Governo Dilma Rousseff
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Re: Governo Dilma Rousseff
Os protestos contra a corrupção
Nos primeiros dias de julho, o correspondente no Brasil do jornal espanhol El País escreveu um artigo que teve grande repercussão. Seu título era a pergunta: "Por que os brasileiros não reagem?". Para o autor, seríamos um mistério. Como, passados seis meses do início do governo Dilma Rousseff, com dois ministros demitidos, "ambos caídos sob os escombros da corrupção política", não teríamos o fenômeno, "hoje em moda no mundo", dos indignados? Por que não irrompe um movimento "capaz de limpar o país das escórias de corrupção que abraçam hoje todas as esferas do poder?".Se voltasse agora ao tema, sua perplexidade seria maior.
Pois já são quatro os ministros que saíram em meio a questionamentos sobre sua conduta no cargo. Todos, de uma forma ou de outra, se comportaram de maneira inconveniente, mesmo se não seria justo dizer que sucumbiram "sob os escombros da corrupção" (para repetir uma expressão curiosa do jornalista, que sugere que a corrupção teria "desmoronado", ou seja, sido destruída).
Aceitar carona no avião de empresários (ou usar um motorista da Câmara dos Deputados para funções domésticas) não é correto, mas está longe de ser evidência de andar abraçado com "as escórias da corrupção". Não só aumentaram os casos de ministros flagrados fazendo coisas erradas como dezenas de funcionários graduados de diversos órgãos foram demitidos, muitos por suspeita de práticas criminosas. Alguns acabaram detidos e fotografados no xilindró.
Mais combustível, portanto, para os indignados. Que deveria encontrá-los ainda mais dispostos a se indignar, pois essa "moda" não terminou de julho para cá. Pelo contrário. Até em Wall Street, onde menos se esperaria vê-los, surgiram indignados. O pasmo do correspondente deveria crescer se ele se lembrasse que, neste setembro, foram muitas as iniciativas de mobilizar as pessoas para ir às ruas protestar contra a corrupção.
A começar pelo Sete de Setembro, quando a oportunidade parecia ótima: transformar a comemoração do aniversário do Grito do Ipiranga no dia do "grito contra os corruptos". A contabilidade do que ocorreu revela quão pequena foi a adesão ao chamamento dos organizadores. Embora falem em 30 mil manifestantes, até eles admitem que 25 mil eram de Brasília (onde a irritação era grande, dado o caso Jaqueline Roriz). Ou seja, nos outros lugares onde estavam convocados protestos — São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre — teriam sido apenas 5 mil pessoas, uma média de 1,25 mil por cidade. O que é pouco. Para quem esperava uma Praça Tahir, uma decepção.
A mobilização foi modesta e fugaz. Não foi por eles não saberem usar a ferramenta básica dos indignados mundo afora: as redes sociais. Tanto no Sete de Setembro, quanto nos dias a seguir, muita gente se utilizou delas para disseminar ideias e convocar pessoas. A mídia deu a esses esforços espaço maior do que seu tamanho justificava.
Tornaram-se assunto dos principais jornais, a televisão os cobriu, seus organizadores deram entrevistas às rádios e portais. Mas não adiantou.Há quem continue a apostar que os indignados vão surgir. São os que insistem em analogias sem sentido, torcendo para que os protestos de agora ganhem corpo e reproduzam o que foram, nos anos 1980, as manifestações em favor das eleições diretas e, nos 1990, o impeachment de Collor. O problema é que as movimentações atuais carecem de algo essencial.
O ambiente pode lhes ser propício. Há estímulos internacionais. A mídia as trata com simpatia. Seus organizadores conhecem os instrumentos para provocá-las. Mas falta povo. E continuará a faltar-lhes enquanto forem claramente identificadas com a elite conservadora e os políticos da direita. O povo é contra a corrupção, mas não é a favor de quem apenas por conveniência empunha a bandeira de acabar com ela. E continua a confiar em que o governo (no qual votou há menos de um ano) a enfrente.
