Estados Unidos busca nuevas bases en la región

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Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

#211 Mensagem por P44 » Sex Ago 21, 2009 1:19 pm

para o governo americano é mais facil convencer o mundo que o Chavez é um Saddam da vida do que convence-los a invadir o Brasil
primeiro, não vai ser tão cedo que vão convencer quem quer que seja no mundo de que o Chavez é um Saddam ou que tem ADMs. Tentaram essa mentira uma vez e nem dessa vez pegou.

Agora não dúvide que, se chegar a esse ponto , de desespero dos EUA em termos económicos e de necessidade de recursos, eles não vão perder tempo a convencer quem quer que seja, em relação ao Brasil...




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Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

#212 Mensagem por kurgan » Sex Ago 21, 2009 6:39 pm

21/08/2009 - 15h13
Lula pede a Obama garantias para a instalação de bases na Colômbia

Do UOL Notícias*
Em São Paulo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou hoje (21), por telefone, com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e pediu garantias jurídicas de que as bases americanas a serem instaladas na Colômbia serão usadas somente para o combate ao narcotráfico, às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e ao terrorismo, e apenas em solo colombiano.

Em conversa com jornalistas que durou cerca de meia hora, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, explicou que Lula disse a Obama que o tema das bases desperta muita sensibilidade nos países sul-americanos, inclusive no Brasil, e sugeriu a Obama que se reúna com os presidentes da Unasul (União das Nações Sul Americanas) para dissipar dúvidas entre os dirigentes sul-americanos sobre a utilização das instalações militares.

O acordo assinado entre Washington e Bogotá prevê a utilização de até sete bases pelas Forças Armadas dos EUA no país sul-americano.

"Lula reiterou nossas posições, mostrou que existem sensibilidades na região, grandes, que não é apenas uma questão de um ou outro país, é uma sensibilidade nossa também, devido à proximidade da Amazônia", disse Amorim.

"Devido à sensibilidade maior em alguns países, seria útil ter reunião do Obama com a Unasul, a exemplo do que ocorreu em Trinidad e Tobago", acrescentou o ministro, em aparente alusão aos governos da Venezuela, Equador e Bolívia. O presidente norte-americano agradeceu a sugestão de Lula e disse que irá conversar com sua equipe sobre a possibilidade de realizar o encontro.

Obama também informou que enviará um emissário ao Brasil para conversar com representantes do governo e aprofundar as explicações técnicas sobre as bases na Colômbia.

Os governantes dos países da América do Sul se encontrarão na semana que vem em Bariloche, na Argentina, para uma reunião extraordinária convocada para debater o polêmico acordo militar entre Estados Unidos e Colômbia.

O porta-voz do Palácio do Planalto, Marcelo Baumbach, disse à agência "Efe" que o presidente brasileiro acredita que o debate será "franco, ponderado e objetivo" e que deve produzir resultados. A disposição do presidente venezuelano, Hugo Chávez, a participar da discussão já mostraria um avanço -no auge da polêmica sobre o acordo militar, Chávez "congelou" as relações com a Colômbia.

Antes disso, Lula deve conversar com o presidente boliviano Evo Morales sobre o tema. O chefe de Estado brasileiro viaja à Bolívia para se encontrar com Morales amanhã. Ele será recebido na região do Chapare.

Fontes oficiais dizem que Lula tentará convencer o mandatário boliviano da necessidade de evitar que o documento assinado por Washington e Bogotá atrapalhe "o processo de integração sul-americana".

Situação em Tegucigalpa
Lula e Obama também conversaram sobre a situação em Honduras. O presidente brasileiro chamou a atenção para a necessidade de o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, retornar ao cargo para que se restabeleça a democracia na região.

Segundo o ministro Celso Amorim, o presidente norte-americano informou que, nos próximos dias, haverá uma missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) a Honduras e que, em seguida, o Brasil e os Estados Unidos avaliarão juntos as decisões a serem tomadas.

Na última reunião da Unasul, realizada no dia 10 de agosto, em Quito, Lula já havia dito que pediria a reunião entre o presidente dos Estados Unidos e os chefes de governo dos países membros da Unasul.

*Com informações da Efe e da Agência Brasil

http://noticias.uol.com.br/ultnot/inter ... u1358.jhtm




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Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

#213 Mensagem por kurgan » Sex Ago 21, 2009 6:41 pm

21/08/2009 - 18h08
Argentina pede garantias sobre atividades militares dos EUA na Colômbia

da Folha Online

A Argentina quer que o acordo militar que a Colômbia negocia com os Estados Unidos "garanta" que não haverá intervenções das Forças Armadas americanas na região, disse nesta quinta-feira a ministra de Defesa argentina, Nilda Garré. Uma demanda parecida foi feita pelo presidente brasileiro, Luís Inácio Lula da Silva, em conversa telefônica com o presidente americano, Barack Obama, nesta sexta-feira.

Para a ministra argentina, o país que quiser "ter algum tipo de presença extra-regional" no território, deve se comprometer "a garantir a não ingerência dessa força estrangeira na região", ressaltou Nilda, depois de insistir que a relação entre Bogotá e Washington "gera inquietação".

A ministra argentina disse que o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, "agora aceita a decisão, enquanto os demais países querem garantias de quais serão as atividades das forças americanas", depois de ter se negado a tratar o assunto na cúpula da União de Nações Sul-americanas (Unasul), de 10 de agosto, em Quito.

