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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Enviado: Qui Out 15, 2009 12:43 am
por czarccc
AlbertoRJ escreveu:gomugomu escreveu: Rafale International detalha
proposta a Deputados Federais
Brasília, 14 de outubro de 2009 - Comprometida com a oferta de sólido apoio ao desenvolvimento da capacidade tecnológica e industrial brasileira em sua proposta ao Governo Brasileiro para a aquisição da próxima geração de aeronaves de combate – programa FX-2 –, o consórcio Rafale International, formado pelas empresas francesas Dassault Aviation, Snecma (grupo SAFRAN) e Thales e seus fornecedores, apresentou nesta quarta-feira detalhes da proposta à Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados.
Escolhida como finalista na concorrência do programa FX-2, a proposta da Rafale International alia uma aeronave de combate com capacidade operacional compatível às necessidades geopolíticas do Brasil a um irrestrito programa de transferência de tecnologia e de cooperação com a indústria brasileira. A apresentação aos Deputados é mais um passo no processo de cooperação com as instituições públicas e privadas brasileiras, confirmado em março deste ano durante encontro na FIESP, em que se reuniram mais de 150 executivos de cerca de 90 companhias brasileiras e francesas. Na ocasião, foram firmados diversos contatos entre companhias francesas e a indústria nacional.
Durante uma aprofundada e concreta apresentação técnica, os Deputados Federais tiveram acesso a detalhes da transferência de tecnologia prevista na proposta do consórcio francês. Destaque para o anúncio de que esta transferência de tecnologia irrestrita já foi autorizada pelo Governo Francês, não necessitando de outras permissões. Além disso, os executivos da Rafale International informaram aos parlamentares que já foi iniciada uma parceria com a indústria nacional e o meio acadêmico. Foi abordada ainda a capacidade operacional do caça Rafale, já testado em combate.
O consórcio já assinou 67 cartas de intenção para projetos com 38 empresas brasileiras do setor aeroespacial. A transferência de tecnologia prevista na proposta do Rafale chegará a cobrir mais de 160% do valor do contrato de aquisição das aeronaves. Este ambicioso projeto propõe a transferência de 100% das capacidades de desenvolvimento da aeronave Rafale no Brasil em cooperação com parceiros brasileiros, desde grandes empresas, como a Embraer, até médias e pequenas companhias do setor aeroespacial. Também já foi firmada parceria com o CTA (Centro Tecnológico da Aeronáutica) e universidades como ITA (Instituto de Tecnologia da Aeronáutica) e UFRJ.
A aeronave de combate Rafale, em termos de eficácia de combate e também de tecnologias críticas, está na vanguarda da inovação técnica, com aplicação em vários campos, e poderá gerar um salto tecnológico para toda a indústria brasileira, muito além das exigências previstas na concorrência.
Sobre a Rafale International
Rafale International é um consórcio formado pelas empresas Dassault Aviation, Snecma e Thales para promover o caça multifuncional Rafale para clientes internacionais.
PS:Olha quem é a nova anunciante do DefesaNet... Dassault???????? Como ASSIM???
Assim não vale, eles são patrocinados pela SAAB!
Tem algum anúncio ou banner da Rafale International ou Dassault lá?
Procurei e não vi.
Em algumas reportagens aparece, mas o da página principal, ali em cima na direita, continua sendo o da SAAB.
Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Enviado: Qui Out 15, 2009 12:48 am
por czarccc
orestespf escreveu:Vejam a diferença entre gritar e falar: "A transferência de tecnologia prevista na proposta do Rafale chegará a cobrir mais de 160% do valor do contrato de aquisição das aeronaves."
Os franceses sempre foram um dos melhores em matemática do mundo, pra mim, os melhores. Assim sendo, não iriam cometer a gafe dos suecos com as percentagens da vida... Uma coisa é dizer X% sobre o contrato de aquisição dos caças, outra coisa é dizer cobrirá Y% sobre algo não especificado.