De Marcos Coimbra
Nos primeiros dias de julho, o correspondente no Brasil do jornal espanhol El País escreveu um artigo que teve grande repercussão. Seu título era a pergunta: "Por que os brasileiros não reagem?". Para o autor, seríamos um mistério. Como, passados seis meses do início do governo Dilma Rousseff, com dois ministros demitidos, "ambos caídos sob os escombros da corrupção política", não teríamos o fenômeno, "hoje em moda no mundo", dos indignados? Por que não irrompe um movimento "capaz de limpar o país das escórias de corrupção que abraçam hoje todas as esferas do poder?".Se voltasse agora ao tema, sua perplexidade seria maior.
Pois já são quatro os ministros que saíram em meio a questionamentos sobre sua conduta no cargo. Todos, de uma forma ou de outra, se comportaram de maneira inconveniente, mesmo se não seria justo dizer que sucumbiram "sob os escombros da corrupção" (para repetir uma expressão curiosa do jornalista, que sugere que a corrupção teria "desmoronado", ou seja, sido destruída).
Aceitar carona no avião de empresários (ou usar um motorista da Câmara dos Deputados para funções domésticas) não é correto, mas está longe de ser evidência de andar abraçado com "as escórias da corrupção". Não só aumentaram os casos de ministros flagrados fazendo coisas erradas como dezenas de funcionários graduados de diversos órgãos foram demitidos, muitos por suspeita de práticas criminosas. Alguns acabaram detidos e fotografados no xilindró.
Mais combustível, portanto, para os indignados. Que deveria encontrá-los ainda mais dispostos a se indignar, pois essa "moda" não terminou de julho para cá. Pelo contrário. Até em Wall Street, onde menos se esperaria vê-los, surgiram indignados. O pasmo do correspondente deveria crescer se ele se lembrasse que, neste setembro, foram muitas as iniciativas de mobilizar as pessoas para ir às ruas protestar contra a corrupção.
A começar pelo Sete de Setembro, quando a oportunidade parecia ótima: transformar a comemoração do aniversário do Grito do Ipiranga no dia do "grito contra os corruptos". A contabilidade do que ocorreu revela quão pequena foi a adesão ao chamamento dos organizadores. Embora falem em 30 mil manifestantes, até eles admitem que 25 mil eram de Brasília (onde a irritação era grande, dado o caso Jaqueline Roriz). Ou seja, nos outros lugares onde estavam convocados protestos — São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre — teriam sido apenas 5 mil pessoas, uma média de 1,25 mil por cidade. O que é pouco. Para quem esperava uma Praça Tahir, uma decepção.
A mobilização foi modesta e fugaz. Não foi por eles não saberem usar a ferramenta básica dos indignados mundo afora: as redes sociais. Tanto no Sete de Setembro, quanto nos dias a seguir, muita gente se utilizou delas para disseminar ideias e convocar pessoas. A mídia deu a esses esforços espaço maior do que seu tamanho justificava.
Tornaram-se assunto dos principais jornais, a televisão os cobriu, seus organizadores deram entrevistas às rádios e portais. Mas não adiantou.Há quem continue a apostar que os indignados vão surgir. São os que insistem em analogias sem sentido, torcendo para que os protestos de agora ganhem corpo e reproduzam o que foram, nos anos 1980, as manifestações em favor das eleições diretas e, nos 1990, o impeachment de Collor. O problema é que as movimentações atuais carecem de algo essencial.
O ambiente pode lhes ser propício. Há estímulos internacionais. A mídia as trata com simpatia. Seus organizadores conhecem os instrumentos para provocá-las. Mas falta povo. E continuará a faltar-lhes enquanto forem claramente identificadas com a elite conservadora e os políticos da direita. O povo é contra a corrupção, mas não é a favor de quem apenas por conveniência empunha a bandeira de acabar com ela. E continua a confiar em que o governo (no qual votou há menos de um ano) a enfrente.
