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Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Dom Jan 02, 2011 4:22 pm
por marcelo l.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Seg Jan 03, 2011 10:45 am
por marcelo l.
A inflação na Inglaterra que utilizou-se do QE2 está fora da meta

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=453963

A taxa de inflação no Reino Unido subiu inesperadamente em Outubro, excedendo o limite do governo de 3%. O governador do Banco de Inglaterra, Mervyn King, teve que escrever uma carta ao ministro das Finanças a explicar evolução do indicador.
O índice de preços no consumidor aumentou 3,2% no mês passado, quando comparado com o período homólogo de 2009, anunciou hoje o Office for National Statistics. A subida superou as expectativas dos economistas inquiridos pela Bloomberg e iguala a inflação de Julho depois de um máximo de 17 meses fixado em Abril passado (3,7%).

Face ao mês de Setembro, os preços subiram 0,3%. Esta trajectória deve-se, em grande parte, ao aumento dos custos da gasolina e do gasóleo, segundo a Bloomberg.

O decisor político do Banco de Inglaterra, Martin Weale, disse ontem que a inflação "pode subir ainda mais" nos próximos meses e, na semana passada, King apresentou as previsões económicas mostrando que a inflação pode ser superior à meta do banco de 2% até 2011.

A evolução deste indicador em Outubro obrigou o governador do Banco de Inglaterra a escrever ao ministro das Finanças pela quarta vez este ano. Este ritual processa-se a cada três meses, quando a taxa de inflação se desvia da meta governamental em mais de um ponto percentual.


E por que eles não estão nem aí??

http://economico.sapo.pt/noticias/banco ... 03951.html

A instituição liderada por Mervyn King considera que, neste momento, a probabilidade dos preços subirem ou descerem acima do seu objectivo de 2% é idêntica.

Ainda assim, no relatório trimestral sobre inflação hoje divulgado, o Banco de Inglaterra avança com uma projecção de 1,5%, para a evolução dos preços, até ao final de 2012. Nesse período, o PIB britânico deve crescer em torno de 3,2%, segundo o mesmo documento.

No entanto, no curto prazo, o banco central admite que os preços se situem acima de 3% ao longo de 2011. Aliás, em Setembro a inflação no Reino Unido superou essa barreira pelo sétimo mês consecutivo ao fixar-se em 3,1%.

Isto numa altura em que os juros no país estão no mínimo histórico de 0,5% e que está no terreno um programa de compra de título de dívida, por parte do Banco de Inglaterra, no valor de 200 mil milhões de libras (233,3 mil milhões de euros).

Em reacção, a moeda inglesa ganhava terreno ao dólar pela primeira vez em quatro sessões, após a divulgação do relatório do banco central. A libra avançava agora 0,56% para valer 1,6073 dólares em Londres.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Seg Jan 03, 2011 3:10 pm
por marcelo l.
http://www.nytimes.com/2011/01/02/business/02view.html

Sorry to bother you. I know you are busy. But I have the sense that you could use a few words of advice.

In a matter of days, Republicans will control the House of Representatives and have a larger voting bloc in the Senate. If economic policy is to make any progress over the next two years, you really will have to be bipartisan. To do so, you’ll need to get inside the heads of the opposition.

I am here to help. As a sometime adviser to Republicans, I’d like to offer a few guidelines to understanding their approach to economic policy. Follow these rules of thumb and your job will be a lot easier.

FOCUS ON THE LONG RUN Charles L. Schultze, chief economist for former President Jimmy Carter, once proposed a simple test for telling a conservative economist from a liberal one. Ask each to fill in the blanks in this sentence with the words “long” and “short”: “Take care of the ____ run and the ____ run will take care of itself.”

Liberals, Mr. Schultze suggested, tend to worry most about short-run policy. And, indeed, starting with the stimulus package in early 2009, your economic policy has focused on the short-run problem of promoting recovery from the financial crisis and economic downturn.

But now it is time to pivot and address the long-term fiscal problem. In last year’s proposed budget, you projected a rising debt-to-G.D.P. ratio for as far as the eye can see. That is not sustainable. Conservatives believe that if the nation credibly addresses this long-term problem, such a change will bolster confidence and have positive short-run effects as well.

