Fórum Defesa Brasil

FIGHTERCOM escreveu:Vejamos, a arrogância foi dos americanos por falar a verdade ou dos franceses ao divulgar que o Rafale é 100% francês? Cada um que julgue.

O Santiago mostrou insistentemente aqui no DB infos que mostram quais as empresas (não francesas) fornecedoras, e os seus respectivos componentes, para o Rafale. Muitos disseram que não era bem assim, mas depois que o pessoal da Rafale International foi emparedado naquela comissão a verdade veio a tona:

Representante da francesa Dassault, Jean-Louis Montel reconheceu que o país não detém 100% da tecnologia do Rafale. "O domínio é francês", disse. Mas, segundo ele, isso não será um problema: "Os fornecedores podem ser trocados". O Rafale é o preferido do ministro Nelson Jobim (Defesa).

http://defesabrasil.com/site/noticias/p ... -cacas.php


Abraços,

Wesley

Eu afirmei que eles são arrogantes e também truculentos não porque disseram que há componentes americanos no Rafale, contradizendo os franceses, mas sim porque disseram que, se quizerem, VETAM qualquer um. É muita truculência. Veja a diferença da postura da Saab e da Suécia. Eles não disseram que poderiam vetar se quisessem. Apenas disseram que fornecem um sistema a Laser do Spectra e o datalink do MICA. É uma diferença muito grande de postura e respeito.

Izaias Maia escreveu:

Os americanos também procuraram deixar claro que, qualquer que seja o resultado da concorrência, os EUA teriam em mãos, se fosse o caso, o poder de vetar potenciais vendas pelo Brasil tanto dos caças Rafale (França) como dos Gripen (Suécia) que viessem a ser montados ou construídos no país:

- Caso os EUA decidissem restringir o uso de sua tecnologia pelo Brasil, isso afetaria todos os competidores, pois há tecnologia americana tanto no Gripen como no Rafale.

Eu gostaria de ver, por favor, comentários sobre esta parte da noticia postada pelo JP...

Nananinanão, haveria um certo caça que não seria afetado e seria o maior tiro pela culatra da história comercial e política dos EUA...aí o CM ia "prá galera"...

Um fraternal abraço,

jp escreveu:Vejam, eu não vi a lista de componentes do Rafale que são fabricados por indústrias americanas. Presumo, sub censura, que não sejam motivadas por questões tecnológicas imprescindíveis mas - genericamente - por questões de escala de produção, tecnologias mais baratas e, consequêntemente, custos.

Creio, ainda sob crivo dos mais informados, que excetuando-se chips e semicondutores que, aliás, a Rússia compra aos borbotões (não deve ser incrível que não sejam instalados em seus aviões), a França não dependa tanto dos americanos que fiquem com as calças nas mãos (deles). Penso mesmo que a França conseguiu resguardar uma boa distância da excessíva dependência americana, em relação à Inglaterra por exemplo.

Claro, isto tem um preço (lteralmente falando). Porque não se pode comparar o poderio industrial yanque, que resulta em mastodonticos investimentos em pesquisa e produção tecnológica, com a escala francesa. Isto se traduz em maiores custos e soluções tecnológicas - às vezes - mais complicadas.

Não sei exatamente como funciona esse esquema dos russos importando chips e tal, mas eles vendem equipamentos militares para o Irã, Coréia do Norte, Venezuela entre outros inimigos dos EUA ou membros do eixo do mal e eu nunca ouvi falar de veto americano nesses casos, no máximo pressão diplomática, que na maioria das vezes os russos ignoram solenemente.

Flávio Rocha Vieira escreveu:

Izaias Maia escreveu:
Eu gostaria de ver, por favor, comentários sobre esta parte da noticia postada pelo JP...

Nananinanão, haveria um certo caça que não seria afetado e seria o maior tiro pela culatra da história comercial e política dos EUA...aí o CM ia "prá galera"...