De Marcos Coimbra
- marcelo bahia
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Re: Governo Dilma Rousseff
Vi o programa "Em pauta" da Globo News e fiquei enojado com a tal de Eliane Catanhede. Que mulherzinha fila da puta!! A cara dela de satisfação, o sorrisinho na cara, porque o FMI diminuiu a expectativa de crescimento do Brasil para este ano!! Disse que agora o governo fica numa posição difícil para falar sobre os "êxitos" de nossa política econômica. A esperança dela é que o país quebre pra ela provar a "teoria" de que este governo é incompetente! Me deu vontade de entrar pela tela e esmurrar a cara dessa patricinha!! Vende-pátria , miserável!! O ódio com que ela falou sobre a iniciativa de Dilma e Obama para aumentar a transparência na administração pública e o que ela chamou de "arrogância" brasileira, simplesmente pelo fato de Dilma ser co-presidente da iniciativa. Ela disse que Dilma certamente "vai voltar de óculos escuros"! Em claro tom de deboche!! O que essa safada quer é que o Brasil volte a ser insignificante, porque essa gente odeia o Brasil!!
Diplomata Alemão: "- Como o senhor receberá as tropas estrangeiras que apoiam os federalistas se elas desembarcarem no Brasil??"
Floriano Peixoto: "- Com balas!!!"
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- J.Ricardo
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Re: Governo Dilma Rousseff
Uma outra grande oportunidade que perdemos foi a IBAP com o Presidente Democrata, infelizmente o lobby das multi aquela época já era grande, este carro foi o nosso Tucker:
http://bestcars.uol.com.br/classicos/democrata-1.htm
http://bestcars.uol.com.br/classicos/democrata-1.htm
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: Governo Dilma Rousseff
Em outro caso, a Globonews já tem até peça publicitária institucional com a Miriam Leitão, ressaltado seu histórico e 'qualidades'. Sinal que precisam reconstruir a imagem dela, no mínimo combater as críticas com a boa e velha propaganda.marcelo bahia escreveu:Vi o programa "Em pauta" da Globo News e fiquei enojado com a tal de Eliane Catanhede. Que mulherzinha fila da puta!! A cara dela de satisfação, o sorrisinho na cara, porque o FMI diminuiu a expectativa de crescimento do Brasil para este ano!! Disse que agora o governo fica numa posição difícil para falar sobre os "êxitos" de nossa política econômica. A esperança dela é que o país quebre pra ela provar a "teoria" de que este governo é incompetente! Me deu vontade de entrar pela tela e esmurrar a cara dessa patricinha!! Vende-pátria , miserável!! O ódio com que ela falou sobre a iniciativa de Dilma e Obama para aumentar a transparência na administração pública e o que ela chamou de "arrogância" brasileira, simplesmente pelo fato de Dilma ser co-presidente da iniciativa. Ela disse que Dilma certamente "vai voltar de óculos escuros"! Em claro tom de deboche!! O que essa safada quer é que o Brasil volte a ser insignificante, porque essa gente odeia o Brasil!!
- joao fernando
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Re: Governo Dilma Rousseff
Marcelo, na sua assinatura, tinha algo como "quebrar a espada". Tinha que quebrar na cabeça desses 5º colunas!
Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
- marcelo bahia
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Re: Governo Dilma Rousseff
Se eu pudesse, eu a receberia tal como o General Floriano Peixoto receberia os invasores estrangeiros: com balas (mas de borrachas, é claro )!!
Diplomata Alemão: "- Como o senhor receberá as tropas estrangeiras que apoiam os federalistas se elas desembarcarem no Brasil??"