Fortunately, the fiscal commission you appointed assembled a good set of spending and tax reforms. The question you now face is whether to embrace their sensible but politically difficult proposals in your own budget.

THINK AT THE MARGIN Republicans worry about the adverse incentive effects of high marginal tax rates. A marginal tax rate is the additional tax that a person pays on an extra dollar of income.

From this perspective, many of the tax cuts you have championed look more like tax increases. For example, the so-called Making Work Pay Tax Credit is phased out for individuals making more than $75,000 a year. That is, because many Americans lose some of the credit as they earn more, the credit reduces their incentive to work. In effect, it is an increase in their marginal tax rate.

From the standpoint of incentives, a tax cut is worthy of its name only if it increases the reward for earning additional income.

STOP TRYING TO SPREAD THE WEALTH Ever since your famous exchange with Joe the Plumber, it has been clear that you believe that the redistribution of income is a crucial function of government. A long philosophical tradition supports your view. It includes John Rawls’s treatise “A Theory of Justice,” which concludes that the main goal of public policy should be to transfer resources to those at the bottom of the economic ladder.

Many Republicans, however, reject this view of the state. From their perspective, it is not the proper role of government to fix the income distribution in an attempt to achieve some utopian vision of fairness. They believe, instead, that in a free society, people make money when they produce goods and services that others value, and that, as a result, what they earn is rightfully theirs.

This view also has a long intellectual tradition. The libertarian philosopher Robert Nozick has suggested revising the old leftist slogan “From each according to his ability, to each according to his needs” to “From each as they choose, to each as they are chosen.”

SPREAD OPPORTUNITY INSTEAD Despite their rejection of spreading the wealth, Republicans recognize that times are hard for the less fortunate. Their solution is not to adjust the slices of the economic pie, as if they had been doled out by careless cutting, but to expand the pie by providing greater opportunity for all.

Since the mid-1970s, the gap between rich and poor has grown considerably. One of best analyses of this long-term trend is by the Harvard economics professors Claudia Goldin and Lawrence Katz in their book, “The Race Between Education and Technology.” The authors conclude that widening inequality is largely a symptom of the educational system’s failure to provide enough skilled workers to keep up with the ever increasing demand.

Educational reform, therefore, should be a high priority. To be sure, this is easier said than done. But research suggests that one key is getting rid of bad teachers. In a recent study, the economist Eric Hanushek says that “replacing the bottom 5 to 8 percent of teachers with average teachers could move the U.S. near the top of international math and science rankings.”

DON’T MAKE THE OPPOSITION YOUR ENEMY Last month, when you struck your tax deal with Republican leaders, you said you were negotiating with “hostage takers.” In the future, please choose your metaphors more carefully.

Republicans are not terrorists. They are not the enemy. Like you, they love their country, and they want what is best for the American people. They just have a different judgment about what that is.

Let me propose a New Year’s resolution for you: Have a beer with a Republican at least once a week. The two of you won’t necessarily agree, but you might end up with a bit more respect for each other’s differences.

N. Gregory Mankiw is a professor of economics at Harvard. He was an adviser to President George W. Bush.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Jan 05, 2011 9:30 am
por soultrain
Por acaso em relação a essa noticia achei interessante esta:

27/12/2010
Sua reação ao olhar dos outros revela suas preferências políticas
Redação do Diário da Saúde

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Conservadores e liberais

É desnecessário dizer que conservadores e liberais veem o mundo de formas diferentes.

Mas uma nova pesquisa realizada na Universidade de Nebraska-Lincoln, nos EUA, sugere que há nisto uma verdade mais literal do que se possa imaginar.

No estudo, os pesquisadores mediram a reação de pessoas de correntes políticas diferentes às chamadas "pistas do olhar" - a tendência de uma pessoa em desviar a atenção para uma direção coerente com os movimentos dos olhos de outra pessoa, mesmo que isto seja irrelevante para o que ela está fazendo no momento.

Os resultados mostraram que conservadores seguem as pistas do olhar do interlocutor de uma forma e os liberais de outra.

Seguindo o olhar

Os liberais responderam fortemente aos alertas, deslocando constantemente sua atenção no sentido sugerido a eles por um rosto na tela do computador.

Já os conservadores não foram tão solícitos e praticamente não acompanharam o olhar do interlocutor.

Mas por quê a diferença?

