Pressões Nucleares sobre o Brasil
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- Marino
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Olhem como, internamente, se prejudica o país.
Em outras épocas, algo assim seria considerado traição ao Brasil.
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Insinceridade atômica
A complacência se aproxima do fim, o que significa a aproximação de problemas para o Brasil e seus segredos
Janio de Freitas
O Acordo Estados Unidos-Rússia para redução progressiva de armas nucleares não pode receber do governo brasileiro celebrações sinceras em nome do planeta, do futuro e, em particular, do Brasil. O que seja dito com aparência de louvação ao acordo esconde a percepção grave, e inevitável, de que devem esperar-se inconveniências e mesmo problemas maiores para o projeto nuclear que o Brasil desenvolve, seja qual for a dimensão desse objeto de disfarces e segredos.
O sentido imediato do acordo é o de comprovar que o tão sonhado processo de desnuclearização ressurge para ser real e para valer. Reduzido a ruínas por George Bush, com seu projeto de restabelecer o muro de mísseis entre a Europa e, de outra parte, a Rússia e países asiáticos, o processo não apenas revive, mas o faz já como compromisso de trabalho e com um programa de meta obrigatória. Daí resultam, por certo, projeções fortes sobre os países ainda desprovidos de arsenais atômicos e, por qualquer forma e qualquer medida, envolvidos com projetos nucleares.
O governo Lula já emitiu, de diferentes pontos, a opinião de que o Brasil não devia ter-se incluído no velho Tratado de Não-Proliferação de Armas Atômicas. O argumento principal dos Ministérios das Relações Exteriores e da defesa, ao menos para efeito público, é de que o compromisso restritivo atinge a soberania nacional. O que leva a deduções simples. Ou o Brasil reconhece haver assinado o tratado como um país subalterno, submisso a ordens externas, ou o fez por decisão soberana e, portanto, sua presença no tratado é afirmação de soberania, não de negação. Além disso, o tratado seria tão restritivo de soberania quanto o é, por exemplo, o tratado que impede o Brasil de implantar bases, ainda que científicas, onde quiser na erma vastidão antártica.
O Brasil é tocado pelo acordo EUA-Rússia já de imediato. Maio seráatravessado pela reunião internacional do Tratado de Não-Proliferação,em princípio destinada a atualizá-lo. Diante dos problemasinternacionais representados por Irã e Coreia do Norte, talatualização, mesmo quando pensada lá atrás, só poderia significar maiorrigor em relação a projetos nucleares. E o acordo de americanos erussos vem sugerir o agravamento da tendência inicial. Como um problemapara o Brasil.
Não se sabe o que o governo Lula se propôs a defender na reunião, masjá definira sua posição contrária à revisão, pressentindo oendurecimento. Até poucos anos, o Brasil foi beneficiado pelatolerância da Agência Internacional de Energia Atômica, da ONU, em suarecusa a permitir a inspeção de praxe no enriquecimento de urâniooperado em Resende, Estado do Rio. Alegava a criação de um processopróprio, que ainda não desejava expor, e a AIEA relutava um pouco emfavor das aparências, para logo ceder. As condições mudam depressa.
As providências armamentistas do Brasil suscitaram desconfianças antes inexistentes. A AIEA e a orientação geral da ONU não querem mais dúvida como a havida com o Iraque, nem mais surpresas como as causadas por Coreia do Norte e Irã. A posição do governo Lula em relação ao Irã de Ahmadinejad provoca suspeitas generalizadas. As quais se combinam, e se fortalecem mutuamente, com as suspeitas decorrentes da "aliança estratégica" decidida por Lula, só ele, com a nuclearizada e comercial França de Nicolas Sarkozy.
A isso vem se somar, na má hora das novas discussões sobre o Tratado de Não-Proliferação de Armas Atômicas, o irradiante acordo que é a segunda grande vitória de Barack Obama em cinco dias. Esta, relativa a sua promessa de combater a nuclearização militar do mundo. A complacência se aproxima do fim -o que significa a aproximação de problemas para o Brasil e seus novos segredos.
Em outras épocas, algo assim seria considerado traição ao Brasil.