Um fraternal abraço,

Flanker forever!!!!

czarccc escreveu: Não sei exatamente como funciona esse esquema dos russos importando chips e tal, mas eles vendem equipamentos militares para o Irã, Coréia do Norte, Venezuela entre outros inimigos dos EUA ou membros do eixo do mal e eu nunca ouvi falar de veto americano nesses casos, no máximo pressão diplomática, que na maioria das vezes os russos ignoram solenemente.

Caro Czarccc,

O radar Zhuk-AE utiliza FPGAs da Altera para o processamento digital de sinais.

http://www.ecsbdefesa.com.br/defesa/fts/AESA.pdf


Abraços,

Wesley

czarccc escreveu:

jp escreveu:Erro.

Foi erro mesmo, "Eu me citei-me a mim mesmo"
Esse Efe-Chis já té triturando meus miolos

czarccc escreveu:É muita truculência.

Caro Czarccc,

Isso não deve ser interpretado como uma truculência, na verdade eles (os americanos) estão no direito deles já que são os desenvolvedores dessas tecnologias. Isso foi mais um "¿Por qué no te callas?" (by Juan Carlos) dito aos franceses que estavam alardeando que detêm 100% das tecnologias do Rafale. É aquilo, "quem fala o que não deve ouve o que não quer". Os franceses inclusive utilizaram disse contra o Gripen e agora estão nas mãos dos americanos. Na verdade todos eles têm o rabo preso, claro, uns mais outros menos.


Abraços,

Wesley

Caros colegas,

Acompanhando a discussão a respeito de possíveis embargos e restrições a produtos e sistema de origem norte-americana, sou de opinião de que esse assunto está sendo superdimensionado na sua importância, visto a sua possibilidade e probabilidade, e também a sua eficácia.

Fiquei curioso a ler a notícia de que, no último 22 de setembro, um F-5E, da Força Aérea Iraniana havia colidido no ar com AEW IL-76.

Fui pesquisar e encontrei o site (não sei se atualizado) http://en.wikipedia.org/wiki/Islamic_Re ... _inventory que mostra que não somente aquele tipo de aeronave ainda voa naquele país, mas também o F-14 (???!!!), C-130 e P-3.

Mais preciso: http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_ai ... _Air_Force

O Irã está sob embargo total pelos americanos desde 1980.

A FAB possui mais de 95% (5% de margem de erro pois não tenho os dados concretos) das suas aeronaves com produtos e sistemas norte-americanos. A Embraer 100%.

O KC-390, base da mobilidade da FAB no futuro, e destinado prioritariamente à exportação, está sendo desenvolvido sob requisitos da própria FAB e terá sistemas críticos (motor, etc.) norte-americanos.

Por isso, tenho a impressão de que podemos estar sendo induzidos a dar mais importância ao assunto do que ele realmente merece.

Palpiteiro

czarccc escreveu: Esse foi até bem propagado pela Saab, pois é ela que fornece um sistema de medição de distâncias a laser do Spectra, mas o Spectra é composto de vários subsistemas. Tem algum americano também?

Thales North America Inc. U.S.A. que fornece o Spectra

Nos links abaixo você poderá encontrar maiores informações sobre os fornecedores do Rafale:

http://www.defesabrasil.com/forum/viewt ... tart=15225
http://www.defesabrasil.com/forum/viewt ... e#p4940604
http://www.defesabrasil.com/forum/viewt ... e#p4937279
http://www.defesabrasil.com/forum/viewt ... s#p4936273
http://www.defesabrasil.com/forum/viewt ... s#p4937279
http://www.defesabrasil.com/forum/viewt ... e#p4937279


Abraços,

Wesley

FIGHTERCOM escreveu:

czarccc escreveu: Não sei exatamente como funciona esse esquema dos russos importando chips e tal, mas eles vendem equipamentos militares para o Irã, Coréia do Norte, Venezuela entre outros inimigos dos EUA ou membros do eixo do mal e eu nunca ouvi falar de veto americano nesses casos, no máximo pressão diplomática, que na maioria das vezes os russos ignoram solenemente.

