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cassiosemasas
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#22486 Mensagem por cassiosemasas » Dom Mar 05, 2017 11:36 pm


Dos “fatos alternativos” do governo Trump às “verdades alternativas” de FHC




Fernando Henrique Cardoso defendeu, publicamente, Aécio Neves, desqualificando delações que apontam que o senador estaria envolvido em solicitações ilegais de recursos para campanha e fraudes em parceria com construtoras.

De forma acertada, ele afirmou que ''divulgações apressadas e equivocadas'' distorcem a realidade e que a ''palavra de um delator não é prova em si'', mas requer comprovação. Bem, se FHC, Aécio e seu partido tivessem explicitado essa opinião antes, talvez o impeachment, alimentado por delações nem sempre comprovadas, poderia ter tido um rumo diferente.

Mas o que me chamou a atenção foi um trecho da nota pública emitida pelo ex-presidente: '' A desmoralização de pessoas a partir de 'verdades alternativas' é injusta e não serve ao país. Confunde tudo e todos''.

Ele carimba a parte das informações trazidas pela imprensa que desagrada a ele e a seus correligionários como ''verdades alternativas''. Poderia ter chamado apenas de ''acusações sem provas'', mas preferiu outro caminho.

Resvala, com isso, na polêmica afirmação de Kellyanne Conway, assessora direta do presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Questionada sobre a declaração de seu chefe, de que sua cerimônia de posse tinha a maior da história, apesar das fotos mostrarem que isso não se sustentava, afirmou a Chuck Todd, da rede de TV NBC: “Você está dizendo que é uma mentira. Nosso chefe de imprensa, Sean Spicer, apresentou fatos alternativos a isso”. O jornalista respondeu corretamente que ''fatos alternativos não são fatos. São falsidades''.

O bilionário norte-americano beneficiou-se da imprensa durante o período que lhe foi útil. Hoje, ele a considera sua inimiga. Seria idiotice comparar FHC com Trump, mas gostaria de saber por que seu partido usou reportagens dos mesmos veículos como munição contra o PT enquanto lhe foi útil e agora as critica. Jornais, revistas, rádio, TVs e portais tornaram-se erráticos de repente?

Ele afirma, na nota, que há uma diferença entre receber caixa 2 para financiamento político-eleitoral e receber recursos para enriquecimento pessoal. Brinca com a retórica. Não há na legislação um crime específico para isso, mas é crime uma série de condutas relacionadas com a prática de caixa 2, como corrupção, lavagem de dinheiro, crimes financeiros e tributários, falsificação de documentos, entre outras.

Portanto, outra possibilidade é ele acreditar que o conceito de corrupção é algo fluido. Depende do ponto de vista de quem comete. Quando a denúncia envolve um adversário, é crime e merece ser punido antes do julgamento. Quando vem de aliados, deve-se esperar investigações. E, mesmo se elas forem confirmadas, não é crime, mas um erro a ser corrigido.

Quando a classe política, de qualquer espectro ideológico, ignora evidências e bate na imprensa, dizendo que ela apresenta ''verdades alternativas'' ou quando essa classe política resolve ela mesma, ignorar evidências, e propor ''fatos alternativos'', começamos a brincar um jogo perigoso. O jornalismo não é um oráculo que profere apenas a ''Verdade'' – até porque verdades absolutas não existem, elas são construções a partir da reunião de versões. Mas se dados e informações são inúteis para a construção da narrativa de nosso tempo, se ignoramos elementos que podem ser imagens de uma cerimônia de posse ou documentos, depoimentos, gravações e delações para formar nossa convicção, se o discurso não precisa de mais nada além dele mesmo para se referendar, temos – entre outros problemas – o desabamento do controle social da política e, por conseguinte, a derrocada das instituições.

Na internet, ''verdade'' é tudo aquilo com a qual eu concordo e ''mentira'' e tudo aquilo do qual eu discordo. Mas isso, apesar de estar presente desde sempre no ambiente da política, não deveria ser o núcleo em torno do qual a democracia se estabelece. Com a possibilidade de políticos produzirem e circularem conteúdo em redes sociais a fim de reforçarem suas próprias narrativas sem a mediação crítica do jornalismo, de esquerda, de centro ou de direita, e com esse conteúdo modelado a reforçar visões de mundo do público-alvo, assistimos à formação de um público cada vez mais refratário a pensar que o mundo não se resume ao maniqueísmo do bem contra o mal.

O bom jornalismo (que está em fase de transformação por conta das mudanças na forma de financiamento na era digital) já tem sua credibilidade posta à prova diante das fábricas de ''verdades alternativas'' que temos por aí. Que possuem compromisso com dinheiro ou com poder, mas nunca com as várias versões de um mesmo fato. Espero que possamos nos dar conta disso, do jornalismo tradicional ao alternativo, e organizar juntos uma resposta antes que seja tarde demais.



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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#22487 Mensagem por cassiosemasas » Dom Mar 05, 2017 11:42 pm

Só mais um....
Partido de Temer faz terrorismo com os pobres pela Reforma da Previdência


Leonardo Sakamoto 04/03/2017 12:44


O PMDB, partido de Michel Temer, divulgou nas redes sociais uma campanha em que adota o terrorismo como instrumento para buscar o apoio popular à sua proposta de tungada nas aposentadorias.

''Se a reforma da Previdência não sair: Tchau, Bolsa Família; adeus, FIES; Sem Novas Estradas; Acabam os Programas Sociais'', diz uma imagem como logo do partido. No fundo, a ilustração de uma cidade em ruínas.

A peça de propaganda vem em um momento em que até a base aliada do governo no Congresso Nacional afirma que a reforma, tal como está, não passa. Até porque esse pessoal pretende se reeleger. E no qual líderes de movimentos que foram às ruas pedir o impeachment de Dilma Rousseff também relatam que a proposta tem sido repudiada por quem não aguenta ver a esquerda nem pintada de amarelo.

Ou seja, a campanha é um sinal de preocupação, porque a classe média começou a sentir a água bater nos glúteos.

Imagem


Estipular uma idade mínima de 65 anos para aposentadoria (em um país em que trabalhadores braçais de regiões pobres mal tem essa expectativa de vida), com ao menos 25 anos de contribuição (onde a informalidade é grande) e 49 anos para ter pensão integral (considerando que os pobres começam a trabalhar aos 10, 12 anos por necessidade) é reduzir pessoas a estatísticas. Isso sem contar propostas como subir para 65 anos a aposentadoria rural, com 25 anos de contribuição mínima, quando, hoje, basta a comprovação de trabalho no campo para obter a partir de 60 anos (homens) e 55 (mulheres). Ou seja, o sujeito se esfolou em canaviais a vida inteira sem carteira assinada e pode nem ter tempo para desfrutar um descanso.

Não é a primeira vez, contudo, que o PMDB ou Michel Temer usam a chantagem como política de governo.

