#2114
Mensagem
por FCarvalho » Dom Out 20, 2024 1:13 pm
Vou repetir aqui um comentário que fiz no site da revista.
"Sou cético quanto aos milhares de dólares que estamos gastando na modernização dos EE-9 pela Akaer, por mais que o retorno tecnológico e industrial nos sejam benéficos.
A quantidade de veículos a serem modificados simplesmente é cara demais para justificar o projeto a meu ver. São recursos que poderiam ser aplicados em outros projetos tão ou mais importantes quanto, como o desenvolvimento das VBE Guarani, que deveriam estar já em operação e plenamente engajadas na OM mecanizadas há muito tempo. Mas o EB fez uma escolha minimalista, como sempre.
O Centauro II é simplesmente magnífico. Os italianos verdadeiramente se superaram ao criar este bldo. Ele é imponente sob qualquer ângulo. Mas só de olhar para ele fico mais desestimulado com o dinheiro gasto para remendar bldos com +40 anos no lombo.
Seria de muito mais proveito, a meu ver, insistir nas 98 unidades iniciais do Centauro II, e tentar chegar nas 221 unidades ao longo do prazo de entrega atual, fazendo pequenos adendos ao contrato, do que “desperdiçar” em um veículo que já deu tudo o que tinha, e trás para nós, mesmo modernizado, resultados não tão convincentes quanto às capacidades de sobrevivência no TO moderno. Como veículo para desenvolvimento, avaliação e teste de novas tecnologia para a indústria de defesa com certeza ele se presta, mas para por aí.
Ainda faltam 123 bldos para obtermos as 221 unidades propaladas pelo EB ao Centauro II. As entregas vão se esticar ao longo de quase uma década, o que para mim, significa que não temos qualquer garantia de que obteremos sequer as 96 restantes a serem contratadas, já que as onipresentes limitações e cortes orçamentários no MD tem obrigado as forças a fazerem permanentemente “escolhas de Sofia”, inviabilizando qualquer planejamento, mínimo que seja, dos investimentos a se fazer anualmente.
Com 123 undes adicionais, seria o caso de dispor de 11 a 12 veículos a mais anualmente para entrega até o prazo final do cronograma. Não sei quanto custaria cada uma dessas novas unidades, mas a julgar que seriam montados também aqui no Brasil, podemos supor que a sua encomenda trará algum tipo de economia, uma vez superadas as questões dos custos de implantação da sua linha de produção em Minas Gerais na fábrica da IDV."
Carpe Diem