Caro Czarccc,

O radar Zhuk-AE utiliza FPGAs da Altera para o processamento digital de sinais.

http://www.ecsbdefesa.com.br/defesa/fts/AESA.pdf


Abraços,

Wesley

Quase que eu não vi!
Tava procurando no texto, não achei nada, daí que percebi a foto. Mas como funciona isso? Os EUA vetam AMX e ST para a venezuela quando o Brasil está vendendo, mas não vetam Su-27/30 quando a Rússia está vendendo a países alvo de embargo americano. É esculacho com o Brasil, ao passo de que a Rússia é levada a sério. Não seria esse chip programável uma solução temporária de desenvolvimento assim como foram as antenas Raytheon no desenvolvimento do RBE2 AESA e no projeto NORA sueco? Não é só pra contrariar. é que fiquei confuso mesmo com tudo isso.

PS: Desculpe-me se estou perguntando sobre coisas já postadas, é que sou relativamente novo aqui no forum e não dá pra ler mais de 1300 páginas desse tópico além de milhares de outros posts em outros tópicos assim de uma hora pra outra. Obrigado pela paciência e pelos links. acredito que serão muito úteis para vários foristas novatos como eu.

FSP, 17/10

FAB cria frota de caças para reforçar defesa da Amazônia
Em meio à tensão entre Venezuela e Colômbia, país deslocará até 16 F-5M para Manaus

Brigadeiro Juniti Saito diz que a intenção do governo é renovar totalmente a frota de caças e chegar a 88 novos aparelhos até 2025

ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA

Num clima de tensão e de armamentismo entre países da América do Sul -como Colômbia e Venezuela-, o governo brasileiro vai criar a primeira unidade de aviões de caça na Amazônia a partir do ano que vem, quando deverá ser transferida para a região uma frota inicial de 12 a 16 aviões do tipo F-5M, que hoje compõem a força operacional de Natal.
Os F-5M são jatos supersônicos adquiridos nos anos 70, modernizados pela Embraer nesta década. Eles vão ficar baseados em Manaus, enquanto as únicas frotas da FAB existentes na região (de turboélices Super Tucanos fabricados pela Embraer) devem continuar em Porto Velho e Boa Vista.
A informação foi dada ontem pelo comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, em palestra a oficiais da reserva, na qual adiantou que a intenção do governo é renovar totalmente a frota de caças e chegar até a 88 novos aparelhos até 2025.
Desse total, 36 serão obtidos inicialmente com o programa FX-2, a ser fechado neste ano. Estão em disputa o F-18 Super Hornet da Boeing (EUA), o Rafale da Dassault (França) e o Gripen NG da Saab (Suécia).
O vencedor não apenas fornecerá as 36 primeiras unidades, como será base para as etapas seguintes da renovação, substituindo gradativamente os Mirage e os F-5, da década de 1970, e o AMX, programa Brasil-Itália da década de 1990. A expectativa da FAB é que, além de adquirir aeronaves, o país também possa se habilitar a montá-las e a produzir parte de suas peças internamente.
Os concorrentes acenam com a possibilidade de integrar às suas aeronaves componentes que venham a ser fabricados no Brasil, que passaria assim a ser fornecedor nos pacotes de exportação da vencedora.
Os governos e as empresas estrangeiras que concorrem têm tido uma atuação agressiva com o governo, o Congresso e a imprensa, já que se trata de uma das maiores disputas no setor hoje. Além do Brasil, só Índia e Dinamarca estão em processo de compra de caças.
Os novos caças vão aprofundar o remanejamento das bases da Aeronáutica (iniciado com a nova frota de Manaus), que tem dois objetivos básicos: atender a Amazônia e começar a patrulhar a área do pré-sal, faixa de 800 quilômetros entre Espírito Santo e Santa Catarina.
Visando esses dois alvos, o ministro Nelson Jobim (Defesa) irá na próxima quarta para a Itália, onde visitará estaleiros e discutirá parcerias na área de navios-patrulha, que atuam tanto em alto-mar quanto em rios. Esse é um novo projeto da Marinha, agregado ao pacote com a França de compra de submarinos Scorpène e de construção de um submarino nacional de propulsão nuclear.
Jobim, que conversou ontem com o chanceler Celso Amorim no Itamaraty, também discute com países da África, como Angola, uma política comum de proteção do Atlântico Sul. Defesa e Itamaraty tentam acertar ainda projetos de cooperação com a China para desenvolver e operar porta-aviões e um discurso comum do Brasil na conferência internacional sobre o TNP (Tratado de Não Proliferação Nuclear), que a ONU patrocina em abril de 2010.
Jobim fez um apelo a Amorim para que o Itamaraty acelere a assinatura de um acordo Brasil-EUA, para que a Força Aérea norte-americana possa adquirir cem aviões Super Tucano da Embraer sem licitação agora e a Marinha do país possa fazer o mesmo mais adiante.