Em junho do ano passado, Temer afirmou, em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, que ''ou a Previdência Social tem de ser reformulada ou então todos os pensionistas sofrerão.'' Uma declaração do tipo: ''ou liberam o que quero ou consigo um jeito de atrapalhar ainda mais a sua vida''. Temos mais opções para além do maniqueísmo e da dualidade rasos. Sempre. Mas querem nos fazer crer que não.

Claro que o PT utilizou-se do mesmo expediente em campanhas eleitorais, abusando do terrorismo sobre o fim do Bolsa Família em um possível governo adversário, por exemplo. E não só naqueles momentos. Por exemplo, em 2007, o então ministro das Minas e Energia de Lula, Silas Rondeau, disse que ou o licenciamento ambiental das hidrelétricas do rio Madeira (Santo Antônio e Jirau) saía ou o governo começaria a procurar outras fontes de energia sujas como a térmica ou nuclear.

O interessante é que Rondeau não escolheu a energia eólica, a solar ou a proveniente da biomassa como opções, o que mostra o padrão de desenvolvimento predatório que reinava no governo Lula. Mas também mostra como são estruturadas essas chantagem de ''ou isso, ou aquilo'', no qual escolhe-se um futuro sombrio feito uma maldição que irá se concretizar se não aceitarmos a luz entregue pelos iluminados governantes.

O que intriga no governo Temer e seu partido é que eles aprovam uma PEC do Teto de Gastos no Congresso Nacional, criando uma emenda constitucional que limita novos investimentos em educação e saúde públicas, entre outras áreas, pelos próximos 20 anos, fazendo com que os mais pobres paguem pela crise econômica com a redução da qualidade dos serviços básicos e, agora, vem chantagear com o corte a programas sociais e educacionais? É muita cara de pau.

Temer poderia optar por outras formulações de frase:

''Ou a Previdência Social é reformulada ou então teremos que fazer um grande debate nacional sobre o tema, buscando ouvir diferentes pontos de vista para desenhar uma Previdência Social que não mantenha distorções e nem beneficie apenas alguns grupos em detrimento ao restante da população, não seja usada como caixa de emergência do governo (para isso, taxe-se dividendos recebidos de empresas, por exemplo, e crie alíquotas maiores aos mais ricos no Imposto de Renda), seja capaz de combater a sonegação por parte das empresas e possa garantir o futuro dos mais pobres e da classe média.''

Mas Michel, provavelmente, nunca falaria isso porque assistiria à chapa Dilma-Temer ser cassada pelo TSE no dia seguinte.

Como já disse aqui, a Previdência Social deve passar por mudanças, claro. O Brasil está mais velho e isso deve ser levado em consideração para os que, agora, ingressam no mercado de trabalho. Mas aumentar a idade mínima pura e simplesmente, ignorando que há trabalhadores braçais têm uma vida mais desgastante que o povo que trabalha em escritório é delinquência social.

A beleza de uma democracia é que, nela, os caminhos deveriam ser discutidos abertamente e as decisões tomadas coletivamente. E se há um buraco a ser coberto, que ele seja socializado – com os mais vulneráveis pagando menos o pato do que os mais protegidos.

Mais do que isso: um programa de reformas profundas só poderia ser adotado se validado eleitoralmente pela população – o que não foi o caso. Ou ser ratificado posteriormente através de um referendo – coisa que não deve acontecer. Afinal de contas, o que vocês pensam que é isso? Uma democracia? Se fosse, não estariam dando ao povo uma escolha: ou aceita a revisão de seus direitos, diminuindo seu alcance e efetividade, ou ficam sem nada.

O problema é que o ''autoritarismo'' é como uma ''chantagem'': ambos podem ser lustrados com óleo de peroba para perder o jeito opaco, a dureza e a asperez. Mas não perdem sua natureza.




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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#22488 Mensagem por Túlio » Seg Mar 06, 2017 12:04 am

cassiosemasas escreveu:Só mais um....
Partido de Temer faz terrorismo com os pobres pela Reforma da Previdência


Leonardo Sakamoto 04/03/2017 12:44


O PMDB, partido de Michel Temer, divulgou nas redes sociais uma campanha em que adota o terrorismo como instrumento para buscar o apoio popular à sua proposta de tungada nas aposentadorias.

''Se a reforma da Previdência não sair: Tchau, Bolsa Família; adeus, FIES; Sem Novas Estradas; Acabam os Programas Sociais'', diz uma imagem como logo do partido. No fundo, a ilustração de uma cidade em ruínas.

A peça de propaganda vem em um momento em que até a base aliada do governo no Congresso Nacional afirma que a reforma, tal como está, não passa. Até porque esse pessoal pretende se reeleger. E no qual líderes de movimentos que foram às ruas pedir o impeachment de Dilma Rousseff também relatam que a proposta tem sido repudiada por quem não aguenta ver a esquerda nem pintada de amarelo.

Ou seja, a campanha é um sinal de preocupação, porque a classe média começou a sentir a água bater nos glúteos.

Imagem


Estipular uma idade mínima de 65 anos para aposentadoria (em um país em que trabalhadores braçais de regiões pobres mal tem essa expectativa de vida), com ao menos 25 anos de contribuição (onde a informalidade é grande) e 49 anos para ter pensão integral (considerando que os pobres começam a trabalhar aos 10, 12 anos por necessidade) é reduzir pessoas a estatísticas. Isso sem contar propostas como subir para 65 anos a aposentadoria rural, com 25 anos de contribuição mínima, quando, hoje, basta a comprovação de trabalho no campo para obter a partir de 60 anos (homens) e 55 (mulheres). Ou seja, o sujeito se esfolou em canaviais a vida inteira sem carteira assinada e pode nem ter tempo para desfrutar um descanso.

Não é a primeira vez, contudo, que o PMDB ou Michel Temer usam a chantagem como política de governo.

Em junho do ano passado, Temer afirmou, em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, que ''ou a Previdência Social tem de ser reformulada ou então todos os pensionistas sofrerão.'' Uma declaração do tipo: ''ou liberam o que quero ou consigo um jeito de atrapalhar ainda mais a sua vida''. Temos mais opções para além do maniqueísmo e da dualidade rasos. Sempre. Mas querem nos fazer crer que não.

Claro que o PT utilizou-se do mesmo expediente em campanhas eleitorais, abusando do terrorismo sobre o fim do Bolsa Família em um possível governo adversário, por exemplo. E não só naqueles momentos. Por exemplo, em 2007, o então ministro das Minas e Energia de Lula, Silas Rondeau, disse que ou o licenciamento ambiental das hidrelétricas do rio Madeira (Santo Antônio e Jirau) saía ou o governo começaria a procurar outras fontes de energia sujas como a térmica ou nuclear.

