel Air, onde Aristide aparece em grafites nos muros ao lado de Bob Marley e Martin Luther King. "Aristide construiu tudo por aqui, e os brasileiros destruíram", disse um homem que se identificou apenas como Jean, tomando cerveja e fumando maconha às 10h numa rua em ruínas em Bel Air. A seu lado, outro que se apresentou como "Matador" disse que os brasileiros não têm o que fazer no país. "Eles nunca construíram nem um banheiro aqui", queixou-se.

Muitas pessoas na região nutrem ressentimento pelas operações de "pacificação" conduzidas pelos militares do Brasil entre 2004 e 2007, que desarmaram gangues pró-Aristide após duros combates. "Eles [os soldados brasileiros] não são nossos amigos. Eles matam nosso povo", diz Vanel Louis Paul, dirigente do Massa Popular, uma agremiação de base pró-Aristide que tem sede na gigantesca favela de Cité Soleil, a maior de Porto Príncipe.

Emile Wilnes, integrante do mesmo grupo e membro do conselho da Fundação Aristide, ONG assistencialista mantida por aliados do ex-presidente, diz que hoje o Brasil é um dos responsáveis por dificultar o retorno de seu líder do exílio. "Nós achávamos que [Luiz Inácio Lula da Silva] fosse um democrata. Mas hoje, vendo o que aconteceu aqui, não achamos mais", declara ele.

Ao longo de dez dias em Porto Príncipe, a Folha percebeu bem mais demonstrações de apreço aos brasileiros entre a população do que o contrário. O Brasil lidera militarmente a Minustah, a força de paz da ONU, que em geral é bem aceita pelos haitianos.

Mas a franja radicalizada existe e é atuante, não apenas nas favelas, mas também no movimento estudantil. O pior cenário para o Brasil seria o de uma aliança entre as massas empobrecidas das favelas e essa elite politizada. "Não deixamos de acompanhar atentamente e com preocupação a atuação dos partidários de Aristide, mesmo com a situação de fraqueza deles", diz o coronel Alan Santos, chefe da comunicação social do batalhão brasileiro da Minustah.

Marcha anual

Todos os anos, em 28 de fevereiro (aniversário da queda de Aristide), pelo menos 5.000 pessoas marcham pelas ruas de Porto Príncipe para lembrar o que qualificam como um golpe de Estado. Pichações pedindo a saída da Minustah são poucas, mas visíveis em alguns muros do centro da capital.

Nunca houve violência nessas manifestações, pelo próprio fato de que as gangues ligadas ao ex-presidente foram desarmadas, e seus líderes, presos. Mas cerca de 5.500 ex-integrantes desses grupos paramilitares escaparam da prisão no terremoto e estão à solta.

Aristide quer voltar ao Haiti e promete nunca mais concorrer à Presidência. Não há no Haiti pesquisas sobre a popularidade de seu partido, o Família Lavalas, mas é certo que continua forte nos principais bolsões de pobreza do país. "Estamos no país todo. O nosso é o partido da maioria", disse à Folha a presidente do partido e principal representante de Aristide no Haiti, Maryse Narcisse.

Ex-ministra no governo do presidente deposto, Narcisse é mais diplomática ao falar dos brasileiros. Pede claramente, no entanto, um cronograma para a saída das tropas estrangeiras, algo que a ONU já disse que só acontecerá daqui a "muitos anos".

"Não podemos achar que a Minustah vai ficar aqui para sempre. Está na hora de sabermos quando seu trabalho vai terminar", diz ela. "Precisamos de solidariedade internacional, mas tem que haver dignidade para nós."

Divisão

A resposta dada pela Minustah, Brasil à frente, ao terremoto serviu para aumentar o golfo entre os que defendem e os que se opõem à presença estrangeira no Haiti. Aplausos e polegares levantados em sinal de positivo costumam saudar brasileiros em operações de distribuição de alimentos. Mas quem é contra não se convence.

"A Minustah não tem sido capaz de responder de maneira adequada ao terremoto. Minha impressão é que as tropas não sabem bem o que fazer", diz Narcisse.
--------------------------------------------------------------------
Que estranho isso, não? :?

