Eletricidade para o Brasil

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akivrx78
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Re: Eletricidade para o Brasil

#211 Mensagem por akivrx78 » Qua Set 21, 2011 5:44 pm

21/09/2011 - 10:22
Oferta de energia no Brasil vai crescer 62% em 10 anos

A oferta de energia interna no Brasil vai crescer dos atuais 271 milhões de tep (tonelada equivalente de petróleo) para 440 milhões de tep entre 2010 e 2020, uma elevação de 62%. No período, a participação das energias renováveis na matriz energética brasileira sobe de 45,5% para 51,7%, principalmente pelo aumento da contratação de energia eólica, gás e biomassa. Este foi o panorama apresentado ontem pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, durante abertura da Rio Pipeline 2011, que acontece até o dia 22 de setembro (quarta-feira).

A transformação da matriz ocorre porque o governo quer reduzir a contratação de energia de térmicas a óleo combustível e estimular a oferta em leilão de energias alternativas, como eólica, cujo potencial é hoje de 143 mil MW, o que representa a capacidade de dez usinas de Itaipu. Segundo Tolmasquim, este potencial poderá dobrar nos próximos anos. O projeto brasileiro é crescer ainda seu potencial hidrelétrico, já que só utiliza um terço.

O presidente da EPE apresentou um cenário otimista em relação à previsão de crescimento de oferta de energia para sustentar o desenvolvimento brasileiro. Ele prevê que o país crescerá a uma taxa de 5% ao ano, enquanto a oferta de energia será de 5,3%. Além disso, Tolmasquim também mostrou que, dos 61 mil MW previstos para a década, 46 mil MW já foram contratados. “Isso dá uma tranquilidade muito grande para o Brasil crescer 5% ao ano”, afirmou.

O Brasil também possui uma participação relativamente pequena em uso de petróleo e gás, com 48% da matriz, em relação aos 54% mundiais. No mundo, a participação do carvão é grande, com 41% para a geração de energia elétrica, enquanto aqui é de apenas 6%. Quase 90% da geração de energia elétrica no Brasil é proveniente de fontes renováveis.

As previsões de oferta da produção de petróleo são bastante otimistas. Atualmente, são produzidos 2,3 milhões de barris por dia, mas a estimativa com os investimentos da Petrobras e das empresas privadas é aumentar para 6 milhões de barris por dia. Haverá uma sobra de 3 milhões de barris por dia, já que o consumo de petróleo não acompanha a produção.

http://www.revistafator.com.br/ver_noti ... not=173953




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Pedro Gilberto
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Re: Eletricidade para o Brasil

#212 Mensagem por Pedro Gilberto » Ter Out 04, 2011 11:01 pm

BNDES aprova R$ 297,4 milhões para cinco parques eólicos
04/10/2011 - 16h34

RIO - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 297,4 milhões para instalação de cinco parques eólicos no interior da Bahia. As unidades fazem parte do complexo de 14 centrais eólicas vencedoras do 2º Leilão de Energia de Reserva, em 2009, controladas pela Renova Energia S/A, e nove já haviam obtido financiamento do BNDES em 2010.

As novas usinas, instaladas nos municípios de Igaporã e Guanambi, terão potência total de 98,8 MW. O apoio do BNDES responderá por 70% do valor total do projeto, de R$ 423,3 milhões. Considerando-se os cinco novos parques baianos, o BNDES já aprovou projetos para 70 parques eólicos, no valor de R$ 4,5 bilhões e capacidade instalada de 1,5 mil MW.

O financiamento será concedido a cinco Sociedades de Propósito Específico (SPEs), responsáveis pela operação de cada um dos parques. Ao todo, o Grupo Renova está realizando investimentos que levarão à instalação de um total de 294,4 MW, com entrada em operação programada para julho de 2012 na Bahia.

As SPEs realizarão investimentos socioambientais, além das exigências do licenciamento ambiental, no valor de R$ 3 milhões, totalmente financiados pelo BNDES, que integram a política do Banco de desenvolvimento sustentável no entorno dos projetos. Incluem formação profissional, com cursos nas comunidades locais.

