A dois dois atrás,e já cerca de 20 páginas atráz,
eu postei alguns trechos de entrevistas do então Min. MU,sobre o FX2 e mais o trecho da END sobre o reaparelhamento da FAB.
Incrível como o discurso não mudou nada:
MU, exemplificando sobre o Gripen e por tabela os americanos:
"Não resolveria um terceiro problema, que é a importância que tem nesse avião os componentes americanos. E, é claro que não queremos que a solução do nosso problema do hiato e desproteção aérea
nos coloque numa posição de dependência tecnológica em relação a uma potência que notoriamente resiste à transferência de tecnologia e usa as tecnologias ilimitadas para exercer influência política."
Na END:
"A escolha entre os dois figurinos é questão de circunstância e de
negociação.
Consideração que poderá ser decisiva é a necessidade de
preferir a opção que minimize a dependência tecnológica ou política em
relação a qualquer fornecedor que, por deter componentes do avião a
comprar ou a modernizar, possa pretender, por conta dessa participação,
inibir ou influir sobre iniciativas de defesa desencadeadas pelo Brasil."
O Min. Nelson Jobim,novamente ontem 16/10/2009.
""Os americanos dizem que transferem tecnologia. Eu disse lá atrás, não examinei a proposta deles ainda, que já fui advogado e juiz e que trabalho com jurisprudência. Mostrei a eles que
o antecedente deles é muito ruim em termos de transferência de tecnologia", afirmou o ministro."
"Já sobre a Saab, o ministro afirmou que o Gripen NG ainda não existe. "
Tem um problema, o motor é norte-americano. Há alguns outros elementos que não são suecos. Eles ficaram de mostrar quem são os fabricantes desse equipamentos"
O fato do discurso não ter mudado nada,prova que as escolhas por "países" já tinham sido feitas naquela época,França e Russia,"as" segundas opções nunca foram EUA e Suécia,a segunda opção sempre foi a Russia,que só não está na parada também pois valorizou demais o osso,esta hoje na reserva de contingência.
O discurso,justificativa e argumentação da dificuldade de transferência de tecnologia por parte dos americanos continua diplomaticamente sendo repetido como um mantra,e sendo divulgado pela mídia,depois da divulgação oficial do resultado pela mídia,será repetido novamente pela ultima vez,mas ai já estará plenamente aceito como verdade,após tantas repetições,será tido como justo e correto.
MU,comentando sobre as negociações com a Russia naquela época:
"O ministro disse ver como natural a resistência da Rússia a temas como a divisão de poder em organismos internacionais, já que o País se beneficia ainda hoje das configuração de poder do pós-guerra.
"Para isso a Rússia teria que largar o osso", afirmou. "É natural que sejam ambivalentes".
Muitos dirão:"mas que palhaçada então é essa de selecionar F18 e Gripen?"
Nós cançamos de falar diariamente aqui que o que se estava fazendo era um leilão,um leilão que tinha como objetivo simplesmente baixar os preços do Rafale,pois a escolha ja tinha recaido sobre a França,e conseguir o máximo de beneficios do governo francês,para que isso ocorresse teria que haver outros concorrentes,os Russos não precisariam de pressão para baixar os preços,é mais que público que os seus são os menores.
Perguntarão ainda:"Então americanos e Suécos são uns otários?Gastaram uma grana nessa campanha e não enxergaram isso?"
Bom,ai cabe a cada um tirar as suas conclusões.
O super trunfo nunca valeu,a escolha foi política desde o inicio,mas não vamos acreditar que a FAB não sabia disso,era inocente,sabia e faz o seu papél,e mesmo sabendo, legitimamente está tentando desde o inicio convencer por uma decisão em consenso.
Sds.
Bender,o insistente.