Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1

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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1

#226 Mensagem por Brasileiro » Qua Jan 16, 2013 12:10 pm

Sim, a TMI atual aparentemente pode receber um lançador até mais ou menos uns 4 metros mais alto. Mas os problemas são as 'placas' de adaptação da TMI, que contornam o foguete, permitindo o acesso dos técnicos, que deveria ser adaptada. Outra adaptação deveria envolver a mesa de lançamento, o que poderia ser resolvido com uma interface removível, tipo um anel metálico, que seria adicionada para a operação de boosters maiores e com outros formatos.

Outra coisa que poderia ser mudada na mesa de lançamento é a altura dela em relação ao solo. Não sei se ela precisa ser tão alta assim, mas ganharíamos mais uns 3 ou 4 metros se ela fosse abaixada até os defletores se aproximarem do chão, onde existiriam "ralos" escavados de modo a direcionar o gás quente, protegendo a torre de escape.

É complicado, são obras que talvez interditariam a TMI por um ano, não sei se fariam isso. Enquanto isso, o VLM poderia ser lançado em uma estrutura provisória, içado com guindastes, mesmo assim, acho difícil. Mais fácil imaginar construindo uma estrutura complexa e nova do que fazendo isto.


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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1

#227 Mensagem por LeandroGCard » Qua Jan 16, 2013 3:01 pm

Toda esta infra-estrutura já existe em Kourou, provavelmente o mais fácil seria mandar logo o terceiro estágio para lá. Se os motores maiores do primeiro e do segundo estágio vão ser feitos na Itália, qual a vantagem de fazer o lançamento daqui? Na verdade, porquê ainda queremos fazer qualquer foguete afinal, porquê não nos concentramos nos satélites e sondas e contratamos os lançamentos no estrangeiro de uma vez, ficando apenas com os foguetes menores que já temos e o novo VLM? Do ponto de vista do desenvolvimento tecnológico nacional isso seria muito mais útil ao país, a tecnologia de foguetes em si já deu o que tinha que dar neste aspecto.

Este é o grande problema do programa espacial brasileiro, não sabemos o que queremos com ele e por isso a cada hora aparece uma proposta diferente. Assim nenhuma decisão de investimento é sequer possível.


Leandro G. Card




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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1

#228 Mensagem por Brasileiro » Qua Jan 16, 2013 4:28 pm

Bom, a Coréia do Sul e Índia também compraram motores para seus foguetes, e de certa forma dependeram ou dependem deles para fazer avançar seus programas espaciais. Se nós recebermos algo em troca quanto à adoção destes motores ou mesmo que isto impulsione algo a ser feito aqui, acho que deveria ser feito.

Por outro lado, se isto pode nos colocar num patamar de exportadores de motor foguete de propulsão líquida para versões melhoradas do Vega, e quem sabe até isto abra portas para cooperar em outros projetos, também é positivo. É claro que todos nós preferiríamos ver um foguete, por exemplo, como o Gama e Epsilon sendo fabricados totalmente aqui.



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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1

#229 Mensagem por LeandroGCard » Qua Jan 16, 2013 5:28 pm

Brasileiro escreveu:Bom, a Coréia do Sul e Índia também compraram motores para seus foguetes, e de certa forma dependeram ou dependem deles para fazer avançar seus programas espaciais. Se nós recebermos algo em troca quanto à adoção destes motores ou mesmo que isto impulsione algo a ser feito aqui, acho que deveria ser feito.
A índia fez isso lá atrás, na década de 80, e dentro de um programa nacional de desenvolvimento de foguetes muito sério, visando objetivos bem claros que foram perseguidos com afinco. Eles sabiam o que queriam e correram atrás. Nós não sabemos sequer o que queremos, por isso corremos cada hora para um lado. Este é o nosso grande problema.

Já a Coréia do Sul por enquanto não mostrou ao que veio neste campo (pelo que se fala em boa parte por pressão contra dos EUA). A principal preocupação deles é manter uma base de tecnologia de mísseis para equilibrar a Coréia do Norte, e o foguete lançador de satélites dela é um brinquedo caro também sem muita aplicação como o VLS, com o primeiro estágio russo e usando como segundo estágio um motor desenvolvido com a tecnologia de mísseis que eles já possuem. Por hora o histórico deles é bem semelhante ao nosso (com exceção dos prazos, pois os nossos são imbatíveis em termos de extensão :cry: ), com duas tentativas e duas falhas em 3 anos. Eles não são exemplo para nós.
Por outro lado, se isto pode nos colocar num patamar de exportadores de motor foguete de propulsão líquida para versões melhoradas do Vega, e quem sabe até isto abra portas para cooperar em outros projetos, também é positivo. É claro que todos nós preferiríamos ver um foguete, por exemplo, como o Gama e Epsilon sendo fabricados totalmente aqui.
Já existem fornecedores de motores deste tipo (principalmente a Rússia e os EUA), e se entrarmos será em mercados marginais. Mesmo se vendermos 10 estágios por ano durante 50 anos o ganho financeiro jamais cobrirá os gastos de desenvolvimento. E em termos de avanço tecnológico também não ganharemos praticamente nada, o desenvolvimento de motores foguete hoje não cria mais novas tecnologias (ou os motores ficam com seu preço fora da realidade), eles usam as tecnologias já disponíveis, mesmo que isso implique em perda de desempenho.

