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Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Mai 28, 2010 10:13 am
por Marino
MERVAL PEREIRA
Mal-entendido ou má intenção?
Na nova política de segurança divulgada pelo governo dos Estados Unidos, o Brasil ganhou
relevância em relação a documentos anteriores, mas continua bem abaixo dos outros três centros de
influência China, Rússia e Índia e quase da mesma importância que a África do Sul. O presidente dos
Estados Unidos, Barack Obama, pôs o Brasil em um segundo pelotão
. Em todo o texto, ele cita a Índia
nove vezes; a China, dez; a Rússia, 14; e o Brasil, apenas cinco, mesmo número de vezes da África do
Sul. A Turquia é citada apenas uma vez. Os desentendimentos sobre o acordo nuclear com o Irã, que a
secretária de Estado, Hillary Clinton, classificou de sérios, estão no centro desse esfriamento de relações
entre Obama e Lula, que um dia ele já definiu como o cara. O vazamento da carta que Obama escreveu
ao presidente Lula é um desentendimento diplomático sério. A Casa Branca não gostou de saber que um
governo amigo divulga documentos pessoais entre presidentes. Mas uma leitura atenta da carta, em vez
de demonstrar, como quer o governo brasileiro, que Lula seguiu à risca as orientações de Obama, deixa
claro que houve no mínimo um mal-entendido, que fala mal da diplomacia brasileira. Ou uma tentativa
frustrada de criar um fato consumado que favorecesse o Irã. Ao se referir aos termos do acordo de
novembro, Obama deixa claro que o objetivo dele era deixar o Irã sem material atômico para produzir a
bomba. Está claro que, sem essa precondição, não há acordo.
Na carta, está dito claramente: A proposta da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica)
foi preparada de maneira a ser justa e equilibrada, e para permitir que ambos os lados ganhem
confiança. Para nós, o acordo iraniano quanto a transferir 1.200 quilos de seu urânio de baixo
enriquecimento (LEU) para fora do país reforçaria a confiança e diminuiria as tensões regionais, ao
reduzir substancialmente os estoques de LEU do Irã. Quero sublinhar que esse elemento é de
importância fundamental para os Estados Unidos. Para o Irã, o país receberia o combustível nuclear
solicitado para garantir a operação continuada do TRR (o Reator de Pesquisa de Teerã), a fim de
produzir os isótopos médicos necessários e, ao usar seu próprio material, os iranianos começariam a
demonstrar intenções nucleares pacíficas. Não obstante o desafio continuado do Irã a cinco resoluções
do Conselho de Segurança das Nações Unidas que ordenam o final de seu programa de enriquecimento
de urânio, estávamos preparados para apoiar e facilitar as ações quanto a uma proposta que forneceria
combustível nuclear ao Irã usando urânio enriquecido pelo Irã, uma demonstração de nossa disposição
de trabalhar criativamente na busca de um caminho para a construção de confiança mútua. O
pressuposto era, portanto, que o Irã reduzisse substancialmente os seus estoques. Qualquer acordo que
não reduzisse substancialmente os seus estoques, não teria sentido, portanto.
Em outro trecho, a carta diz: Compreendemos pelo que vocês, a Turquia e outros nos dizem que
o Irã continua a propor a retenção do LEU em seu território até que exista uma troca simultânea de LEU
por combustível nuclear. Como apontou o general [James] Jones [assessor de Segurança Nacional da
Casa Branca] durante o nosso encontro, seria necessário um ano para a produção de qualquer volume
de combustível nuclear. Assim, o reforço da confiança que a proposta da AIEA poderia propiciar seria
completamente eliminado para os Estados Unidos, e diversos riscos emergiriam. Primeiro, o Irã poderia
continuar a ampliar seu estoque de LEU ao longo do período, o que lhes permitiria acumular um estoque
de LEU equivalente ao necessário para duas ou três armas nucleares, em prazo de um ano. Ou seja, se
em um ano o Irã poderia continuar a ampliar o seu estoque de LEU, bastaria ao governo brasileiro fazer
as contas: de novembro a maio são seis meses, meio ano, tempo suficiente para um reforço e tanto no
estoque. O volume ser transferido ao exterior deveria ser, portanto, proporcionalmente aumentado. O
acordo fechado entre Brasil e Turquia com o Irã, nos termos em que foi concebido, isto é, permitindo que
o Irã continuasse a ter um estoque de urânio que manteria a possibilidade de chegar à bomba atômica,
criou, sem dúvida, uma turbulência internacional que interfere na decisão do Conselho de Segurança da
Organização das Nações Unidas de implementar sanções contra o Irã. Se, como tudo indica, as sanções
forem impostas com o apoio da grande maioria dos membros do Conselho de Segurança a informação é
de que apenas Brasil, Turquia e Líbano seriam contrários a elas , fica claro que o Brasil está isolado na
tentativa de salvar o Irã da punição.
Brasil e Turquia somente poderiam se considerar vitoriosos caso o Conselho rachasse devido ao
acordo

