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Re: NOTICIAS

Enviado: Sáb Nov 01, 2008 11:02 am
por knigh7
O novo plano de defesa do Brasil

Prioridades incluem a fabricação de porta-aviões, base naval na Amazônia e privilégios à indústria bélica nacional

Hugo Marques


Demorou, mas a Estratégia Nacional de Defesa vai finalmente sair do papel. O presidente Lula avisou aos ministros que até o fim deste mês assina o decreto que cria o plano militar. A minuta do decreto, à qual ISTOÉ teve acesso com exclusividade, mostra que a nova política do governo para as Forças Armadas é ousada. Como grande guinada no modelo em vigor, o projeto prevê a fabricação de portaaviões não-convencionais, de função múltipla e de menor porte, além de uma base naval na Amazônia e outra para submarinos nucleares. A prioridade é assegurar a soberania do mar territorial e da Bacia Amazônica. Entre outros artefatos, ganham destaque também os veículos não-tripulados de vigilância e combate (Vant), caças supersônicos, submarinos nucleares, mísseis, radares e bombas inteligentes. Trata-se de um projeto de desenvolvimento para reorganizar as três Forças Armadas e reconstruir a indústria bélica nacional. Fora as 98 páginas do decreto, o governo está redigindo cerca de 20 projetos de lei e medidas provisórias para viabilizar a ambiciosa Estratégia de Defesa. Os custos ainda não foram calculados, mas fala-se em dezenas de bilhões de dólares, que o governo se apressa em justificar. “É aflitivo ter que escolher entre mais hospitais, mais escolas e mais transferências sociais de um lado e mais defesa do outro lado”, diz o ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger. “Mas nada é mais caro no mundo que a independência nacional.”
A reorganização da indústria de defesa se dará a partir de um regime especial para as empresas que fabricam artefatos militares. Elas ficarão livres das amarras da Lei de Licitações e dos contingenciamentos de verbas do Orçamento da União. Em contrapartida, o Estado ganha participação especial no capital dessas empresas, na forma de golden share. Estas empresas, monitoradas pelo Estado, ficarão encarregadas de fabricar, entre outros, equipamentos de guerra eletrônica e artefatos individuais para o “combatente do futuro”. Além de garantir os investimentos, quer atrair a inteligência civil para fazer um “complexo militar-universitárioempresarial”, elo entre pesquisa e produção de materiais bélicos. Para isso, vai aumentar “decisivamente” o número de bolsistas em cursos de doutorado e pós-doutorado no Exterior, nos principais centros de pesquisa do mundo.


O pacote de compra de caças, submarinos e helicópteros que será fechado até janeiro é a fórmula para importar tecnologia e deslanchar a indústria nacional. Os submarinos e helicópteros virão da França. A minuta de decreto diz que uma das alternativas é comprar em escala mínima caças de “quinta geração”, com transferência integral de tecnologia, inclusive os códigos-fonte do avião, para que uma empresa nacional comece a produzir o modelo importado. Além dos aviões de combate da FAB, a Marinha vai desenvolver um avião de vigilância, defesa e ataque para seus futuros “navios-aeródromos”, de função múltipla, que serão preferidos aos porta-aviões tradicionais e de dedicação exclusiva.
O governo incluiu no contexto da defesa nacional o desenvolvimento da energia nuclear. A minuta de decreto diz que o País não aderirá ao protocolo adicional do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP). A decisão põe fim à polêmica desencadeada anos atrás, quando a Associação Internacional de Energia Atômica (Aiea) fez pressões veladas para que o governo brasileiro assinasse o protocolo, destinado a ampliar as restrições e a organizar um regime de inspeções “invasivas” ao País. O projeto também prevê a aceleração da prospecção e o aproveitamento das jazidas de urânio, a construção de novas usinas nucleares, o uso da energia nuclear em “amplo espectro de atividades” e a nacionalização completa do ciclo do combustível. “Isso ocorrerá em pouco tempo”, garante o ministro Mangabeira Unger. Está prevista, também, a construção de submarinos nucleares e de reatores nucleares “para uso exclusivo do Brasil”. Segundo o plano, Exército, Marinha e Aeronáutica irão operar em rede, em ligação com o monitoramento da superfície da terra e do mar, “conduzido a partir do espaço”. Os detalhes estão em anexos sigilosos do projeto. Será criado o “Estado- Maior Conjunto das Forças Armadas”, para operação unificada. As tropas terrestres e os quartéis, hoje concentrados no Sul e no Leste, serão redistribuídos para Oeste e Norte. Há uma atenção especial do governo quanto à proteção da faixa do litoral entre Santos (SP) e Vitória (ES), onde estão os grandes centros urbanos e as reservas de petróleo do pré-sal. A nova base naval da Marinha ficará na foz do rio Amazonas e será do tamanho da Base do Rio, para expandir o poderio para o interior do País, aumentando sua presença nas bacias fluviais do Amazonas e Paraná-Paraguai. As barragens de hidrovias a serem construídas terão eclusas para assegurar a passagem de navios.