Nilda classificou ainda como "inquietantes" as informações segundo as quais "haveria aviões americanos que teriam uma autonomia de voo muito significativa, ao extremo que chegariam até a metade do território argentino", sem ter que recarregar seu combustível.

O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, general Jim Jones, afirmou há duas semanas que os aviões precisam ser capazes de realizar voos de longas distâncias somente por causa da distância entre os EUA e a Colômbia. "Não há mágica, não há segredos sob a mesa", disse.

Depois de conversar com Lula, Obama, divulgou uma nota afirmando que quer "trabalhar em uma parceria construtiva com o Brasil", porém disse que encontrará o colega brasileiro pela próxima vez na reunião do G20 que será em Pittsburgh (EUA) nos próximos dias 24 e 25 de setembro.

Com isso, o americano indica ter recusado o pedido do presidente Lula para que participasse de uma reunião da Unasul (União das Nações Sul-Americanas), com o objetivo de dar garantias aos sul-americanos sobre a crescente atuação militar americana na Colômbia, acertada em acordo que deverá ser oficializado em breve.

Com Efe

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 3169.shtml




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Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

#214 Mensagem por Túlio » Sex Ago 21, 2009 6:42 pm

Aposto que se a Rússia instalar mesmo alguma base na Venezuela vai ficar tudo por isso mesmo (e olhem que estou pê com essas bases ianques...), no questions at all. 8-]




"Na guerra, o psicológico está para o físico como o número três está para o um."

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Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

#215 Mensagem por kurgan » Sex Ago 21, 2009 6:54 pm

Túlio escreveu:Aposto que se a Rússia instalar mesmo alguma base na Venezuela vai ficar tudo por isso mesmo (e olhem que estou pê com essas bases ianques...), no questions at all. 8-]

não me lembro o ano, mas faz pouco tempo que o Chavez ofereceu o território para a Rússia.Se a moda pega... :mrgreen:




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#216 Mensagem por amx2000 » Sáb Ago 22, 2009 10:56 am

Em telefonema, Lula cobra Obama sobre bases e Honduras

Presidente pede garantias jurídicas de que EUA restringirão sua atuação à Colômbia, mas americano só promete novas explicações Obama também não aceita de imediato sugestão de se reunir com presidentes da América do Sul em setembro, na ONU, para discutir tema

ELIANE CANTANHÊDE - COLUNISTA DA FOLHA
SIMONE IGLESIAS - DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em telefonema ontem para o presidente Barack Obama, Luiz Inácio Lula da Silva pediu garantias jurídicas de que a ampliação do acordo militar entre EUA e Colômbia não vá extrapolar o combate exclusivo ao narcotráfico nem significar a instalação de bases americanas em território colombiano -ou seja, sul-americano.

O mesmo pedido já fora feito por Lula ao presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, durante sua recente vinda a Brasília para explicar a extensão do acordo com os EUA, sem que ele tivesse respondido sim ou não.

Lula também recebeu ontem o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que irá ao Equador na próxima segunda-feira e à Colômbia na terça, para conversas com ministros de sua área sobre o acordo militar EUA-Colômbia e também para tentar fazer uma ponte entre os dois países. Quito e Bogotá estão com as relações diplomáticas suspensas desde o ano passado.

Nos 30 minutos de conversa com Obama, Lula também formalizou o convite para que ele se reúna com os 12 presidentes da América do Sul aproveitando a abertura da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York, de 23 a 30 de setembro, para discutir a questão das bases colombianas.

"O presidente Lula mostrou [a Obama] que há uma sensibilidade muito grande na região, de outros países e nossa também, com a instalação das bases por conta da proximidade com a Amazônia", disse ontem o chanceler Celso Amorim.

"O presidente insistiu que haja garantias formais, juridicamente válidas, de que o equipamento e o pessoal não serão usados fora do estrito propósito declarado [no acordo], que é o combate ao narcotráfico, às Farc [Forças armadas Revolucionárias da Colômbia] e ao terrorismo", completou Amorim.

Apesar do pedido feito pelo presidente brasileiro, Obama não acenou com a possibilidade de dar garantias jurídicas e apenas disse que enviará ao Brasil um funcionário do Departamento de Estado para dar mais explicações sobre as bases militares, além das já fornecidas por outros enviados de segundo escalão do governo dos EUA.

Obama também não confirmou a reunião com os presidentes sul-americanos, alegando que estará sobrecarregado recebendo centenas de delegações de outros países para a reunião da ONU. Mas disse que vai pensar sobre o assunto.

Honduras
Lula, cumprindo o que prometera ao presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, durante visita deste a Brasília na semana passada, pediu a Obama que os EUA aumentem a pressão sobre o regime golpista hondurenho. Obama fez um relato de medidas adotadas pelos EUA e informou que será enviada uma missão de chanceleres da OEA (Organização dos Estados Americanos) a Tegucigalpa na segunda-feira para discutir com o presidente golpista, Roberto Micheletti, a volta de Zelaya.

Nota divulgada pela Casa Branca sobre a conversa diz que os presidentes conversaram para discutir questões de interesse e preocupação mútua nos EUA e na América Latina.

"O presidente [Obama] reafirmou seu compromisso com relações de longa data dos Estados Unidos na região e seu desejo de trabalhar em parceria construtiva com o Brasil e outros em todo o continente para ajudar a promover a democracia, a segurança e a prosperidade dos povos das Américas", afirma a nota.