É isso, pingo em i's e j's é cáca de mosquito para o leito, mas para o não leigo é ofensa, e no caso versado, das grandes.
Orestes, "i e j sem pingo só se for maiúsculo".
PS: no ranking mundial sobre produção matemática, o Brasil está muito a frente a Suécia.
Que o diga o ilustríssimo Poincaré e sua conjectura, resolvida por um russo por sinal!!!
Flanker never dies!!!
Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Enviado: Qui Out 15, 2009 12:52 am
por orestespf
gomugomu escreveu:orestespf escreveu:Vejam a diferença entre gritar e falar: "A transferência de tecnologia prevista na proposta do Rafale chegará a cobrir mais de 160% do valor do contrato de aquisição das aeronaves."
Os franceses sempre foram um dos melhores em matemática do mundo, pra mim, os melhores. Assim sendo, não iriam cometer a gafe dos suecos com as percentagens da vida... Uma coisa é dizer X% sobre o contrato de aquisição dos caças, outra coisa é dizer cobrirá Y% sobre algo não especificado.
É isso, pingo em i's e j's é cáca de mosquito para o leito, mas para o não leigo é ofensa, e no caso versado, das grandes.
Orestes, "i e j sem pingo só se for maiúsculo".
PS: no ranking mundial sobre produção matemática, o Brasil está muito a frente a Suécia.
Compromisso da Saab de efetuar mais de
175% ao valor total do contrato em cooperação industrial (offset).
Num intindi agora professor.
Estou me referindo ao fato da SAAB ter dito o número 175% dias atrás, mas sem especificar o "o que do que". Lembra-se que eu critiquei a estupidez da informação?
Mas ignore os 160% e 175%, isto não diz respeito aos caças e muito menos as ToT's (que os suecos sugeriram quando apresentaram a famigerada percentagem), todos se referem aos offset comerciais e não sobre as ToT's. Desconheço por completo, mas se for para pensar em proposta de offset comercial, bem, acho que a proposta americana deve ser imbatível, deve passar, fácil, dos 250%.
Grande abraço,
Orestes
Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Enviado: Qui Out 15, 2009 1:04 am
por orestespf
czarccc escreveu:
Que o diga o ilustríssimo Poincaré e sua conjectura, resolvida por um russo por sinal!!!
Flanker never dies!!!
Tive um professor de Introdução aos Sistemas Dinâmicos, ainda no primeiro ano do mestrado, que colocou a conjectura de Poincaré na prova. Claro, ninguém conseguiu fazer a questão, mas o cara disse que é assim que as coisas acontecem (ele está correto nisso), mas não aconteceu. (De fato, alguns problemas em aberto são resolvidos assim, na base da provocação.)
Grande abraço, Czar!!!
Orestes
Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Enviado: Qui Out 15, 2009 1:38 am
por ninjanki
gomugomu,
160% de offset sobre uma proposta que custa 2X é muito melhor que 175% de offset de uma proposta que custa X...
Allan
Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Enviado: Qui Out 15, 2009 4:53 am
por davedogman
New Fighter Jets Chronically Short of Spare Parts
Faced with a shortage of spare parts for its newest F-15K fighter jets, the Air Force is resorting to stripping components from one jet and putting them into another to keep them flying.
According to documents the Air Force submitted to Grand National Party lawmaker Kim Jang-soo, who heads the National Assembly's Defense Committee, the rate of availability of new spare parts for F-15K fighter jets was 16 percent last year, compared to between 70 to 80 percent for other fighter planes.
The so-called "concurrent spare parts" or CSP rate shows how much out of a year's worth of spare parts in inventory can be used immediately. Sixteen percent is spectacularly low.
Instead, the Air Force has resorted to cannibalizing other F-15K jets.