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- LeandroGCard
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Re: Governo Dilma Rousseff
História interessantíssima, que eu desconhecia completamente.J.Ricardo escreveu:Uma outra grande oportunidade que perdemos foi a IBAP com o Presidente Democrata, infelizmente o lobby das multi aquela época já era grande, este carro foi o nosso Tucker:
Mas de fato as tentativas de montagem de uma fábrica genuinamente nacional de automóveis parecem ser sempre barradas por circunstâncias estranhas, da teimosia do Gurgel à falta de apoio do BNDES no caso da fábrica que Ciro Gomes queria montar no Ceará (O mesmo BNDES que logo depois daria um apoio muito maior que o solicitado pelo Ciro à Ford da Bahia), o descaso com a FNM e agora fico sabendo destas verdadeiras perseguições à IBAP (embora o projeto tivesse de fato algumas coisas um tanto estranhas).
Obrigado pelas informações,
Leandro G. Card
- joao fernando
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Re: Governo Dilma Rousseff
E compraram as carrocerias do IBAP, junto dos motores. Terminaram 3 carros por esses tempos
Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
Re: Governo Dilma Rousseff
Brasil precisa adotar medidas para defender sua indústria, diz Gerdau
Por Marcos de Moura e Souza | Valor
NOVA YORK - O presidente do grupo Gerdau, Jorge Gerdau Johannpeter, disse na noite de terça-feira que o Brasil precisa adotar medidas que podem vir a ser classificadas de protecionistas para defender a indústria nacional. Em uma breve entrevista ao Valor durante um evento em Nova York em homenagem à presidente Dilma Rousseff, Gerdau disse também que o país e seus empresários não podem fazer papel de “bobos” em um mundo dominado, segundo ele, por mecanismos artificiais de câmbio e comércio.
“Se o olharmos os macronúmeros, o superávit do setor manufatureiro que o Brasil tem e o déficit que vai gerar este ano, a situação está exigindo medidas concretas”, disse ele ao ser perguntado sobre os impactos do câmbio e das importações da China sobre a competividade Da indústria nacional.
“Existe esse desbalanceamento. A guerra cambial entre os países é uma realidade. A moeda da China acompanha o dólar dessa forma e no Brasil, com o seu superávit no fluxo de capitais, temos uma situação do dólar extremamente desavalorizado. São desequilíbrios que são complexos e que têm de ser ajustados.”
E continuou ele: “O mundo trabalha com artificialismos. Infelizmente, o Brasil também tem que tomar medidas que dentro de uma ortodoxia pode ser chamada de protecionista, mas que, na realidade, o mundo todo trabalha dessa forma e o Brasil tem que ser pragmático nas suas soluções”.
Gerdau preside o grupo de gestão e competitividade vinculado à Presidência da República. Ao lado de ministros, empresários e acadêmicos, ele foi um dos participantes do evento organizado pelo Woodrow Wilson International Center for Scholars, um dos mais prestigiados think-tanks dos EUA, que concedeu a Dilma o Prêmio por Serviço Público.
Perguntado se vem defendendo das conversas com a presidente, medidas mais restritivas às importações, o empresário afirmou: “Eu digo que é preciso analisar. A China trabalha com artificialismo. Por exemplo, impõe uma taxa de exportação para carvão de 40%, o que significa que o produtor de aço da China tem um desconto de 40% no carvão para fins metalúrgicos, de carvão coque. Isso é uma artificialismo. Por outro lado tem a Rússia, que impede a exportação de sucata. O mundo é feito de artificialismos. Então a gente tem que achar o equilíbrio entre políticas globais que o Brasil e por outro lado não podemos ficar de bobos e sendo explorados pelos desequilíbrios estruturais.”
Ao comentar sua nova experiência como uma espécie de consultor da iniciativa privada da presidente, Gerdau disse que tem sido uma atividade muito positiva. “Eu vejo o entusiasmo por parte da presidente e das ministras da Casa Civil, do Planejamento, que são peças chave. Na parte da gestão estamos avançando. Na parte da competitividade é o problema mais complexo, porque envolve estruturas do campo tributária que são extremamente comnplexas. Mas eu estou otimista. Temos uma presidente que enxerga e entende o tema.”