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Insinceridade atômica
A complacência se aproxima do fim, o que significa a aproximação de problemas para o Brasil e seus segredos
Janio de Freitas
O Acordo Estados Unidos-Rússia para redução progressiva de armas nucleares não pode receber do governo brasileiro celebrações sinceras em nome do planeta, do futuro e, em particular, do Brasil. O que seja dito com aparência de louvação ao acordo esconde a percepção grave, e inevitável, de que devem esperar-se inconveniências e mesmo problemas maiores para o projeto nuclear que o Brasil desenvolve, seja qual for a dimensão desse objeto de disfarces e segredos.
O sentido imediato do acordo é o de comprovar que o tão sonhado processo de desnuclearização ressurge para ser real e para valer. Reduzido a ruínas por George Bush, com seu projeto de restabelecer o muro de mísseis entre a Europa e, de outra parte, a Rússia e países asiáticos, o processo não apenas revive, mas o faz já como compromisso de trabalho e com um programa de meta obrigatória. Daí resultam, por certo, projeções fortes sobre os países ainda desprovidos de arsenais atômicos e, por qualquer forma e qualquer medida, envolvidos com projetos nucleares.
O governo Lula já emitiu, de diferentes pontos, a opinião de que o Brasil não devia ter-se incluído no velho Tratado de Não-Proliferação de Armas Atômicas. O argumento principal dos Ministérios das Relações Exteriores e da defesa, ao menos para efeito público, é de que o compromisso restritivo atinge a soberania nacional. O que leva a deduções simples. Ou o Brasil reconhece haver assinado o tratado como um país subalterno, submisso a ordens externas, ou o fez por decisão soberana e, portanto, sua presença no tratado é afirmação de soberania, não de negação. Além disso, o tratado seria tão restritivo de soberania quanto o é, por exemplo, o tratado que impede o Brasil de implantar bases, ainda que científicas, onde quiser na erma vastidão antártica.
O Brasil é tocado pelo acordo EUA-Rússia já de imediato. Maio seráatravessado pela reunião internacional do Tratado de Não-Proliferação,em princípio destinada a atualizá-lo. Diante dos problemasinternacionais representados por Irã e Coreia do Norte, talatualização, mesmo quando pensada lá atrás, só poderia significar maiorrigor em relação a projetos nucleares. E o acordo de americanos erussos vem sugerir o agravamento da tendência inicial. Como um problemapara o Brasil.
Não se sabe o que o governo Lula se propôs a defender na reunião, masjá definira sua posição contrária à revisão, pressentindo oendurecimento. Até poucos anos, o Brasil foi beneficiado pelatolerância da Agência Internacional de Energia Atômica, da ONU, em suarecusa a permitir a inspeção de praxe no enriquecimento de urâniooperado em Resende, Estado do Rio. Alegava a criação de um processopróprio, que ainda não desejava expor, e a AIEA relutava um pouco emfavor das aparências, para logo ceder. As condições mudam depressa.
As providências armamentistas do Brasil suscitaram desconfianças antes inexistentes. A AIEA e a orientação geral da ONU não querem mais dúvida como a havida com o Iraque, nem mais surpresas como as causadas por Coreia do Norte e Irã. A posição do governo Lula em relação ao Irã de Ahmadinejad provoca suspeitas generalizadas. As quais se combinam, e se fortalecem mutuamente, com as suspeitas decorrentes da "aliança estratégica" decidida por Lula, só ele, com a nuclearizada e comercial França de Nicolas Sarkozy.
A isso vem se somar, na má hora das novas discussões sobre o Tratado de Não-Proliferação de Armas Atômicas, o irradiante acordo que é a segunda grande vitória de Barack Obama em cinco dias. Esta, relativa a sua promessa de combater a nuclearização militar do mundo. A complacência se aproxima do fim -o que significa a aproximação de problemas para o Brasil e seus novos segredos.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
É o que eu esperava desse "cidadão do mundo" de São Paulo. Deve respeitar mais o Barack Obama como seu líder do que o próprio presidente. Abrir as pernas, esse é o meu receio do que possa ocorrer se o PSDB ganhar a presidência.Marino escreveu:Olhem como, internamente, se prejudica o país.
Em outras épocas, algo assim seria considerado traição ao Brasil.