Instances of cannibalization rose from 39 cases in 2006 to 203 in 2007 and 350 in 2008. Cannibalization is prohibited, but authorization can be given by the top echelon when there is no other option, enabling the Air Force to maintain an operation rate of more than 80 percent for the F-15Ks. But at any given time, five to six of the jets remain grounded because components are missing.
The Air Force cites a lack of forecasts of "components needs" because it claims to be in the early stages of deploying F-15Ks, and blames manufacturer Boeing for failing to hand over the relevant information.
"Cannibalization will decrease with time as we gain more experience operating the F-15Ks, being able to forecast the potential shortage of different components," an Air Force spokesman said. He claimed cannibalization was common in air forces around the world.
But one former Air Force general said, "Cannibalization involves used parts, and when it comes to something as intricate as a fighter jet, a major malfunction could result."
http://english.chosun.com/site/data/htm ... 00826.html
Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Enviado: Qui Out 15, 2009 6:32 am
por soultrain
davedogman escreveu:New Fighter Jets Chronically Short of Spare Parts
Faced with a shortage of spare parts for its newest F-15K fighter jets, the Air Force is resorting to stripping components from one jet and putting them into another to keep them flying.
According to documents the Air Force submitted to Grand National Party lawmaker Kim Jang-soo, who heads the National Assembly's Defense Committee, the rate of availability of new spare parts for F-15K fighter jets was 16 percent last year, compared to between 70 to 80 percent for other fighter planes.
The so-called "concurrent spare parts" or CSP rate shows how much out of a year's worth of spare parts in inventory can be used immediately. Sixteen percent is spectacularly low.
Instead, the Air Force has resorted to cannibalizing other F-15K jets.
Instances of cannibalization rose from 39 cases in 2006 to 203 in 2007 and 350 in 2008. Cannibalization is prohibited, but authorization can be given by the top echelon when there is no other option, enabling the Air Force to maintain an operation rate of more than 80 percent for the F-15Ks. But at any given time, five to six of the jets remain grounded because components are missing.
The Air Force cites a lack of forecasts of "components needs" because it claims to be in the early stages of deploying F-15Ks, and blames manufacturer Boeing for failing to hand over the relevant information.
"Cannibalization will decrease with time as we gain more experience operating the F-15Ks, being able to forecast the potential shortage of different components," an Air Force spokesman said. He claimed cannibalization was common in air forces around the world.
But one former Air Force general said, "Cannibalization involves used parts, and when it comes to something as intricate as a fighter jet, a major malfunction could result."
http://english.chosun.com/site/data/htm ... 00826.html
Mas a maravilhosa logística, o pós venda imaculado? Estou espantado!
Já sei, são os Coreanos que são incompetentes e não sabem pedir as peças certas.
Vou por isto nas noticias, é mais fácil encontrar.
[[]]'s
Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Enviado: Qui Out 15, 2009 8:15 am
por Wardog
ninjanki escreveu:gomugomu,
160% de offset sobre uma proposta que custa 2X é muito melhor que 175% de offset de uma proposta que custa X...
Allan
Exato, ja tinha dito isso. Mas como todos sabem, o preço da proposta é semelhante, o custo x vs 2x se daria em um periodo de 40 anos, contando toda a manutenção do caça.
Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Enviado: Qui Out 15, 2009 8:23 am
por Penguin
Todos os percentuais citados em relação aos off sets (comerciais, industriais e tecnológicos) são em relação aos valores dos contratos.
Uma coisa é o custo flyaway, outra o valor do contrato, outra os custos de operacão e outra ainda o custo do ciclo de vida.
[]s
OBS.:
Pela primeira vez, a Dassault falou em uma estimativa de offset (contrapartida comercial e industrial) de até 160% do valor referente à oferta.
...de até 160% pode ser qualquer coisa no intervalo [0, 160].
Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Enviado: Qui Out 15, 2009 8:31 am
por Penguin
FSP, 15/10
Cessão de tecnologia não será total, dizem fábricas de caças
Representante da Boeing afirma que empresa não é responsável por todas as peças Na audiência na Câmara, suecos e franceses fizeram propostas de fechar novas parcerias com a Embraer se vencerem a licitação da FAB
ALAN GRIPP
Sentados à mesma mesa, representantes das três empresas que disputam a concorrência para vender 36 caças ao Brasil reconheceram ontem que a transferência de tecnologia à indústria nacional terá limites.
As autoridades sabem que uma transferência de tecnologia sem restrições é impossível porque as peças que compõem os aviões são fabricadas por diferentes empresas, de diferentes países. E, desta vez, as concorrentes admitiram isso, em audiência pública na Câmara.
Questionado por que a proposta da Boeing não cita transferência "irrestrita", e sim "necessária", Bob Gower, vice-presidente da empresa responsável pelo F-18 Super Hornet, disse: "Isso significaria dar acesso a cada pequena peça. Se tivermos um chip Intel, não podemos dar acesso aos senhores. Solicitamos a eles [permissão para transferir], e eles nos disseram que era simples: "Basta comprar a nossa empresa".
Representante da francesa Dassault, Jean-Louis Montel reconheceu que o país não detém 100% da tecnologia do Rafale. "O domínio é francês", disse. Mas, segundo ele, isso não será um problema: "Os fornecedores podem ser trocados". O Rafale é o preferido do ministro Nelson Jobim (Defesa).
Discretamente, os suecos da Saab, fabricante do Gripen -o caça mais barato-, comemoraram o resultado da audiência porque avaliam que as declarações de americanos e franceses puseram as três propostas em pé de igualdade -o Gripen é criticado porque dois terços do avião não são feitos na Suécia, o que dificultaria a transferência.
Na audiência, suecos e franceses propuseram novas parcerias com a Embraer, além da produção dos caças no Brasil.
A Saab disse estar disposta a desenvolver em conjunto com a empresa brasileira a nova geração do Gripen, em "coprodução industrial e intelectual".
A Dassault falou em fabricar em conjunto um motor "ecológico" para o Rafale: "baixo consumo, baixo ruído e capacidade de uso de biocombustíveis".
Já os americanos concentraram sua apresentação em minar a crença de que o país se recusará a repassar segredos industriais, definida por Gower como "exagero de alguns". Ele disse ainda que a proposta dos EUA é inédita, e "resultado da amizade" entre Lula e Obama.
Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Enviado: Qui Out 15, 2009 8:34 am
por Penguin
Segredos de graça
A cada vez que a compra multibilionária dos 36 caças é abordada, menos confiança esse negócio mostra merecer
Jânio de Freitas
COM UMA PEQUENA frase a meio de sua exposição para parlamentares sobre a "concorrência" para compra dos aviões de caça, o representante do F-A18E, que a Boeing oferece em vão ao Brasil, suscita dois questionamentos importantes à conduta do governo brasileiro. Disse ele que no F-18 há componentes cuja tecnologia "nem a Boeing conhece".
Mesmo que seja só para despachar outros concorrentes que não o Rafale francês, desejado por Lula e por Nelson Jobim, a exigência de cessão integral da tecnologia aplicada no avião, para aceitar comprá-lo, excede em desconsideração, ou em desconhecimento, realidades essenciais.
Assim como, em exemplo mais simples, as chamadas fábricas de automóveis usam muitas partes compradas a fabricantes diversos, a indústria aeronáutica usa múltiplos pesquisadores, projetistas e fabricantes. A Espanha, para citar um caso, é fornecedora de asas para muitas indústrias, inclusive a bem-sucedida Embraer, cujos aviões mais qualificados têm cerca de 80% do seu custo e tecnologia provenientes do exterior.
