Fórum Defesa Brasil

knigh7 escreveu:

Lord Nauta escreveu:O texto postado pelo Colega Knigh7 demonstra que a artilharia do EB esta sendo dirigida por profissionais competentes. O que falta e eles são as verbas necessárias para a modernização da referida arma.




Sds


Lord Nauta

Eu gostei do texto e pensei igual a você.

Knight7 muito obrigado por ter postado esse texto. Vou precisar de uma semana de estudo para digerir todas essa informações.

Esta história não está bem contada.

Eu era Gerente de Marketing de Produtos Militares da ENGESA quando fomos contatados por um funcionário da Vickers Shipbuilding que nos informou o seguinte: eram um dos 3 fabricantes do obuseiro rebocado tripartite (Alemanha, Grã Bretanha e Itália) FH 70 de 39 calibres. Em função disto resolveram projetar um torre em que pudesse ser montada a massa oscilante deste obuseiro. Esta torre foi projetada com um diâmetro de anel de montagem de tamanho tal que permitisse ser montada até em T-54/55, que eram os menores carros de combate existentes na época.

Em função disto gostariam de oferecer a torre já instalada no chassis do Osório quando este fosse apresentado, pedindo também exclusividade para esta montagem.

Em função disto fui a fabrica da Vickers Shipbuilding em Newcastle para verificar o projeto.

Voltei com os desenhos da mesma para verificar sua instalação no Osório, sendo que em função dos dados que eu tinha levado a Vickers, esta estava convencida de que seria possível faze-lo.

Infelizmente o pessoal da Noricun que estava na ENGESA convenceu a Engenharia de Produtos de que isto era besteira, e o trabalho com a Vickers foi cancelado.

Em função disto, a Vickers fez o projeto de um chassis (não era o chassis do Challenger, como afirma o Senhor Expedito Carlos – pode ter se inspirado em algumas coisas do chassis do Challenger) para receber esta torre e o ofereceu a Verolme.

A Verolme aceitou, fez propaganda disto dentro do EB, e o mesmo foi apresentado na Exposição de Aldershot de Junho 1986 como futuro armamento para o EB.

Infelizmente a concordata da Verolme logo depois liquidou este projeto.

Parecia que com isto o projeto da Vickers estava morto, mas aconteceu um fato que o fez reviver.

Depois do obuseiro rebocado tripartite FH 70, os governos alemão, britânico e italiano, resolveram projetar um obuseiro auto propulsado usando como armamento a massa oscilante do FH 70.

Este projeto, designado como SP-70 (PzH 155-1), altamente sofisticado, teve seu desenvolvimento retardado por mais e mais problemas técnicos, com os custos aumentando de forma desproporcional.

Chegou a tal ponto a insatisfação dos 3 governos com este projeto, que o cancelaram.

A Alemanha partiu para um projeto próprio: PzH 2000, a Italia resolveu continuar com os M109 e a Grã Bretanha o que fez?

Resolveu adotar o projeto da Vickers Shipbuilding (que já estava pronto), como o obuseiro autopropulsado AS 90.

O AS 90 sofreu posteriormente uma repotencialização com a adoção de uma massa oscilante mais moderna designada como ERO (Extended Range Ordnance) de 52 calibres.

Desculpem-me.

Esqueci de por meu nome.

Bacchi

gribel escreveu:

Paisano escreveu:

Pergunta de leigo mesmo:

Qual a diferença desse conjunto todo para esse obus rebocado simplesmente por um caminhão? Me pareceu muita coisa cara para "o mesmo" . Compensa o investimento nessa embalagem?
Quer dizer...pelo que me lembre, nos tempos de EB...o tempo gasto pelas baterias era mais ou menos esse mesmo. Mas como eu só os via em atividades em conjunto, era mais visão C13 da coisa.

Abraços.

ps: me perdoem se minhas lembraças pregam-me "peças", se me entendem....

Gribel, eu não estive no EB, tampouco na artilharia, mas meu guri mais novo sim...