O interessante é que Rondeau não escolheu a energia eólica, a solar ou a proveniente da biomassa como opções, o que mostra o padrão de desenvolvimento predatório que reinava no governo Lula. Mas também mostra como são estruturadas essas chantagem de ''ou isso, ou aquilo'', no qual escolhe-se um futuro sombrio feito uma maldição que irá se concretizar se não aceitarmos a luz entregue pelos iluminados governantes.

O que intriga no governo Temer e seu partido é que eles aprovam uma PEC do Teto de Gastos no Congresso Nacional, criando uma emenda constitucional que limita novos investimentos em educação e saúde públicas, entre outras áreas, pelos próximos 20 anos, fazendo com que os mais pobres paguem pela crise econômica com a redução da qualidade dos serviços básicos e, agora, vem chantagear com o corte a programas sociais e educacionais? É muita cara de pau.

Temer poderia optar por outras formulações de frase:

''Ou a Previdência Social é reformulada ou então teremos que fazer um grande debate nacional sobre o tema, buscando ouvir diferentes pontos de vista para desenhar uma Previdência Social que não mantenha distorções e nem beneficie apenas alguns grupos em detrimento ao restante da população, não seja usada como caixa de emergência do governo (para isso, taxe-se dividendos recebidos de empresas, por exemplo, e crie alíquotas maiores aos mais ricos no Imposto de Renda), seja capaz de combater a sonegação por parte das empresas e possa garantir o futuro dos mais pobres e da classe média.''

Mas Michel, provavelmente, nunca falaria isso porque assistiria à chapa Dilma-Temer ser cassada pelo TSE no dia seguinte.

Como já disse aqui, a Previdência Social deve passar por mudanças, claro. O Brasil está mais velho e isso deve ser levado em consideração para os que, agora, ingressam no mercado de trabalho. Mas aumentar a idade mínima pura e simplesmente, ignorando que há trabalhadores braçais têm uma vida mais desgastante que o povo que trabalha em escritório é delinquência social.

A beleza de uma democracia é que, nela, os caminhos deveriam ser discutidos abertamente e as decisões tomadas coletivamente. E se há um buraco a ser coberto, que ele seja socializado – com os mais vulneráveis pagando menos o pato do que os mais protegidos.

Mais do que isso: um programa de reformas profundas só poderia ser adotado se validado eleitoralmente pela população – o que não foi o caso. Ou ser ratificado posteriormente através de um referendo – coisa que não deve acontecer. Afinal de contas, o que vocês pensam que é isso? Uma democracia? Se fosse, não estariam dando ao povo uma escolha: ou aceita a revisão de seus direitos, diminuindo seu alcance e efetividade, ou ficam sem nada.

O problema é que o ''autoritarismo'' é como uma ''chantagem'': ambos podem ser lustrados com óleo de peroba para perder o jeito opaco, a dureza e a asperez. Mas não perdem sua natureza.




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Aqui um texto que me parece uma reflexão equilibrada, sem puxar brasa pro assado de ninguém. De fato, como os de sempre estão tentando fazer, as ditas "reformas" (nome elegante para dizer outra vez que NÓS, ou seja, a pobraiada atual e a futura - a atual e minguante classe média - vamos DE NOVO ter que pagar pelas falcatruas do andar de cima), dificilmente irão passar. Até as eleições de 2018 todo mundo vai sentir no bolso o que elas significam, não será apenas texto em jornal ou na internet, muita gente que vota (e se orgulha de "ser de direita") vai se dar conta do mico que pagou. Porque não tem "direita" nem "esquerda" neste pobre País rico, tem é uma minoria roubando despudoradamente e sem parar a uma maioria impotente, porque não tem um judiciário à altura do desafio de enfrentar e corrigir os desmandos de quem não apenas se julga mas de fato ESTÁ acima da lei. A chance de repetir as eleições de 2016, com enorme renovação nos quadros políticos certamente vai deixar um monte de aspirante à reeleição de orelha em pé. Pasmem, nossa salvação depende...DO CONGRESSO!!! :shock: :shock: :shock: :shock:

Isso posto, uma dúvida honesta, gostaria mesmo de saber a resposta: com o desemprego em crescimento, como se justifica manter as pessoas trabalhando por mais tempo? Para um leigo como eu, cada posto de trabalho que NÃO abre (porque seu antigo ocupante é obrigado a permanecer nele por anos e anos a mais) é um jovem a mais engrossando as fileiras dos neodesempregados. Como exatamente isso irá desencalhar a nossa economia?
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#22489 Mensagem por cassiosemasas » Seg Mar 06, 2017 12:34 am

Túlio escreveu:
cassiosemasas escreveu:Só mais um....

Aqui um texto que me parece uma reflexão equilibrada, sem puxar brasa pro assado de ninguém. De fato, como os de sempre estão tentando fazer, as ditas "reformas" (nome elegante para dizer outra vez que NÓS, ou seja, a pobraiada atual e a futura - a atual e minguante classe média - vamos DE NOVO ter que pagar pelas falcatruas do andar de cima), dificilmente irão passar. Até as eleições de 2018 todo mundo vai sentir no bolso o que elas significam, não será apenas texto em jornal ou na internet, muita gente que vota (e se orgulha de "ser de direita") vai se dar conta do mico que pagou. Porque não tem "direita" nem "esquerda" neste pobre País rico, tem é uma minoria roubando despudoradamente e sem parar a uma maioria impotente, porque não tem um judiciário à altura do desafio de enfrentar e corrigir os desmandos de quem não apenas se julga mas de fato ESTÁ acima da lei. A chance de repetir as eleições de 2016, com enorme renovação nos quadros políticos certamente vai deixar um monte de aspirante à reeleição de orelha em pé. Pasmem, nossa salvação depende...DO CONGRESSO!!! :shock: :shock: :shock: :shock:

Isso posto, uma dúvida honesta, gostaria mesmo de saber a resposta: com o desemprego em crescimento, como se justifica manter as pessoas trabalhando por mais tempo? Para um leigo como eu, cada posto de trabalho que NÃO abre (porque seu antigo ocupante é obrigado a permanecer nele por anos e anos a mais) é um jovem a mais engrossando as fileiras dos neodesempregados. Como exatamente isso irá desencalhar a nossa economia?
Concordo!!!

Tem uma entrevista de um dos fundadores do PSDB o Luis Carlos Bresser falando sobre as pataquadas que o Temer anda empurrando, ele afirma com todas as letras que muitas dessas reformas não fazem sentindo, não são viáveis por não levarem em conta preceitos básicos, tanto de econômicos quanto sociais.
E olha que o Bresser não é um defensor dos "frascos e comprimidos" heim..rs...
Eu gostaria de entender também essa relação, os amigos entendidos do funcionamento da maquina(leia-se economia.) poderiam esclarecer isso.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#22490 Mensagem por Marechal-do-ar » Seg Mar 06, 2017 12:47 am

Túlio escreveu:Isso posto, uma dúvida honesta, gostaria mesmo de saber a resposta: com o desemprego em crescimento, como se justifica manter as pessoas trabalhando por mais tempo? Para um leigo como eu, cada posto de trabalho que NÃO abre (porque seu antigo ocupante é obrigado a permanecer nele por anos e anos a mais) é um jovem a mais engrossando as fileiras dos neodesempregados. Como exatamente isso irá desencalhar a nossa economia?
Aqui há dois problemas distintos: A economia do país, as economias do cidadão.