(Marcos de Moura e Souza | Valor)
Por Marcos de Moura e Souza | Valor
NOVA YORK - O presidente do grupo Gerdau, Jorge Gerdau Johannpeter, disse na noite de terça-feira que o Brasil precisa adotar medidas que podem vir a ser classificadas de protecionistas para defender a indústria nacional. Em uma breve entrevista ao Valor durante um evento em Nova York em homenagem à presidente Dilma Rousseff, Gerdau disse também que o país e seus empresários não podem fazer papel de “bobos” em um mundo dominado, segundo ele, por mecanismos artificiais de câmbio e comércio.
“Se o olharmos os macronúmeros, o superávit do setor manufatureiro que o Brasil tem e o déficit que vai gerar este ano, a situação está exigindo medidas concretas”, disse ele ao ser perguntado sobre os impactos do câmbio e das importações da China sobre a competividade Da indústria nacional.
“Existe esse desbalanceamento. A guerra cambial entre os países é uma realidade. A moeda da China acompanha o dólar dessa forma e no Brasil, com o seu superávit no fluxo de capitais, temos uma situação do dólar extremamente desavalorizado. São desequilíbrios que são complexos e que têm de ser ajustados.”
E continuou ele: “O mundo trabalha com artificialismos. Infelizmente, o Brasil também tem que tomar medidas que dentro de uma ortodoxia pode ser chamada de protecionista, mas que, na realidade, o mundo todo trabalha dessa forma e o Brasil tem que ser pragmático nas suas soluções”.
Gerdau preside o grupo de gestão e competitividade vinculado à Presidência da República. Ao lado de ministros, empresários e acadêmicos, ele foi um dos participantes do evento organizado pelo Woodrow Wilson International Center for Scholars, um dos mais prestigiados think-tanks dos EUA, que concedeu a Dilma o Prêmio por Serviço Público.
Perguntado se vem defendendo das conversas com a presidente, medidas mais restritivas às importações, o empresário afirmou: “Eu digo que é preciso analisar. A China trabalha com artificialismo. Por exemplo, impõe uma taxa de exportação para carvão de 40%, o que significa que o produtor de aço da China tem um desconto de 40% no carvão para fins metalúrgicos, de carvão coque. Isso é uma artificialismo. Por outro lado tem a Rússia, que impede a exportação de sucata. O mundo é feito de artificialismos. Então a gente tem que achar o equilíbrio entre políticas globais que o Brasil e por outro lado não podemos ficar de bobos e sendo explorados pelos desequilíbrios estruturais.”
Ao comentar sua nova experiência como uma espécie de consultor da iniciativa privada da presidente, Gerdau disse que tem sido uma atividade muito positiva. “Eu vejo o entusiasmo por parte da presidente e das ministras da Casa Civil, do Planejamento, que são peças chave. Na parte da gestão estamos avançando. Na parte da competitividade é o problema mais complexo, porque envolve estruturas do campo tributária que são extremamente comnplexas. Mas eu estou otimista. Temos uma presidente que enxerga e entende o tema.”
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Re: Governo Dilma Rousseff
Aqui no Brasil quando as nacionais não são extirpadas pelos governos as grandes dão um jeito de compra-las (caso do Troller). Lamentável.
- marcelo bahia
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Re: Governo Dilma Rousseff
Uma boa notícia em meio a tantas incertezas!! A taxa de desemprego segue baixa! Vamos ver no próximo mês qual vai ser o reflexo da valorização do dólar sobre esta taxa.
Sds.
Sds.
22/09/2011 09h03 - Atualizado em 22/09/2011 11h39
Desemprego fica em 6% em agosto, diz IBGE
Essa é a menor taxa para o mês de agosto desde 2002.
Salário médio real habitual dos ocupados ficou em R$ 1.629,40.
Do G1, em São Paulo e no Rio
A taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou em 6% em agosto, a mesma registrada no mês anterior, segundo aponta levantamento divulgado nesta quinta-feira (22). Essa é a menor taxa estimada para o mês de agosto desde o início da série histórica do instituto, em 2002. Em agosto do ano passado, a taxa ficara em 6,7%.
