Fórum Defesa Brasil

LeandroGCard escreveu:Míssil anti-navio com asas, configuração do AV-TM, tem um monte por aí, do KH-55 ao C-602 e o Klub. Fora desenvolvimentos novos, como o NSM, o SOM e o AGM-158. Não vejo absolutamente nenhum problema com isso.

Já sensores, estão sendo desenvolvidos para o MAN-1, que é bem menor. Então qual seria a dificuldade de instalá-los no AV-TM, fora, é claro a birra interna entre nossas FA's?

Concordo com tudo, ainda que parcialmente (não sei se as estruturas física e alar são capazes de manobras evasivas como os modelos que citaste sem uma ruptura fatal). E creio que a birra interna que citaste me parece mais do que suficiente para atrapalhar tudo. Ao menos é o histórico...

LeandroGCard escreveu:Aqui sim, acredito que seria um grande problema. O Diâmetro do AV-TM já é quase o dos tubos de torpedo de 533mm padrão. Existem tubos de 650mm, como os utilizados pela classe Dolphin de Israel. Mas dado o conservadorismo de nossos almirantes acho que o Brasil só tem chance de adotar tubos de torpedo diferentes do padrão depois que a Federação derrotar de vez os Klingons .

Evitei me estender na questão dos tubos de torpedo, os Colegas parecem achar que só existe um calibre e modelo e que basta um Msl ter menos de 21 pol de diâmetro para caber, não importa comprimento, peso nem nada. Resolvi ficar na minha...

LeandroGCard escreveu:Mísseis de 1500 Kg não são problema para navios de qualquer tamanho, até lanchinhas de patrulha de meras duzentas ton. carregavam e lançavam várias unidades do bom e velho Stix, que pesava uma tonelada a mais do que isso. O problema é quando o navio é todo projetado e desenvolvido em volta de lançadores compactos do Exocet como uma certa corveta que conheço... .

Então entendes minhas reservas a respeito. Não temos sequer em rascunho num guardanapo de refeitório da EMGEPRON/IPqM algo que seja remotamente compatível com um Msl deste porte, muito menos com um projeto fascinante como seria um Sea Astros, multicalibre e multimíssil, portanto MULTIMISSÃO! Coisas assim são para DEPOIS de perdermos alguma guerra, e isso ainda vai demorar, creio...

LeandroGCard escreveu:Duvi-d-o-do.

Para a FAB é que o MAN-1 versão aerolançada seria realmente mais útil.


Leandro G. Card

Ou seja, o "método" de um passo à frente e dois para trás se mantém.

Viva-se com isso.

Túlio escreveu: Continuo sem resposta sobre quantos hardpoints "secos" capazes de aguentar uns 1500 kgs, entre míssil e pilone, o Gripen vai ter...

Secos, nenhum, e de qualquer jeito, para carregar um míssil de 1500kg precisa tira um tanque extra.

Túlio escreveu:muito menos com um projeto fascinante como seria um Sea Astros, multicalibre e multimíssil, portanto MULTIMISSÃO! Coisas assim são para DEPOIS de perdermos alguma guerra, e isso ainda vai demorar, creio...

O ASTROS em si tem pouca utilidade no mar, mas acredito que você se refere ao conceito multicalibre, ai concordo totalmente, um dos problemas dos atuais VLSes é que os tubos são de um único calibre, mas os mísseis tem funções e tamanhos muito diferentes.

Mas nós estamos muito longe de projetarmos sistemas assim.

Marechal-do-ar escreveu: Secos, nenhum, e de qualquer jeito, para carregar um míssil de 1500kg precisa tira um tanque extra.

Então não me parece que vá ter alguma utilidade para a FAB. Se botar uma tonelada e meia na centerline mais um par de tanques, BVRs e WVRs nas asas, bobear e nem decola (notar que a centerline é a parte mais baixa do avião, nem sei se sobra espaço suficiente entre um Msl desses e o chão para que um Gripen consiga decolar com um mínimo de segurança)...

Túlio escreveu:notar que a centerline é a parte mais baixa do avião, nem sei se sobra espaço suficiente entre um Msl desses e o chão para que um Gripen consiga decolar com um mínimo de segurança

Tenho a mesma dúvida, por outro lado com um tanque no centerline e um AV-MT em cada asa ele terá um grande poder de fogo para atacar a cidade vizinha.

Marechal-do-ar escreveu: Tenho a mesma dúvida, por outro lado com um tanque no centerline e um AV-MT em cada asa ele terá um grande poder de fogo para atacar a cidade vizinha.

