Fórum Defesa Brasil

É bom lembrar que o atual MD é um general do exército. Isto por si só diz muita coisa sobre as atuais relações entre as forças dentro daquele ministério. Acho que o cmte do EB não teria se arvorado naquela fala se não tivesse as costas largas junto ao ministro.
Vamos ver com as coisas se sucedem. Se tem uma coisa que os nossos oficiais generais adoram fazer é querer mostrar que são melhores que os outros.
Por outro lado, esta compra vai na direção oposta ao que PND/END defendem enquanto organização dos investimentos na modernização das forças armadas.
Se bem que na hora do vamos ver, nenhuma dar forças dá a mínima para isso quando seus interesses estão em jogo.

abs

FCarvalho escreveu: ↑Qua Dez 02, 2020 10:26 pm

Frederico Vitor escreveu: ↑Qua Dez 02, 2020 10:21 pm Pelo jeito aquela especulação aventada pelo comandante do Exército de possível aquisição de Iveco LMV pela Marinha (CFN), subiu no telhado.

Quando eu falo que o MD no Brasil não apita nada nas decisões dos militares, é por causa dessas e outras.
Na verdade Frederico, essas compras explicam o porquê da fala do Gen Pujol em relação ao LMV e as demais forças naquela apresentação. O leite já estava derramado e ele queria dar à público a tentativa do EB de convencer a marinha a retroceder no JLTV.
Não tem jeito. Cada força continua olhando para o próprio umbigo e o resto que se exploda. MD junto.

abs

O CFN fez uma aquisição muitíssimo inteligente. Comprou um veículo no estado da arte que atende com sobras as suas necessidades sem inventar abobrinhas como o EB fez. Montagem local para algumas dezenas de veículos para que? Aumentar custos? Essa compra do CFN, além de ser um excelente veículo ainda tem a vantagem de ser pelo FMS, ou seja, pagando o mesmo preço que o usarmy pagaria. Com uma grande vantagem, no decorrer do tempo a operação desses veículos tenderá a ser significativamente mais barata que a dia LMV. Todas as spare parts serão compradas vida FMS, o que tornará a manutenção desses veículos bem mais em conta.

A marinha comprou apenas 12 unidades. Imagino que para experimentação doutrinária como o povo gosta de falar.
Foi feita uma comparação custo x benefício com os LMV e ela ficou a favor do veículo americano segundo o Paulo Bastos.
Até o presente momento, os veículos italianos são comprados em Euros, os JLTV em dólar. E tem ainda o FMS.
No aspecto puramente financeiro foi uma ótima compra.
Talvez se a novela da VBMT-LR tivesse contado com a participação direta do CFN e FAB, o resultado pudesse ter sido outro. Mas o EB estava como de costume olhando para o próprio umbigo. E agora querem empurrar uma solução feita para si as demais. Triste para não dizer patético.
Enfim, como já disse, haveria uma demanda para até 100 deste tipo de veículo no CFN. Se ela ainda se mantém, veremos.
Caso os JLTV se provem uma boa compra, com certeza mais unidades serão compradas. Isto, claro, se o exército não melar futuras compras por via do seu ministro da hora.

abs

Ainda tem coisa para vir para o CFN, que está planejado:

https://www.infodefensa.com/latam/2020/ ... nimog.html

Veículos de combate ligeiros no lugar dos SK-105 só consigo imaginar alguma coisa baseada em VBCI atuais, como os CV-90 e outros. Mas para isso ser uma compra financeiramente rentável teria de haver também a troca dos M-113. E isso não será feito tão cedo. Ou eles podem fazer algo bem diferente e optar por uma VBC SR 8x8.

Artilharia, com certeza vão atrás de M-777, e se não conseguirem, os M-71 oferecidos ao EB também estão entre os favoritos.

Para a AAe de média altura, fico curioso. O sistema teria que ser algo bastante móvel, e capaz de acompanhar as unidades de combate, e ao mesmo tempo, é necessário dispor também de sistemas possam fazer a defesa AAe da cabeça de praia. Não é uma compra simples. E ainda tem os GT AAe sob a tutela do MD.

