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Re: AVIBRAS
Enviado: Qua Mar 29, 2017 11:37 pm
por Marechal-do-ar
pmicchi escreveu:Mas o Gripen certamente poderia levar dois av-mt nas asas e tanques ventrais com um belo raio de ação
Deve ficar com um raio de ação de uns 1000km, não acho ruim, não chega a ser um bombardeiro estratégico mas também não é ruim.
Ainda assim, dúvido que a FAB compre um míssil do tipo, mas queria saber de outros futuros operadores (países sérios) do Gripen E se eles vão adquirir mísseis do tipo ou se tem alguma coisa que estamos esquecendo, porque no caso do Gripen C embora ele possa carregar mísseis assim nenhum dos seus operadores o faz.
Re: AVIBRAS
Enviado: Qui Mar 30, 2017 6:55 am
por pmicchi
Túlio escreveu:Marechal-do-ar escreveu:Sim, o Taurus KEPD tem um tamanho parecido com o Storm Shadow, foi codesenvolvido pela SAAB e testado no Gripen C. Embora nenhum usuário do Gripen tenha adquirido o míssil.
Mas não vi em lugar nenhum ele sendo usado no centro, sempre nas asas, mas não parece ser uma limitação da altura, suspeito que o "centerline" da aeronave suporta no máximo uma tonelada.
A meu ver é altura sim, basta dar uma olhada na da
centerline em comparação à das asas numa vista frontal, não daria, ao menos a meu ver, para botar um KEPD 350 + pilone ali no meio, só nas asas mesmo. Mas isso me força a voltar atrás em outro ponto: fica claro que as asas têm pelo menos UM
hardpoint cada com capacidade para um Msl da categoria de até 1,5 ton, o que até então eu achava que não...
"Eu ti disse, eu ti disse"
Re: AVIBRAS
Enviado: Sex Mar 31, 2017 9:35 am
por Túlio
pmicchi escreveu:Túlio escreveu:
(...) fica claro que as asas têm pelo menos UM
hardpoint cada com capacidade para um Msl da categoria de até 1,5 ton, o que até então eu achava que não...
"Eu ti disse, eu ti disse"
Calma, uma coisa não leva automaticamente à outra. Notes o tamanho do reforço superior (no
container das asas dobráveis). O AV-TM, por ter sido desenvolvido para lançamento por tubo (ou seja, o peso se concentra
embaixo, onde ficam os reforços estruturais), precisaria de uma adaptação e reforço estrutural naquela parte; além disso, o KEPD tem forma achatada, o AV-TM a tem arredondada (mais alta). Juntando a isso o aumento do
container e o pilone, ainda restam dúvidas da praticidade/capacidade de uso de uma Mun assim no Gripen. Minha visão pessoal: complicado e caro demais de fazer para umas poucas dúzias de caças.
Até aquela tua ideia de botar no 390 me pareceria mais factível do que isso...
Re: AVIBRAS
Enviado: Sáb Abr 01, 2017 8:44 pm
por pmicchi
Túlio escreveu:pmicchi escreveu:
"Eu ti disse, eu ti disse"
Calma, uma coisa não leva automaticamente à outra. Notes o tamanho do reforço superior (no
container das asas dobráveis). O AV-TM, por ter sido desenvolvido para lançamento por tubo (ou seja, o peso se concentra
embaixo, onde ficam os reforços estruturais), precisaria de uma adaptação e reforço estrutural naquela parte; além disso, o KEPD tem forma achatada, o AV-TM a tem arredondada (mais alta). Juntando a isso o aumento do
container e o pilone, ainda restam dúvidas da praticidade/capacidade de uso de uma Mun assim no Gripen. Minha visão pessoal: complicado e caro demais de fazer para umas poucas dúzias de caças.
Até aquela tua ideia de botar no 390 me pareceria mais factível do que isso...
Admito que não tenho conhecimento para esse tipo de avaliação. Só arriscaria dizer que uma versão ar-terra não precisa de booster para acelerar, o que muda o peso e o centro de gravidade.