Do pouco que percebo a vantagem não está em uma entrada em posição de tiro muito mais rápida. Mas na mudança de posição e facilidade de deslocamento estratégico.

Artigo muito interessante sobre artilharia de foguetes:

http://rapporter.ffi.no/rapporter/2009/00179.pdf


abraços]

Fantástica explicação Bacchi!!!!!

Muito obrigado

Olha... você, o Helio, Eligio, e o Paulo tem que escrever um livro!!!!

[]s
CB_Lima

Carlos Lima escreveu:Fantástica explicação Bacchi!!!!!

Muito obrigado

Olha... você, o Helio, Eligio, e o Paulo tem que escrever um livro!!!!

[]s
CB_Lima

Obrigado.

Quem sabe.

Bacchi

Carlos Lima escreveu:Fantástica explicação Bacchi!!!!!

Muito obrigado

Olha... você, o Helio, Eligio, e o Paulo tem que escrever um livro!!!!

[]s
CB_Lima

Menos, menos CB_Lima!

Deixo isso para os mestres Bacchi, Paulo, Helio...

eligioep escreveu:

Carlos Lima escreveu:Fantástica explicação Bacchi!!!!!

Muito obrigado

Olha... você, o Helio, Eligio, e o Paulo tem que escrever um livro!!!!

[]s
CB_Lima

Menos, menos CB_Lima!

Deixo isso para os mestres Bacchi, Paulo, Helio...

Que isso amigo... conhecimento como o de voces e a sua experiencia sao coisas que tem que ser documentadas

[]s
CB_Lima

eligioep escreveu:

Carlos Lima escreveu:Fantástica explicação Bacchi!!!!!

Muito obrigado

Olha... você, o Helio, Eligio, e o Paulo tem que escrever um livro!!!!

[]s
CB_Lima

Menos, menos CB_Lima!

Deixo isso para os mestres Bacchi, Paulo, Helio...

Eu "mestre"??? Menos Eligio, menos!!!

Mas se quiser um dia (e quando puder), contar suas histórias no caso dos Blindados alemães e a manutenção de veículos no EB, saiba que a T&D esta sempre de portas abertas para trabalhos de qualidade, como tenho certesa que o seu será.

A propósito, eu o Helio e o Bacchi ja temos um livro escrito, que conta a história dos M3/M3A1 Stuart no Brasil e seus derivados (X1, X1A2, XLF-40, etc...), e que esta quase em fase de diagramação e que deve ser lançado no primeiro semestre do proximo ano. Depois, mais virão


Um forte abraço,
paulo Bastos

Tenho uma duvida , alguém poderia me dizer qual é a quantidade de artilharia disponivel hoje no exercito Argentino, Peruano, Chileno e Venezuelano e de que tipo???
desde já agradeço pela resposta.
Abraços.

Paulo Bastos escreveu:

eligioep escreveu: Menos, menos CB_Lima!

Deixo isso para os mestres Bacchi, Paulo, Helio...

Eu "mestre"??? Menos Eligio, menos!!!

Mas se quiser um dia (e quando puder), contar suas histórias no caso dos Blindados alemães e a manutenção de veículos no EB, saiba que a T&D esta sempre de portas abertas para trabalhos de qualidade, como tenho certesa que o seu será.

A propósito, eu o Helio e o Bacchi ja temos um livro escrito, que conta a história dos M3/M3A1 Stuart no Brasil e seus derivados (X1, X1A2, XLF-40, etc...), e que esta quase em fase de diagramação e que deve ser lançado no primeiro semestre do proximo ano. Depois, mais virão


Um forte abraço,
paulo Bastos

Já tem um comprador aqui...

Reginaldo Bacchi escreveu:Desculpem-me.

Esqueci de por meu nome.

Bacchi

E precisava? CREDO, tanto dado valioso em tão pouco espaço...

Vídeo sobre a evolução da Artilharia de Costa do EB