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#217 Mensagem por P44 » Sáb Ago 22, 2009 2:25 pm

do jornal português "Expresso" de hoje

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Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

#218 Mensagem por kurgan » Sáb Ago 22, 2009 10:40 pm

22/08/2009 - 21h39
Uribe fala em ampliar acordo militar a outros países

da Folha Online

O presidente colombiano, Álvaro Uribe, voltou a dizer neste sábado que o controverso acordo para permitir a presença de tropas americanas em bases militares na Colômbia pode ser ampliado para outros países. Já Nicolás Maduro, chanceler da Venezuela, país que está à frente da oposição ao acordo, disse que o governo de Hugo Chávez aproveitará a cúpula da Unasul (União das Nações Sul-Americanas), na próxima semana, para pedir um "processo de reversão" do pacto Colômbia-EUA.

"Neste acordo contra o narcotráfico e o terrorismo, estamos dispostos a atuar com os Estados Unidos e com todos os países que nos acompanhem", indicou Uribe, em um discurso transmitido na rádio pública colombiana.

Bogotá já havia assinalado sua disposição para negociar acordos de cooperação militar com países como Brasil e Peru.

Em uma conferência empresarial na cidade de Medellín, na semana passada, Uribe disse que gostaria de aumentar os laços militares com o Brasil e outros países da América do Sul.

"Nós gostaríamos que o acordo com os Estados Unidos fosse projetado em todo o continente", disse Uribe na ocasião. "Nós gostaríamos de tê-lo com o Brasil [...] Não vejo esse pacto com os Estados Unidos como incompatível com ter pactos com outros países também."

A assinatura do acordo, que permite que o exército americano use bases militares em território colombiano por dez anos, provocou polêmica e será discutida na próxima semana em uma cúpula extraordinária da Unasul em Bariloche, na Argentina.

Em março, o então ministro da Defesa colombiano Juan Manuel Santos visitou Brasil e Peru para afinar os termos de eventuais acordos de cooperação com o objetivo de reforçar a segurança nas fronteiras contra narcotraficantes e terroristas.

Entre estes acordos, a Colômbia estuda a compra de aviões militares e armas do Brasil, que se transformou em um dos principais fornecedores de armamentos da Colômbia.

Mas as manifestações de resistência continuaram neste sábado.

"Esperamos que da cúpula de Bariloche surjam importantes conclusões que permitam garantir ao continente sul-americano que as bases de paz se multipliquem, e que as bases militares dos Estados Unidos iniciem um processo de reversão", disse Maduro.

Para o ministro, a declaração do presidente colombiano, defendendo uma melhora das relações com a Venezuela e o Equador corresponde a um ato de "absoluta hipocrisia", e que para que isto acontecesse a Colômbia deveria abrir mão de sua "política belicista".

O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou nesta sábado, durante visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país, que governos ou líderes que permitem a presença de militares estrangeiros na América Latina "são traidores da libertação dos povos da região".

Polêmica

A expansão da presença militar americana na Colômbia tem levantado a crítica virulenta do Equador e da Venezuela e preocupado até os governos mais moderados da América do Sul.

Se aprovado, o acordo permitirá aos EUA manter 1.400 pessoas, entre militares e civis, em bases na Colômbia, pelos próximos dez anos. Os dois aliados afirmam que o acordo não é novo, mas apenas uma extensão do acordo de combate ao narcotráfico e às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) chamado de Plano Colômbia.

O presidente da Venezuela já chegou a dizer que se sente "na mira" das bases e, no último dia 10, na cúpula da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), disse crer que a presença militar dos EUA na Colômbia "pode provocar uma guerra na América do Sul". "Cumpro com minha obrigação moral de alertar: ventos de guerra começam a soprar", disse.

O presidente da Colômbia preferiu não comparecer à reunião da Unasul no Equador --na qual o presidente equatoriano, seu desafeto, assumiu o comando da união--, preferindo fazer um giro de rápidas visitas aos chefes de Estado dos países da América do Sul para tranquilizá-los sobre o acordo militar --a Venezuela e o Equador não foram incluídos no roteiro.

Mas Uribe anunciou que participará da cúpula extraordinária Unasul prevista para o próximo dia 28 de agosto, em Bariloche, para esclarecer o acordo.

Nesta sexta-feira, Lula conversou por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o convidou para que participasse de uma reunião da Unasul, com o objetivo de dar garantias aos sul-americanos sobre a crescente atuação militar americana na Colômbia.

Horas depois, Obama divulgou nota afirmando que quer "trabalhar em uma parceria construtiva com o Brasil", porém disse que encontraria o colega brasileiro pela próxima vez na reunião do G20 que será em Pittsburgh (EUA) nos próximos dias 24 e 25 de setembro, indicando que recusara o convite para a reunião da Unasul.

Em entrevista ao jornal boliviano "La Razón", nesta sexta, Lula disse que os líderes da América do Sul precisam encontrar respostas conjuntas e coordenadas aos desafios de segurança na região.

"Precisamos abandonar o velho hábito de esperar respostas de fora ou simplesmente fingir que os problemas não existem", afirmou o presidente brasileiro.

Assim como fizera Lula mais cedo, a ministra de Defesa argentina, Nilda Garré, disse nesta sexta-feira que EUA e Colômbia deveriam garantir que não haveria intervenções das Forças Armadas americanas na região.

A ministra classificou como "inquietantes" as informações segundo as quais "haveria aviões americanos que teriam uma autonomia de voo muito significativa, ao extremo que chegariam até a metade do território argentino", sem ter que recarregar seu combustível.