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A complacência se aproxima do fim, o que significa a aproximação de problemas para o Brasil e seus segredos
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O Acordo Estados Unidos-Rússia para redução progressiva de armas nucleares não pode receber do governo brasileiro celebrações sinceras em nome do planeta, do futuro e, em particular, do Brasil. O que seja dito com aparência de louvação ao acordo esconde a percepção grave, e inevitável, de que devem esperar-se inconveniências e mesmo problemas maiores para o projeto nuclear que o Brasil desenvolve, seja qual for a dimensão desse objeto de disfarces e segredos.
O sentido imediato do acordo é o de comprovar que o tão sonhado processo de desnuclearização ressurge para ser real e para valer. Reduzido a ruínas por George Bush, com seu projeto de restabelecer o muro de mísseis entre a Europa e, de outra parte, a Rússia e países asiáticos, o processo não apenas revive, mas o faz já como compromisso de trabalho e com um programa de meta obrigatória. Daí resultam, por certo, projeções fortes sobre os países ainda desprovidos de arsenais atômicos e, por qualquer forma e qualquer medida, envolvidos com projetos nucleares.
O governo Lula já emitiu, de diferentes pontos, a opinião de que o Brasil não devia ter-se incluído no velho Tratado de Não-Proliferação de Armas Atômicas. O argumento principal dos Ministérios das Relações Exteriores e da defesa, ao menos para efeito público, é de que o compromisso restritivo atinge a soberania nacional. O que leva a deduções simples. Ou o Brasil reconhece haver assinado o tratado como um país subalterno, submisso a ordens externas, ou o fez por decisão soberana e, portanto, sua presença no tratado é afirmação de soberania, não de negação. Além disso, o tratado seria tão restritivo de soberania quanto o é, por exemplo, o tratado que impede o Brasil de implantar bases, ainda que científicas, onde quiser na erma vastidão antártica.
O Brasil é tocado pelo acordo EUA-Rússia já de imediato. Maio seráatravessado pela reunião internacional do Tratado de Não-Proliferação,em princípio destinada a atualizá-lo. Diante dos problemasinternacionais representados por Irã e Coreia do Norte, talatualização, mesmo quando pensada lá atrás, só poderia significar maiorrigor em relação a projetos nucleares. E o acordo de americanos erussos vem sugerir o agravamento da tendência inicial. Como um problemapara o Brasil.
Não se sabe o que o governo Lula se propôs a defender na reunião, masjá definira sua posição contrária à revisão, pressentindo oendurecimento. Até poucos anos, o Brasil foi beneficiado pelatolerância da Agência Internacional de Energia Atômica, da ONU, em suarecusa a permitir a inspeção de praxe no enriquecimento de urâniooperado em Resende, Estado do Rio. Alegava a criação de um processopróprio, que ainda não desejava expor, e a AIEA relutava um pouco emfavor das aparências, para logo ceder. As condições mudam depressa.
As providências armamentistas do Brasil suscitaram desconfianças antes inexistentes. A AIEA e a orientação geral da ONU não querem mais dúvida como a havida com o Iraque, nem mais surpresas como as causadas por Coreia do Norte e Irã. A posição do governo Lula em relação ao Irã de Ahmadinejad provoca suspeitas generalizadas. As quais se combinam, e se fortalecem mutuamente, com as suspeitas decorrentes da "aliança estratégica" decidida por Lula, só ele, com a nuclearizada e comercial França de Nicolas Sarkozy.
A isso vem se somar, na má hora das novas discussões sobre o Tratado de Não-Proliferação de Armas Atômicas, o irradiante acordo que é a segunda grande vitória de Barack Obama em cinco dias. Esta, relativa a sua promessa de combater a nuclearização militar do mundo. A complacência se aproxima do fim -o que significa a aproximação de problemas para o Brasil e seus novos segredos.
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Tem que ser muito idiota para acreditar nisso. Uma vez li em algum fórum, de um sujeito conhecido por seu radicalismo cômico, que os pacifistas são o maior perigo para uma nação, que deveriam todos serem fuzilados. É claro que ele falou em tom provocativo, mas não deixa de ter uma certa razão. Esse tipo de gente mexe com os valores coletivos de busca pela paz de uma forma equivocada, enfraquecendo a nação de forma drástica ao pregar uma renúncia à força ingênua e bocó, do estilo armas são más. Toda nação tem a obrigação de ser forte e pacífica, e no nosso caso, dado nosso tamanho e recursos naturais, temos que ser capazes de responder a qualquer tipo de agressão. Não devemos iniciar nenhuma agressão, mas a obrigação de ter os meios de se auto-defender não pode ser esquecida. Quem renuncia às armas - quaisquer que sejam - pinta em si mesmo um imenso alvo para os mal intencionados.O sentido imediato do acordo é o de comprovar que o tão sonhado processo de desnuclearização ressurge para ser real e para valer.