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Mai 28, 2010 10:45 am
por Luiz Bastos
Cineasta americano Oliver Stone diz que Lula não deve confiar em Obama


O cineasta americano Oliver Stone ("Platoon", "JFK", entre outros) chega ao Brasil na segunda, 31, para lançar "Ao Sul da Fronteira", documentário sobre sete presidentes da América Latina -com destaque para o venezuelano Hugo Chávez, de quem é admirador. Por telefone, de seu escritório, em Los Angeles, Stone falou à coluna:

Folha - Como é Chávez?

Oliver Stone - Ele é muito acolhedor e amoroso. As notícias sobre ele nos EUA têm sido muito negativas, porque ele mudou as regras. Fez coisas que nenhum outro, exceto [Fidel] Castro, havia feito. Ele tem feito coisas novas, assim como Néstor Kirchner na Argentina e Lula no Brasil. Como Cristina Kirchner diz no filme, as pessoas que estão no poder na América do Sul têm o semblante do povo que as elegeu. Hugo Chávez é um soldado e obviamente tem algumas das falhas de um soldado. Lula é um sindicalista e tem algumas das falhas de um sindicalista.
Mas ambos representam uma grande mudança. E eu espero que dê certo. Porque é o desejo de controlar o seu próprio destino, de ser levado a sério, de não ser ignorado.

O filme é pró-Chávez?

Não é pró-Chávez. Apenas mostra honestamente o que ele está fazendo e o que estão dizendo sobre ele. Não é um documentário longo que vai defender tudo, é uma "roadtrip". Se fosse pró-Chávez, ele teria três horas a mais.

O presidente Hugo Chávez tenta controlar a mídia na Venezuela..
.
[Interrompendo] Não mesmo. 80% da mídia na Venezuela é privada, dirigida por ricos que falam mal do governo. Chávez brigou pela liberdade de expressão. Alguns canais e revistas convocaram greves e chamaram as pessoas para um golpe de Estado em 2002. Em meu país, se você fizer isso, sua licença [de TV] será retirada.

Há relatos de jornalistas sobre a pressão do governo.
Estou falando do que vi e ouvi. O governo respeita a liberdade de imprensa, exceto nos casos em que a mídia desrespeita a lei ou tenta um golpe. Aí as licenças das empresas de comunicação não são renovadas. A maioria das TVs do país é dirigida por lunáticos, caras de direita que perderam seu poder quando Chávez nacionalizou o petróleo. É uma das imprensas mais histéricas que já vi.

O sr. desaprova algo no governo de Chávez?

Ele comete erros assim como qualquer outro governo do mundo. Mas 75% votaram nele em 2006. Nos EUA, a votação de Obama não chegou nem perto. Você não tem ideia de quão pobre era a Venezuela antes de Chávez. Parte por causa do neoliberalismo praticado, inclusive, no seu país, o Brasil. Washington e o FMI não têm interesse, de coração, nas pessoas. Chávez, Lula, Kirchner, [o boliviano Evo] Morales têm. E pagam o preço sendo criticados por pessoas que têm dinheiro e controlam a mídia.

No filme, Lula diz que só quer ser tratado com igualdade. Ele está sendo?

Por quem?

Por líderes do mundo.

Não. Ele e os outros líderes da América do Sul ainda são ignorados. Eu admiro muito o Lula. Ele fez uma coisa nobre indo ao Irã. Ele está tentando manter a sanidade, manter suas posições. Os americanos e europeus acreditam que podem controlar o mundo. Lula representa uma terceira via, de quem não quer a guerra, um caminho fora dessa loucura. Os EUA costumam dizer que Chávez é a má esquerda e Lula, a boa. Isso é nonsense. Obama apoiou Lula até quando ele cruzou a linha.

Ele disse que Lula é "o cara".