Os pesquisadores sugerem que a importância que os conservadores dão à autonomia pessoal pode torná-los menos propensos a ser influenciados por outros e, portanto, menos sensíveis aos alertas visuais.

"Nós achávamos que o temperamento político poderia moderar a magnitude dos efeitos das dicas do olhar, mas não esperávamos que os conservadores fossem completamente imunes a esses estímulos," disse Michael Dodd, um dos autores do estudo.

Já os liberais podem ter seguido as pistas do olhar porque eles tendem a ser mais sensíveis aos outros, sugere o estudo.

Negociações políticas

"Este estudo fornece basicamente mais uma evidência de que liberais e conservadores percebem o mundo, e processam as informações recolhidas nesse mundo, de maneiras diferentes," disse Kevin Smith, coautor do trabalho.

"Entender exatamente porque as pessoas têm perspectivas políticas tão diferentes e onde essas diferenças se originam pode nos ajudar a compreender melhor as raízes de muitos conflitos políticos," prossegue.

Tradicionalmente, os cientistas políticos têm creditado as diferenças de orientação política unicamente às forças ambientais, mas este estudo mostra o papel potencial do viés cognitivo - de onde quer que ele possa vir - como uma área relevante de investigação.

"Fazer as coisas na política depende de que pontos de vista antagônicos encontrem um terreno comum," disse Smith. "Nossa pesquisa sugere que isto é muito mais difícil do que parece, pois o mesmo pedaço de terra pode ser muito diferente dependendo de qual colina ideológica você olha para ele."
Ou seja, os Republicanos são egoístas, não são de fiar!!!!

[[]]'s

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Jan 05, 2011 3:27 pm
por P44
os conservadores não gostam de olhar nos olhos porque quando se mente evita-se olhar nos olhos das outras pessoas :twisted:

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qui Jan 06, 2011 11:33 pm
por soultrain
Pimco: "Investidores devem recear consequências dos gastos descuidados dos EUA"
05 Janeiro 2011 | 14:49
Sara Antunes - saraantunes@negocios.pt
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A Pacific Investment Management (Pimco) aconselha os investidores a apostarem em empresas dos mercados emergentes, já que devem temer os gastos "descuidados" dos EUA e o seu défice orçamental elevado.
“O problema é que os políticos e cidadãos não têm uma visão clara dos custos de um provável persistente défice anual de biliões de dólares”, afirma Bill Gross, co-fundador e co-CEO da Pimco numa nota de análise hoje divulgada.

“Enquanto o mercado bolsista recupera e o mercado de trabalho continua a crescer, há uma convicção de que está tudo bem e que as ‘velhas’ regras vão regressar. Não parece. Vai haver muita dor”, alerta Bill Gross.

“Todos os investidores devem recear as consequências de gastos descuidados dos EUA” que têm levado a que o défice do país continue a aumentar, adianta o responsável.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sex Jan 07, 2011 3:40 am
por Sterrius
o peso dessa nova divida so vai se mostrar durante os proximos anos conforme os orçamentos se tornam cada vez mais apertados ao inves de folgados.

Não é um pulo no abismo, é uma descida ladeira abaixo. O quão rapido essa decida vai ser depende da capacidade administrativa. Parar? Não tão cedo ou rapido.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Seg Jan 10, 2011 12:05 pm
por P44
Portugal bailout talk hits stocks, euro
Concerns escalate as Portugal prepares to tap bond investors later in the week


Pan Pylas, AP Business Writer, On Monday January 10, 2011, 6:20 am EST

LONDON (AP) -- Europe's debt crisis returned to the fore of investor concerns on Monday amid reports Portugal is facing mounting pressure to accept an aid package to prevent contagion to other countries.

Stocks in Europe have fallen sharply as Portugal's market borrowing rates have jumped higher in the wake of the renewed bailout talk.

In Europe, the FTSE 100 index of leading British shares was down 20.60 points, or 0.3 percent, at 5,963.73 while Germany's DAX fell 41.47 points, or 0.6 percent, at 6,906.37. The CAC-40 in France was 47.02 points, or 1.2 percent, lower at 3,818.56.

As stocks dropped, the yield on Portugal's ten-year bonds rose nearly half a percentage point to 7.14 percent. That's unsustainable in the medium-term and comes ahead of an auction of euro1.25 billion in three year and nine year bonds on Wednesday.