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Centurião escreveu:É o que eu esperava desse "cidadão do mundo" de São Paulo. Deve respeitar mais o Barack Obama como seu líder do que o próprio presidente. Abrir as pernas, esse é o meu receio do que possa ocorrer se o PSDB ganhar a presidência.Marino escreveu:Olhem como, internamente, se prejudica o país.
Em outras épocas, algo assim seria considerado traição ao Brasil.
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A complacência se aproxima do fim, o que significa a aproximação de problemas para o Brasil e seus segredos
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O Acordo Estados Unidos-Rússia para redução progressiva de armas nucleares não pode receber do governo brasileiro celebrações sinceras em nome do planeta, do futuro e, em particular, do Brasil. O que seja dito com aparência de louvação ao acordo esconde a percepção grave, e inevitável, de que devem esperar-se inconveniências e mesmo problemas maiores para o projeto nuclear que o Brasil desenvolve, seja qual for a dimensão desse objeto de disfarces e segredos.
O sentido imediato do acordo é o de comprovar que o tão sonhado processo de desnuclearização ressurge para ser real e para valer. Reduzido a ruínas por George Bush, com seu projeto de restabelecer o muro de mísseis entre a Europa e, de outra parte, a Rússia e países asiáticos, o processo não apenas revive, mas o faz já como compromisso de trabalho e com um programa de meta obrigatória. Daí resultam, por certo, projeções fortes sobre os países ainda desprovidos de arsenais atômicos e, por qualquer forma e qualquer medida, envolvidos com projetos nucleares.
O governo Lula já emitiu, de diferentes pontos, a opinião de que o Brasil não devia ter-se incluído no velho Tratado de Não-Proliferação de Armas Atômicas. O argumento principal dos Ministérios das Relações Exteriores e da defesa, ao menos para efeito público, é de que o compromisso restritivo atinge a soberania nacional. O que leva a deduções simples. Ou o Brasil reconhece haver assinado o tratado como um país subalterno, submisso a ordens externas, ou o fez por decisão soberana e, portanto, sua presença no tratado é afirmação de soberania, não de negação. Além disso, o tratado seria tão restritivo de soberania quanto o é, por exemplo, o tratado que impede o Brasil de implantar bases, ainda que científicas, onde quiser na erma vastidão antártica.
O Brasil é tocado pelo acordo EUA-Rússia já de imediato. Maio seráatravessado pela reunião internacional do Tratado de Não-Proliferação,em princípio destinada a atualizá-lo. Diante dos problemasinternacionais representados por Irã e Coreia do Norte, talatualização, mesmo quando pensada lá atrás, só poderia significar maiorrigor em relação a projetos nucleares. E o acordo de americanos erussos vem sugerir o agravamento da tendência inicial. Como um problemapara o Brasil.
Não se sabe o que o governo Lula se propôs a defender na reunião, masjá definira sua posição contrária à revisão, pressentindo oendurecimento. Até poucos anos, o Brasil foi beneficiado pelatolerância da Agência Internacional de Energia Atômica, da ONU, em suarecusa a permitir a inspeção de praxe no enriquecimento de urâniooperado em Resende, Estado do Rio. Alegava a criação de um processopróprio, que ainda não desejava expor, e a AIEA relutava um pouco emfavor das aparências, para logo ceder. As condições mudam depressa.
As providências armamentistas do Brasil suscitaram desconfianças antes inexistentes. A AIEA e a orientação geral da ONU não querem mais dúvida como a havida com o Iraque, nem mais surpresas como as causadas por Coreia do Norte e Irã. A posição do governo Lula em relação ao Irã de Ahmadinejad provoca suspeitas generalizadas. As quais se combinam, e se fortalecem mutuamente, com as suspeitas decorrentes da "aliança estratégica" decidida por Lula, só ele, com a nuclearizada e comercial França de Nicolas Sarkozy.
A isso vem se somar, na má hora das novas discussões sobre o Tratado de Não-Proliferação de Armas Atômicas, o irradiante acordo que é a segunda grande vitória de Barack Obama em cinco dias. Esta, relativa a sua promessa de combater a nuclearização militar do mundo. A complacência se aproxima do fim -o que significa a aproximação de problemas para o Brasil e seus novos segredos.