O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, general Jim Jones, afirmou há duas semanas que os aviões precisam ser capazes de realizar voos de longas distâncias somente por causa da distância entre os EUA e a Colômbia. "Não há mágica, não há segredos sob a mesa", disse.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 3510.shtml




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Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

#219 Mensagem por Marino » Dom Ago 23, 2009 11:21 am

Uribe cobrará coerência de países da Unasul

Presidente quer explicações do Brasil e da Venezuela sobre acordos militares com França, Irã e Rússia

Denise Chrispim Marin, BRASÍLIA



O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, não terá um comportamento passivo na reunião da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), na sexta-feira. Em uma iniciativa para impedir que os debates se concentrem apenas no acordo de seu país com os EUA, que envolve a presença militar americana em sete bases colombianas, Uribe exigirá explicações sobre o acordo na área de defesa entre o Brasil e a França, assinado em dezembro de 2008, e sobre a cooperação militar vigente há cinco anos entre a Venezuela e o Irã. O recado foi dado no dia 6 ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, quando Uribe se dispôs a explicar o alcance do acordo com Washington.

A tentativa de expor, com a transparência exigida pelo Brasil e outros vizinhos, todos os focos de tensão e de desestabilização da América do Sul deverá incendiar o encontro de Bariloche. Nesse terreno neutro, Uribe tentará mostrar à região que o acordo provisório firmado com os EUA não significa a transferência da base aérea de Manta, no Equador, para a Colômbia. Insistirá que as bases serão controladas pela Colômbia - e não pelos EUA - e suas operações estarão ligadas ao combate ao narcotráfico dentro de suas fronteiras. Em suma, ele defenderá que não há necessidade de mais "garantias jurídicas", como exigem Brasil, Venezuela e outros países.

Em sua estratégia, Uribe não poupará o Brasil - e muito menos a Venezuela, cuja aliança com o Irã alimenta fortes temores no governo colombiano. Como avisou a Lula, deverá expor suas dúvidas sobre os dois acordos assinados por Brasília com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, em dezembro.

Resumido por Lula como um tratado capaz de transformar o Brasil em uma "potência militar", o acordo envolveu a aquisição de 50 helicópteros, 36 jatos de combate, quatro submarinos e o apoio francês para a construção do primeiro submarino nuclear do País, em um negócio de US$ 8,3 bilhões.

Embora ameace pedir explicações sobre o acerto entre Brasil e França, o foco da Colômbia estará na Venezuela, que vem se aproximando há cinco anos do Irã, especialmente na área da defesa. No início de maio, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, e o ministro iraniano da Defesa, Mustafá Mohamed Nayar, assinaram um acordo de cooperação. Uribe deverá ainda atacar o acordo militar entre a Venezuela e a Rússia que, nos últimos anos, permitiu a realização de uma operação naval conjunta no Mar do Caribe.



MODERAÇÃO

No Itamaraty, há convicção de que não é mais possível evitar o acordo EUA-Colômbia, que deve ser posto em prática logo que Washington deixar a base de Manta, no Equador, em setembro. Diante desse cenário, Lula deverá conter seu discurso crítico sem deixar de dar vazão às queixas de seus colegas de Venezuela, Bolívia e Equador.

Ontem na Bolívia, onde se reuniu com o presidente Evo Morales, Lula afirmou que o encontro de Bariloche será "a grande oportunidade" para a América do Sul mostrar que está "trabalhando pela paz". Lula deve tentar construir um consenso que possa ser apresentado em uma eventual reunião com o presidente dos EUA, Barack Obama.

O objetivo brasileiro é alcançar um compromisso para futuros acertos de parceria militar dos sócios da Unasul com países de fora da região.





''Bases na Colômbia não são risco para a região''

Salvador Raza: especialista em planejamento estratégico; acordo entre Bogotá e Washington é uma ameaça só para quem tem uma visão simplista da estratégia americana

Roberto Godoy



Em uma escala de grandeza, as sete instalações militares que o Pentágono quer usar na Colômbia - para abrigar duas bases operacionais das forças americanas, centros de inteligência, de comunicações e logística - nem se aproximam do grau de perigo representado pelos "mareros", os violentos marginais das gangues conhecidas como "maras", que avançam rápido desde os países centro-americanos em direção à América do Sul.

"Esta é a real ameaça para a América Latina inteira", acredita o professor Salvador Ghelfi Raza, especialista em planejamento estratégico e de segurança. De acordo com ele, a discussão sobre o acordo de cooperação militar entre Bogotá e Washington "transformou-se em ameaça apenas para quem tem uma visão simplista e amadora do desenho estratégico americano".

Diretor do Centro de Tecnologia, Relações Internacionais e Segurança (CeTRIS), Raza está trabalhando em projetos de capacitação de pessoal e programas de criação de estratégias no Peru, México, Guatemala, El Salvador, República Dominicana, Paraguai e Jamaica. Na semana passada, de passagem pelo Brasil, concedeu entrevista ao Estado.



Há uma ameaça para o Brasil na cessão instalações militares da Colômbia para o uso de tropas dos EUA?

Não. Bases, sejam quais forem, não são ameaças por si mesmas. O que as transforma em plataformas de potencial ameaça é a intenção de instalar vetores de ataque em número suficiente para criar credibilidade a respeito de uma intenção hostil e, simultaneamente, a percepção pelo país ameaçado da intencionalidade de um ataque. As bases na Colômbia estão se transformando em "ameaças" por diversos fatores. O principal deles é a visão distorcida da função das intenções que justificam a construção das bases, forjada sobre uma avaliação simplista e amadora do desenho estratégico americano.