The yields' spike higher follows a report in German newspaper Der Spiegel that France and Germany are pressing Portugal to tap a European rescue fund to keep the crisis from spreading to much-bigger Spain. Portugal denies it needs to do so but that doesn't mean it won't, if recent experience is anything to go by.

Analysts said there are distinct echoes of what went on with Ireland just a couple of months ago. Before Ireland was forced to accept a rescue from its partners in the European Union and the International Monetary Fund, there were numerous reports suggesting that Germany, in particular, was pressuring Dublin to take the funds to stop the crisis spreading. The Irish government also insisted it didn't need any help before eventually accepting a euro67.5 billion bailout.

"It therefore seems reasonable to suppose that events will move rapidly this week as the authorities work to put together a credible support mechanism," said Simon Derrick, a senior analyst at Bank of New York Mellon. "A failure to do so would, of course, send an extremely negative message to the markets."

Finance ministers of the 17 countries that use the euro are set to meet next Monday in Brussels. Before then, however, is Wednesday's Portuguese bond auction, which will be a key test of investor sentiment.

On Thursday, Spain and Italy are also scheduled to sell bonds and the big worry in Europe's capitals is that Spain, in particular, will be dragged into the mire.

The prevailing view in the markets is that Europe will be able to rescue Portugal but that emergency support for Spain would test the limits of the existing bailout fund, potentially putting the euro project in jeopardy if governments don't put up more cash. Spain makes up around 10 percent of the eurozone economy, whereas Greece, Ireland and Portugal only account for around 2 percent each.

Against this backdrop, the euro is foundering -- by late morning London time, it was down modestly on the day at $1.29, meaning it has fallen around 5 cents so far this year.

U.S. stocks were also poised to open lower after ending last week on the backfoot following a fairly disappointing U.S. jobs report for December -- Dow futures were down 27 points at 11,619 while the broader Standard & Poor's 500 futures fell 2.7 points to 1,267.50.

The pace of the U.S. economic recovery has been the main focus of attention so far this year and will continue to affect investor sentiment this week alongside developments in Europe's debt crisis.

"In the U.S., plenty of key data at the end of the week (industrial production, retail sales) should support the notion of a 'stronger' recovery despite a tepid jobs report last Friday," said Neil MacKinnon, global macro strategist at VTB Capital.

Earlier in Asia, China's Shanghai Composite index fell 1.7 percent to 2,791.81, while Hong Kong's Hang Seng dropped 0.7 percent to 23,527.26. South Korea's benchmark Kospi fell 0.3 percent to 2,080.81.

Financial markets in Japan were closed Monday for a national holiday. The Nikkei 225 stock average, Asia's largest, rose Friday to a fresh eight-month high of 10,541.04.

Benchmark oil for February delivery pared earlier gains of more than $1 but was still 68 cents higher to $88.71 a barrel in electronic trading on the New York Mercantile Exchange.

AP Business Writer Kelly Olsen in Seoul contributed to this report.


http://finance.yahoo.com/news/Portugal- ... et=&ccode=

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Jan 11, 2011 10:47 am
por P44
A única dúvida tem a ver com a data
Preparativos para ajuda do FMI a Portugal já começaram

11.01.2011 - 07:30 Por Isabel Arriaga e Cunha, Bruxelas

Apesar dos desmentidos que foram ontem emitidos por várias capitais europeias sobre a iminência de um recurso de Portugal ao Fundo de Estabilidade do euro e ao FMI, os preparativos técnicos para essa eventualidade prosseguiam muito confidencialmente, podendo gerar uma primeira discussão formal entre os ministros das Finanças da zona euro já na próxima semana.

Os Governos alemão, francês e espanhol, a par da Comissão Europeia, negaram estar a exercer qualquer tipo de pressão sobre Portugal para pedir a assistência financeira do Fundo de Estabilidade do euro (EFSF na sigla inglesa), como foi relatado por vários jornais europeus. Mas, de acordo com o que o PÚBLICO apurou, as discussões prosseguem muito discretamente ao nível técnico sobre o que poderão vir a ser os termos e as necessidades de uma assistência a Portugal, por enquanto estimada entre 60 e 100 mil milhões de euros.