Na atualidade o desenvolvimento tecnológico e o ganho financeiro não são mais justificativas plausíveis para investir no domínio da tecnologia de foguetes (satélites são outra história). Quem tem tem, quem não tem não vai atrás por estes motivos, simplesmente contrata os serviços. Ou existe interesse estratégico (ou seja, militar) ou em marketing nacional (o que nossa sociedade não aceita bem nesta, somos o país do futebol e não do espaço :roll: ), e nenhum destes dois objetivos pode ser atingido comprando-se os foguetes prontos para o lançamento.


Um abraço


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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1

#230 Mensagem por BrasileiroBR » Qui Jan 24, 2013 9:54 am

Llegó una torre para el Tronador II

En la tarde del miércoles llegó al hangar 7 de la Base Punta Indio una plataforma de 24 metros que servirá para las pruebas de prototipo que se desarrollarán para alcanzar el vector del Tronador II, proyecto en el que trabajan la CONAE e Ingeniería de la Universidad de La Plata.

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Con el presente desarrollo del Tronador II como lanzadera espacial, la Argentina cerrará el ciclo de desarrollo tecnológico espacial y podrá ingresar en el club de países que disponen de vehículos espaciales propios; en la actualidad tan sólo ocho países cuentan con lanzadores de satélites, además de Estados Unidos: Rusia, Japón, Francia (Unión Europea), China, India, Pakistán, Israel y Corea del Norte. La meta que se han propuesto los científicos argentinos es fabricar un cohete de 33 metros de longitud y de aproximadamente 64 toneladas de peso; el mismo, que ya se perfila como futuro primer vehículo espacial de América del Sur, será un vehículo de trayectoria controlada para lo que dispondrá de los correspondientes sistemas de navegación, de guiado y control, diseñados y construidos en el país con el objetivo de actuar de manera confiable, segura, barata e independiente.

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:roll:




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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1

#231 Mensagem por Boss » Qui Jan 31, 2013 6:40 pm





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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1

#232 Mensagem por Brasileiro » Dom Fev 17, 2013 2:03 pm

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TMI com mesa de lançamento modificada para o VLM-1.



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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1

#233 Mensagem por Brasileiro » Seg Mar 04, 2013 3:33 pm

Área de lançadores deverá ter empresa integradora

Qua, 27 de Fevereiro de 2013 17:53
Escrito por Leandro Duarte

O Brasil deverá contar em breve com uma empresa integradora para a área de lançadores. Ela será constituída por meio de uma parceria público-privada (PPP) nos moldes da Visona Tecnologia Espacial S.A, instituição que será responsável pela construção do primeiro Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). A informação foi dada ontem (25), pelo presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Coelho, em entrevista exclusiva à Agência Gestão CT&I de Notícias.

comerciais de satélitesCom a criação da empresa, o país terá a capacidade para fazer lançamentos comerciais de satélites. De acordo com Coelho, as conversas estão adiantadas. No entanto, para não atrapalhar o processo de desenvolvimento da nova instituição, ele não quis citar os nomes das empresas envolvidas nas negociações. O presidente informou que organizações de grande porte estão à frente das discussões para integrar a empresa de lançadores.

“A maioria das empresas grandes estão pensando nisso. Ao ver que na área de satélites está começando a funcionar, é natural que na área de lançadores também apareçam iniciativas como essa. Empresas grandes que desejam se tornar empresas integradoras”, afirmou.

A nova empresa terá ações integradas com o Programa Espacial Brasileiro (PEB). Ela deverá trabalhar com as iniciativas que já estão bem caminhadas, em conjunto com a área executora do PEB que é o Departamento de Ciência e Tecnologia da Aeronáutica (DCTA) e a AEB. Segundo Coelho, os atos iniciais da entidade estarão focados no término do Veículo Lançador de Satélites (VLS).

