Fórum Defesa Brasil

Túlio escreveu:Só para entender, Mestre: e a velocidade exagerada causada pelo excesso de peso no pouso? Não daria para ele ter ejetado os tanques e a bomba de exercício, que se vê bem na foto? Ou os sistemas para isso também foram comprometidos?

Detalhe: não sabia que aeronaves de combate não podiam ejetar combustível em emergências, como as comerciais...

Tulio, não acho que a velocidade seja exagerada.
Dependendo da configuração a velocidade e essa mesmo.

Sobre alijar, so posso especular o que ja aprendi: se esta voando e sendo manobravel, não mude nada na configuração que não tenha necessidade.
Se ele tinha controle de tudo, não havia o porque de se mudar, pelo menos e o que eu acho.

Isso, logicamente, partindo do principio que os sistemas não tenham sido comprometidos.

Arataca escreveu:Prezados,

Se não me falha a memória, a Embraer tinha um canhão pneumático que lançava frangos para teste de impacto.

Mas no caso de urubus, eles tem um bico muito mais duro que um de frango, sei não!

Parabens ao piloto pelo sangue frio e pela perícia para controlar o avião. Merece uma promoção.

Eu teria ejetado mas não com os foguetes do assento. Seria pelo jato da diarréia instantânea que me acometeria.

Pilotos de caça são seres especiais.

Isto me lembra de um dito que ouvi na Inglaterra

"Fighter pilots fly but don't think

Transport pilots think but don't fly

Helicopter pilots think that they fly"


1 abraço

Obviamente inventada por um piloto que teve que mijar na canequinha ou que nunca voou na ala do planeta terra (vulgarmente conhecido como "Pairado"...).

Hehehe...

Esses dizeres me lembram de uma foto que tirei de um show aéreo que fui nesse fim de semana, e que em breve o Padilha irá publicar...

Tem tudo a ver com o debate sobre aeronaves 'macho'

Vocês verão em breve...

[]s
CB_Lima

Tulio, só complementando o sapao, a alta velocidade é reflexo do peso do aviao, mais o problema de nao poder configura-lo adequadamente, com os flapes, o que reduziria a velocidade. É comum em varios tipos de procedimento de emergencia nao mudar a configuracao da aeronave, pois se houver danos, somente uma superficie pode comandar, causando assimetria, levando a aeronave a querer girar "tonneau".
Sobre alijar combustivel, mesmo entre as aeronaves comerciais, isso é restrito, como o justin citou, as grandes aeronaves, porte de 767, 777, A330, que normalmente já decolam com o peso de decolagem beeem acima do peso maximo estrutural de pouso. Aeronaves comerciais medias, tipo B737, A320, F100, etc, tambem nao tem essa capacidade.

Abs!

PS- show de bola a destreza do caçador.

Amx pousando....em configuração normal.http://www.youtube.com/watch?v=WPESpJ0V ... re=related

E ja' que o assunto e' passarinho...essa e' para voce, sapao...



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outras :







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CREDO, atropelou um DRAGÃO???

malmeida escreveu:

Túlio escreveu:O que estranhei é que tinha lido que os sistemas eram redundantes (triplicados, se não me engano), creio que caiu mais uma lenda, pois bastou uma josta de urubu e quase ficamos com um AMX a menos...

touché!

MAlmeida

Claro que os sistemas são redundantes... Por exemplo, o cabo que leva o comando elétrico para acionamento do aileron, por exemplo, é duplicado e caminham por regiões diferentes da aeronave, assim como tubos hidráulicos. As fontes elétricas tem redundância (gerador x baterias), e com certeza computadores e outros itens também tem.

Mas existem coisas para as quais não existe a tal redundância... no caso do AMX as óbvias são o motor e o piloto. Aliás, no AMX e num montão de aeronaves por aí... isso não é demérito algum.

A redundância tem aí dois objetivos... reduzir a probabilidade de uma falha simples de um componente "derrubar a aeronave" (que é a mesma redundância do projeto de uma avião comercial); e a redundância que visa reduzir a probabilidade de perda da aeronave por danos de combate.

Vejam bem, reduzir a probabilidade... afinal não existe avião imune a danos que o possam derrubar. Um simples tiro de fuzil, dependendo de onde acertar, pode derrubar qualquer aeronave. Mas as chances são mínimas. Já um impacto de arma de grosso calibre (um 30mm explosivo) por exemplo, num impacto direto, dependendo de onde acertar derruba um avião, seja ele qual for.

O mesmo vale para um urubu... Os aviões são projetados para suportar impactos de pássaros (tanto é que existem ensaios com os tais "canhões de frango"). As partes da aeronave mais suscetíveis a impactos com pássaros são projetadas para suportar estes impactos de modo que os danos gerados (claro que existirão danos) não sejam suficientes para derrubar o avião.

Entretanto existem parâmetros para isso... parâmetros de peso do pássaro, velocidade da aeronave e etc... Se o choque ocorrer acima destes parâmetros, os danos serão maiores que o previsto, e suas consequências também.