Em uma de suas formulações simplistas, Nelson Jobim diz que qualquer ressalva à cessão da tecnologia exclui a priori o concorrente. Logo, ou o concorrente precisa fabricar tudo em todo o avião, dos pneus às sofisticações mais inacreditáveis -e nos caças modernos são muitas -, ou todos os inúmeros fabricantes de componentes têm, também, que ceder os direitos, conhecimentos ainda que secretos, processos e ferramentas das tecnologias que desenvolveram. Nos dois casos, a exigência brasileira não está longe do desatino.
Se oficializada a oferta do presidente Sarkozy a Lula, de ceder toda a tecnologia do Rafale, duas hipóteses merecem consideração. Ou a promessa não será cumprida de fato, como os mais variados pretextos já amputaram cessões adquiridas; ou o modelo ofertado de Rafale está desprovido das melhores modernidades, sempre resguardadas como segredos militares de altos investimentos e conhecimentos. Neste capítulo, convém lembrar que o custo de criação do Rafale foi tão alto, que as indústrias Dassault só puderam arcar com 25% dele, precisando o governo francês entrar com os restantes 75%. E agora, segundo o tal "preço especial" citado por Lula, transfeririam ao Brasil o resultado de todos aqueles investimentos e conhecimentos pelo preço de custo direto do produto. Pois sim.
A cada vez que a compra multibilionária dos 36 caças é abordada, menos confiança esse negócio mostra merecer.
Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Enviado: Qui Out 15, 2009 8:36 am
por Penguin
Valor, 15/10
Por caças, Boeing, Dassault e Saab miram a Embraer
Danilo Fariello, de Brasília
A indústria nacional foi abertamente cortejada pelos três concorrentes ao fornecimento de 36 caças à Força Aérea Brasileira (FAB) em audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados, ontem. Em evento criado especificamente para tratar de transferência de tecnologia, as três concorrentes, Boeing (EUA), Saab (Suécia) e Dassault (França) resolveram dirigir seus lobbies principalmente para a Embraer e suas fornecedoras da região de São José dos Campos (SP), que foram apresentadas como as maiores beneficiárias do projeto F-X2.
Pela primeira vez, todos os concorrentes afirmaram que montarão os caças no Brasil. A transferência de tecnologia é um dos itens avaliados pelo governo brasileiro na escolha do fornecedor.
Os suecos da Saab estão dispostos até a promover uma parceria estratégica com a Embraer. "Definiria-se uma co-propriedade industrial das tecnologias específicas do Gripen NG Brasil, tornando aquela aeronave um verdadeiro produto Embraer-Saab", disse Bengt Janér, diretor da empresa sueca no Brasil. O vice-presidente da Saab para vendas internacionais, Bob Kemp assegurou, ainda, que planeja 40% de toda a produção dos caças no Brasil e que, portanto, cerca da metade de todo o valor pago pelos caças permanecerá no país.
Robert Gower, vice-presidente da Boeing garantiu que toda a tecnologia solicitada pela FAB será transferida, mas destacou que há limites comerciais para transferência irrestrita. "Não podemos transferir tecnologia de um chip da Intel que faz parte do avião", citou como exemplo. Gower destacou que transferirá tecnologias de fuselagem e das asas dos caças Super Hornet, um pleito da Embraer que poderia ter a tecnologia adaptada para aeronaves da empresa, como o KC-390. O americano lembrou que a tecnologia dos EUA já ajudou a formar a base para expansão daquela empresa. "Acreditamos que a proposta do Super Hornet da Boeing para a concorrência F-X2 possibilitará o mesmo crescimento robusto em múltiplos nichos de mercado."
Tanto a Saab como a Boeing preveem a transferência de tecnologia para futura exportação de componentes dos caças pela indústria brasileira.
A Dassault, que concorre com os caças Rafale, lembrou que o governo francês já autorizou a exportação de armamentos e tecnologia ao Brasil. "Transferiremos toda a tecnologia para as empresas brasileiras, disse o diretor da Dassault, Jean-Marc Merialdo, que citou a Embraer e centros de pesquisas brasileiros como parceiros nas pesquisas de tecnologia para a fabricação. Convidado pela comissão, o presidente da Embraer, Frederico Fleury, não apareceu.
