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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Enviado: Ter Abr 10, 2012 8:13 pm
por guilhermecn
mmatuso escreveu:Suspeito que depende da situação, se os outros 60% estiverem pulverizados em mais de 1 dono e for menor do que 40% acho que a empresa israelense manda.
Esse é o problema. Se os outros 60 estiverem na mão de uma brasileiro, ou 50/40 nas mãos de um brasileiro e 10/20 sendo do Gov. , sem problemas. Se a Rafael for o sócio majoritário... Perdemos outra empresa...

Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Enviado: Ter Abr 10, 2012 8:16 pm
por Brasileiro
mmatuso escreveu:Suspeito que depende da situação, se os outros 60% estiverem pulverizados em mais de 1 dono e for menor do que 40% acho que a empresa israelense manda.
Negativo, a empresa é de porte médio/pequeno. Neste estágio de desenvolvimento é pouco provável que tenha mais do que uns 5 ou 6 sócios.

Não estamos falando, neste caso, de uma 'pequena brilhante' que faz um produto único, que domina uma tecnologia ultra-sensível, etc. Na verdade é uma empresa que há tempos não se ouve falar algo.



abraços]

Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Enviado: Ter Abr 10, 2012 10:18 pm
por Justin Case
guilhermecn escreveu:
mmatuso escreveu:Suspeito que depende da situação, se os outros 60% estiverem pulverizados em mais de 1 dono e for menor do que 40% acho que a empresa israelense manda.
Esse é o problema. Se os outros 60 estiverem na mão de uma brasileiro, ou 50/40 nas mãos de um brasileiro e 10/20 sendo do Gov. , sem problemas. Se a Rafael for o sócio majoritário... Perdemos outra empresa...
Amigos, boa noite.

Para reflexão:
O que é "perder uma empresa"?
Uma empresa sem projetos estará perdida.
Uma empresa sem encomendas já está perdida.
Uma empresa falida já se perdeu.
Uma empresa adquirida por um grupo estrangeiro não está perdida. Apenas mudou de dono.
Não é o desejável, nem o ideal, mas é sobrevivência.
Além disso, qualquer coisa que seja feita por aqui, mesmo que parte do lucro vá lá para fora, é melhor do que importar "de prateleira".
Se tivermos engenheiros e operários brasileiros ainda ativos, eu acho que é mais vantajoso do que ter uma empresa genuinamente brasileira MORTA.
E, para o Governo e Sociedade brasileiros, ainda sobra a tecnologia e alguns recolhimentos de impostos por aqui.
Abraços,

Justin

Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Enviado: Ter Abr 10, 2012 11:40 pm
por Boss
Brasileiro escreveu:
mmatuso escreveu:Suspeito que depende da situação, se os outros 60% estiverem pulverizados em mais de 1 dono e for menor do que 40% acho que a empresa israelense manda.
Negativo, a empresa é de porte médio/pequeno. Neste estágio de desenvolvimento é pouco provável que tenha mais do que uns 5 ou 6 sócios.

Não estamos falando, neste caso, de uma 'pequena brilhante' que faz um produto único, que domina uma tecnologia ultra-sensível, etc. Na verdade é uma empresa que há tempos não se ouve falar algo.



abraços]
Pois é, um drama gigante porque uma empresa estrangeira comprou 40% de uma empresa que a maioria nunca ouviu falar.

Não importa onde estão os outros 60%, sejam na mão de um, de dois ou de quatro, controle só com 50% + 1 do capital (falando de uma empresa sem a divisão de classes de ações que nem a Petrobras, Eletrobras, Itaúsa, etc), e isso a companhia israelense não tem.

Pelo tamanho da empresa, duvido que se não tivessem imposto barreiras (provavelmente os próprios donos) à compra do controle ou mesmo de toda a empresa, a Rafael não o teria feito.

Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Enviado: Qua Abr 11, 2012 12:45 am
por marcelo bahia
Vale lembrar que as empresas mais importantes contam com golden shares do GF. :wink: E concordo com Justin Case; entre uma empresa 100% nacional morta e outra com capitais estrangeiros, mas ativa, gerando trabalho no país, impostos e formando mão-de-obra especializada, fico com a segunda opção.

Sds.

Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Enviado: Qua Abr 11, 2012 8:56 am
por mmatuso
Boss escreveu:
Brasileiro escreveu: Negativo, a empresa é de porte médio/pequeno. Neste estágio de desenvolvimento é pouco provável que tenha mais do que uns 5 ou 6 sócios.