Estas questões deverão ser analisadas hoje pelo comité económico e financeiro europeu, a estrutura encarregada de preparar as reuniões dos ministros das finanças dos Dezassete países da zona euro da próxima segunda-feira, e dos Vinte e Sete da União Europeia (UE) no dia seguinte. "O tema não está formalmente na agenda, mas vai quase seguramente ser discutido", afirmou um diplomata europeu, o que foi confirmado por outro.

Ambos garantiram, por outro lado, que Portugal vai estar no centro das discussões dos ministros do euro na segunda-feira à noite.

O desenrolar deste processo, e o ritmo das decisões europeias, dependerá muito do que acontecer amanhã, quando o Governo for ao mercado da dívida colocar entre 750 e 1250 milhões de euros em títulos. Uma eventual dificuldade em encontrar comprador, ou uma subida exagerada dos prémios de risco exigidos, não permitirá ao Governo continuar a resistir à ajuda, e acelerará o processo de activação do EFSF.

Tal como o PÚBLICO tem vindo a relatar, a pressão sobre Portugal para pedir assistência externa acentuou-se desde Novembro, altura em que vários países começaram a defender uma activação do EFSF simultânea com a da Irlanda, de modo a travar o risco de contágio da crise da dívida soberana à Espanha e outras economias de maior dimensão.

A pressão cresceu ao longo das três reuniões do eurogrupo em que o tema foi abordado no quadro dos esforços de resolução da crise da dívida soberana. Na última destas ocasiões, no início de Dezembro, a pressão foi exercida por praticamente todos os países da moeda única, com excepção, porventura, da Espanha. Em todas, Teixeira dos Santos resistiu firmemente, embora com cada vez maiores dificuldades, segundo relataram ao PÚBLICO vários diplomatas.

As mesmas fontes precisaram, por outro lado, que é sobretudo o primeiro-ministro, José Sócrates, que assume a linha da frente da resistência, com o argumento de que o seu Governo poderá não resistir à entrada do FMI em Portugal. O Governo irlandês, que teve de activar o EFSF no fim de Novembro, viu-se obrigado a convocar eleições para Fevereiro.

A pressão sobre Portugal só não se tornou desde logo insustentável porque os países do euro estão ao corrente da impossibilidade constitucional de operar qualquer mudança de Governo antes de 9 de Março, por causa das eleições presidenciais. O que os levou a temer criar uma situação de vazio político no país no momento da negociação da assistência financeira, o que poderia agravar ainda mais a instabilidade da moeda única.

Em contrapartida, Teixeira dos Santos é visto como mais conciliador - da mesma forma que o seu homólogo irlandês, Brian Lenihan, se resignou mais depressa à assistência externa do que o primeiro-ministro, Brian Cowen - "porque percebe melhor o que está em causa", afirmou um destes diplomatas.

Em Bruxelas e em várias capitais, aliás, o recurso de Portugal ao EFSF já não está em questão e a única dúvida que persiste tem a ver com o calendário. Se o processo não for formalmente lançado na próxima semana, poderá ser abordado pelos chefes de Estado ou de Governo de 4 de Fevereiro.

Ontem, a Comissão Europeia negou a existência de quaisquer preparativos para uma ajuda a Portugal, frisando que o país está a fazer tudo o que se comprometeu em termos de redução do défice orçamental e de reformas estruturais, uma mensagem que foi repetida em Paris, Berlim e Madrid. "Não há quaisquer discussões neste sentido e não estão sequer previstas nesta fase (...) para Portugal ou qualquer outro país", afirmou o porta-voz da Comissão para os Assuntos Económicos e Financeiros.

"Portugal não precisará de qualquer ajuda externa" porque "está a cumprir todos os seus compromissos", garantiu, por seu lado, Elena Salgado, ministra espanhola das Finanças.

http://economia.publico.pt/Noticia/prep ... am_1474608

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Jan 12, 2011 6:06 pm
por Penguin
12/01/2011 - 13h03
Em tom jocoso, coluna do 'FT' diz que Mantega deve 'cair na real' e parar de criticar EUA
http://economia.uol.com.br/ultimas-noti ... tion=print