Maior alvo de críticas na comissão, a Dassault foi questionada por deputados sobre a sua saúde financeira, que teria na operação com o Brasil a sua salvação. "A saúde da Dassault não está em questão e não precisou ser salva pelo (presidente) Sarkozy. O faturamento e a margem de lucro estão estáveis há anos", disse Merialdo.
As concorrentes ainda esperam um relatório final a ser apresentado pela FAB, que deverá avaliar as propostas finais já enviadas pelas três empresas há duas semanas. A partir desse relatório, o Executivo deverá indicar qual a vencedora do F-X2.
Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Enviado: Qui Out 15, 2009 8:38 am
por Penguin
Estado de Minas, 15/10
Concorrentes frente a frente
Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara ouve representantes das três empresas que participam de licitação para compra de caças. Os três garantem transferência de tecnologia Isabel Fleck
Brasília – Juntos pela primeira vez em uma discussão pública, os representantes das três empresas que participam da concorrência F-X2, para a venda de 36 caças à Força Aérea Brasileira (FAB), reafirmaram, durante audiência convocada pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara, o compromisso de transferir tecnologia ao Brasil. Os deputados não apenas questionaram as ofertas sobre tecnologias que abrangem desde a integração de armamentos até a “invisibilidade” aos radares. Em alguns momentos, os congressistas colocaram os convidados contra a parede.
O diretor da Dassault International do Brasil, Jean-Marc Merialdo, por exemplo, foi questionado pelo fato de o caça Rafale ainda não ter “emplacado” em nenhum outro país. “Perdemos algumas competições, sim, mas em uma época em que o governo da França não havia posto o Rafale em serviço operacional. E nenhum avião foi vendido ao exterior antes de estar em serviço no próprio país”, justificou. Pela primeira vez, a Dassault falou em uma estimativa de offset (contrapartida comercial e industrial) de até 160% do valor referente à oferta.
O diretor da Saab no Brasil, Bengt Janér, teve de responder sobre as garantias de um avião que ainda será desenvolvido, diante das outras duas propostas de aviões “prontos”. “O nosso produto não está sobre uma prancheta. Os pilotos brasileiros que estiveram na Suécia voaram no que vai ser o Gripen NG”, explicou Janér. O executivo reforçou que 40% das atividades de desenvolvimento do Gripen NG seriam realizadas por empresas brasileiras.
Para os norte-americanos da Boeing, as perguntas se concentraram nas garantias do governo e do Congresso para a transferência de tecnologia. O vice-presidente do programa F-18 Super Hornet, Robert Gower, afirmou que a proposta para a concorrência F-X2 foi fruto de “medidas inéditas para atender aos objetivos brasileiros”. “Em relação às garantias legais, na nossa oferta incluímos todas: do Departamento de Estado, Pentágono, Congresso. A noção de que os EUA resistirão ou de alguma forma limitarão a transferência de tecnologia é simplesmente um exagero”, garantiu.
Para o deputado Emanuel Fernandes (PSDB/SP), que é engenheiro aeronáutico, a participação dos três concorrentes foi “muito positiva”, mas ainda há dúvidas sobre o que realmente está “no papel”. “Todos estão dizendo que vão transferir tecnologia, mas, como nós não vimos quais são as demandas do governo brasileiro, não temos condição de saber, ao certo, como será o processo”, ponderou.
A transferência de tecnologia é um dos requisitos do Brasil para escolher a empresa vencedora da licitação. No dia 8, o ministro Nelson Jobim (Defesa) questionou a promessa feita pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, de que a Dassault vai transferir 100% de tecnologia se vencer a licitação para fornecer caças para a FAB. Ele lembrou que a Dassault é uma empresa privada e o governo francês tem ações preferenciais, sem direito a voto.