Eu não confiaria nos EUA. Os americanos sempre jogaram com os brasileiros desde que pudessem controlá-los. Apoiaram o golpe militar no país em 1964. O Brasil sempre esteve no bolso de trás dos EUA, mas agora eles têm que ser mais espertos. Sabem que não podem controlar o Brasil. E Lula é muito importante. Ele se dá com Chávez, com os Kirchner, e com a Colômbia, o Peru e o México, que são aliados dos Estados Unidos.

E Obama?

Nós estamos tentando. Ele é um homem racional, ético, mas faz parte de um grande sistema. Se ele não estivesse lá, estaria John McCain ou Sarah Palin. Você prefere eles? Eu não. Mas, em relação à América Latina, Obama está jogando o mesmo jogo. A reação americana ao golpe em Honduras foi típica.

O sr. vai fazer um documentário sobre o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad?

Não estou pensando nisso no momento. Houve um problema de comunicação. Eu quis fazer o filme, e ele [Ahmadinejad] não quis. Quando ele quis, eu estava fazendo o filme "W", sobre George W. Bush. (LÍGIA MESQUITA)

"Obama apoiou Lula até quando ele cruzou a linha."

"A maioria das TVs da Venezuela é dirigida por lunáticos de direita. É uma das imprensas mais histéricas que já vi."OLIVER STONE...Da coluna de Mônica Bergamo
(LÍGIA MESQUITA)

"Obama apoiou Lula até quando ele cruzou a linha."

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Mai 28, 2010 10:58 am
por prp
[Interrompendo] Não mesmo. 80% da mídia na Venezuela é privada, dirigida por ricos que falam mal do governo. Chávez brigou pela liberdade de expressão. Alguns canais e revistas convocaram greves e chamaram as pessoas para um golpe de Estado em 2002. Em meu país, se você fizer isso, sua licença [de TV] será retirada.

Isso aqui, ninguém fala.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Mai 28, 2010 1:02 pm
por Sterrius
A parte da imprensa venezuelana ser histerica infelizmente é verdade!

Eu nao chegaria a ponto de defender que chavez defende a liberdade de imprensa. Mas é fato que a imprenesa da venezuela adora realmente passar dos limites ou andar no limite.

Agora achei o texto do ator bem razoavel. E excelente quando comparado aos comentarios de outras pessoas de hollywood que deveriam nunca sequer pensar em opinar sobre politica.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Mai 28, 2010 1:20 pm
por kurgan
28/05/2010 - 12h13 / Atualizada 28/05/2010 - 12h29
Lula rebate Hillary e diz que armas nucleares tornam o mundo mais perigoso

RIO DE JANEIRO, 28 Mai 2010 (AFP) -O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira que são as armas nucleares e não os acordos com o Irã que tornam o mundo "mais perigoso", em uma dura resposta às afirmações feitas na véspera pela secretária de Estado americana, Hillary Clinton.

"A existência de armas de destruição de massa é o que torna o mundo mais perigoso", não os acordos com o Irã, disse Lula em um discurso diante de representantes de 119 países no Terceiro Fórum das Civilizações, no Rio de Janeiro.

Lula respondia aos fortes questionamentos lançados por Hillary na quinta-feira em relação à assinatura de um acordo tripartite de enriquecimento de urânio com o Irã por parte de Turquia e Brasil.

"Pensamos que fazer o Irã ganhar tempo, permitir que o Irã ignore a unanimidade internacional existente sobre seu programa nuclear, torna o mundo mais perigoso, e não menos", disse a secretária de Estado.

Na véspera, Hillary Clinton, afirmou nesta quinta-feira em Washington que o Irã está usando o Brasil para ganhar tempo e que "é hora de ir ao Conselho de Segurança" das Nações Unidas.

Ao responder questões de jornalistas sobre a nova estratégia de segurança da administração Barack Obama, divulgada na quinta-feira, Hillary disse que os brasileiros argumentam que a pressão feita pelos Estados Unidos por novas sanções na ONU contra o Irã poderá levar a um conflito.

"Nós discordamos... nós dissemos (aos brasileiros) que não concordamos com isso, que pensamos que os iranianos estão usando o Brasil, nós achamos que é hora de ir ao Conselho de Segurança", disse.

Hillary informou ainda ter dito ao chanceler brasileiro, Celso Amorim, que "nós achamos que dar tempo ao Irã, permitir que o Irã evite a unidade internacional em relação a seu programa nuclear torna o mundo mais perigoso, não menos".

A secretária de Estado completou que seu país e o Brasil têm "sérias divergências" sobre o programa nuclear iraniano, apesar de as relações bilaterais em outros temas serem boas.