Para o cidadão o importante é que ele esteja recebendo, não importa como, então o cidadão vê o desemprego como um grande problema porque significa que ele não vai receber, para o cidadão o desemprego assusta mais do que os motivos que levam ao desemprego e ele não se preocupa como o problema seja reslvido desde que, no final, ele receba.

Mas para a economia do país o desemprego é um reflexo, mas não exatamente um problema, acabar com o desemprego é relativamente fácil, só pagar bolsa família (em um valor decente) para as pessoas, acho que você já imaginou o impacto disso na economia, permitir que as pessoas se aposentem cedo tem o mesmo impacto, para a economia do país o importante é que as pessoas produzam*, é isso que faz o PIB crescer, e o desemprego é um reflexo de quando as pessoas param de produzir, o real problema aqui é o motivo das pessoas pararem de produzir, podendo ser, por exemplo, a baixa competitividade do país.

*E quando digo produzir não significa apenas ter um emprego, mas ter um emprego produtivo, por isso aquelas promessas de campanha muito populares em que o político garante que vai empregar x jovens em uma função inútil não ajudam em nada a economia.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#22491 Mensagem por kirk » Seg Mar 06, 2017 2:15 am

Porque da aliança entre esquerda e islamismo



Shapiro traduz com perfeição o pensamento socialista, confiram !
[] kirk

Os Estados não se defendem exigindo explicações, pedidos de desculpas ou com discursos na ONU.

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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#22492 Mensagem por cassiosemasas » Seg Mar 06, 2017 3:34 am

Ta começando a ficar animado!!!!
tem gente que não anda dormindo nem na base do Valium ou Xanax...rs...

Janot pedirá investigação de ministros e aliados de Temer

Alan Marques - 22.jun.2016/Folhapress
Imagem
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, durante reunião no Supremo Tribunal Federal



LEANDRO COLON
DIRETOR DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
05/03/2017 02h00


O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedirá nos próximos dias ao STF (Supremo Tribunal Federal) a abertura de inquérito para investigar pelo menos dois ministros do governo de Michel Temer, além de senadores do PMDB e do PSDB, todos citados nas delações premiadas da Odebrecht.

Janot vai requerer, ainda, o desmembramento para instâncias inferiores de casos envolvendo dezenas de políticos sem foro no Supremo, mas que foram mencionados nos depoimentos.

Entre eles, estão os petistas e ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, além dos ex-ministros Guido Mantega e Antonio Palocci, o marqueteiro João Santana, governadores, ex-governadores e ex-parlamentares.

Da equipe de Temer, segundo a Folha apurou, já estão na lista da Procuradoria-Geral da República (PGR) os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência).

Outros ministros podem aparecer. Por exemplo, Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia e Comunicações) –a Procuradoria, por enquanto, estuda esse caso.

Da bancada do PMDB no Congresso, a PGR quer investigar o presidente do Senado, Eunício Oliveira (CE), o líder do partido e ex-presidente, Renan Calheiros (AL), e os senadores Edison Lobão (MA) e Romero Jucá (RR).

Integram também a lista da procuradoria os tucanos José Serra (SP) e Aécio Neves (MG).

ESTRATÉGIA

A estratégia de Janot é tentar entregar, na próxima semana, todos os pedidos de uma vez ao relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin.

O número de solicitações ao ministro do Supremo pode passar de 40. Os detalhes sobre os inquéritos devem ser concluídos até esta segunda-feira (6) em Brasília.

O procurador-geral vai sugerir diligências, incluindo depoimentos e quebra de sigilos bancários e fiscal.

Cada solicitação vai conter documentos e gravações referentes ao nome a ser investigado –caberá ao ministro Fachin decidir ou pela abertura dos inquéritos e ou pela manutenção de seu sigilo.

A PGR pretende preservar o segredo das informações que não podem ser reveladas na fase de investigação.

Ao todo, cerca de 850 depoimentos de 77 executivos da Odebrecht foram analisados. Muitos deles contêm fatos semelhantes –outros podem ser anexados a investigações já em andamento


NA MIRA DE JANOT - Senadores e ministros serão investigados pela PGR

HIPÓTESES

De acordo com quem tem acesso às delações, Janot e sua equipe estudam, ainda, a viabilidade jurídica de incluir ou não o nome do presidente Michel Temer como alvo de inquérito.

Pela Constituição, o presidente da República não pode ser investigado por atos cometidos fora do período do mandato. Temer assumiu a presidência no ano passado, com o impeachment de Dilma Rousseff.

As delações da Odebrecht incluem o peemedebista em episódios quando ele era vice-presidente –por exemplo, um jantar no Palácio do Jaburu com Marcelo Odebrecht, em 2014. E quando ainda era deputado e candidato a vice da petista em 2010, ano em que teria participado de uma reunião com a empreiteira para discutir repasse de recursos.

A discussão interna na PGR é se o cargo de vice pode ser considerado um "mandato presidencial". Nesse caso, o STF pode autorizar a investigação da participação de Temer no jantar de 2014.

Outra hipótese é se os inquéritos precisam estar relacionados a fatos ocorridos desde o ano passado, após o impeachment de Dilma. A palavra final caberá a Janot.

O procurador-geral já sinalizou que pretende dar a Temer o mesmo tratamento recebido por Dilma, que ficou de fora de pedidos de investigação referentes a desvios na Petrobras no período em que ela não era presidente.

Além de inquéritos e pedidos de desmembramentos, o procurador-geral vai solicitar o arquivamento de casos em que entendeu não haver indícios de crime configurado.

Exemplo: o relato de um delator de que a Odebrecht teve de fazer doação eleitoral oficial porque foi pressionada por um político. Não haveria ilegalidade neste contexto, segundo um investigador.

OUTRO LADO

Os ministros do governo Temer e senadores tucanos e peemedebistas que serão alvos da Procuradoria-Geral da República têm negado qualquer irregularidade relatada por executivos da Odebrecht.

Licenciado por razões médicas, o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) é apontado na delação de Cláudio Melo Filho, ex-diretor da Odebrecht, como o responsável por orientar a distribuição de R$ 10 milhões da empresa ao PMDB.

Parte desse dinheiro teria sido entregue no escritório de José Yunes, ex-assessor de Temer, que confirma ter recebido documentos a pedido de Padilha em 2014.

Padilha ainda não se manifestou sobre a versão de Yunes. Porém, quando a delação de Cláudio Melo foi divulgada em dezembro, negou ter tratado de arrecadação para deputados do partido.