Quem viu o debate ontem na Globo News com duas figuras ligadas ao Governo de FHC, e ao PSDB, sabe bem o que nos espera caso o Serra seja eleito, esqueçam o que está se fazendo hoje em matéria de compras e capacitação bélica, parecia que os caras pertenciam ao Governo do Obama!! São iguais ao Janio de Freitas!
[]´s
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Receio? Podes ter absoluta certeza!É o que eu esperava desse "cidadão do mundo" de São Paulo. Deve respeitar mais o Barack Obama como seu líder do que o próprio presidente. Abrir as pernas, esse é o meu receio do que possa ocorrer se o PSDB ganhar a presidência.
E aos paulistas, que me perdoem, mas a sensação de conservadorismo americanalhado que a capital e o interior do estado passam atualmente é algo estranho até.
Eu sou contra qualquer bairrismo por princípio, pois eu creio e vi pessoalmente que cada lugar tem sua característica, nem melhor nem pior, apenas diferente.
Mas São paulo está numa fase de copiar tradições estrangeiras que grita aos olhos.
Podem jogar as pedras.
- Francoorp
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Traição!!!!! esse cara não fala uma nos interesses nacionais, pra ele o nacional é o exterior, e a autoridade real é um estrangeiro!!
Cale-se senhor Jânio de Freitas, pare de prejudicar o teu país, sabotando do interno!!
Cale-se senhor Jânio de Freitas, pare de prejudicar o teu país, sabotando do interno!!
- suntsé
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Meu caro, existem dezenas de janios de freitas na imprensa Brasileira. O veiculos de imprensa do Brasil contratam centenas de Janios de freitas todos os dias.Francoorp escreveu:Traição!!!!! esse cara não fala uma nos interesses nacionais, pra ele o nacional é o exterior, e a autoridade real é um estrangeiro!!
Cale-se senhor Jânio de Freitas, pare de prejudicar o teu país, sabotando do interno!!
Infelismente, o jornalismo feito no Brasil é escroto. E as empresas deste setor não se preocupam se vão ser vistas no exterior como cãe vira-latas, vendilhões e seja la o que for.
Ouvi dizer que a rede globo tentou entrar no mercado europeu. mais eles não tiveram sucesso.
- suntsé
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Documentário, proibido no Brasil, os donos dos meios de comunicação não querem que o povo saiba da verdade:
http://video.google.com.br/videoplay?do ... &hl=pt-BR#
http://video.google.com.br/videoplay?do ... &hl=pt-BR#
- Francoorp
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Ouvi dizer que a rede globo tentou entrar no mercado europeu. mais eles não tiveram sucesso.
Mas Entrou no Rádio, Radio Globo !
Na Tv elestentaram entrar no mercado a pagamento, mas lá não é o Brasil, lá existem TV estatais que possuem 3-4 canais variados abertos em analógico e dezenas em digital terrestre.
A estatal Italiana RAI por exemplo tem 12 canais abertos no digital terrestre, mas todas elas (estatais Europeias) se paga uma tsxa anual, a minha era de 108,90 Euros, pagamento em Janeiro.
Na tv a pagamento existia centenas de canais, e em jornalismo existia até mesmo 3-4 canais Russos de jornalismo, tinham 4 chineses, 3-4 franceses, 6 ingleses, 5 Yankees, 10-12 arabes, só não tinha brasileiro!!
A Globo errou feio no entrar o mercado europeu,não tinha a menor idéia da realidade comunicativa daquele continente.
Eu acho é pouco que agora a Record esteja crescendo pra cima dela!
- Wolfgang
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
É verdade.Carlos Mathias escreveu:Receio? Podes ter absoluta certeza!É o que eu esperava desse "cidadão do mundo" de São Paulo. Deve respeitar mais o Barack Obama como seu líder do que o próprio presidente. Abrir as pernas, esse é o meu receio do que possa ocorrer se o PSDB ganhar a presidência.
E aos paulistas, que me perdoem, mas a sensação de conservadorismo americanalhado que a capital e o interior do estado passam atualmente é algo estranho até.