Não estamos falando, neste caso, de uma 'pequena brilhante' que faz um produto único, que domina uma tecnologia ultra-sensível, etc. Na verdade é uma empresa que há tempos não se ouve falar algo.



abraços]
Pois é, um drama gigante porque uma empresa estrangeira comprou 40% de uma empresa que a maioria nunca ouviu falar.

Não importa onde estão os outros 60%, sejam na mão de um, de dois ou de quatro, controle só com 50% + 1 do capital (falando de uma empresa sem a divisão de classes de ações que nem a Petrobras, Eletrobras, Itaúsa, etc), e isso a companhia israelense não tem.

Pelo tamanho da empresa, duvido que se não tivessem imposto barreiras (provavelmente os próprios donos) à compra do controle ou mesmo de toda a empresa, a Rafael não o teria feito.
Mas então se a sociedade é: 10%+ 20% + 30% + 40%

Quem controla? Ou elegem um conselho para gerir?

Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Enviado: Qua Abr 11, 2012 9:17 am
por thelmo rodrigues
Polo de MG aproxima-se de militares



Marcos de Moura e Souza




No fim do mês passado, um grande e potencial cliente bateu na porta das empresas de eletroeletrônica baseadas em Santa Rita do Sapucaí. Uma comitiva de militares do Ministério da Defesa reuniu-se com empresários locais para conhecer o tipo de tecnologia fabricado ali. O interesse do ministério é pôr a cidade no mapa de compras de produtos de defesa pelas Forças Armadas.

Santa Rita, de 40 mil habitantes, é o principal polo mineiro de eletroeletrônica. Dali sai uma variedade de equipamentos, componentes e softwares para TV digital, telefonia móvel, segurança e outros. São 11 mil itens e exportações para mais de 40 países. O setor de defesa é novidade para a maioria das pequenas e médias empresas.

A comitiva foi liderada pelo general Aderico Visconde Pardi Mattioli, diretor do departamento de produtos de defesa da secretaria que trata do assunto no ministério. Ele explicou a um grupo de empresários que o ministério se reestruturou e que o governo coloca a indústria de defesa como um dos vetores para o crescimento da economia. E que depois de muito tempo com a demanda represada, há uma retomada do orçamento para o setor.

"Material de defesa é tudo, do coturno ao radar", diz Mattioli. "Santa Rita tem potencial para atender à nossa demanda na área cibernética, de comunicação via rádio, de câmeras de vigilância e equipamentos de visão termal [para uso em locais escuros]." O interesse do ministério é em equipamentos de uso dual - para fins civis e militares. Isso permite que os empresários não dependam das compras governamentais para sobreviver.

O Ministério da Defesa ainda não terminou o diagnóstico que apontará quais são os produtos de maior demanda pelas Forças Armadas. Existe uma grande dependência de importados, principalmente dos produtos de ponta, disse Mattioli. O interesse do governo é incrementar a participação da indústria nacional também nesses segmentos mais avançados.

Para o general, o polo mineiro tem condição para disputar contratos desse tipo. "Os empresários de Santa Rita em algum momento vão participar da cadeia produtiva dos Veículos Aéreos Não Tripulados (Vant), de mísseis e da cibernética", disse ele.

Marco Antonio Castello Branco, um dos vice-presidentes da Federação das Indústrias de Minas (Fiemg), reforça: "As empresas de Santa Rita têm muito potencial para serem integrantes da cadeia do sistema de defesa, fabricando equipamentos de visão noturna, recursos de mira, cabos para veículos militares, peças para radar." O que faltava até agora, diz, era apresentar as empresas para as Forças Armadas e vice-versa.

Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Enviado: Qua Abr 11, 2012 9:19 am
por thelmo rodrigues
Novaer Craft dá início a protótipo de monomotor



A Novaer Craft iniciou a fabricação do protótipo da aeronave T-Xc Pilgrim, treinador monomotor, concebido para ser uma alternativa competitiva de substituição do T-25 Universal, usado há mais de 40 anos no treinamento primário de cadetes da Academia da Força Aérea Brasileira (FAB), em Pirassununga (SP).

Desenvolvido na década de 60, o T-25 tem apresentado diversos problemas operacionais que limitam seus voos, além da falta de peças de reposição. A FAB tem 87 aeronaves T-25 em sua frota.

"A nossa expectativa é que quando houver um programa de substituição do T-25 na FAB, poderemos contar com os benefícios da Lei 12.598, que estabelece normas especiais para as compras de produtos e de sistemas de defesa, e cria regras de incentivo às empresas brasileiras na área da defesa", disse o diretor-presidente da Novaer, Graciliano Campos.