Se o padrão de ação continuar sendo o mesmo que logrou os JLTV, então, em 2021 poderemos ter boas surpresas. Ou nem tanto assim.

abs

Espero que consigam o kit que anda sendo ventilado por lá, M1A1, M777 e Javelin, apesar de eu achar o Spike LR ainda superior ao último.

Vai ser uma satisfação em ver a cada dos Oficiais gordinhos do EB vendo CFN com tudo isso e eles insistindo em Leopard 1A5 capengando, M114 e MSS 1.2AC. Se eu fosse rico, ainda pagaria o custo dessas aquisições pro CFN!

No que depender da tradição do CFN/MB em relação as aquisições materiais, é bem possível que isto ocorra.
Só não acredito em Abrams. O resto que está sendo ventilado, pode apostar que eles dão um jeito de conseguir.
Nem que seja apenas para mostrar em Brasília no 7 de setembro.
O importante é ter. Ser é outra história.

abs

Modernizar o CFN é bem mais fácil do que o EB, afinal, eles pensam em dezenas enquanto o EB tem que pensar em centenas.

Fábio Machado escreveu: ↑Dom Dez 06, 2020 11:44 pm Modernizar o CFN é bem mais fácil do que o EB, afinal, eles pensam em dezenas enquanto o EB tem que pensar em centenas.

Na teoria deveria ser assim, na prática temos visto que nem isso o EB consegue.

abs

Pela organização atual da FFE, o trabalho é essencialmente arrumar material para equipar um OM a nível de brigada, no caso, a brigada anfíbia. Só por aí fica bem menos complicado fazer a aquisição de certos tipos de material.
Tirando a infantaria, que é bastante numerosa, as demais armas, quadros e serviços não oferecem muitos problemas em termos de opções de renovação, até pelas características específicas da tropa e dos materiais que utiliza.
Neste programa, um dos poucos materiais relevantes que ficou de fora foram as M-113, recentemente modernizadas, e que ainda devem ficar por aí um bom tempo. Mas sob este aspecto, uma ação combinada com o EB pode ser a melhor opção, pois as VBC Fuz são parte da proposta de modernização da força blindada. E é bem mais barato fazer isso com o EB do que sem ele.
Outro material relevante são os Piranha III, que existem em quantidades substanciais, e que devem seguir operando por muitos anos ainda em suas várias versões.
De resto, também não se viu nenhuma ação no sentido de dotar o CFN com o apoio de helos de ataque, outra questão que, embora na marinha ligada diretamente à aviação naval, diz respeito à FFE. Mas esta é outra problemática que talvez seja resolvida mais para frente quando o EB começar o seu processo de aquisição destes tipo de helos. Para não falar na insuficiência de UH-15 para apoio as operações do CFN em todo o país.
Aliás, no PAEMB I, foram considerados necessários 56 helos médio de emprego geral/transporte para atingir este objetivo. Não chegamos nem perto disso. E ainda há a possibilidade de a MB trocar 2 ou 3 destes helos por helos de instrução, visto o projeto IHP não ter sido resolvido, assim como o UHP. Enfim, as necessidades são sempre maiores do que a nossa disposição em resolvê-las.

abs

Procurando por aí, encontrei preços do Iveco LMV de até US 625 mil dólares a unidade. O JLTV parte de um preço básico de US 250 mil a unidade, podendo varar até US 600 mil de acordo com o nível de proteção adotado. Não encontrei valores para o LMV 2.

Não sei quanto o EB pagou por cada LMV, mas é bem possível que o preço seja bem salgado para a MB, tendo em vista a opção pela montagem do veículo no país e outros adereços no sentido de nacionalizar o mesmo. Sabendo que as forças trabalham olhando sempre o próprio nariz, é muito difícil esperar que as escolhas do exército sejam aquiescidas pela marinha, haja vista que mesmo com o MD, as relações entre elas continuam na prática equidistantes e isoladas entre si. A escolha do JLTV é apenas mais um capítulo dessa novela.

abs

Por enquanto nenhuma novidade nas aquisições. Tudo o que o CFN sempre quis e não conseguia. Até agora.

abs

Só quero ver os testes do novo tanque leve ...... Quais as opções no mercado ?!