A linha que separa "agitação popular" do "dinheiro" é sempre bem fina. (O "Tio" manda lembranças!) :roll: :evil:

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Re: Missão de Paz no Haiti

#2364 Mensagem por Tupi » Dom Jan 31, 2010 10:10 am

Naquele forum espanhol FMG, o tal do iris, fez uma coletânea de artidos do "la vanguardia" e outros baixando o sarrafo no Brasil e na Minustah.
Os abutres de plantão estão torcendo para as coisas sairem de controle. [002]





Se na batalha de Passo do Rosário houve controvérsias. As Vitórias em Lara-Quilmes e Monte Santiago, não deixam duvidas de quem às venceu!
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Re: Missão de Paz no Haiti

#2365 Mensagem por EDSON » Dom Jan 31, 2010 11:29 am

Tupi escreveu:Naquele forum espanhol FMG, o tal do iris, fez uma coletânea de artidos do "la vanguardia" e outros baixando o sarrafo no Brasil e na Minustah.
Os abutres de plantão estão torcendo para as coisas sairem de controle. [002]
No Foro Militar General, os brasileiros ali inscrios têm uma missão hércula pra nos defender de ataques.

O tal Iris nos odeia tanto que deve ter uma organização anti -Brasil.




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Re: Missão de Paz no Haiti

#2366 Mensagem por DELTA22 » Dom Jan 31, 2010 12:09 pm

OESP:

Haiti pede que EUA liderem reconstrução
Embaixador do país em Washington quer ''Plano Marshall'', não ''Plano Lula''

Patrícia Campos Mello

Em um artigo no jornal The Wall Street Journal de ontem, o embaixador do Haiti em Washington, Raymond Joseph, defendeu a implementação de um "Plano Marshall" liderado pelos EUA para a reconstrução do seu país. "Eu pedi uma espécie de Plano Marshall para o Haiti, implementado pela comunidade internacional, sob liderança dos EUA", escreveu Joseph. "O presidente americano, Barack Obama, me prometeu que os EUA estarão ao lado do Haiti no longo prazo."

O Plano Marshall foi o plano de reconstrução da Europa após a 2ª Guerra, liderado pelos EUA. A declaração de Joseph contraria uma proposta do chanceler brasileiro, Celso Amorim, que vem se referindo ao plano de recuperação do Haiti como "Plano Lula" e se opõe à liderança dos EUA e à permanência dos americanos no país no longo prazo.

"Me dá um pouco de aflição essa história de que as imagens têm sempre que vir do exterior. Isso que está ocorrendo aqui na realidade já faz parte do Plano Lula", disse Amorim, no início da semana, em Montreal, durante uma reunião ministerial preparatória para uma conferência de doadores para a reconstrução do Haiti.

Segundo o chanceler brasileiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o primeiro a idealizar uma reunião de doadores para o Haiti. Amorim deixou claro que espera uma grande participação brasileira na reconstrução, que, para ele, não deveria ser liderada pelos EUA. "É muito importante que o Haiti e a ONU sejam donas do programa", disse.

Os EUA têm sido criticados por brasileiros, europeus e ONGs por terem tomado conta do aeroporto haitiano logo após o terremoto e por enviarem um contingente de quase 20 mil soldados para o país. Joseph deixou claro que o protagonismo dos EUA é bem-vindo.

"Os militares dos EUA restabeleceram a ordem no aeroporto de Porto Príncipe e facilitaram as comunicações", escreveu o embaixador hondurenho. Ele citou também um navio hospital, helicópteros e outros equipamentos enviados pelos EUA, além dos 225 mil barris de combustível fornecidos pela Venezuela - mas não fez referência ao Brasil.
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Cof.. cof.. cof... Vou ficar quieto! >>>> Imagem

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Re: Missão de Paz no Haiti

#2367 Mensagem por lelobh » Dom Jan 31, 2010 12:31 pm

Ilya Ehrenburg escreveu:
lelobh escreveu: X2! Disse tudo. Perdemos a oportunidade de reerguer aquele país, e demonstrar para o mundo uma nova forma de liderança... Agora é tarde.
Discordo. Houvéssemos nos imbuído de construir desenfreadamente, hoje, estaria tudo destruído pelo terremoto.
Observem que já se fala em reconstrução, mas em outro local: Porto Príncipe fica quase em cima de uma falha geológica. Para quê construir, para depois... Cair?
Eu, na posse das informações que são de conhecimento público, não vejo mérito algum na falta de iniciativa do nosso governo, quando ela era possível.

Desculpe dizer, mas o que o amigo propõe não me parece muito justo, pois avalia uma ação passada, ou omissão, na posse dos resultados futuros produzidos por tal ação, ou omissão.

De todo o modo respeito seu ponto de vista.

A propósito, quero deixar claro, entendo que nossas forças armadas desempenharam o papel delas, dentro de suas capacidades e de seu objetivo, faltando ação do poder civil. Enfim, águas passadas.




Editado pela última vez por lelobh em Dom Jan 31, 2010 12:37 pm, em um total de 1 vez.
Dom Pedro II, quando da visita ao campo de Batalha, Guerra do Paraguai.

Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."
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Re: Missão de Paz no Haiti

#2368 Mensagem por Edu Lopes » Dom Jan 31, 2010 12:34 pm

Plano Lula!?!?! :shock: :shock: :shock: :shock: :shock: Tá certo...

Olha, se os haitianos não nos querem mais por lá é só mandar a tropa de volta. Danem-se eles.




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Re: Missão de Paz no Haiti

#2369 Mensagem por Centurião » Dom Jan 31, 2010 12:38 pm

Edu Lopes escreveu:Plano Lula!?!?! :shock: :shock: :shock: :shock: :shock: Tá certo...

Olha, se os haitianos não nos querem mais por lá é só mandar a tropa de volta. Danem-se eles.
Concordo. Se os haitianos estão deixando claro que não querem nossa ajuda, voltemos então. Não é uma questão de birra, é somente o fato de não sermos mais desejados por lá. Deixem os americanos ajudarem, enquanto o débito deles não for exorbitante...




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Re: Missão de Paz no Haiti

#2370 Mensagem por Edu Lopes » Dom Jan 31, 2010 12:47 pm

Centurião escreveu:
Edu Lopes escreveu:Plano Lula!?!?! :shock: :shock: :shock: :shock: :shock: Tá certo...

Olha, se os haitianos não nos querem mais por lá é só mandar a tropa de volta. Danem-se eles.
Concordo. Se os haitianos estão deixando claro que não querem nossa ajuda, voltemos então. Não é uma questão de birra, é somente o fato de não sermos mais desejados por lá. Deixem os americanos ajudarem, enquanto o débito deles não for exorbitante...
Pois é, vamos ver até quando vai a generosidade dos EUA:
Milhares de haitianos podem morrer por suspensão de tratamento nos EUA, dizem médicos

Médicos americanos atuando no Haiti alertaram que milhares de pessoas gravemente feridas no terremoto do último dia 12 podem morrer por causa da decisão dos Estados Unidos de suspender os voos que estavam levando os pacientes para tratamento na Flórida.

"A consequência para crianças com o peito esmagado, que estão com ajuda de máquinas para seguir respirando, e também para alguns adultos é que eles vão morrer", disse à BBC o médico americano Barth Green, que está trabalhando em um hospital de emergência montado no aeroporto de Porto Príncipe.

Segundo ele, há centenas de milhares de haitianos gravemente feridos e incapacitados. "Só estamos tentando mandar algumas centenas para os Estados Unidos. É uma questão realmente pequena."

Os militares americanos interromperam os voos na última quarta-feira. Um porta-voz da Casa Branca disse à BBC que a decisão teve "motivos logísticos" e não por causa dos custos, como havia sido noticiado anteriormente.

"Não houve nenhuma decisão política em se suspender os voos de evacuação de pacientes. Esta é uma operação de apoio sem precedentes, com enormes dificuldades logísticas, e estamos tentando lidar com elas em um esforço para retomar os voos", afirmou o porta-voz.

Disputa interna

Mas segundo o jornal americano The New York Times, representantes militares americanos teriam dito que os voos foram suspensos por causa de uma disputa entre quem pagaria pelo tratamento dos haitianos - se o governo federal ou o Estado da Flórida.

"Aparentemente, alguns Estados não querem aceitar a entrada de pacientes haitianos", disse um porta-voz do Comando de Transportes americano.

"Conseguimos gerenciar as missões de evacuação aérea, mas sem um destino, não podemos levar ninguém. Se não temos permissão para levar esses pacientes, ou se ninguém quer cuidar deles, não podemos fazer nada. É simples", disse o porta-voz, que se recusou a dizer quais Estados estão recusando os haitianos.

Um assessor do governo da Flórida disse não saber de hospitais que estivessem rejeitando pacientes.

Na última terça-feira, o governador Charlie Crist, que é republicano, enviou uma carta ao Departamento de Saúde pedindo que o governo federal acione o Sistema Médico Nacional para Desastres, que ormalmente paga para o tratamento de vítimas de catástrofes dentro dos Estados Unidos.

"O sistema de saúde da Flórida está rapidamente chegando a um ponto de saturação, principalmente na área de tratamento de vítimas altamente traumatizadas", diz a carta.

Centenas de pacientes com fraturas na coluna, queimaduras e outros ferimentos graves foram levados para os Estados Unidos desde o terremoto, que deixou até 200 mil mortos.


Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... esml.shtml
O presidente do Haiti quer um Plano Marshall?? Será que ele pensa que a AL é importante para os EUA? Será que esse cara não percebe que não temos a menor importância para eles? Vão continuar na merda.




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