Setores do governo brasileiro defendem a tese de que o quadro favorável do momento pode se alterar nos próximos anos...

É um argumento simplista afirmar que um dia tudo pode mudar. Quem diz isso não só desconhece como se configuram potenciais ameaças de defesa, como não tem a menor ideia de como funciona o sistema de segurança internacional.



Qual é a principal ameaça para a segurança da América Latina?

O esgarçamento do tecido social é o maior risco regional. O frágil equilíbrio de segurança da América Latina é mantido pela pressão que certos valores sociais exercem para impedir a erupção generalizada de grupos marginais violentos e de outras organizações que exercem sua intenção política por meios violentos de forma muito mais sofisticada do que todos aqueles que já vimos no Brasil.



Onde senhor localiza esses movimentos?

Já existem na America Central mais de 300 mil jovens militantes integrados a esses grupos marginais. São os "mareros". É o flagelo social máximo de El Salvador, Guatemala e Honduras. Se esse movimento chegar ao Brasil - e posso dizer que já está a caminho - não haverá polícia que o contenha. Nem com a ajuda das Forças Armadas. As gangues cariocas e paulistas não chegam nem perto da capacidade destruidora dessa gente. Essa nefasta condição de insegurança alimenta o tráfico de drogas, de armas e de pessoas que sustenta a nova guerrilha emergente na América Latina.



Os governos não reagem a essa situação?

Ambos os fenômenos estão lastreados na corrupção política. Nunca houve tanta corrupção na região. E também nunca houve tanta omissão com relação à corrupção. A inércia frente a essa perversão contamina a sociedade. Quando a infecção romper o tecido social teremos uma nova explosão de violência na America Latina.



Para 2020, que cenário o senhor traça para a América Latina?

Temos diversos problemas pela frente. O forte impacto das tecnologias de informação deverá modificar as capacidades de defesa. Pode haver simultaneidade de crises nas sete dimensões da segurança: ambiental, tecnológica, territorial, informacional, humana, empresarial e energética. Conflitos abertos entre blocos sub-regionais também estão voltando ao portfólio de possibilidades.




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Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

#220 Mensagem por Marino » Dom Ago 23, 2009 11:22 am

CLÓVIS ROSSI

As bases, a Amazônia, a (des)União



SÃO PAULO - Pelo menos até ontem, os presidentes da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) estavam desafiando velha lei não escrita da política segundo a qual só convém se reunir depois de tudo acertado. Nada havia sido combinado a respeito da cúpula do grupo, dia 27, em Bariloche.

O tema é o uso de bases na Colômbia pelos Estados Unidos. Para EUA e Colômbia, apenas para combater terrorismo e narcotráfico (aliás totalmente imbricados hoje na Colômbia). Para a Venezuela de Hugo Chávez, é parte do "cerco do império" ao país bolivariano.

A Colômbia já anunciou que o acordo com os Estados Unidos sairá com ou sem manifestação da Unasul. O Brasil até aceita o acordo se houver as tais garantias jurídicas de que seu alcance é mesmo o que Colômbia e EUA dizem ser.

Mas o chanceler Celso Amorim lembra que o Brasil tem um interesse próprio no caso, que não passa por tentar equilibrar-se entre Colômbia e Venezuela para não dinamitar a recém-nascida Unasul.

O interesse chama-se Amazônia, no raio direto de alcance do acordo como é óbvio. "A preocupação com o interesse externo pela Amazônia existe em todo governo brasileiro, de direita, de centro, de esquerda, democrático ou ditatorial", afirma o chanceler.

Essa preocupação já foi transmitida ao colombiano Álvaro Uribe e, anteontem, a Barack Obama.

Aliás, o telefonema de Lula a Obama parece uma espécie de habeas-corpus preventivo para a hipótese de a cúpula da Unasul terminar em impasse (ou coisa pior). Se há uma chance de que Obama converse em algum momento com a turma do sul, algum presidente conciliador poderia propor algo assim: antes de qualquer declaração aqui em Bariloche, vamos esperar o que Obama tem a dizer.

Não é solução, claro, mas é uma rima (pobre) para evitar que o "U" de união seja desmentido.




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Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

#221 Mensagem por Izaias Maia » Seg Ago 24, 2009 9:56 am

Olhar de Obama com viés de Bush

O renomado historiador brasileiro acha que a política norte-americana para a AL sofreu poucas mudanças

Pablo Pires Fernandes


A renovação e ampliação do acordo militar firmado por Colômbia e Estados Unidos deixaram o clima tenso na América do Sul. Os países vizinhos veem com desconfiança a permissão dada por Bogotá para que Washington utilize um número ainda maior de bases militares no país. A pouca transparência em torno da questão trouxe à tona o velho sentimento antiamericano, latente na região, e também evidenciou que, diante de toda a diversidade cultural, econômica e ideológica entre as nações do subcontinente, os EUA não encontram dificuldade para demonstrar seu poderio bélico e o peso de sua diplomacia. Luiz Alberto Moniz Bandeira, renomado historiador brasileiro – autor de várias obras, entre elas Formação do império americano –, acha que a política norte-americana para a América Latina sofreu poucas mudanças da gestão republicana para a democrata. “Não obstante sua retórica, o presidente Barack Obama não se desviou muito das diretrizes que George W. Bush acentuou”, afirma.

