Luís Henrique escreveu:Eu também gostei. Parabéns pelo achado.
E Orestes, ja que o Rafale tem custo estimado em R$ 125 mi e o Gripen NG em R$ 85 mi.
175% de 85 resulta em um repasse tecnológico FINANCEIRAMENTE menor que 160% de 125...
Luís Henrique - apenas brincando com os números.
Sua conta está correta, Luís, mas existe um ponto que não se debate aqui: como repor ao Brasil mais do que ele gastará?
Imagine assim, você faz um acordo com o vendedor para comprar algum equipamento para sua empresa, a o vendedor lhe diz que vai investir mais em sua empresa do que você foi capaz de comprar dele? Alguém acredita que isso faz algum sentido? Não de forma linear...
Acredito no seguinte: várias são as empresas envolvidas no processo, os tais retornos viriam de forma indireta, ou seja, de acordo com a participação de cada segmento, logo as porcentagens, para cada empresa envolvida, seria diferente. Supondo isto razoável, então teríamos empresas com maior retorno, outras com menos ou nenhum retorno. Digamos que estes números (porcentagens) sejam relativos, ou seja, o tamanho da fatia do bolo maior; já o tamanho total do bolo não deve superar os valores pagos pelo comprador, caso contrário, tal coisa implica em claro prejuízo.
Observe que será o governo que pagará a conta, mas não será ele que receberá o offset, este vai para o setor empresarial e comercial, mas o governo ganha gerando empregos e arrecadando mais impostos. Quando se fala de números superiores a 100%, tudo é possível, inclusive os ganhos indiretos sendo contabilizados, por exemplo, arrecadação de impostos, novos empregos, como dito acima. Porém isto não é prerrogativa de vendedor, é conversa pra boi dormir (supondo que alguém agiu assim, claro), fazem isso pra impressionar, normalmente o leigo, mas os que decidem...
Este tipo de procedimento é mais comum do que se imagina, os governos fazem isso o tempo todo, um exemplo hipotético: o Brasil cresceu 100% ESTE ANO em relação ao ano passado. O apressado pára no número informado e no período (este ano) e aí fica "feliz". Porém a pergunta deveria ser: quanto cresceu no último ano? Se a resposta for 1%, então 100% disto vale 2%, ou seja, saiu-se do nada para o lugar nenhuma. Artimanhas para se fazer discursos pra impressionar, nada mais do que isso.
Sobre os números apresentados, bem, não acredito em nenhum deles, só sabendo o que realmente está no papel para ter certeza do que é real, o resto é retórica de vendedor (minha opinião se aplica aos três).
Grande abraço,
Orestes