Citado 34 vezes nesse mesmo depoimento, Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) é apontado como arrecadador. O ministro tem negado as acusações e diz jamais ter falado de recursos para o PMDB com o delator da empreiteira.

Segundo o mesmo delator, Romero Jucá (PMDB-RR) centralizou a distribuição de ao menos R$ 23 milhões dentro do partido. O senador é apontado como o "homem de frente" para negociar no Congresso medidas de interesse da Odebrecht.

Jucá já afirmou que desconhece a delação e nega ter recebido recursos para o PMDB. Recentemente, em discurso na tribuna do Senado, criticou a imprensa e novamente se defendeu das acusações.

Sobre o papel de Renan, Melo Filho afirmou que o senador alagoano atuava no "mesmo sentido" de Jucá e foi beneficiado por recursos da empreiteira.

Na sua defesa, o senador tem alegado que "jamais credenciou, autorizou ou consentiu que terceiros falassem em seu nome". Afirma também que é "zero" a chance de haver irregularidades em sua contas pessoais ou eleitorais.

De acordo com a delação do executivo da Odebrecht, o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) recebeu R$ 2,1 milhões de propina em troca da aprovação de uma medida provisória. O senador nega.

Em entrevista à Folha, afirmou que delatores no "desespero" "inventam". O senador Edison Lobão (PMDB-MA) também nega recebimento de propina da empreiteira.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) é mencionado em episódios ligados a esquema de propina na Cidade Administrativa, sede do governo mineiro, e à arrecadação de caixa dois eleitoral.

Na sua defesa, o tucano diz que jamais recebeu recursos não oficiais para campanha e refuta a ligação de seu nome a propina, afirmando que as alegações são "falsas e absurdas".

Já José Serra, que recentemente pediu demissão do Ministério de Relações Exteriores, é apontado como beneficiário de R$ 23 milhões de caixa dois na campanha de 2010 –parte desse valor depositada em contas na Suíça. Quando a Folha revelou o caso, o tucano disse que não cometeu nenhuma irregularidade e declarou que não se pronunciaria sobre supostos vazamentos de delações.

De acordo com o depoimento do ex-presidente da Odebrecht Transport, Paulo Cesena, o ministro Gilberto Kassab teria recebido R$ 14 milhões de caixa dois entre 2013 e 2014. Kassab diz não ter conhecimento de doações fora da




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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#22493 Mensagem por cassiosemasas » Seg Mar 06, 2017 3:40 am

Enquanto isso no Congresso!!!!

Congresso 'trava' 12 PECs sobre fim do foro privilegiado


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Vista do plenário do Senado, no Congresso Nacional


Uma das principais bandeiras dos primeiros grandes protestos de rua de 2017, marcados para o dia 26 deste mês, o fim do foro privilegiado está emperrado no Congresso Nacional. Lideranças da Câmara e do Senado não se mostram dispostas a acelerar a tramitação das Propostas de Emendas à Constituição (PECs) que extinguem o direito a que autoridades sejam julgadas por tribunais.

Mesmo em meio às discussões sobre restrição da prerrogativa pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e na iminência da divulgação das delações da Odebrecht que devem implicar dezenas de deputados e senadores, os parlamentares temem que, sem foro, possam ficar sujeitos a investigações conduzidas por magistrados de primeira instância, como o juiz Sérgio Moro.

A reação do Congresso a uma eventual mudança na prerrogativa pelo STF foi escancarada na semana passada quando o líder do governo no Congresso e presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), disse que não pode haver uma "suruba selecionada". A principal justificativa pública de parlamentares ouvidos pelo "Estado de S. Paulo" para não levar adiante a proposta é que, sem qualquer espécie de modulação da prerrogativa, a iniciativa não passará.

As PECs em tramitações mais avançadas nas Casas querem acabar com o foro. A maioria dos congressistas, porém, defende que determinadas autoridades, como presidentes de Poderes, ou medidas de força, como o cumprimento de pedidos de prisão ou de busca e apreensão, sejam investigados ou decretados por tribunais.

Há parlamentares que admitem abertamente que será difícil a matéria avançar. "No momento de confusão, nunca sai uma legislação boa", disse o líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL), que, pessoalmente, se diz a favor de restringir o foro.

Na Câmara, o provável presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), adiantou que tentará pautar uma do pacote de 12 PECs sobre o tema --a mais antiga delas de 2005. "Se houver um anseio popular e há manifestações do STF de decidir sobre o assunto, não tem como o Congresso não discutir."

Essa iniciativa, contudo, não tem ampla simpatia dos deputados. Para tentar viabilizar sua aprovação, o autor da última das propostas que trata do assunto, Celso Maldaner (PMDB-SC), admite mudar seu texto sobre fim do foro irrestrito para deixar apenas 15 autoridades no STF: os ministros da Corte e os presidentes da República, da Câmara e do Senado, além do procurador-geral da República.

Assunto fora da agenda

O líder do PSDB na Câmara, Ricardo Trípoli (SP), cobra o envolvimento dos magistrados para encontrar o melhor formato para o foro. "Quem julga é o Judiciário, nós fabricamos as leis. É razoável discutir para que haja celeridade nos julgamentos", disse o tucano.

Se passar na CCJ, a proposta terá de ir a uma comissão especial e, posteriormente, ao plenário da Casa. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que, se a PEC avançar, vai colocá-la para votar. "Não há problema em pautar nenhuma matéria. Essa discussão pode acontecer a qualquer momento", disse. Aprovada em dois turnos com ao menos 308 dos 513 votos, a matéria vai para o Senado.

Na outra Casa, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) tem tentado, sem grande sucesso até o momento, buscar apoio dos líderes para colocar em votação no plenário uma PEC que acaba totalmente com o foro e foi aprovada pela CCJ em novembro passado. Ele precisa do apoio de pelo menos 41 dos 81 senadores para garantir a inclusão da PEC na pauta. Por ora, ele só conseguiu o apoio de nove. O presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), tem dito em conversas que esse assunto, por ora, está fora da agenda.






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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#22494 Mensagem por cassiosemasas » Seg Mar 06, 2017 3:53 am

E o Janot pediu pro beiço mole investigar o Aécio, mas andei vendo que o nome do Beiçola também está em uma famigerada lista junto com Aécio vixi...
que suruba by Jucá ou Caju para os íntimos..... :twisted:


Há 'assanhamento juvenil' em discussão sobre foro, diz Gilmar Mendes

Roberto Jayme/Ascom/TSE
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Em meio à discussão sobre a limitação do foro privilegiado, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta sexta-feira (17), ao Broadcast Político que se "está escolhendo para um problema extremamente complexo uma solução simples e obviamente errada". Nesta semana, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, afirmou que o foro privilegiado é hoje uma "causa frequente de impunidade" e se tornou uma "perversão da Justiça".