Segundo Campos, a Novaer planeja construir uma fábrica com capacidade para produzir 120 aviões por ano. A Embraer não atua nesse segmento de mercado e o único modelo da empresa com motor a pistão é o avião agrícola Ipanema.

O T-Xc foi construído com R$ 10 milhões em recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e uma contrapartida da empresa no valor de R$ 2,4 milhões. "Desenvolvemos também uma versão civil do T-Xc, o Stardream, o que coloca em prática uma estratégia do governo, que estimula o desenvolvimento de tecnologias de uso dual", explicou o executivo da Novaer.

Enquanto as encomendas do T-Xc não chegam, a Novaer se dedica à produção do trem de pouso da aeronave militar Super Tucano, fabricada pela Embraer. "A FAB nos encomendou o desenvolvimento de uma versão mais moderna do trem de pouso do Super Tucano, com uma vida útil superior, de 10 mil pousos", comentou. A versão anterior tinha uma vida útil de 6 mil pousos.

O equipamento já está sendo exportado para os países onde a Embraer vendeu o Super Tucano. Atualmente, nove países operam o Super Tucano, que acumula um total de 182 encomendas, das quais 158 já foram entregues. "Já vendemos entre 10 e 15 conjuntos desse novo trem de pouso", revelou.

Com esse trem de pouso, a Novaer, comenta Campos, também efetuou o primeiro pagamento de royalties de produto militar na história da FAB, que contratou o desenvolvimento do equipamento. O investimento feito no projeto, segundo o diretor da Novaer, foi de R$ 3 milhões.

Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Enviado: Qua Abr 11, 2012 11:54 am
por NovaTO
mmatuso escreveu:
Boss escreveu: Pois é, um drama gigante porque uma empresa estrangeira comprou 40% de uma empresa que a maioria nunca ouviu falar.

Não importa onde estão os outros 60%, sejam na mão de um, de dois ou de quatro, controle só com 50% + 1 do capital (falando de uma empresa sem a divisão de classes de ações que nem a Petrobras, Eletrobras, Itaúsa, etc), e isso a companhia israelense não tem.

Pelo tamanho da empresa, duvido que se não tivessem imposto barreiras (provavelmente os próprios donos) à compra do controle ou mesmo de toda a empresa, a Rafael não o teria feito.
Mas então se a sociedade é: 10%+ 20% + 30% + 40%

Quem controla? Ou elegem um conselho para gerir?
Nesse caso podemos ter situação onde 2 sócios fazem uma aliança contra um terceiro. Em reuniões de conselho de acionistas, eles votarão em conjunto. :mrgreen:

Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Enviado: Qua Abr 11, 2012 12:02 pm
por NovaTO
Justin Case escreveu:
guilhermecn escreveu: Esse é o problema. Se os outros 60 estiverem na mão de uma brasileiro, ou 50/40 nas mãos de um brasileiro e 10/20 sendo do Gov. , sem problemas. Se a Rafael for o sócio majoritário... Perdemos outra empresa...
Amigos, boa noite.

Para reflexão:
O que é "perder uma empresa"?
Uma empresa sem projetos estará perdida.
Uma empresa sem encomendas já está perdida.
Uma empresa falida já se perdeu.
Uma empresa adquirida por um grupo estrangeiro não está perdida. Apenas mudou de dono.
Não é o desejável, nem o ideal, mas é sobrevivência.
Além disso, qualquer coisa que seja feita por aqui, mesmo que parte do lucro vá lá para fora, é melhor do que importar "de prateleira".
Se tivermos engenheiros e operários brasileiros ainda ativos, eu acho que é mais vantajoso do que ter uma empresa genuinamente brasileira MORTA.
E, para o Governo e Sociedade brasileiros, ainda sobra a tecnologia e alguns recolhimentos de impostos por aqui.
Abraços,

Justin
Podemos entender que perder uma empresa pode ser:

Perder o controle acionário dela, exemplo: EADS tomando a Helibrás, ou Elbit assumindo a Aeroeletrônica, ou recentemente a ARES. A partir que a Empresa que era brasileira se torna uma controlada ou filial ou subsidiária de uma empresa Estrangeira. Esta pode se tornar uma maquiladora, uma planta de montagem, seus produtos se tornarem portifólio da empresa estrangeira, seus ativos passarem a fazer parte do grupo que a adquiriu. E a partir disto ela pode simplesmente descartar
todo os esforço anterior, e lançar seus produtos no mercado interno. Pode liquidar a área de P&D.
Qualquer decisão gerencial ou estratégica virá da matriz(em outro país)

[]'s

Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Enviado: Qua Abr 11, 2012 1:22 pm
por Marino
Valor Econômico             
Para grupos de TI, é hora de se 'alistar'
Gustavo Brigatto


Se você já viu algum filme de ação, deve conhecer o clichê: é o do fornecedor de armas para as Forças Armadas, geralmente uma megacorporação com interesses mesquinhos, que não se importa em arriscar a segurança da população para vender tecnologias perigosas, envoltas em projetos secretos.