Mesmo que seja necessario desenvolver um missel novo, a AVIBRAS tem muito já em mãos (avionica, ogiva, motorização, etc) e o custo/beneficio de desenvolver outras versões parece interessante.
Re: AVIBRAS
Enviado: Dom Abr 02, 2017 11:52 pm
por Brasileiro
Ops...
Funcionário trabalha em desenho da nova configuração da asa do AV-TM-300...
Re: AVIBRAS
Enviado: Seg Abr 03, 2017 7:44 am
por LeandroGCard
Brasileiro escreveu:
Ops...
Funcionário trabalha em desenho da nova configuração da asa do AV-TM-300...
Eles usam o CATIA, o software francês que é praticamente o padrão para desenvolvimento de projetos aeroespaciais no ocidente. Ou russos usam o I-deas, um software americano que já nem está mais no mercado.
Mas eu sou mais o I-deas do que o CATIA, é mais rápido, mais poderoso e bem menos complicado.
Leandro G. Card
Re: AVIBRAS
Enviado: Seg Abr 03, 2017 1:40 pm
por Bolovo
Brasileiro escreveu:
Ops...
Funcionário trabalha em desenho da nova configuração da asa do AV-TM-300...
Essa foto é antiga, de 2015. Olha o Jacques Wagner.
Re: AVIBRAS
Enviado: Seg Abr 03, 2017 2:52 pm
por pmicchi
Brasileiro escreveu:
Ops...
Funcionário trabalha em desenho da nova configuração da asa do AV-TM-300...
que nada, devia estar jogando Flight Simulator ...
Re: AVIBRAS
Enviado: Seg Abr 03, 2017 7:36 pm
por Brasileiro
É o tipo de situação que requer muito cuidado. Há um tempo atrás, durante uma visita do Vladimir Putin a um desses centros de pesquisa e desenvolvimento de armamentos, divulgaram uma foto no meio da qual havia um desenho esquemático de um torpedo com ogiva nuclear, em estágio de desenvolvimento. E então criou-se um mal estar diplomático com os EUA. Claro que somos muito curiosos quanto ao que acontece no desenvolvimento destes mísseis da Avibras, mas ninguém deseja um vazamento que possa ser prejudicial.
Re: AVIBRAS
Enviado: Qua Abr 05, 2017 10:47 am
por arcanjo
04 de Abril, 2017 - 23:00 ( Brasília )
AVIBRAS – João Brasil: “A empresa permanecerá muitos anos ainda com os Carvalho Leite”
O diretor-presidente da AVIBRAS Aeroespacial concede a primeira entrevista desde assumir o controle da empresa em Outubro 2016
O míssil Tático de Cruzeiro AV TM 300 e o ASTROS 2020.
O Diretor-presidente João Brasil Carvalho Leite, da AVIBRAS Aeroespacial fala a DefesaNet em um intervalo da LAAD 2017, no Riocentro.
DefesaNet: Presidente João Brasil, o senhor assumiu a AVIBRAS em outubro do ano passado (2016). Quais são as perspectivas da empresa? Creio que seja a sua primeira entrevista como diretor da AVIBRAS Aeroespacial.
João Brasil - Diretor-presidente da AVIBRAS: Sim, é a primeira vez que eu falo. A empresa está passando por uma fase muito importante com produtos muito atrativos para o mercado. Temos crescido muito nos últimos anos. E pretendemos manter o crescimento de uma forma sustentável para os próximos anos. O mais importante é que estamos gerando produtos novos, estamos olhando para frente e nos preparando para as Forças Armadas, para além de 2020. Estamos pensando em 2025, 2030. Temos programas em várias fases no momento.
DefesaNet: Uma vez falando com o Engenheri João Verdi (fundador e pai de João Brasil), ele declarou o ASTROS II é um projeto para mais de 50 anos de vida. Já se passaram quase 20 anos desde esta declaração à DefesaNet. Então nós temos aí mais 30 anos de vida do projeto ou muito mais pela frente.
João Brasil: Isso é polêmico. Porque uma maneira de nós fazermos, um paralelo em relação a isso, é olharmos o sistema americano, que é hoje muito parecido com ASTROSII, não por acaso.