Barroso enviou ao plenário da corte processo em que defende uma interpretação mais restritiva sobre o alcance do foro privilegiado, que teria caráter excepcional, limitando-se especificamente aos crimes cometidos durante o mandato de políticos e que dizem respeito estritamente ao desempenho daquele cargo.

Sem rebater diretamente a proposta de Barroso e falando do tema em uma análise mais geral e ampla, Gilmar disse que a discussão sobre o foro privilegiado está cercada de "assanhamento juvenil" e "venda pública de ilusão".

"Há muito assanhamento até juvenil, aproveitando-se da ingenuidade da opinião pública. Agora se descobriu que o grande mal do Brasil é o foro. É populismo jurisdicional", criticou o ministro.

Mais cedo nesta sexta, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, afirmou ter uma visão crítica sobre o foro privilegiado e que a Corte deve debater o alcance da prerrogativa, conforme proposto por Barroso.

"Eu, já de há muito tempo, tenho subscrito uma visão crítica do chamado foro privilegiado, por entendê-lo incompatível com o princípio republicano, que é o programa normativo que está na base da Constituição brasileira", disse.

Na avaliação de Gilmar, o tema é muito sensível e qualquer mudança deveria ser feita por meio de uma emenda constitucional. "Está se escolhendo para um problema extremamente complexo uma solução simples e obviamente errada", observou Mendes.

"Há prescrição em todos os lugares. O mensalão só andou porque foi julgado no STF", concluiu o ministro.



Fonte.
Engraçado todos os dados apontam justamente para o contrário que disse o comentarista mor do STF Gilmar Beiço Mole Mendes, mais uma prova que não são só os nossos políticos que vivem em um mundo paralelo à realidade, mas membros da corte também "sofrem" do mesmo mau.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#22495 Mensagem por Túlio » Seg Mar 06, 2017 11:40 am

Marechal-do-ar escreveu:
Túlio escreveu:Isso posto, uma dúvida honesta, gostaria mesmo de saber a resposta: com o desemprego em crescimento, como se justifica manter as pessoas trabalhando por mais tempo? Para um leigo como eu, cada posto de trabalho que NÃO abre (porque seu antigo ocupante é obrigado a permanecer nele por anos e anos a mais) é um jovem a mais engrossando as fileiras dos neodesempregados. Como exatamente isso irá desencalhar a nossa economia?
Aqui há dois problemas distintos: A economia do país, as economias do cidadão.
Até aí OK.
Marechal-do-ar escreveu:Para o cidadão o importante é que ele esteja recebendo, não importa como, então o cidadão vê o desemprego como um grande problema porque significa que ele não vai receber, para o cidadão o desemprego assusta mais do que os motivos que levam ao desemprego e ele não se preocupa como o problema seja reslvido desde que, no final, ele receba.
A meu ver passaste pelo problema de maneira superficial: sim, o objetivo do indivíduo é ser pago, tanto por trabalhos que executa (ativo) quanto pelos que EXECUTOU, bem como os anos em que contribuiu para a previdência (inativo ou aposentado), desgastou sua saúde em função da profissão, etc. Mas...
Marechal-do-ar escreveu:Mas para a economia do país o desemprego é um reflexo, mas não exatamente um problema,
Como assim? A economia não é a soma das interações produtivas de indivíduos? As coisas então SE produzem, SE vendem e SE consomem sozinhas? Mas segue...
Marechal-do-ar escreveu:acabar com o desemprego é relativamente fácil, só pagar bolsa família (em um valor decente) para as pessoas,
Aí o enguiço: na prática significa que os que trabalham/trabalharam precisam DAR dinheiro a quem não o faz/fez nem precisa fazer, o tutu vem de presente, quem paga somos NÓS mas quem aufere os ganhos políticos é O GOVERNO. Bandeira do PSDB entusiasticamente abraçada pelo PT, aliás. O costume de ganhar sem trabalhar se enraizou de tal forma entre nós que quem mexer nisso será execrado e expelido da vida política para todo o sempre. O contraponto? ROOSEVELT! Mas segue...
Marechal-do-ar escreveu:acho que você já imaginou o impacto disso na economia,
Eu, a torcida do Framengo e a do Curíntia, pois VIMOS isso (explosão de consumo, principalmente de bens importados de baixo custo e veículos usados dos anos 70/80, matando a nossa indústria e mandando a poluição para a estratosfera) na década passada, e agora VEMOS no que está dando (endividamento maciço dos mais pobres, mais de metade deles no SPC/SERASA e a consequente recessão das brabas): riqueza não se cria do nada para ser distribuída! Tem que ser CRIADA, e isto se faz com seres humanos trabalhando, não computadores sozinhos num salão. Como pagar a uma massa crescente que NÃO trabalha nem trabalhou (portanto, não contribuiu), grande parte por falta de emprego mesmo, não por vagabundagem, se a produção de riqueza segue em queda? Mas segue...
Marechal-do-ar escreveu:permitir que as pessoas se aposentem cedo tem o mesmo impacto, para a economia do país o importante é que as pessoas produzam*, é isso que faz o PIB crescer, e o desemprego é um reflexo de quando as pessoas param de produzir, o real problema aqui é o motivo das pessoas pararem de produzir, podendo ser, por exemplo, a baixa competitividade do país.
Não, Marechal véio, não é de modo algum a mesma coisa: quem trabalha CONTRIBUI, quem se aposenta CONTRIBUIU e, conforme a idade (meu caso) segue contribuindo com a Previdência e pagando plano de saúde e IRPF, usando apenas o que sobrar para consumir. Quem ganha dinheiro de presente, só para existir, sem a exigência de qualquer contrapartida, não contribui com praticamente nada, apenas consome. E, como temos visto, se endivida até à insolvência, criando um novo problema que nós, os CONTRIBUINTES ativos e inativos, vamos ter que pagar para resolver. Nas buenas, DUVIDO que penses assim quando for a TUA vez de se aposentar, vais é ficar tão indignado quando eu, após trinta e tantos anos de trabalho, ser comparado como igual a um cara que ganha dinheiro do governo (NOSSO dinheiro) nem ter que fazer nada em troca, apenas gastar. E vens com "valor decente" para bolsa sei lá o quê: paraste para pensar que boa parte (a maioria, na verdade) do pessoal que trabalha/trabalhou por décadas a fio, com sol ou chuva, NÃO RECEBE um valor "decente"?
Marechal-do-ar escreveu:*E quando digo produzir não significa apenas ter um emprego, mas ter um emprego produtivo, por isso aquelas promessas de campanha muito populares em que o político garante que vai empregar x jovens em uma função inútil não ajudam em nada a economia.
Mas um Médico PRODUZ o quê? Um Advogado? Um Odontólogo? Um Especialista em Contabilidade? Um Policial? Um Bombeiro? Um Paramédico? Um Técnico em Manutenção de computadores? Uma Manicure? Uma Cabelereira? Mas tentes manter uma Sociedade sem estes não-produtores (mas que são PAGADORES DE IMPOSTOS e previdência)... :roll: :roll: :roll: :roll:
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#22496 Mensagem por kirk » Seg Mar 06, 2017 12:19 pm

cassiosemasas escreveu:E o Janot pediu pro beiço mole investigar o Aécio, mas andei vendo que o nome do Beiçola também está em uma famigerada lista junto com Aécio vixi...
que suruba by Jucá ou Caju para os íntimos..... :twisted:


Há 'assanhamento juvenil' em discussão sobre foro, diz Gilmar Mendes

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Em meio à discussão sobre a limitação do foro privilegiado, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta sexta-feira (17), ao Broadcast Político que se "está escolhendo para um problema extremamente complexo uma solução simples e obviamente errada". Nesta semana, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, afirmou que o foro privilegiado é hoje uma "causa frequente de impunidade" e se tornou uma "perversão da Justiça".