"O mercado está contratando, mas a passos curtos. Essa contratação está mais distribuída. A gente ainda não teve um estímulo forte para o mercado contratar significativamente. Para abrir vagas, é preciso uma confiança do investidor maior no cenário econômico, tanto interno, quanto externo. O quadro não é desfavorável, pelo contrário, já que houve uma queda de 0,7% em relação a agosto de 2010”, diz Cimar Azeredo, gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.
Em agosto, a população desocupada somou 1,4 milhão de pessoas, ficando estável na comparação com julho. Já na comparação com o mesmo período do ano passado, foi verificada queda de 10%. A população ocupada também não mostrou alteração, ficando em 22,6 milhões. Em relação a agosto de 2010, houve avanço de 2,2%.
Estável em relação ao mês passado, o número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado ficou em 11,0 milhões). Já sobre o mesmo mês no ano passado, mostrou alta de 7,5%.
Na análise regional, em relação a agosto de 2010, foram registradas quedas nas regiões metropolitanas de Recife (2,3 pontos percentuais) e de Salvador (2,8 pontos percentuais).
Salários
O salário médio real habitual dos ocupados ficou em R$ 1.629,40, aumento de 0,5% sobre o mês anterior. Na comparação anual, houve alta de 3,2%. O rendimento médio real é o maior da série histórica, desde 2002.
"A formalização pode ser uma das razões para o aumento do rendimento. A economia forte, formalização. E com a formalização, aumenta o rendimento”, afirmou Azeredo.
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores cresceu 1,8% em Recife e 3,8% no Rio de Janeiro, mas mostrou recuo em Salvador (1,4%), Belo Horizonte (0,8%), São Paulo (0,5%) e em Porto Alegre (1,1%).
Na comparação anual, foi registrada expansão em Salvador (4,5%), Belo Horizonte (3,5%), Rio de Janeiro (7,5%), São Paulo (0,8%) e Porto Alegre (3,8%). Em Recife, ocorreu queda 1,0%.
Na análise por ramo de atividade, o maior aumento no salário, em relação a agosto de 2010, ocorreu no setor referente a indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (6,6%).
Nível de ocupação
O nível da ocupação (proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade ativa), ficou em 53,9% em agosto de 2011 no total das seis regiões. Sobre julho deste ano e agosto do ano passado, ficou estável.
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- marcelo bahia
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Re: Governo Dilma Rousseff
22/09/2011 10h23 - Atualizado em 22/09/2011 10h23
Atividade econômica avança no início do 3º trimestre, diz Serasa
Indicador teve alta de 0,4% em julho, sobre o mês anterior.
Atividade econômica continua sendo puxada pelo consumo das famílias.
Do G1, em São Paulo
Depois de ficar estagnada em junho, a economia brasileira voltou a registrar crescimento em julho, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal), divulgado nesta quinta-feira (22). A alta foi de 0,4%, sem influências sazonais, em relação a junho. Já na comparação com o mesmo período de 2010, o crescimento da atividade econômica foi de 3,0%. No ano, o indicador acumula alta de 3,5% e de 4,4% em 12 meses.
A atividade econômica continua sendo puxada pelo consumo das famílias, que cresceu 1,1% em julho - alta acumulada de 5,8% no ano. O consumo do governo teve expansão, de 0,4% - avanço de 3,5% no acumulado no ano.
Já os investimentos tiveram queda de 2,5% e as exportações, de 2,2%. As taxas exerceram influência negativa sobre a taxa de expansão da atividade eocnomia no período.
A atividade industrial avançou 0,7% em julho, após ter caído 1,3% no mês anterior e a produção cresceu 0,3%.