Giovani Thibau já viu produções do gênero, mas sua empresa, a TechBiz Forense Digital, não poderia estar mais distante desse lugar-comum. Criada em 2005, a companhia prevê atingir uma receita de R$ 25 milhões neste ano - bem distante dos conglomerados bilionários da ficção - e seus contratos com o Exército brasileiro não têm nada de secretos. Os negócios, que começaram há dois anos, com acordos cujos valores variavam entre R$ 100 mil e R$ 250 mil, hoje chegam a R$ 4,6 milhões.

Como a TechBiz, outras empresas relativamente jovens e centradas em tecnologia - e não em armamentos - estão encontrando espaço para negociar com as Forças Armadas. O movimento cresce à medida que os requisitos de segurança também migram do mundo analógico para o digital, onde é preciso defender um novo tipo de fronteira, a do ciberespaço, sem descuidar das tarefas militares tradicionais.

"Esse é só o começo", diz Thibau, cofundador e diretor executivo da TechBiz, sobre as perspectivas de fornecimento futuras para os militares brasileiros. O pano de fundo é a retomada dos investimentos do governo em programas de reaparelhamento das Forças Armadas. Atualmente, estão em andamento projetos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica que vão do desenvolvimento de mísseis até a instalação de sistemas de vigilância de fronteiras, passando pelo lançamento de satélites geoestacionários, a compra de veículos aéreos não tripulados e a defesa cibernética. Todos, praticamente, requerem algum tipo de conhecimento disponível em empresas brasileiras.

Só no reaparelhamento das Forças Armadas, a estimativa do Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia do Instituto de Economia da Unicamp (NEIT-IE) é de que até 2020 sejam investidos, em média, R$ 6 bilhões por ano. "A defesa é um dos vetores para o crescimento da economia", afirmou recentemente o general Aderico Visconde Pardi Mattioli, do Ministério da Defesa, em visita ao polo de eletroeletrônica de Santa Rita do Sapucaí, no interior de Minas.

A viagem de Visconde, da Secretaria de Produtos da Defesa, visava identificar potenciais fornecedores de software para redes de comunicação, sistemas de rastreamento e localização etc.

São áreas que interessam diretamente à Dígitro. A companhia, que há mais de 30 anos atua na área de segurança pública, firmou recentemente uma parceria com a Israel Aerospace Industries (IAI), uma das maiores fabricantes daquele país, para criar produtos para defesa. O primeiro resultado é um sistema para monitorar sistemas de vigilância que pode ser usado no controle de fronteiras e em grandes eventos.

Segundo Marco Arie, diretor da IAI para América Latina, toda a tecnologia foi transferida para a Dígitro, que também adicionou recursos próprios. A previsão é fazer o mesmo em projetos futuros. "Estamos começando as conversas com as Forças Armadas", diz Geraldo Faraco, presidente da Dígitro. A disputa, diz o executivo, não será fácil: diversas companhias têm interesse em disputar as mesmas oportunidades.

Um decreto presidencial de 2008, a Estratégia Nacional de Defesa, favorece companhias nacionais como a Dígitro, ao estipular a preferência de compra de tecnologias desenvolvidas empresas brasileiras sempre que elas estiverem disponíveis. Foi esse mecanismo que tornou possível a compra de um sistema antivírus da BluePex, e do simulador de guerra cibernética de outra brasileira, a Decatron, no fim do ano passado. As licitações somaram R$ 6 milhões.

Ao vender produtos para a área militar, as empresas não só ganham um novo cliente, como se beneficiam da possibilidade de melhorar seus produtos para o mercado civil. A BluePex incorporou uma série de recursos criados com o Exército na nova versão de seu antívírus, que será lançada em maio. O produto vai ganhar até novo nome: AVware Defesa BR. "O Exército acaba funcionando como uma vitrine muito importante para conquistar a confiança dos clientes", diz Jefferson Penteado, presidente da companhia.