Eu sou contra qualquer bairrismo por princípio, pois eu creio e vi pessoalmente que cada lugar tem sua característica, nem melhor nem pior, apenas diferente.
Mas São paulo está numa fase de copiar tradições estrangeiras que grita aos olhos.
Podem jogar as pedras.
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Muito bom momento para se colocar uma questão. Quando alguns falam que nossa imprensa está muito mal representada é comum os debatedores partirem para a partidarização e para a ideologice barata. Mas se usarmos este magnífico exemplo graciosamente fornecido pelo Jânio de Freitas (sempre ele) podemos verificar de forma bem clara e racional algo que deveria preocupar a todos. Nossa grande imprensa se deixou levar pelos embalos de um neoconservadorismo policarpiano que coloca em risco o futuro do país. Exagero? Não. Vejam o caso do estado de São Paulo. Sede que é da grande mídia brasileira torna-se o cadinho ideal para se verificar os resultados desta opção. A colocação do CM é pertinente quanto a isto. Esta onda de conservadorismo americanóide é fruto desta influência. Aos poucos se tornou "bacana" ser neocon, mesmo sem saber que raios é isso. Nem eu, que trabalhei no seio deles por 8 anos consigo explicar este alinhamento de outra forma. Ser pró-americano é lindo. Ser anti-americano é suicídio, coisa de idiotas. Ora bolas, nem uma coisa nem outra. Mas as mentes alinhadas aos neos são como oráculos, quem delas desafina somente pode ser um "neo-bobo" como já definiu o FHC... Ganhar espaço no cenário internacional implica, necessariamente, em desagradar os americanos, em ser contra eles em muitos momentos. Não de graça, nem por ideologia, mas por estratégia e necessidade. Pelo simples fato de vamos tirar deles algum espaço, mesmo que pouco. Ou alguém acha que vai ser diferente? Enquanto fortalecermos este grupelho de lesa-pátrias que assinou o TNP estamos fechando nosso caminho para o futuro.
Não podemos ser contra tudo que é americano, mas não podemos ser subservientes como estes animais pregam. Temos muito em comum com os EUA, temos muitas possibilidades de caminhar lado a lado com eles. Mas como competidores, não como servos.
Mas os fracos sempre terão a opção de tornar este debate algo partidário e vazio, seco como o Saara...infelizmente para o Brasil.
[]'s
Não podemos ser contra tudo que é americano, mas não podemos ser subservientes como estes animais pregam. Temos muito em comum com os EUA, temos muitas possibilidades de caminhar lado a lado com eles. Mas como competidores, não como servos.
Mas os fracos sempre terão a opção de tornar este debate algo partidário e vazio, seco como o Saara...infelizmente para o Brasil.
[]'s
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Cara, veja que agora existe até um movimento em SP de "música caipira de base, ou de raiz". A que existe hoje é uma cópia boba do estilo americano, com aquelas roupas de caipira, e danças típicas.
Pô, será que não temos nada culturalmente a ponto de ter de importar o que lá é considerado uma caretice?
Realmente e de maneira normal, temos muitas semelhanças culturais e etc. Mas daí a substituir nossa tradição e passar a copiar tudo como nos anos cinquenta, quando se dizia que o que era bom pro EUA, o era para o Brasil.
No Rio somos esculhambados mesmo, sem uma identidade muito bem definida, acho que a cidade é uma mescla onde temos de tudo e sem realmente uma cultura local. O samba que se criou aqui, tornou-se nacional, enfim.
Mas São Paulo já teve uma identidade muito própria uma particularidade que eu considero/considerava muito bacana, uma cultura, o jeito paulista.
Hoje temos os gerundismos, copiados dos manuais de telemarketing ao pé da letra e massacrados na nossa orelha, como que um prego que fura e dói como destoante de nossa língua.
Esse é só um exemplo.
Eu, carioca que sou, admiro o povo nordestino e gaúcho pela obstinação em defender suas culturas e tradições, o orgulho de serem o que são.
Me entristece ver o esvaziamento do estado de São Paulo, minha família paterna é toda de lá e eles dizem o mesmo, os mais antigos.
Enfim, blá, blá, blá...
Pô, será que não temos nada culturalmente a ponto de ter de importar o que lá é considerado uma caretice?
Realmente e de maneira normal, temos muitas semelhanças culturais e etc. Mas daí a substituir nossa tradição e passar a copiar tudo como nos anos cinquenta, quando se dizia que o que era bom pro EUA, o era para o Brasil.