Vide ocaso do A320 no rio Hudson... Os motores são projetados para suportar o impacto não de um, mas de diversos pássaros... mas naquele dia, naquelas condições os dois motores foram pro espaço!!!

Prezados,

Sobre os ensaios com pássaros em aviôes, de fato existem estudos acadêmicos relacionados a isto. Conheço um engenheiro cujo tema de mestrado (ou pelo menos parte) foi o desenvolvimento de metodologia para a avaliação de resistência ao impacto de aves em aeronaves. Vou verificar se consigo os resultados deste trabalho.

Inclusive existiu uma certa controvérsia sobre como realizar os ensaios: inicialmente se pretendia ensaiar com aves vivas, mas os protocolos de bioética barraram esta possibilidade; desta forma os ensaios foram feitos com frangos mortos (de supermercado), devidamente descongelados. Mas estas estórias não estão publicadas. Foram obtidas durante uns copos de cerveja.

Forte abraço.

Wsantana.

WSANTANA escreveu:Prezados,

Sobre os ensaios com pássaros em aviôes, de fato existem estudos acadêmicos relacionados a isto. Conheço um engenheiro cujo tema de mestrado (ou pelo menos parte) foi o desenvolvimento de metodologia para a avaliação de resistência ao impacto de aves em aeronaves. Vou verificar se consigo os resultados deste trabalho.

Inclusive existiu uma certa controvérsia sobre como realizar os ensaios: inicialmente se pretendia ensaiar com aves vivas, mas os protocolos de bioética barraram esta possibilidade; desta forma os ensaios foram feitos com frangos mortos (de supermercado), devidamente descongelados. Mas estas estórias não estão publicadas. Foram obtidas durante uns copos de cerveja.

Forte abraço.

Wsantana.

Ouvi destas histórias também quando estagiei na Embraer. Inclusive uma sobre um frango não descongelado apropriadamente e que disparado do "canhão de frango" atravessou uma carlinga de T-27... .

Leandro G. Card

WSANTANA escreveu:Prezados,

Sobre os ensaios com pássaros em aviôes, de fato existem estudos acadêmicos relacionados a isto. Conheço um engenheiro cujo tema de mestrado (ou pelo menos parte) foi o desenvolvimento de metodologia para a avaliação de resistência ao impacto de aves em aeronaves. Vou verificar se consigo os resultados deste trabalho.

Inclusive existiu uma certa controvérsia sobre como realizar os ensaios: inicialmente se pretendia ensaiar com aves vivas, mas os protocolos de bioética barraram esta possibilidade; desta forma os ensaios foram feitos com frangos mortos (de supermercado), devidamente descongelados. Mas estas estórias não estão publicadas. Foram obtidas durante uns copos de cerveja.

Forte abraço.

Wsantana.

Todas as novas aeronaves e motores são testadas usando os "canhões de pássaros". Existem normas e regras específicas para estes ensaios, que são usados para demostrar as autoridades certificadoras que as aeronaves cumprem os requisitos de "bird impact".

São utilizados sim frangos descongelados e pesados (existe um peso específico pedido em norma), embalados em cápsulas de isopor (snme) que os transformam em projéteis dos tais canhões (que funcionam com ar comprimido). Ao sair do cano do canhão, a cápsula de desintegra e o galinácio atinge a superfície da aeronave a ser testada.

Depois do ensaio os danos são avaliados para ver se tal região da aeronave pode ser considerada aprovada ou não.

No caso dos motores a reação, os frangos são atirados para dentro de motores em funcionamento, verificando sua resistência aos danos causados.

Para cada nova aeronave são testados os bordos de ataque (asas, estabilizadores, e entradas de ar de motores); parabrisas ou canopys, regiões do nariz e quaisquer outras áreas expostas a este tipo de impacto.

NO CTA existe um canhão destes... que foi usado deste o projeto do EMB-312 eu acho.

Sds,
Cassio

LeandroGCard escreveu:

WSANTANA escreveu:Prezados,

Sobre os ensaios com pássaros em aviôes, de fato existem estudos acadêmicos relacionados a isto. Conheço um engenheiro cujo tema de mestrado (ou pelo menos parte) foi o desenvolvimento de metodologia para a avaliação de resistência ao impacto de aves em aeronaves. Vou verificar se consigo os resultados deste trabalho.

Inclusive existiu uma certa controvérsia sobre como realizar os ensaios: inicialmente se pretendia ensaiar com aves vivas, mas os protocolos de bioética barraram esta possibilidade; desta forma os ensaios foram feitos com frangos mortos (de supermercado), devidamente descongelados. Mas estas estórias não estão publicadas. Foram obtidas durante uns copos de cerveja.

Forte abraço.

Wsantana.

Ouvi destas histórias também quando estagiei na Embraer. Inclusive uma sobre um frango não descongelado apropriadamente e que disparado do "canhão de frango" atravessou uma carlinga de T-27... .

Leandro G. Card

Tipo assim?

Agora, imaginem se esse AMX tivesse pego uma revoada dessas pela frente!