Barroso enviou ao plenário da corte processo em que defende uma interpretação mais restritiva sobre o alcance do foro privilegiado, que teria caráter excepcional, limitando-se especificamente aos crimes cometidos durante o mandato de políticos e que dizem respeito estritamente ao desempenho daquele cargo.

Sem rebater diretamente a proposta de Barroso e falando do tema em uma análise mais geral e ampla, Gilmar disse que a discussão sobre o foro privilegiado está cercada de "assanhamento juvenil" e "venda pública de ilusão".

"Há muito assanhamento até juvenil, aproveitando-se da ingenuidade da opinião pública. Agora se descobriu que o grande mal do Brasil é o foro. É populismo jurisdicional", criticou o ministro.

Mais cedo nesta sexta, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, afirmou ter uma visão crítica sobre o foro privilegiado e que a Corte deve debater o alcance da prerrogativa, conforme proposto por Barroso.

"Eu, já de há muito tempo, tenho subscrito uma visão crítica do chamado foro privilegiado, por entendê-lo incompatível com o princípio republicano, que é o programa normativo que está na base da Constituição brasileira", disse.

Na avaliação de Gilmar, o tema é muito sensível e qualquer mudança deveria ser feita por meio de uma emenda constitucional. "Está se escolhendo para um problema extremamente complexo uma solução simples e obviamente errada", observou Mendes.

"Há prescrição em todos os lugares. O mensalão só andou porque foi julgado no STF", concluiu o ministro.



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Engraçado todos os dados apontam justamente para o contrário que disse o comentarista mor do STF Gilmar Beiço Mole Mendes, mais uma prova que não são só os nossos políticos que vivem em um mundo paralelo à realidade, mas membros da corte também "sofrem" do mesmo mau.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#22497 Mensagem por Marechal-do-ar » Seg Mar 06, 2017 6:43 pm

Túlio escreveu:Como assim? A economia não é a soma das interações produtivas de indivíduos? As coisas então SE produzem, SE vendem e SE consomem sozinhas? Mas segue...
Não, pessoas produzem coisas, por isso para a economia o importante é que pessoas produzam, mas para a economia não importa se as pessoas que não produzem são chamadas de "desempregados" ou de "aposentados".
Túlio escreveu:Não, Marechal véio, não é de modo algum a mesma coisa: quem trabalha CONTRIBUI, quem se aposenta CONTRIBUIU e, conforme a idade (meu caso) segue contribuindo com a Previdência e pagando plano de saúde e IRPF, usando apenas o que sobrar para consumir. Quem ganha dinheiro de presente, só para existir, sem a exigência de qualquer contrapartida, não contribui com praticamente nada, apenas consome. E, como temos visto, se endivida até à insolvência, criando um novo problema que nós, os CONTRIBUINTES ativos e inativos, vamos ter que pagar para resolver. Nas buenas, DUVIDO que penses assim quando for a TUA vez de se aposentar, vais é ficar tão indignado quando eu, após trinta e tantos anos de trabalho, ser comparado como igual a um cara que ganha dinheiro do governo (NOSSO dinheiro) nem ter que fazer nada em troca, apenas gastar. E vens com "valor decente" para bolsa sei lá o quê: paraste para pensar que boa parte (a maioria, na verdade) do pessoal que trabalha/trabalhou por décadas a fio, com sol ou chuva, NÃO RECEBE um valor "decente"?
Aqui você está misturando economia com justiça social ou alguma coisa assim.

Você pode argumentar o quanto quiser que não é justo que os que trabalhem paguem pelos que não trabalham, mas para a economia isso é indiferente, para a economia é importante que tenha pessoas trabalhando, não importa muito se são jovens, velhos, crianças ou escravos (a produtividade de alguns grupos pode ser mais baixa, mas ai já é outro assunto), alias, muitos sociedades "de primeiro mundo" funcionaram na base do, muitos não trabalham e o resto trabalha de sol a sol, mesmo hoje, há milhares de filhinhos de papai que o único trabalho que eles tem é de contratar um administrador de herenças, então, mais uma vez, você pode argumentar o quanto quiser que isso é injusto (e antes que venha falar sobre minha futura aposentadoria, eu também acho injusto), mas para a economia em si, isso não faz diferença.
Túlio escreveu:Mas um Médico PRODUZ o quê? Um Advogado? Um Odontólogo? Um Especialista em Contabilidade? Um Policial? Um Bombeiro? Um Paramédico? Um Técnico em Manutenção de computadores? Uma Manicure? Uma Cabelereira? Mas tentes manter uma Sociedade sem estes não-produtores (mas que são PAGADORES DE IMPOSTOS e previdência)... :roll: :roll: :roll: :roll:
Realmente, eles não produzem nada, no caso do médico podemos argumentar que sem médicos suficientes muitas crianças vão morrer, representando um investimento que a sociedade fez e foi perdido, já que mortos não trabalham, mas médicos demais também não contribuem em nada para a economia, até posso citar o país com a maior concentração de médicos como exemplo: Cuba.

Em relação a advogados e contadores, são profissões que fazem as engrenagens do sistema girar, eles cuidam da burocracia, e o Brasil tem muitos desses, só de advogados são uns 800 mil, fora 3 milhões de bacharéis em direito, um reflexo do excesso de burocracia, mas me diga, já viu algum economista argumentando que devemos manter a burocracia para não deixar advogados e contadores desempregados? Ou algo que se vê com certa frequência é eles insistindo na necessidade de reduzir a burocracia?

Um dos efeitos colaterais da redução da burocracia é que advogados e contadores vão perder o emprego, e até sei da resposta dos economistas para esse problema: "que mudem de profissão".
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#22498 Mensagem por Túlio » Seg Mar 06, 2017 7:01 pm

Marechal-do-ar escreveu: Não, pessoas produzem coisas, por isso para a economia o importante é que pessoas produzam, mas para a economia não importa se as pessoas que não produzem são chamadas de "desempregados" ou de "aposentados".