O presidente da AEB também destacou que a atuação do governo brasileiro na nova empresa é fundamental. Ele destacou que a área espacial ainda não desponta como um setor de negócios que dê grandes retornos para as empresas. O auxilio governamental viria, em sua maioria, para a infraestrutura tanto na parte física quanto na laboratorial.

Sobre a possibilidade de sucesso da empresa integradora, o presidente da AEB é enfático. “Se o país conseguir elencar objetivos e escolher prioridades importantes, em breve terá os primeiros lançamentos com equipamentos brasileiros”, disse.

Benefícios

Além de possibilitar que o Brasil tenha autonomia no acesso ao espaço, a capacidade de desenvolver foguetes permitirá que o país assegure um lugar no seleto e bilionário mercado de lançamento de satélites.

O Brasil tem grandes possibilidades nesta área devido às vantagens comerciais possibilitadas pela localização do Centro de Lançamento Alcântara (CLA). Situado a 2,2 graus da linha do equador, cada lançamento feito a partir do CLA pode valer até 30% menos que em outros centros instalados no resto do mundo, especialmente por causa da economia de combustível

Fonte: Agência Gestão CT&I
http://panoramaespacial.blogspot.com.br ... dores.html



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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1

#234 Mensagem por rodrigo » Ter Mar 05, 2013 12:02 pm

Celso Amorim anuncia para “muito breve” a retomada dos voos do VLS

São José dos Campos (SP), 25/02/2013 – O Brasil retomará o projeto de lançamentos de satélites e microssatélites para “muito breve”. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, durante aula magna para 124 alunos aprovados no curso do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Segundo Amorim, “projetamos a retomada dos voos do VLS [Veículo Lançador de Satélite], já que neste ano terá seu primeiro ensaio elétrico”.

“Na sequência teremos o lançamento do VLM [Veículo Lançador de Microssatélite]. Nesses e em outros programas que envolvem a cooperação junto a parceiros do mundo desenvolvido, o princípio do fortalecimento tecnológico da base industrial brasileira constitui uma referência permanente”, explicou o ministro sem querer determinar prazo para a retomada.

Amorim iniciou a palestra para os alunos explicando que por sua formação na área de humanas poderia cair em lugar comum com um discurso para estudantes que têm a base nas ciências exatas. Por isso, conforme explicou, convidou-os a uma reflexão sobre como a política de defesa brasileira “pode se preparar para os desafios futuros”.

“Assim, ainda que vocês não estejam particularmente interessados pela política mundial, saibam que a política mundial se interessará pelos progressos que vocês farão”, disse.

A partir daí, Celso Amorim foi expondo para os acadêmicos os movimentos de formação de blocos econômicos e políticos. O ministro lembrou da criação do Mercosul, em 1991, quando Brasil, Argentina, Chile e Uruguai se uniram para intensificar o comércio e interagir suas cadeias produtivas, passando a contar com a Venezuela, no ano passado, e a Bolívia que em breve deverá se integrar ao bloco.

O ministro destacou mais recentemente a União das Nações Sul-Americanas (Unasul), que expandiu a integração para o campo político. Segundo Amorim, a decisão de criar a Unasul levou em consideração o fato de que o mundo é atualmente organizado ao redor de grandes blocos.

“A União Europeia, apesar de todas as dificuldades por que tem passado, é, evidentemente, um grande bloco; os Estados Unidos são um bloco em si; o mesmo ocorre com a China e, até certo ponto, com a Índia; outras regiões, embora em estágios distintos de integração, tratam de agrupar-se, como a União Africana e a Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean)”, explicou.

Celso Amorim entremeou a palestra entre o improviso e o texto preparado para a aula magna. Durante pouco mais de 50 minutos, o ministro destacou a aproximação do Brasil com a África, bem como a integração das nações sul-americanas com o Caribe e a América Central.

No discurso, mencionou a participação das Forças Armadas nas missões de paz sob liderança da Organização das Nações Unidas (ONU), na mobilização dos governos do Brasil e da Turquia no embate sobre o programa nuclear do Irã e voltou a defender mudanças no Conselho de Segurança da ONU que permitam a inclusão de novos integrantes, como por exemplo, o Brasil.

Amorim também enfatizou a presença brasileira no extremo sul do atlântico, na Antártica, “onde a reestruturação da Estação Comandante Ferraz já está em curso”. E seguiu: “Atlântico Sul e África são dois espaços de natural presença brasileira”.

Na palestra, o ministro lembrou, ainda, de sua passagem pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, quando foi assessor internacional daquela pasta.

https://www.defesa.gov.br/index.php/ult ... oos-do-vls




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

João Guimarães Rosa
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