O que nos deixa de volta à estaca zero: ou arrumamos um avião maior ou um Msl menor. Em qual apostarias, sabendo o que sabes sobre a FAB?

Túlio escreveu:O que nos deixa de volta à estaca zero: ou arrumamos um avião maior ou um Msl menor. Em qual apostarias, sabendo o que sabes sobre a FAB?

A chance de arrumar um avião maior nos já jogamos fora, e acho que um míssil menor não vai rolar por "n" motivos, então a FAB ficara com nada.

A propósito, esse debate me lembrou de algo com muitas semelhanças ao proposto aqui, porém, uma notável diferença:
https://en.wikipedia.org/wiki/Storm_Shadow

Marechal-do-ar escreveu: A chance de arrumar um avião maior nos já jogamos fora, e acho que um míssil menor não vai rolar por "n" motivos, então a FAB ficara com nada.

A propósito, esse debate me lembrou de algo com muitas semelhanças ao proposto aqui, porém, uma notável diferença:
https://en.wikipedia.org/wiki/Storm_Shadow

Se não me engano este Msl já estava integrado ao Gripen C/D, não? Mas acho brabo de a FAB comprar ou muito menos desenvolver algo assim.

Túlio escreveu:

Marechal-do-ar escreveu: Tenho a mesma dúvida, por outro lado com um tanque no centerline e um AV-MT em cada asa ele terá um grande poder de fogo para atacar a cidade vizinha.

O que nos deixa de volta à estaca zero: ou arrumamos um avião maior ou um Msl menor. Em qual apostarias, sabendo o que sabes sobre a FAB?

Avião maior? KC-390.

Mas o Gripen certamente poderia levar dois av-mt nas asas e tanques ventrais com um belo raio de ação

Túlio escreveu:Se não me engano este Msl já estava integrado ao Gripen C/D, não? Mas acho brabo de a FAB comprar ou muito menos desenvolver algo assim.

Não, acho que você está confundindo com o RBS 15.

pmicchi escreveu:
Mas o Gripen certamente poderia levar dois av-mt nas asas e tanques ventrais com um belo raio de ação

Sério isso? O Msl já é alto e comprido; mesmo encurtando um pouco com a remoção do booster, a altura teria que ser aumentada, já que não foi projetado para ficar pendurado em nada e sim dentro de um tubo de lançamento. Assim, reforços estruturais e pontos de fixação para o pilone, aumentando ainda mais a altura. Depois acrescentes o pilone que, conforme os ensaios de voo (que terão de ser feitos), pode ser BEM mais distante do que o possível à centerline e me digas se não há uma chance ponderável de ter que botar umas rodinhas no AV-TM para não arrastar no chão durante a decolagem...

Marechal-do-ar escreveu: Não, acho que você está confundindo com o RBS 15.

Não, falo do Storm Shadow. Não vou jurar mas me parece que participei de um debate no tópico do FX-2 (antes da decisão) onde alguém mostrou uma tabela com as armas já integradas ao Gripen C/D e que, portanto, também o poderiam ser ao - à época - Gripen NG. Posso estar enganado, como disse, mas me parece que vi isso sim...

Ei, Marechal véio, achei uma das imgs da época, acho que me enganei (sei lá, ainda me parece que vi o Storm Shadow), o que aparece nesta é o Taurus KEPD, um cruise Germano-Sueco de uns 500 km de alcance...

Sim, o Taurus KEPD tem um tamanho parecido com o Storm Shadow, foi codesenvolvido pela SAAB e testado no Gripen C. Embora nenhum usuário do Gripen tenha adquirido o míssil.




Mas não vi em lugar nenhum ele sendo usado no centro, sempre nas asas, mas não parece ser uma limitação da altura, suspeito que o "centerline" da aeronave suporta no máximo uma tonelada.

Marechal-do-ar escreveu:Sim, o Taurus KEPD tem um tamanho parecido com o Storm Shadow, foi codesenvolvido pela SAAB e testado no Gripen C. Embora nenhum usuário do Gripen tenha adquirido o míssil.




Mas não vi em lugar nenhum ele sendo usado no centro, sempre nas asas, mas não parece ser uma limitação da altura, suspeito que o "centerline" da aeronave suporta no máximo uma tonelada.

A meu ver é altura sim, basta dar uma olhada na da centerline em comparação à das asas numa vista frontal, não daria, ao menos a meu ver, para botar um KEPD 350 + pilone ali no meio, só nas asas mesmo. Mas isso me força a voltar atrás em outro ponto: fica claro que as asas têm pelo menos UM hardpoint cada com capacidade para um Msl da categoria de até 1,5 ton, o que até então eu achava que não...