Palpiteiro escreveu:Caros colegas,

Acompanhando a discussão a respeito de possíveis embargos e restrições a produtos e sistema de origem norte-americana, sou de opinião de que esse assunto está sendo superdimensionado na sua importância, visto a sua possibilidade e probabilidade, e também a sua eficácia.

Fiquei curioso a ler a notícia de que, no último 22 de setembro, um F-5E, da Força Aérea Iraniana havia colidido no ar com AEW IL-76.

Fui pesquisar e encontrei o site (não sei se atualizado) http://en.wikipedia.org/wiki/Islamic_Re ... _inventory que mostra que não somente aquele tipo de aeronave ainda voa naquele país, mas também o F-14 (???!!!), C-130 e P-3.

Mais preciso: http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_ai ... _Air_Force

O Irã está sob embargo total pelos americanos desde 1980.

A FAB possui mais de 95% (5% de margem de erro pois não tenho os dados concretos) das suas aeronaves com produtos e sistemas norte-americanos. A Embraer 100%.

O KC-390, base da mobilidade da FAB no futuro, e destinado prioritariamente à exportação, está sendo desenvolvido sob requisitos da própria FAB e terá sistemas críticos (motor, etc.) norte-americanos.

Por isso, tenho a impressão de que podemos estar sendo induzidos a dar mais importância ao assunto do que ele realmente merece.

Palpiteiro

Que bizarro! Os caras tem uns aviões da década de 20 operacionais!

Fizeram até um F-5 iraniano! Até os F-14 voam! Esse embargo deve ter sido o maior impulso a uma indústria aeronáutica registrado no mundo! Já passo a ver esses embargos com bons olhos!

O diretor da ACS disse que eles nos passaram na área espacial!
http://www.aereo.jor.br/2009/10/15/dire ... trategico/

Eita mundo doido!

Os embargos e negativas americanas, dando-se os exemplos ocorridos com o Brasil e alguns países "amigos" dos EUA, parecem ser pontuais e que visam ora forçar a entrada de equipamentos americanos - que se traduz em influência política e militar - ora por questões de estratégia de estado deles. Essas últimas, em certos casos, chegam a ser risíveis, como embargar sistemas de navegação dos P-3 comprados pelo Brasil e aquela história dos cálculos aerodinãmicos das asas dos "moderníssimos" F-5 da FAB.
De qualquer forma, é inegável, a tecnologia é deles e e eles podem por os óbices que lhes derem na telha. Cabe a nós corremos atrás.

jp escreveu:Cabe a nós corremos atrás.

2x


Abraços,

Wesley

Santiago escreveu:FSP, 17/10

FAB cria frota de caças para reforçar defesa da Amazônia
Em meio à tensão entre Venezuela e Colômbia, país deslocará até 16 F-5M para Manaus

Brigadeiro Juniti Saito diz que a intenção do governo é renovar totalmente a frota de caças e chegar a 88 novos aparelhos até 2025

Jobim fez um apelo a Amorim para que o Itamaraty acelere a assinatura de um acordo Brasil-EUA, para que a Força Aérea norte-americana possa adquirir cem aviões Super Tucano da Embraer sem licitação agora e a Marinha do país possa fazer o mesmo mais adiante.[/color][/quote]

Creio não ter entendido muito bem o texto. O que ele quis dizer, se é que foi isto mesmo que disse, em relação a: "...e a Marinha do país possa fazer o mesmo mais adiante".

A intenção dele seria dizer, nossa Marinha?
Ops!