DefesaNet: Quase uma cópia, digamos assim.
João Brasil: A nossa especificação do ASTROS II foi muito feliz. E o HIMARS americano tem planejado seu descomissionamento, em 2050. Então nós teríamos mais uns 30 anos. Mas isso não é verdade. Já conversamos com os generais, do Ministério da Defesa e Exército e Corpo de Fuzileiros Navais, discutimos sobre doutrina e tudo mais. A questão é simples: a aplicação da artilharia de foguetes hoje é uma parte de qualquer Força Terrestre do mundo inteiro. O que o Brasil tinha como uma novidade antes, na década de 80; hoje, é uma necessidade das Forças Terrestres. Enquanto a aplicação existir vai ter uma versão do ASTROS II. Nós não pretendemos deixar de vender o Sistema de Foguetes ASTROS II em um longo prazo.
DefesaNet: E o cronograma do desenvolvimento do ASTROS 2020? Incluindo a munição SS-G40 e o AV TCM 300?
João Brasil: Tem transcorrido bem, aqui estamos com uma versão dele. Estamos trabalhando em conjunto com o Exército Brasileiro. Ainda temos um contrato de modernização das unidades mais antigas para o padrão MK6. Vários lotes de viaturas no padrão MK6 estão sendo entregues. E eu diria que nosso cliente está satisfeito.
DefesaNet: Uma questão sempre presente no setor de defesa, a sua posse como Diretor-presidente significa que a empresa permanecerá na família Carvalho Leite?
João Brasil: Por um bom tempo. Isso é uma dúvida que as pessoas ainda têm bastante. Já me perguntaram se iria vender a empresa. O fato é que tomei gosto pelo negócio e não pretendo vendê-la. Estamos com uma equipe cada vez melhor e com produtos muito desafiadores no mercado para serem vendidos. Então, realmente, eu não pretendo sair da empresa.
http://www.defesanet.com.br/bid/noticia ... E2%80%9D-/
abs.
arcanjo
Re: AVIBRAS
Enviado: Sáb Mai 27, 2017 4:18 pm
por toncat
Re: AVIBRAS
Enviado: Sáb Mai 27, 2017 4:47 pm
por Túlio
toncat escreveu:
Duas questões:
1 - O FOG-MPM está lá só de amostra ou ainda há quem veja possibilidades nele?
2 - A Avibrás esteve envolvida na fabricação do MBB Cobra?
Re: AVIBRAS
Enviado: Sáb Mai 27, 2017 5:09 pm
por LeandroGCard
Túlio escreveu:Duas questões:
1 - O FOG-MPM está lá só de amostra ou ainda há quem veja possibilidades nele?
2 - A Avibrás esteve envolvida na fabricação do MBB Cobra?
Ele seria uma arma extremamente interessante dentro do conceito de artilharia inteligente. Mas nunca mais ouvi falar uma palavra sobre ele desde o século passado, então acho que até hoje não vai além de um "vaporware".
Leandro G. Card
Re: AVIBRAS
Enviado: Sáb Mai 27, 2017 10:30 pm
por FCarvalho
O FOG-MPM feneceu junto com os projetos das ffaa's nos anos 90.
Ficou, suponho, o aprendizado. Guiagem a fibra ótica naquela época era coisa demais para nós.
E continua sendo hoje.
Ademais, nem sequer um vetor para lançá-lo temos.
abs.
Re: AVIBRAS
Enviado: Ter Jul 11, 2017 9:33 pm
por FCarvalho
Vou fazer uma pergunta provocativa aqui:
A Avibrás, se chamada amanha a desenvolver um sistema de mísseis anti-mísseis estaria preparada para tal empreitada? E caso estivesse, o que ela poderia oferecer-nos em relação as ffaa's?
Quais seriam as características hoje de um sistema nacional anti-míssil, balísticos, táticos e/ou de cruzeiro?
A base dos Astros seira utilizável ou teríamos que partir para outras opções?
O conhecimento acumulado até hoje na BID sobre sistemas de mísseis é ou seria suficiente para contribuir para este tipo de sistema, desde as munições até os sistemas C4ISR?
abs.