COLÔMBIA Diante da presença de militares dos EUA em território colombiano, os vizinhos Venezuela e Equador fizeram barulho e alardearam uma ameaça à segurança regional, que foi veementemente negada. Até o Chile e o Brasil, considerados governos moderados, manifestaram inquietação e solicitaram esclarecimento e transparência. Autor de mais de 20 obras, Moniz Bandeira permanece atento às relações dos EUA com os demais países do continente e diz acreditar que o governo de Bush instituiu um programa voltado para uma estrutura industrial-bélica, que é determinante na política norte-americana, além de ser uma estrutura difícil de ser desmantelada. “A militarização da política externa dos EUA tomou ainda maior impulso depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 e não é mais o Departamento de Estado, mas o Departamento de Defesa, o Pentágono, que atualmente estabelece as suas diretrizes. E os EUA têm interesses imperiais.”

A presença militar dos EUA na Colômbia, somada à reativação da Quarta Frota, em 2008, aguçou a inquietação sobre os interesses e a real necessidade dessa presença militar. O Brasil demonstrou inquietação, manifestada várias vezes pelo presidente e pelo Itamaraty, sugerindo preocupação com relação às reservas de petróleo. Para Moniz Bandeira, a reorganização militar norte-americana na região formaliza a presença dos EUA ao longo do litoral do Brasil e “indica um objetivo estratégico, sobretudo considerando a descoberta de enormes reservas de petróleo na camada pré-sal, entre o Espírito Santo e Santa Catarina”. Ele acredita que a presença dos EUA na América do Sul sempre foi um fator de instabilidade. “Não se pode esquecer que os golpes militares ocorridos na Argentina, Brasil, Chile e outros países foram articulados e financiados pela CIA, fomentando as forças domésticas da oposição.”

O temor de setores do governo brasileiro, para Moniz Bandeira, se justifica. “As ameaças existem, embora possam parecer remotas. O Brasil deve preparar-se para qualquer eventualidade. Uma potência só respeita a lei das nações se há um equilíbrio de forças com outra potência ou existe a possibilidade de o outro país retaliar efetivamente ou resistir, no nível militar, a qualquer ataque.” Para o professor, que exerce a função de cônsul-honorário em Heidelberg, na Alemanha, “o perigo é maior quando uma grande potência – carente de tudo, principalmente de energia – está perdendo a supremacia e quer conservá-la a qualquer custo, do que quando expande seu império”. Moniz Bandeira vê o incremento da presença militar americana na América do Sul como uma iniciativa de frear a integração regional e impedir que os mecanismos de integração regional, como a da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), e também a projeção do poder político e militar do Brasil, sejam efetivos. Ele acredita que a criação do Conselho de Defesa Sul-Americano “dá à América do Sul uma identidade própria, que não convém aos Estados Unidos”.

HISTÓRIA DE GOLPES O professor Luiz Alberto Moniz Bandeira já se debruçou sobre a vasta história dos golpes militares na América Latina e, no ano passado, lançou Fórmula para o caos (A derrubada de Salvador Allende, 1970-1973), no qual descreve com riqueza de detalhes a participação da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA, na sigla em inglês). Como já foi aventado pelo ex-presidente cubano Fidel Castro e pelo venezuelano Hugo Chávez, Moniz Bandeira também acredita na participação de setores da inteligência e do Departamento de Defesa no golpe de Estado em Honduras, que depôs o presidente eleito José Manuel Zelaya.

“O aparelho estatal nos EUA não constitui um bloco homogêneo, não é monolítico. Muitas vezes, os interesses e os objetivos do Pentágono e da CIA contrapõem-se às diretrizes da Casa Branca e do Departamento de Estado. Certamente setores da CIA e do Pentágono, que se alinham com os neoconservadores nos EUA, deram ao Exército o sinal verde hondurenho para a derrubada do presidente Zelaya. As relações dos neoconservadores de Washington com as forças militares de Honduras são conhecidas. Moniz Bandeira aponta assessores do ex-presidente George W. Bush como possíveis articuladores do golpe, assim como com a frustrada tentativa de deposição de Hugo Chávez na Venezuela, em 2002. “Consta que Hillary Clinton, secretária de Estado, tem como assessor John Negroponte, ex- embaixador em Tegucigalpa entre 1981 e 1985, quando organizou a repressão às atividades dos ‘contra’ na Nicarágua e foi responsável por sucessivas e graves violações dos direitos humanos. Há notícias de que Negroponte respaldou a articulação de Hugo Llorens, embaixador americano em Tegucigalpa, capital de Honduras, com as forças políticas da oposição e o Exército, para remover do governo o presidente Manuel Zelaya.”

A presença da base aérea de Soto Cano, controlada pelos EUA em Honduras, também é um problema para os norte-americanos. Zelaya pretendia transformar a base em um aeroporto internacional, em troca da cessão de um outro ponto, mais isolado no litoral, para a construção de outra base aérea dos EUA, o que foi malvisto pelo Pentágono. A base foi de fundamental importância na formação de grande parte da elite do Exército hondurenho, assim como contingentes dos “contra”, guerrilheiros que combatiam o governo sandinista da Nicarágua. “Os neoconservadores juntamente com setores do Pentágono provavelmente fomentaram a posição em Honduras e estimularam o golpe contra Zelaya a fim de criar dificuldades para o presidente (Barack) Obama, que está girando à esquerda segundo os padrões dos EUA”, afirma o historiador.