O prazo para entrega das propostas para participar da licitação acabou no dia 2 deste mês. A FAB deve concluir até o dia 31 o relatório com a análise técnica da melhor proposta. Concluído, o texto será submetido à análise do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, provavelmente, do Conselho de Defesa Nacional.
Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Enviado: Qui Out 15, 2009 9:36 am
por AlbertoRJ
Santiago escreveu:Todos os percentuais citados em relação aos off sets (comerciais, industriais e tecnológicos) são em relação aos valores dos contratos.
Uma coisa é o custo flyaway, outra o valor do contrato, outra os custos de operacão e outra ainda o custo do ciclo de vida.
[]s
OBS.:
Pela primeira vez, a Dassault falou em uma estimativa de offset (contrapartida comercial e industrial) de até 160% do valor referente à oferta.
...de até 160% pode ser qualquer coisa no intervalo [0, 160].
Não seria um offset
maior que 160%?
[]'s
Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Enviado: Qui Out 15, 2009 9:47 am
por Edu Lopes
Brasileiro do Pentágono contesta opções de caças para o País
PORTO ALEGRE - Salvador Raza une-se ao coro de especialistas que defendem a compra de novos armamentos por parte das forças armadas brasileiras, mas é reticente quanto às opções apresentadas.
- Eu defendo entusiasticamente esse plano de compra, mas não necessariamente as opções que são estudadas - disse com exclusividade ao Terra.
A opinião de Raza tem peso: ele é diretor do Centro de Tecnologia Relações Internacionais e Segurança (Cetris) e professor da National Defense University, em Washington - centro acadêmico fundado pelo Departamento de Defesa dos EUA.
O país deve comprar 36 caças Rafale, da companhia francesa Dassault Aviation, que competem em uma licitação com os modelos Gripen NG, da empresa sueca Saab, e os F-18 Super Hornet, da americana Boeing. O Brasil também tem a intenção de adquirir 50 helicópteros e quatro submarinos, sendo um deles, possivelmente, de propulsão nuclear.
Para Raza, "a opções pelos submarinos é acertada, do ponto de vista estratégico. Quanto aos caças, não fico satisfeito com a opção francesa nos moldes oferecidos. Não quero dizer que não é uma boa aeronave, mas não gosto do modelo de gestão de tecnologia deles".
A transferência de tecnologia é outro ponto importante defendido pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, que afirmou que o objetivo é fomentar uma "capacitação nacional" para o desenvolvimento.
- As discussões no Brasil ainda são sobre os equipamentos, que foi justamente o erro venezuelano. É um assunto emocionante, empolgante, mas é o que chamamos de 'assunto de tenente', que analisa se a asa do avião é maior ou menor, por exemplo. Não é isso. O debate principal é sobre a integração desses equipamentos em doutrinas, sistemas de comando e estratégias, e isso ainda foi pouco abordado - defende Raza.
O caso da Venezuela, citado pelo especialista como exemplo de projeto mal conduzido, é o que os profissionais da área militar chamam de "booster frio" - uma injeção de recursos materiais que não altera em igual proporção a capacidade de combatência do país.
Segundo Raza, o investimento dos venezuelanos em armas acabou não se transformando em poder efetivo, além de ter aumentado o custo de manutenção dos novos equipamentos.
No entanto, o diretor do Cetris entende que o país está no caminho certo e não acha que possa haver um "booster frio" brasileiro.
- Acredito que temos gente competente no País para fazer o projeto de força. O problema é que está muito demorado e já somos cobrados por isso. Estamos em um processo contratual, as Forças Armadas do Brasil estavam muito fracas em termos de equipamento. O material já era obsoleto, havia a necessidade de reciclagem - diz Raza.
Fonte: http://jbonline.terra.com.br/pextra/200 ... 014543.asp