Na avaliação de Rodrigo Acioli, analista do Departamento de Institutos de Pesquisa em Áreas Estratégicas da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o desenvolvimento de tecnologias nacionais é importante para evitar problemas de suprimento e no uso de determinados sistemas, além de melhorar as negociações com fornecedores internacionais. "Quando você tem tecnologias próprias, o nível das discussões muda", afirma o especialista.

A independência tecnológica também pode ter efeitos positivos na exportação. Pelas regras internacionais, se uma empresa brasileira criar um tanque e usar um sistemas desenvolvidos em outros países, o fornecedor pode impedir a venda do veículo brasileiro para nações com os quais seu próprio país tenha restrições na área de defesa.

Nos últimos anos, a Finep definiu as áreas de defesa e segurança pública como parte de seus alvos principais. Um dos projetos patrocinados foi um sistema de navegação robótica que pode ser usado em aviões, submarinos e até carros não tripulados, em desenvolvimento pela Mogai Tecnologia. "A ideia já existia, mas sem esse recurso [R$ 1,86 milhão], nunca teríamos apostado no desenvolvimento, por conta do custo", diz Franco Machado, fundador Mogai. A tecnologia começou a ser vendida a empresas no ano passado. Entre os clientes está a Petrobras. A expectativa é testar o sistema com um carro sem motorista em 2013.

Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Enviado: Qua Abr 11, 2012 5:10 pm
por Bourne
NovaTO escreveu:Podemos entender que perder uma empresa pode ser:

Perder o controle acionário dela, exemplo: EADS tomando a Helibrás, ou Elbit assumindo a Aeroeletrônica, ou recentemente a ARES. A partir que a Empresa que era brasileira se torna uma controlada ou filial ou subsidiária de uma empresa Estrangeira. Esta pode se tornar uma maquiladora, uma planta de montagem, seus produtos se tornarem portifólio da empresa estrangeira, seus ativos passarem a fazer parte do grupo que a adquiriu. E a partir disto ela pode simplesmente descartar
todo os esforço anterior, e lançar seus produtos no mercado interno. Pode liquidar a área de P&D.
Qualquer decisão gerencial ou estratégica virá da matriz(em outro país)

[]'s
Esse tipo de expansão predatória é muito comum, especialmente nos setores de tecnologia. Assim, elimina um potencial concorrente a adquire tudo que ele tem. Na área de defesa é mais grave por que os projetos podem ser "estrangeiros embalados como nacionais" ou pesquisa & desenvolvimento e conhecimentos delicados dos projetos financiado pelo Estado serem enviados para a matriz e utilizados para outros fins. Legalmente pode ser coibido. Entretanto, HDs, notbooks e pessoas circulam.

Por essa e outras que uma política industrial de defesa baseada em filiais estrangeiras não tende a dar certo se quiser um desenvolvimento sofisticado em processos, produtos e tecnologias. Por isso que boa parte dos países do mundo levantam restrições a esse tipo de operação. Não que parcerias e vinda de empresas estrangeiras que construam (e não comprem empresas prontas) bases de produção e desenvolvimento no país. Pelo contrário, dentro de uma política industrial serão efetivas para alavancar o arranjo produtivo do setor.

Além do que as empresas da área de defesa são líderes no processo de P&D para área militar e civil. Ao longo do tempo se espalhando ao longo da cadeia produtiva e fortalecendo a empresa como competitiva. Isso se faz com empresas nacionais novas, pequenas, médias e grandes. Não filiais de estrangeiras.

Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Enviado: Qui Abr 12, 2012 9:07 am
por alcmartin
Como esta se discutindo muito a fabricação de motores a jato no Brasil, achei interessante postar esse video sobre a RR. Bem valido para quem tiver um tempinho. Interessante notar sobre o trecho quando a RR quase foi a bancarrota e o governo de sua majestade correu para ajudar. :)



Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Enviado: Qui Abr 12, 2012 7:15 pm
por FCarvalho
alcmartin escreveu:Como esta se discutindo muito a fabricação de motores a jato no Brasil, achei interessante postar esse video sobre a RR. Bem valido para quem tiver um tempinho. Interessante notar sobre o trecho quando a RR quase foi a bancarrota e o governo de sua majestade correu para ajudar. :)



imagine-se se fariam tal coisa aqui no Brasil...
É só lembrar o que fizeram com a Varig e a Celma.

abs.

Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Enviado: Sex Abr 13, 2012 7:39 pm
por alcmartin
Ola, Fcarvalho!

Realmente nao conheco como foi a situacao da CELMA. Mas, independente do que ocorreu, que houve perda de conhecimento, de mao de obra qualificada, foi. O que para o pais... :(

Abs!