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Izaias Maia
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Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

#222 Mensagem por Izaias Maia » Qua Ago 26, 2009 9:36 am

Uribe dará garantias sobre bases, diz Jobim

Ministro da Defesa diz em Bogotá que colombiano assegurará à Unasul que atuação americana se limitará à Colômbia Brasil, em defesa de mais transparência, também dará a vizinhos detalhes sobre acordo militar com a França, afirma ministro

RAPHAEL GOMIDE
ENVIADO ESPECIAL A BOGOTÁ

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, vai apresentar as garantias jurídicas de que os militares americanos que terão acesso a bases colombianas limitarão sua atuação ao país na reunião da Unasul, depois de amanhã, em Bariloche, na Argentina. A informação foi dada ontem ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, que se reuniu com o colega colombiano, Gabriel Silva, em Bogotá.

Ficou acertado, como contrapartida, que o Brasil também vai abrir os acordos militares com a França, que incluem a cooperação na construção de submarinos e aeronaves. Segundo o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, presente no encontro, o Brasil vai propor ainda em Bariloche um mecanismo de troca desse tipo de informações permanente na região.
Jobim disse à Folha que a apresentação das garantias "será feita em Bariloche". "Não é um tema específico somente de Bariloche, mas é um tema que preocupa. Mostramos a eles que inclusive o Brasil já tinha dito ao presidente Uribe, e ele tinha concordado [com a necessidade] das garantias jurídicas. Estão providenciando."

Marco Aurélio disse ter ficado mais "satisfeito" após as novas conversas, mas frisa que há "um contencioso, que não se resolve sem a participação de todas as partes envolvidas".

"Aqui tivemos uma parte, no Equador [onde a comitiva esteve anteontem] tivemos outra, e há uma terceira parte, a Venezuela. Estamos preocupados é que esse contencioso -que é real e precisa ser resolvido- possa ser encapsulado e que possamos chegar a um acordo geral em Bariloche, a partir do qual questões como essa possam ser equacionadas. Hoje vivemos um certo deficit de mecanismos de solução: existem, mas não estão ativados e esperamos que em Bariloche se possa ativá-los", afirmou.

A proposta de troca de informações sobre acordos militares pretende dar início a uma política de mais transparência nessa área sensível. O governo brasileiro e militares ouvidos pela reportagem consideram que grande parte do impasse e do desconforto com o acordo da Colômbia com os EUA se deve à falta de transparência.

"Com o conhecimento que a gente possa ter de todos os acordos, inclusive a transparência dos acordos, eu quero trazer a eles também, à América do Sul, os acordos que o Brasil está fazendo com a França, para que nós possamos trocar informações e ter um ambiente de transparência", disse Jobim.

Indagado se faltou transparência no caso das bases, Jobim minimizou a questão. "Não creio que tenha sido isso. Às vezes os assuntos são tratados, tendo em vista a urgência e as necessidades, sem a percepção dos efeitos que se possa ter."

Brasil e Colômbia também acertaram a troca de dados relativos a 100 km dentro do espaço aéreo vizinho para combater aviões sob suspeita de transporte de drogas. "Os aviões irregulares [de narcotráfico] entravam no Brasil, e a gente não sabia onde eles entrariam. E agora se resolveu. É claro que não se entra no espaço aéreo colombiano com aviões brasileiros nem no Brasil. São informações que nos passam, e a gente sabe onde eles vão entrar no território brasileiro, para ter condições de deslocar com precisão os Supertucanos e fazer baixar essas aeronaves."

Equador

Tendo visitado na segunda-feira o Equador, Jobim atuou politicamente ainda como uma espécie de conciliador nas frágeis e sensíveis relações entre os dois países, suspensas desde o ataque da Colômbia a guerrilheiros das Farc em território do Equador, em março de 2008. Jobim disse que pretende ajudar a "iniciar uma relação de confiança entre a Colômbia e o Equador".

Segundo ele, trouxe à Colômbia a mensagem de que o Equador se dispõe a atuar no combate às Farc.

"Há uma vontade política e efetiva, com manifestações efetivas do Equador no sentido de colaborar com o combate à guerrilha. O Equador deslocou 7.000 homens para a fronteira, com a possibilidade de aumento de 10 mil -3.000 são móveis. Manifestei ao ministro [Gabriel Silva] que há interesse e manifestações reais do Equador para colaborar no combate à guerrilha e ao narcotráfico."

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#223 Mensagem por Izaias Maia » Qua Ago 26, 2009 9:37 am

Brasil vê bases como irreversíveis, mas tenta reaproximar vizinhos


CLÓVIS ROSSI
COLUNISTA DA FOLHA

O governo brasileiro já dá como certo que a cúpula da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), na sexta-feira em Bariloche, não provocará a reversão do acordo Colômbia/EUA para o uso de bases na Colômbia por militares americanos.

A reversão era o objetivo não explicitado da cúpula. Para a Venezuela, continua sendo, como se vê da seguinte declaração de seu chanceler, Nicolás Maduro: "Esperamos que da cúpula de Bariloche surjam importantes conclusões que permitam garantir ao continente sul-americano que as bases de paz se multiplicarão e que as bases militares dos EUA comecem um processo de reversão".

Se não haverá a reversão, quer dizer que a cúpula é um fracasso pré-anunciado? Não necessariamente.