Personificando presidente do BC americano 'de mentirinha', coluna discorda de críticas de Mantega à política monetária dos EUA.
Uma coluna do diário financeiro britânico Financial Times publicou nesta quarta-feira, em tom de brincadeira, uma falsa carta do presidente do Banco Central americano, Ben Bernanke, ao ministro da Fazenda, Guido Mantega.
No texto da coluna Lex, o "falso" Bernanke diz que Mantega precisa "cair na real" e parar de criticar a política monetária americana. A coluna sugere que o Brasil também se beneficia das decisões dos EUA e, que, por consequência, as críticas de Mantega seriam injustas.
"O afrouxamento monetário é simplesmente uma forma de política monetária e as taxas de juros nos EUA estão baixas porque nossa economia está mais fragilizada que a sua. Quando o ambiente melhorar, enxugaremos a economia", diz o texto.
"O senhor não está exatamente sofrendo aí embaixo. Ou há algo mais preocupando o senhor que os mercados ainda não sabem?", diz a "carta".
Entrevista
Na última segunda-feira, o FT publicou uma entrevista com o ministro brasileiro, no qual Mantega acusou os Estados Unidos e a China de manter artificialmente baixas as suas taxas de câmbio.
No caso americano, a política do Federal Reserve, o BC americano, de manter uma quantidade maior de dinheiro em circulação para reativar a economia tem levado à desvalorização do dólar e reforçado a competitividade das exportações americanas.
Como consequência, a balança comercial brasileira com os EUA passou de um superavit anual de cerca de US$ 15 bilhões (R$ 25 bilhões) para um deficit de US$ 6 bilhões (R$ 10 bilhões).
Mantega, que cunhou o termo "guerra cambial" para designar as políticas de manutenção das taxas de câmbio, disse na entrevista que a economia global corre o risco de entrar em uma "guerra comercial" por conta das medidas.
Divergências
Discordando de Mantega nas críticas aos EUA, os editorialistas da coluna Lex, no entanto, concordam com o ministro brasileiro nas críticas à China.
O falso "Bernanke" sustenta que a chamada política de afrouxamento monetário do Fed não tem intenção de criar uma suposta guerra cambial, mas de manter os juros baixos para ajudar empresas e impulsionar o mercado imobiliário americanos.
"Se a diferença nas taxas de juros (entre EUA e Brasil) repentinamente virarem em nosso favor, os investidores podem parar de achar tão atrativo investir nos ativos brasileiros", argumenta o artigo.
"E o senhor na verdade precisa deste dinheiro temporário para ajudar a elevar o baixo nível de investimento, hoje um quinto do PIB, e equilibrar seu déficit em conta corrente."
Sobre a China, o "Bernanke" de brincadeira agradece a Mantega por também criticar a política chinesa de manter o yuan baixo.
"No fim das contas, o real está forte porque os preços das commodities estão altos, e isto se deve ao fato de a moeda chinesa estar sendo mantida artificialmente baixa."

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Jan 12, 2011 6:37 pm
por Bourne
Sobre a "Guerra Cambial" todo mundo sabe. No momento é cada um por si começando por China e EUA.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Jan 12, 2011 6:59 pm
por marcelo l.
Bourne escreveu:Sobre a "Guerra Cambial" todo mundo sabe. No momento é cada um por si começando por China e EUA.
E por que muitos economistas no Brasil negam que exista uma guerra cambial ou comercial??

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qui Jan 13, 2011 9:17 am
por Bourne
Quem nega? :shock:

O encontro em Seul foi sobre guerra cambial e regulação do sistema financeiro. Quem dizia que não ficou quieto ou repensa a sua estratégia de argumentação pós crise de 2008/2009.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qui Jan 13, 2011 2:29 pm
por marcelo l.
Bourne escreveu:Quem nega? :shock:

O encontro em Seul foi sobre guerra cambial e regulação do sistema financeiro. Quem dizia que não ficou quieto ou repensa a sua estratégia de argumentação pós crise de 2008/2009.

Alexandre Schwartsman é um deles, se procurar vai encontrar mais gente todas ligas a certo pensamento economico que até QE2 não é emissão de moeda...

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qui Jan 13, 2011 2:37 pm
por Bourne
Esse é o pensamento neoclassica que perdeu a batalha em dentro do governo e nos debates.

Se perguntar para eles vão dizer que o câmbio depende da produtividade. O resto não funciona ou é irrelevante.