As potências nucleares acreditam que o Irã pretende obter armas atômicas. Depois de o acordo com Brasil e Turquia ter sido assinado, foi enviado ao Conselho de Segurança da ONU um novo projeto de sanções contra Teerã, redigido pelos Estados Unidos e aprovado por grandes países nucleares que analisam o tema (China, França, GB e Alemanha).

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... igoso.jhtm

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Mai 28, 2010 1:21 pm
por kurgan
28/05/2010 - 11h17 / Atualizada 28/05/2010 - 11h26
Erdogan pede a potências que se desarmem

Rio de Janeiro, 28 mai (EFE).- O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, pediu hoje às potências que destruam seus arsenais nucleares para "lutar pela paz dando o exemplo", em seu discurso na inauguração do III Fórum da Aliança de Civilizações.

"Os que falam de prevenção (para que o Irã não tenha a bomba atômica) têm as armas. Deveriam apoiar suas palavras com ações e lutar pela paz eliminando-as", disse Erdogan.

O líder turco afirmou que se as potências nucleares forem capazes de se desarmar "todo o mundo irá acreditar" que a paz é possível. Ele lembrou que o Brasil e a Turquia, países que negociaram um acordo com o Irã, nem têm armas "nem as querem".

Argumentou que o "único propósito" que levou ele e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a viajar a Teerã foi "conseguir a paz" e considerou que o acordo assinado com o Irã é um "passo histórico para a diplomacia".

Erdogan também defendeu a construção de um mundo justo, "onde ninguém seja menosprezado" independente de sua raça, origem ou religião.

O III Fórum da Aliança de Civilizações começou hoje no Rio de Janeiro em uma cerimônia com a presença do presidente Lula, do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon e de outros chefes de Estado e de Governo.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... armem.jhtm

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Mai 28, 2010 2:28 pm
por Paisano
Problemas e oportunidades da economia iraniana

Fonte: http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ ... -iraniana/
Por Andre Araujo

Historia do petroleo do Iran : O territorio ocupado pelas tribos mais selvagens da Persia, os Luri, os Schedehari, os Bachtari, composto de desertos, altas montanhas e rochedos bizarros,. qualquer compendio de geografia da o territorio como pertencente ao Irá. Essas tribos possuem a sua propria sabedoria. Sabem que ao norte fica a cidade de Teheran, aonde o Xainxá reina, faz leis, recolhe tributos e distribue insignias de sua graça. Mas Teheran esta separada do sul por enormes desertos salinos, de modo que raramente chegam lá os coletores de taxas do soberano. Porisso, para as tribos do sul, o Xá é como se não existisse.

Esse deserto, aonde só existe miseria e banditismo, é no entanto, o terceiro campo de petroleo do mundo..

Subito entra em cena um aventureiro audacioso, William Knox D´Arcy. Não era um aventureiro vulgar Tinha muito dos antigos conquistadores que fundaram o Imperio Britanico.

Seu passado fora movimentadissimo. Fez-se garimpeiro, percorreu a Australia inteira em busca de ouro.

Aprisionado no deserto por tribos selvagens, passou fome e sde.e por fim descobriu uma montanha de ouro, o Mount Morga., Enriquecido, se interessou pelo petroleo. Seguiu para a Persia acompanhado de um geologo. Não havia estradas de fero, só bandidos que exigiam tributos. D´Arcy não se recusou a paga-los, o que mostrou-se uma politica certissima. Descobriu dois anticlinais, fez os mapas e seguiu para Teheran, onde com gorjetas conseguiu acesso à Corte, aonde negociou com o Xá Nasr-el-Din, um habil politico. Ao ouvir a conversa do aventureiro em dar um dinheiro respeitavel, 100 mil francos ouro, por uma concessão no deserto, seu rosto iluminou-se. Na forma habitual de regateio oriental, o Xá puxou a oferta pra 200 mil francos.. Quando D Árcy aceitou, o Xá ficou desconfiado. A coisa devia valor muito mais. Exigiu então uma participação na exploração, D´Arcy ofereceu 10 por cento. O Xá disse que para ele estava bom mas a exploração era proxima dos tumulos sagrados, então para os religiosos precisa de mais cinco por cento para aplacar-lhes a ira. Já furioso, D´Arcy acedeu e ainda teve que dar mais um por cento em nome da amizade mutua.

Com a concessão D´Arcy ficou com o direito de explorar petroleo em toda a Persia.