No Rio somos esculhambados mesmo, sem uma identidade muito bem definida, acho que a cidade é uma mescla onde temos de tudo e sem realmente uma cultura local. O samba que se criou aqui, tornou-se nacional, enfim.
Mas São Paulo já teve uma identidade muito própria uma particularidade que eu considero/considerava muito bacana, uma cultura, o jeito paulista.
Hoje temos os gerundismos, copiados dos manuais de telemarketing ao pé da letra e massacrados na nossa orelha, como que um prego que fura e dói como destoante de nossa língua.
Esse é só um exemplo.
Eu, carioca que sou, admiro o povo nordestino e gaúcho pela obstinação em defender suas culturas e tradições, o orgulho de serem o que são.
Me entristece ver o esvaziamento do estado de São Paulo, minha família paterna é toda de lá e eles dizem o mesmo, os mais antigos.
Enfim, blá, blá, blá...
- Marino
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Este post estava na página anterior, ofuscado pelo nacionalismo do Janio de Freitas.
Mas acho que vale a pena trazê-lo aqui.
Mas acho que vale a pena trazê-lo aqui.
Marino escreveu:Resolvi postar este artigo, do Globo, aqui. Também poderia tê-lo postado no tópico sobre o Irã, mas como a intenção é modificar a posição brasileira, achei melhor aqui.
Ao final vou fazer umas considerações.
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Riscos na tecnologia nuclear
O presidente Lula e seus formuladores de política externa têm levado a diplomacia a frequentes mudanças de rumo. Elas refletem, de um lado, o novo peso do Brasil como país emergente e, de outro, posições ideológicas identificadas com o nacionalismo terceiro-mundista e, por decorrência, impregnadas de antiamericanismo. A política externa brasileira, discreta, eficiente e profissional, ganhou um componente errático. Pode-se argumentar que as derrapagens fazem parte do aprendizado do país na projeção de sua ampliada importância internacional. Mas há uma contradição em que uma nação emergente, almejando um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, recorra a posições de um período superado - o do conflito Norte-Sul. Transparece, aí, o dedo de assessores presidenciais como Marco Aurélio Garcia, o símbolo do "Itamaraty do B" no governo Lula.
O protagonismo obsessivo do governo Lula levou o país ao centro de uma das questões mundiais mais delicadas - o programa nuclear do Irã. A comunidade internacional, à frente os EUA, busca um consenso para, via sanções, deter a marcha do regime iraniano em direção às armas nucleares. Note-se que o presidente Barack Obama reorientou a política americana para a busca do diálogo com o Irã, tendo em vista as consequências imprevisíveis de uma intervenção militar.
O Itamaraty, refletindo o protagonismo lulista, posicionou o Brasil como parceiro do Irã, concedendo-lhe o benefício da dúvida (Teerã afirma que seu programa tem fins pacíficos, apesar de evidências em contrário), em contraste com o empenho dos EUA e da Europa em obter aprovação da ONU para novas sanções. A opção brasileira se torna ainda mais preocupante quando se sabe que o ministro de Assuntos Estratégicos, Samuel Pinheiro Guimarães, responsável pelo programa nuclear brasileiro, faz restrições ao Tratado para Não Proliferação de Armas Nucleares.
Está ultrapassado o argumento de que o TNP cristaliza a divisão entre os que têm armas nucleares e os condenados a jamais tê-las. Hoje, o risco da proliferação é ver armas atômicas, ou mesmo material nuclear, nas mãos de ditaduras como a Coreia do Norte ou o Irã, todos não confiáveis. Daí a terroristas da al-Qaeda terem acesso a esse material não será difícil.
Um dos três pilares do TNP é o desarmamento. A boa notícia nessa área é o acordo a que chegaram EUA e Rússia para reduzir seus arsenais atômicos. Quatro dias após a assinatura do tratado, no dia 8, em Praga, Obama receberá líderes de 45 países, em Washington, para discutir medidas que impeçam material nuclear de cair em mãos erradas, informa o "New York Times". Um mês depois, os líderes se reúnem novamente, em Nova York, para a revisão quinquenal do TNP. Segundo o "Times", a meta final de Obama é negociar um tratado global sobre material físsil. Diante disso, é conveniente que o governo brasileiro repense sua desastrada estratégia. A necessidade de manter aberto o diálogo com o Irã não supõe que o país fique fora do esforço para reduzir a ameaça nuclear. O Brasil, que teve o zelo de inscrever na Constituição o uso exclusivamente pacífico da energia nuclear, não pode ficar do lado errado também nessa questão.