Selecionei apenas esta parte porque me pareceu que, no resto, mais concordamos do que discordamos e estas resume bem o ponto em que discordamos.

OK, então me digas: se Economia é "isso" que descreves, para que serve?

Porque se ela diz que um cara que não trabalha e/ou nunca trabalhou e vive às custas dos PAGADORES DE IMPOSTOS é a mesma coisa que um que trabalhou/trabalha (ou possui algum outro meio próprio para se sustentar, que não dependa da criação de riquezas a partir do nada ou ainda tomadas de pessoas que nada podem dizer ou fazer a respeito) e é PAGADOR DE IMPOSTOS, me parece tão credível quanto Astrologia. Até menos, para dizer a verdade.

Sério que um índio passa ANOS na Faculdade para "aprender" ISSO???
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#22499 Mensagem por Bourne » Seg Mar 06, 2017 8:53 pm

Túlio escreveu:Selecionei apenas esta parte porque me pareceu que, no resto, mais concordamos do que discordamos e estas resume bem o ponto em que discordamos.

OK, então me digas: se Economia é "isso" que descreves, para que serve?

Porque se ela diz que um cara que não trabalha e/ou nunca trabalhou e vive às custas dos PAGADORES DE IMPOSTOS é a mesma coisa que um que trabalhou/trabalha (ou possui algum outro meio próprio para se sustentar, que não dependa da criação de riquezas a partir do nada ou ainda tomadas de pessoas que nada podem dizer ou fazer a respeito) e é PAGADOR DE IMPOSTOS, me parece tão credível quanto Astrologia. Até menos, para dizer a verdade.

Sério que um índio passa ANOS na Faculdade para "aprender" ISSO???
A economia significa explorar a relação entre as pessoas, individual ou social.

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Não se aprende isso na graduação. A maioria no Brasil pensa que é calcular juros composto, fazer projeto de investimento e ser contra o deus mercado ou deus estado, depende da ideologia. :|

A resposta para pergunta é Sim.

O cara que trabalha ou não vale a mesma coisa. Não pela economia, mas pela noção liberal e da defesa dos direitos individuais e civis dos membros da sociedade. Assim, democracia não é a ditadura da maioria, mas sim existem direitos e parâmetros para negociação que precisam ser respeitados. Não quer dizer que países asiáticos ou árabes ignoram isso. Eles precisam considerar a sociedade como um todo e os diversos grupos para chegar a instabilidade política e violência. De um jeito ou de outro.

E, por isso, que tu paga imposto e, em boa parte do mundo, paga imposto progressivo. Isso é coisa nova, vem lá do século XIX e começou a ser trabalhada com a escola de finanças públicas italiana que trata da operacionalização do papel do estado moderno, incluindo impostos, gastos e como administra as políticas públicas. Por que alguém precisa pagar pelos serviços e bens públicos (saúde, educação, segurança pública, infraestrutura urbana, entre outras). Como também para sustentar a redistribuição de renda e transferências para certos grupos, incluindo de renda negativa e complementação alimentar, aposentadoria e benefícios e outros.

Obviamente, na sociedade, seja democrática ou não, existe negociação e conflito entre os grupos. Para saber qual a participação do governo na economia, o grau de intervenção e a escala da oferta de transferência e redistribuição de renda.

Por fim, não existe esse maniqueísmo do que não serve para o trabalho não importa. É irreal. Por que a preocupação da economia é elevar bem-estar da população, serem mais felizes e terem uma vida mais prazerosa. Lá no fundo, o mundo ideal é aquele que a maioria se dedica a artes e trivialidades, enquanto o trabalho pesado e repetitivo é feito por máquinas.

Essa é a história do século. Ao invés da gente estar quebrando pedra e caçando, estamos discutindo em um fórum, assistindo youtube e pensando besteira.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#22500 Mensagem por Túlio » Seg Mar 06, 2017 9:24 pm

Bourne escreveu:
A economia significa explorar a relação entre as pessoas, individual ou social.

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Não se aprende isso na graduação. A maioria no Brasil pensa que é calcular juros composto, fazer projeto de investimento e ser contra o deus mercado ou deus estado, depende da ideologia. :|

A resposta para pergunta é Sim.

O cara que trabalha ou não vale a mesma coisa. Não pela economia, mas pela noção liberal e da defesa dos direitos individuais e civis dos membros da sociedade. Assim, democracia não é a ditadura da maioria, mas sim existem direitos e parâmetros para negociação que precisam ser respeitados. Não quer dizer que países asiáticos ou árabes ignoram isso. Eles precisam considerar a sociedade como um todo e os diversos grupos para chegar a instabilidade política e violência. De um jeito ou de outro.

E, por isso, que tu paga imposto e, em boa parte do mundo, paga imposto progressivo. Isso é coisa nova, vem lá do século XIX e começou a ser trabalhada com a escola de finanças públicas italiana que trata da operacionalização do papel do estado moderno, incluindo impostos, gastos e como administra as políticas públicas. Por que alguém precisa pagar pelos serviços e bens públicos (saúde, educação, segurança pública, infraestrutura urbana, entre outras). Como também para sustentar a redistribuição de renda e transferências para certos grupos, incluindo de renda negativa e complementação alimentar, aposentadoria e benefícios e outros.

Obviamente, na sociedade, seja democrática ou não, existe negociação e conflito entre os grupos. Para saber qual a participação do governo na economia, o grau de intervenção e a escala da oferta de transferência e redistribuição de renda.

Por fim, não existe esse maniqueísmo do que não serve para o trabalho não importa. É irreal. Por que a preocupação da economia é elevar bem-estar da população, serem mais felizes e terem uma vida mais prazerosa. Lá no fundo, o mundo ideal é aquele que a maioria se dedica a artes e trivialidades, enquanto o trabalho pesado e repetitivo é feito por máquinas.

Essa é a história do século. Ao invés da gente estar quebrando pedra e caçando, estamos discutindo em um fórum, assistindo youtube e pensando besteira.

Sei lá, me parece enredo de filme pornô (pensar besteira é comigo mesmo :mrgreen: ), tipo aquela vagaba que leva, leva e segue levando sem cansar nunca, sempre tem para quem levanta o Little Richard.

De qualquer modo, segue a sugestão de uma tese que não apenas me faria calar a boca de vez mas ainda te renderia não um mas DOIS Prêmios Nobel, o de Economia e o de Física: COMO FAZER ALGO A PARTIR DO NADA!

Porque é para onde seguimos.

PS.: e não usei dicotomia alguma, meu ÚNICO reparo sobre os não-contribuintes foi sobre o modo como recebem, e apenas usando um nome: ROOSEVELT! Espero que o dinheiro dado de presente - ou seja, sem qualquer contrapartida nem taxas - não saia da Previdência (sai? PQP!) porque aí sim, não vai ter reforma que segure o rojão.
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