Mas D´Arcy fora logrado. O Xá não mandava no deserto, lá era territorio dos Principes de Bachtari e de chefes do banditismo. Cairam em cima de D Árcy com extosões, sem o que os trabalhos de perfuração nem começariam. Sem saida, D Árcy jogou com um absurdo, ofereceu aos chefes tribais ações da nova companhia. Esses homens primitivos entenderam imediatamente a logica da transação, aceitaram e montaram guarda ao seu investimento. D´Arcy pode trabalhar em paz.

A companhia chamava-se Anglo Persian Oil Co.Ltd.

O capital inicial era 2 milhões de libras em 1909. Em 1914 foi elevado a 4.790.000 de libras.

Em maio de 1914 o Governo ingles adquiriu a empresa, por iniciativa de Winston Churchill, Primeiro Lorde do Almirantado, Ministro da Marinha, que queria reciclar toda a Marinha inglesa para oleo, saindo do carvão, com o que liberava um terço da frota que estava sempre nos portos carregando carváo.

Foi uma sábia decisão. O investimento do Tesouro britanico, de 4 milhões de libras transformou-se em ouro.

a Anglo Persian Oil Co. alterou para Anglo Iranian Oil Co e depois em British Petroleum,privatizada pela Primeira Ministra Thatcher por 110 bilhões de libras, isto depois da nacionalização das concessões em 1954 pelo Primeiro Ministro Mossadegh.

A Anglo Iranian construiu antes da Segunda Guerra a maior refinaria de petroleo do mundo na ilha de Abadan, na Persia. O petroleo do Irã foi nacionalizado pelo Xá, que transformou a Anglo na NIOC-National Iranian Oil Co.

A NIOC sofreu os mesmos problemas da PDVSA, uma deterioração da manutenção que levou o Irã a ser hoje importador de gasolina, apesar de ter tido a maior refinaria do mundo, obviamente degradada após a nacionalização, como foram as tres rerinarias da PDVSA.

Hoje o petroleo do Irã é transacionado basicamente para a China e para o Japão, a produção está estacionada em torno de 3,3 milhões de barris/dia, é um produtor que não aumenta sua produção, apesar de ter a terceira maior reserva do planeta. Razão: falta de investimentos, o Irã , assim como a Venezuela, está desconectado da economia global.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Mai 28, 2010 3:49 pm
por Enlil
Marino escreveu:MERVAL PEREIRA
Mal-entendido ou má intenção?
Na nova política de segurança divulgada pelo governo dos Estados Unidos, o Brasil ganhou
relevância em relação a documentos anteriores, mas continua bem abaixo dos outros três centros de
influência China, Rússia e Índia e quase da mesma importância que a África do Sul. O presidente dos
Estados Unidos, Barack Obama, pôs o Brasil em um segundo pelotão
.
Exatamente por esse motivo nossa aviação de combate não deve ser dependente deles. Nunca fomos prioridade, nem seremos, isso sem falar no choque de interesses geopolíticos, econômicos e na assimetria da relação bilateral q interessa aos EUA, conveniente para manter aceitável para eles o statu quo de sempre em nosso cenário.

Somos uma país B, de segundo escalão para os EUA, temos vários interesses antagônicos na América Latina, Oriente Médio, África e Atlântico Sul, constatar isso não tem na a ver com "ideologia", são fatos evidentes para qualquer um q tem o costume de ler sobre geopolítica com o mínimo de crítica e reflexão e sobre o nosso papel contemporâneo na ordem mundial e, sobretudo, nosso potencial de influência no futuro.

Boas relações sim, dependência estratégica nunca, ainda mais quando há ASSIMETRIA na relação bilateral.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Mai 28, 2010 4:39 pm
por Wolfgang
A carta é despeito. Não há como o Brasil não estar no primeiro time.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Mai 28, 2010 5:19 pm
por Viktor Reznov
kurgan escreveu:28/05/2010 - 12h13 / Atualizada 28/05/2010 - 12h29
Lula rebate Hillary e diz que armas nucleares tornam o mundo mais perigoso

RIO DE JANEIRO, 28 Mai 2010 (AFP) -O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira que são as armas nucleares e não os acordos com o Irã que tornam o mundo "mais perigoso", em uma dura resposta às afirmações feitas na véspera pela secretária de Estado americana, Hillary Clinton.

"A existência de armas de destruição de massa é o que torna o mundo mais perigoso", não os acordos com o Irã, disse Lula em um discurso diante de representantes de 119 países no Terceiro Fórum das Civilizações, no Rio de Janeiro.