Primeiro porque era absolutamente irrealista esperar a reversão. No mesmo dia em que anunciou a disposição do presidente Álvaro Uribe de participar do encontro, a Chancelaria colombiana já avisava que não condicionava o acordo com os EUA aos resultados da cúpula.

Segundo porque Bariloche pode ser o palco para começar a fechar a mais grave ferida aberta na pele da união sul-americana, que é o confronto Equador/Colômbia. Quito rompeu relações com Bogotá depois do bombardeio de um acampamento das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) em território equatoriano, no ano passado.

No périplo que encerraram ontem pelas duas capitais, Marco Aurélio Garcia, assessor diplomático do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, encontraram, na versão de Marco Aurélio, "sangue doce" de parte a parte para "desatar o nó bilateral".

De fato, somando o que autoridades equatorianas e colombianas disseram aos dois brasileiros ao que a Folha ouviu na Chancelaria colombiana, parece haver espaço para ao menos iniciar a reaproximação.

Ponto a ponto:

1 - Extraterritorialidade - É a exigência equatoriana de que a Colômbia renuncie definitivamente a perseguir os terroristas das Farc em território de outros países. Marco Aurélio encontrou boa disposição entre os colombianos para atender o pedido.

2 - Combate às Farc - Os colombianos, sem mencionar nomes de países, queixam-se de que os vizinhos não colaboram no combate ao narcoterrorismo representado pelas Farc. É uma queixa que se dirige tanto à Venezuela como ao Equador.

Mas os equatorianos exibiram a Jobim e Marco Aurélio "dados muito significativos" sobre a repressão ao pessoal das Farc que cruza a fronteira.

Além disso, prometeram que processarão judicialmente todos os equatorianos acusados de vinculação com as Farc, inclusive pessoas que participaram da campanha eleitoral do presidente Rafael Correa.

3 - O caso Juan Manuel Santos - É o ex-ministro colombiano da Defesa, eventual candidato à sucessão de Uribe e o principal responsável pela repressão às Farc. A Chancelaria colombiana não aceita que o Equador queira processá-lo por conta do ataque ao acampamento das Farc.

Os equatorianos disseram aos brasileiros que o caso foi iniciado pelo Poder Judiciário, sem qualquer subordinação ao Executivo.

Resolver a pendência Equador/Colômbia é um passo no sentido de reafirmar que "nada é mais importante que a Unasul. Ela tem prioridade sobre qualquer outra questão", como diz Marco Aurélio.

Sem negar que a questão das bases continuará causando "desconforto" ao governo brasileiro, o assessor de Lula não deixa de dar relevo ao que Colômbia e EUA apontam como único objetivo do acordo entre eles (combate ao narcotráfico e ao terrorismo, umbilicalmente ligados): "O narcotráfico é um inimigo fundamental. Não pode pesar nenhuma suspeição sobre nenhum país de leniência no combate a ele".

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Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

#224 Mensagem por rodrigo » Qua Ago 26, 2009 11:10 am

O Brasil até aceita o acordo se houver as tais garantias jurídicas de que seu alcance é mesmo o que Colômbia e EUA dizem ser.
Hahaha, se houver intenção de invadir o Brasil, até parece que vão respeitar esse pacto Ribbentrop-Molotov. Tem que acabar com a motivação americana, e não apoiar as FARC.




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

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Re: Estados Unidos busca nuevas bases en la región

#225 Mensagem por P44 » Qua Ago 26, 2009 12:48 pm

o Grande Democrata Uribe luta pelo 3º MANDATO...

Congresso debate eventual reeleição de Uribe em sessão permanente

Da France Presse



BOGOTÁ, Colômbia, 26 Ago 2009 (AFP) - A Câmara de Representantes do Congresso colombiano se declarou em sessão permanente, que prosseguirá nesta quarta-feira, para o último debate da convocação de um referendo cujo resultado pode permitir ao presidente Alvaro Uribe concorrer ao terceiro mandato.

Após a meia-noite de terça-feira para quarta-feira, depois de mais de oito horas de discussão, o presidente da Câmara, Egdar Gómez, decidiu declarar a sessão permanente, ante um debate bloqueado pela oposição, que denunciou subornos aos congressistas por parte do governo em troca de apoio.

O debate se prolongou depois que 92 dos 165 representantes da Câmara se declararam impedidos para votar por um conflito de interesses, provocado por um processo judicial contra eles na Suprema Corte de Justiça e que os inabilitaria a se pronunciar sobre o tema da reeleição.

"Esperamos que hoje se supere o tema dos impedimentos e possamos realizar a votação, mas como estão as coisas não podemos garantir que a votação acontecerá nesta quarta-feira", afirmou Gómez à imprensa.

Uribe, um advogado de direita que foi eleito por ampla margem para a presidência em 2002, conseguiu modificar no Congresso a Constituição em 2006 para abrir passagem a uma primeira reeleição. Atualmente tem um índice de aprovação de 68% nas pesquisas.

O plano de convocar o referendo, que deve acontecer ainda este ano, é afetado por denúncias de irregularidades desde que teve início em meados de 2008 com a coleta de quase cinco milhões de assinaturas promovida pelo 'Partido de la U' (Social da Unidade Nacional, centro-direita), um dos seis que integram a coalizão que respalda Uribe.

sab/fp
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,M ... NENTE.html


:roll: :roll: :roll:

onde andam as vozes indignadas??????????????????????????????????????




Triste sina ter nascido português 👎
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