fonte: http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2 ... 4106-1.htm

Re: NOTICIAS

Enviado: Sáb Nov 01, 2008 11:30 am
por knigh7
".....Como grande guinada no modelo em vigor, o projeto prevê a fabricação de portaaviões não-convencionais, de função múltipla e de menor porte".....
Uma boa idéia na minha opinião. Seria uma belonave tipo Classe Wasp, da U. S. Navy.

Re: NOTICIAS

Enviado: Sáb Nov 01, 2008 11:49 am
por Bourne
knigh7 escreveu:
".....Como grande guinada no modelo em vigor, o projeto prevê a fabricação de portaaviões não-convencionais, de função múltipla e de menor porte".....
Uma boa idéia na minha opinião. Seria uma belonave tipo Classe Wasp, da U. S. Navy.
E que tipo de caça e escolta esses tais porta-aviões vão ter? Por acaso, a expressão "não convencional" quer dizer que é nuclear :shock:

Re: NOTICIAS

Enviado: Sáb Nov 01, 2008 12:22 pm
por gaitero
Na minha interpretação seria um Nae nuclear.

Mas nunca sabemos o que estes repórteres querem dizer :mrgreen:

Talvez seja apenas um Nae com capacidade de transportar carros de combate. :?


O tipo de caça, depende muito do Nae, Sabemos que Naes bem projetados mesmo sendo pequenos, podem ultilizar todo tipo de caça.

Re: NOTICIAS

Enviado: Sáb Nov 01, 2008 1:26 pm
por luis F. Silva
portaaviões não-convencionais, de função múltipla e de menor porte
Então lá se vai a tal "doutrina" que o a MB ia aprender com um NAe convencional.
O previsto será do tipo Cavour com VSTOL.

Re: NOTICIAS

Enviado: Sáb Nov 01, 2008 1:30 pm
por thelmo rodrigues
:shock: :shock: :shock:

Além dos aviões de combate da FAB, a Marinha vai desenvolver um avião de vigilância, defesa e ataque para seus futuros “navios-aeródromos”, de função múltipla, que serão preferidos aos porta-aviões tradicionais e de dedicação exclusiva.

Afinal,....que diabos de aeronave seria esta? UAV, UCAV, avião, dirigível, disco voador, Enterprise, Ave de Rapina,pombo-correio armado,...? [003] :lol:

Re: NOTICIAS

Enviado: Sáb Nov 01, 2008 1:35 pm
por GustavoB
Bourne escreveu:
Vocês fazem uma pessíma imagem do Serra

Li alguns artigos dele, do tempo que era apenas um professor universitário, e eram muito bons. Não tem muito a ver com a imagem que pregam dele e nem com a do PSDB.

O FHC também era isso e aquilo, e olhem o fiasco.

O Lula, pra quem não dava nada, se saiu um dos maiores estadistas que o país já teve, inclusive se descolando das cag adas do PT (especialmente o paulista). Porém, acho que não vai ser tão fácil ele fazer seu sucessor.

Re: NOTICIAS

Enviado: Sáb Nov 01, 2008 2:17 pm
por LeandroGCard
gaitero escreveu:Na minha interpretação seria um Nae nuclear.

Mas nunca sabemos o que estes repórteres querem dizer :mrgreen:

Talvez seja apenas um Nae com capacidade de transportar carros de combate. :?


O tipo de caça, depende muito do Nae, Sabemos que Naes bem projetados mesmo sendo pequenos, podem ultilizar todo tipo de caça.
Duvido muito que seja nuclear, os custos e a complexidade de operação não justificariam.