Lula respondia aos fortes questionamentos lançados por Hillary na quinta-feira em relação à assinatura de um acordo tripartite de enriquecimento de urânio com o Irã por parte de Turquia e Brasil.

"Pensamos que fazer o Irã ganhar tempo, permitir que o Irã ignore a unanimidade internacional existente sobre seu programa nuclear, torna o mundo mais perigoso, e não menos", disse a secretária de Estado.

Na véspera, Hillary Clinton, afirmou nesta quinta-feira em Washington que o Irã está usando o Brasil para ganhar tempo e que "é hora de ir ao Conselho de Segurança" das Nações Unidas.

Ao responder questões de jornalistas sobre a nova estratégia de segurança da administração Barack Obama, divulgada na quinta-feira, Hillary disse que os brasileiros argumentam que a pressão feita pelos Estados Unidos por novas sanções na ONU contra o Irã poderá levar a um conflito.

"Nós discordamos... nós dissemos (aos brasileiros) que não concordamos com isso, que pensamos que os iranianos estão usando o Brasil, nós achamos que é hora de ir ao Conselho de Segurança", disse.

Hillary informou ainda ter dito ao chanceler brasileiro, Celso Amorim, que "nós achamos que dar tempo ao Irã, permitir que o Irã evite a unidade internacional em relação a seu programa nuclear torna o mundo mais perigoso, não menos".

A secretária de Estado completou que seu país e o Brasil têm "sérias divergências" sobre o programa nuclear iraniano, apesar de as relações bilaterais em outros temas serem boas.

As potências nucleares acreditam que o Irã pretende obter armas atômicas. Depois de o acordo com Brasil e Turquia ter sido assinado, foi enviado ao Conselho de Segurança da ONU um novo projeto de sanções contra Teerã, redigido pelos Estados Unidos e aprovado por grandes países nucleares que analisam o tema (China, França, GB e Alemanha).

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... igoso.jhtm
Foram graças aos massivos arsenais nucleares de ambas a URSS e os USA que nós não despencamos numa terceira guerra mundial lá pela décadde 60, 70 e 80.
Wolfgang escreveu:A carta é despeito. Não há como o Brasil não estar no primeiro time.
Já eu penso o contrário, anões militares como o Brasil não tem cacife pra estar no primeiro time, quem sabe daqui uns 15 anos, mas ainda não.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Mai 28, 2010 5:34 pm
por prp
Cross escreveu:
kurgan escreveu:28/05/2010 - 12h13 / Atualizada 28/05/2010 - 12h29
Já eu penso o contrário, anões militares como o Brasil não tem cacife pra estar no primeiro time, quem sabe daqui uns 15 anos, mas ainda não.
Estou de acordo com você neste ponto, hoje e sempre anões militares são sempre anões, mas o nosso futuro parece promissor.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Mai 28, 2010 5:37 pm
por Túlio
Cross escreveu:Já eu penso o contrário, anões militares como o Brasil não tem cacife pra estar no primeiro time, quem sabe daqui uns 15 anos, mas ainda não.

ODEIO dizer isso mas concordo com o Cross, notem o termo: anões MILITARES! É o que somos, que diabos... :( 8-]

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Mai 28, 2010 6:24 pm
por Sterrius
Foram graças aos massivos arsenais nucleares de ambas a URSS e os USA que nós não despencamos numa terceira guerra mundial lá pela décadde 60, 70 e 80.


Isso perdeu a força dpois da guerra fria.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Mai 28, 2010 6:35 pm
por pafuncio
Túlio escreveu:
Cross escreveu:Já eu penso o contrário, anões militares como o Brasil não tem cacife pra estar no primeiro time, quem sabe daqui uns 15 anos, mas ainda não.

ODEIO dizer isso mas concordo com o Cross, notem o termo: anões MILITARES! É o que somos, que diabos... :( 8-]

Fala assim, não, Túlio, tu és velho demais para ser tão cínico. Hoje è sexta-feira, possivelmente amanhã estarás mais otimista. Recomendo-te uma baranga, para clarear as idéias e recuperar a fé no Brasil ... :mrgreen:

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Mai 28, 2010 6:40 pm
por Túlio
Ah tá, estamos com a bola toda, Leo1 ferro-velho vale por cem Abrams, nada de nukes vale por mil nukes de verdade, três dúzias de Mitingas valem por três MIL F-15/16/18, tri...

COMUNAAAAAAAAAA!!!