Cenário
Segundo os economistas da Serasa, o cenário do ritmo de crescimento econômico é de desaceleração. A variação anual da atividade econômica, isto é, o crescimento em relação ao mesmo mês do ano passado, recuou de 3,2% em junho para 3,0% em julho e o crescimento trimestral passou de 0,8% no trimestre encerrado em junho para 0,7% nos três meses terminados em julho/11.
"Tal desaceleração é fruto das medidas de aperto fiscal e monetário introduzidas pelo governo para se combater a alta da inflação, do agravamento do quadro externo e da alta das importações", diz nota da Serasa.
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Re: Governo Dilma Rousseff
Estou pensando em 2014 votar no Aécio. Pelo menos ele tem a idéia de revisar o pacto federativo, que eu sempre aprovei e achei muito interessante para o país.
Porque na defesa vamos ver isso aí, na primeira trovoada lá fora, a defesa nacional é cortada ao meio. Como se fosse uma coisa supérfula, sem valor. Seja PT, PSDB, qualquer um.
Então, merda por merda, vou em uma merda que tem uma proposta que gosto muito.
Hoje estou desiludido com tudo. Falar que o FX-2 "pode ser" colocado na pauta em 2012 foi a gota d'água pra mim.
Porque na defesa vamos ver isso aí, na primeira trovoada lá fora, a defesa nacional é cortada ao meio. Como se fosse uma coisa supérfula, sem valor. Seja PT, PSDB, qualquer um.
Então, merda por merda, vou em uma merda que tem uma proposta que gosto muito.
Hoje estou desiludido com tudo. Falar que o FX-2 "pode ser" colocado na pauta em 2012 foi a gota d'água pra mim.
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Re: Governo Dilma Rousseff
Leandro,LeandroGCard escreveu:História interessantíssima, que eu desconhecia completamente.J.Ricardo escreveu:Uma outra grande oportunidade que perdemos foi a IBAP com o Presidente Democrata, infelizmente o lobby das multi aquela época já era grande, este carro foi o nosso Tucker:
Mas de fato as tentativas de montagem de uma fábrica genuinamente nacional de automóveis parecem ser sempre barradas por circunstâncias estranhas, da teimosia do Gurgel à falta de apoio do BNDES no caso da fábrica que Ciro Gomes queria montar no Ceará (O mesmo BNDES que logo depois daria um apoio muito maior que o solicitado pelo Ciro à Ford da Bahia), o descaso com a FNM e agora fico sabendo destas verdadeiras perseguições à IBAP (embora o projeto tivesse de fato algumas coisas um tanto estranhas).
Obrigado pelas informações,
Leandro G. Card
salvo engano...teve um programa do Goulart de Andrade sobre essa história mostrando as antigas instalações em ruinas...entrevistas com pessoas que participaram do projeto e alguns "causo" cinematográficos para a coisa sair do papel....fala também dos boicotes(por medo das multi) de fornecedores nacionais e pressões das fabricantes estrangeiras....muito lamentável a forma como tudo terminou.
abraços
Gerson
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Re: Governo Dilma Rousseff
Boss escreveu:Estou pensando em 2014 votar no Aécio. Pelo menos ele tem a idéia de revisar o pacto federativo, que eu sempre aprovei e achei muito interessante para o país.
Porque na defesa vamos ver isso aí, na primeira trovoada lá fora, a defesa nacional é cortada ao meio. Como se fosse uma coisa supérfula, sem valor. Seja PT, PSDB, qualquer um.
Então, merda por merda, vou em uma merda que tem uma proposta que gosto muito.
Hoje estou desiludido com tudo. Falar que o FX-2 "pode ser" colocado na pauta em 2012 foi a gota d'água pra mim.
Eu, embora simpatize com o Aécio e nunca neguei isso, também não nego um voto de confiança à Dilma. Dependendo de como as kôzaz andarem (ou não) até 2014, só então vou decidir (claro, SE deixarem o Aécio e a Dilma de candidatarem, não estamos livres de um novo Serra x Lula)...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
P. Sullivan (Margin Call, 2011)