Provavelmente o que se deve estar imaginando é um navio de porte médio, lá pelas 35 ou 45 mil ton, com uma ala aérea de asa fixa relativamente pequena de 12 ou 16 aviões e um grande número de helis. Os aviões devem ser convencionais mesmo, são mais simples, baratos, existem mais opções e realmente, dependendo do projeto, podem operar em pequenos números mesmo em PA's menores.

Um PA assim poderia ser a base de um grupo de batalha focado em interdição naval e escolta, inclusive AS, as tarefas básicas da MB. Não seria o ideal para projeção de poder (não apenas pelo reduzido número de aeronaves, mas principalmente porque não levaria a quantidade enorme de armamento necessária para uma campanha de bombardeio), mas esta não é uma preocupação do Brasil. E no futuro que sabe, os helis poderiam ser transferidos para PH's dedicados e o número de aviões aumentado, ou até complementado por UAV's.

Leandro G. Card

Re: NOTICIAS

Enviado: Sáb Nov 01, 2008 2:46 pm
por Lord Nauta
luis F. Silva escreveu:
portaaviões não-convencionais, de função múltipla e de menor porte
Então lá se vai a tal "doutrina" que o a MB ia aprender com um NAe convencional.
O previsto será do tipo Cavour com VSTOL.

Prezado Amigo

A ''doutrina'' adquirida pela MB com a operação do Minas Gerais e do São Paulo e muito valiosas e perfeitamente aplicavel a uma belonave da classe, por exemplo, do Cavour.

Sds

Lord Nauta

Re: NOTICIAS

Enviado: Sáb Nov 01, 2008 5:33 pm
por Glauber Prestes
Pensando bem, prevemos que serão três "frotas", além da ribeirinha, então, podemos pensar em dois ou ATÉ três Nae????

Re: NOTICIAS

Enviado: Sáb Nov 01, 2008 6:08 pm
por Vinicius Pimenta
Eu já acho que deveria ser um NAe um pouquinho maior que o SP, até as 50 mil toneladas (máximo do máximo), mais ou menos do tamanho dos novos britânicos.

Re: NOTICIAS

Enviado: Sáb Nov 01, 2008 6:18 pm
por Marino
O artigo possui uma série de erros que aparecerão com o tempo.
Quanto ao PA, eu já disse até muito por aqui. Mas não se esqueçam, a MB NÃO VAI PERDER A CAPACITAÇÃO DURAMENTE ADQUIRIDA E READQUIRIDA. Não vai inventar nada "estrambótico".

Re: NOTICIAS

Enviado: Sáb Nov 01, 2008 6:59 pm
por Mapinguari
thelmo rodrigues escreveu::shock: :shock: :shock:

Além dos aviões de combate da FAB, a Marinha vai desenvolver um avião de vigilância, defesa e ataque para seus futuros “navios-aeródromos”, de função múltipla, que serão preferidos aos porta-aviões tradicionais e de dedicação exclusiva.

Afinal,....que diabos de aeronave seria esta? UAV, UCAV, avião, dirigível, disco voador, Enterprise, Ave de Rapina,pombo-correio armado,...? [003] :lol:
O avião a que se refere a notícia nada mais é do que os Turbo Tracker, que serão adquiridos, modernizados e operados pela MB no São Paulo.

Re: NOTICIAS

Enviado: Sáb Nov 01, 2008 7:00 pm
por henriquejr
Marino escreveu:O artigo possui uma série de erros que aparecerão com o tempo.
Quanto ao PA, eu já disse até muito por aqui. Mas não se esqueçam, a MB NÃO VAI PERDER A CAPACITAÇÃO DURAMENTE ADQUIRIDA E READQUIRIDA. Não vai inventar nada "estrambótico".
Ou seja, nada de PA nuclear! :D

Re: NOTICIAS

Enviado: Sáb Nov 01, 2008 7:29 pm
por Mapinguari
Vinicius Pimenta escreveu:Eu já acho que deveria ser um NAe um pouquinho maior que o SP, até as 50 mil toneladas (máximo do máximo), mais ou menos do tamanho dos novos britânicos.
Pois eu prefiro dois NAe de porte médio (umas 35 mil t, pouco mais do que o São Paulo) do que um de 50 mil t. Dois NAe de 35 mil t e ums dois LPH de umas 18 mil t, tava muito bom para a MB.