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Minhas considerações.
Integridade intelectual significa mudar de idéia quando novos dados lhe chegam e são analisados com lisura.
Andei condenando o Irã em alguns tópicos, mas estou repensando minha posição.
Vejam comigo:
- Olhemos o ambiente geográfico onde se insere o Irã. É um país desnuclearizado em meio a Israel, Paquistão, Índia, China e Rússia. Além disso, Iraque e Síria possuíam programas nucleares, destruídos por força. Desconfortável posição estratégica, não é verdade?
- Entre o Irã, secular, e o Paquistão nuclear, quase um estado falido, dividido por etnias e tribos, qual apresenta maior ameaça?
- Os EUA, querendo prevenir o rearmamento nuclear do Japão, assinou um acordo de defesa em que considera-se atacado nuclearmente, e revidará nuclearmente, se armas nucleares forem usadas contra os nipônicos. Pq não propõe algo assim (não estou dizendo que outros países devam delegar sua defesa, como fez o Japão, mas uma demostração de interesse diplomático, uma proposta para desescalar a crise).
- Mas o que importa, para nós, Brasil, é que se o Irã aceitar as inspeções da AIEA, respeitar as salvaguardas internacionais a que deve se submeter, pois firmou o TNP, não há razão de sanções. O que impediria que estas mesmas sanções fossem aplicadas ao Brasil, depois de enfiada a cabecinha no Irã?
Desta maneira, concordo com o Itamaraty (quem diria ) em sua posição atual quanto a esta questão.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Pô, telepatia?Minhas considerações.
Integridade intelectual significa mudar de idéia quando novos dados lhe chegam e são analisados com lisura.
Andei condenando o Irã em alguns tópicos, mas estou repensando minha posição.
Vejam comigo:
- Olhemos o ambiente geográfico onde se insere o Irã. É um país desnuclearizado em meio a Israel, Paquistão, Índia, China e Rússia. Além disso, Iraque e Síria possuíam programas nucleares, destruídos por força. Desconfortável posição estratégica, não é verdade?
- Entre o Irã, secular, e o Paquistão nuclear, quase um estado falido, dividido por etnias e tribos, qual apresenta maior ameaça?
- Os EUA, querendo prevenir o rearmamento nuclear do Japão, assinou um acordo de defesa em que considera-se atacado nuclearmente, e revidará nuclearmente, se armas nucleares forem usadas contra os nipônicos. Pq não propõe algo assim (não estou dizendo que outros países devam delegar sua defesa, como fez o Japão, mas uma demostração de interesse diplomático, uma proposta para desescalar a crise).
- Mas o que importa, para nós, Brasil, é que se o Irã aceitar as inspeções da AIEA, respeitar as salvaguardas internacionais a que deve se submeter, pois firmou o TNP, não há razão de sanções. O que impediria que estas mesmas sanções fossem aplicadas ao Brasil, depois de enfiada a cabecinha no Irã?
Desta maneira, concordo com o Itamaraty (quem diria ) em sua posição atual quanto a esta questão.
100% e acordo e vinha falando isso a um certo tempo.
- suntsé
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Se os lideres Brasileiros forem inteligentes, poderam aproveitar o momento em que a liderança global dos EUA é cada vez mais contestada e declina gradualmente, para fortalecer o Brasil militarmente e também no campo da ciencia e tecnologia.
Eu acho que seria interessante se o Iran consegui-se a bomba atomica, isto obrigaria os EUA a ampliar sua presença militar no oriente médio, o que implicaria em mais gastos por parte dessa super potencia e e um esforço diplomatico e economico maior deles naquela região. Isto criaria um ambiente favoravel que que o Brasil possa se projetar como potencia lider.
Eu acho que seria interessante se o Iran consegui-se a bomba atomica, isto obrigaria os EUA a ampliar sua presença militar no oriente médio, o que implicaria em mais gastos por parte dessa super potencia e e um esforço diplomatico e economico maior deles naquela região. Isto criaria um ambiente favoravel que que o Brasil possa se projetar como potencia lider.