(Valor)

http://economia.uol.com.br/ultimas-noti ... licos.jhtm
Aneel homologa resultado do leilão de transmissão de energia
04/10/2011 - 13h09

BRASÍLIA - A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou a homologação do resultado do leilão de transmissão de energia, disputado em 2 de setembro, por 16 empresas e seis consórcios. A decisão foi tomada hoje em reunião da diretoria do órgão regulador.

A Chesf, subsidiária da Eletrobras, se destacou no leilão ao vencer o maior número de lotes. A companhia levou os lotes G, H e I e ainda participou do Consórcio Garanhuns, vencedor do Lote L, em parceria com a Cteep. Isoladamente, a CTEEP arrematou o Lote K.

A Eletronorte venceu os lotes B e C e também participou do Consórcio Boa Vista, com Alupar Investimentos, que arrematou o Lote A. Furnas ficou com o Lote D. Já o Consórcio Costa Oeste, formado pela Copel e Eletrosul, venceu o Lote E, enquanto a Orteng Energia arrematou o Lote F. A Isolux Energia Participações venceu o Lote J.

Ao todo, o Aneel ofertou 12 lotes formados por 14 linhas de transmissão e 12 subestações, distribuídas em 13 estados (Roraima, Pará, Mato Grosso, Goiás, Paraná, Minas Gerais, Piauí, Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Alagoas e Paraíba). O leilão teve deságio médio de 22,74%, com a redução do valor máximo da Receita Anual Permitida (RAP) dos lotes de R$ 341,2 milhões previstos inicialmente, para R$ 263,6 milhões.

(Rafael Bitencourt | Valor)

http://economia.uol.com.br/ultimas-noti ... ergia.jhtm
Eletrosul prorroga prazo para interessados em projeto de energia solar
04/10/2011 - 12h29

SÃO PAULO - A Eletrosul, subsidiária da Eletrobras, prorrogou para 31 de outubro o prazo para a entrega das propostas do edital de concorrência internacional para instalação da primeira usina solar da empresa, batizada de Megawatt Solar. O prazo terminaria na segunda-feira, mas, segundo a companhia, as próprias empresas concorrentes pediram mais tempo, diante da complexidade da execução do projeto.

Conforme o edital, o orçamento do projeto é de R$ 10,8 milhões, com financiamento do banco de fomento alemão KfW, e prevê a instalação de painéis que captam raios solares nas coberturas do edifício-sede e dos estacionamentos da Eletrosul, em Florianópolis (SC), uma área de cerca de 10 mil metros quadrados. A usina será conectada à rede elétrica local e a energia produzida deverá ser vendida.

Conforme a Eletrosul, a construção seguirá o regime de empreitada global, com prazo de oito meses para instalação da usina, que terá capacidade de um megawatt-pico. Além da planta comercial, o edital do projeto prevê a instalação de uma planta experimental de 8 quilowatts (kW) de potência.

(Ana Luísa Westphalen | Valor)

http://economia.uol.com.br/ultimas-noti ... solar.jhtm
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Re: Eletricidade para o Brasil

#213 Mensagem por Pedro Gilberto » Dom Out 23, 2011 1:56 pm

Balanço Energético Nacional 2011 – Ano Base 2010

1.ANÁLISE ENEGÉTICA E DADOS AGREGADOS
1.1 Destaques de Energia por Fonte 2010
Neste capítulo serão apresentados os principais indicadores e análises sobre os destaques de energia em 2010 e comparações com o ano anterior, para as principais fontes energéticas: petróleo, gás natural, energia elétrica, carvão mineral, energia eólica, biodiesel e produtos da cana.

Energia Eólica
A produção de eletricidade a partir da fonte eólica alcançou 2.176,6 GWh em 2010. Isto representa um aumento em relação do ano anterior (75,8%), quando se alcançou 1.238,0 GWh. Em 2010 a potência instalada para geração eólica no país aumentou 54,1%. Segundo o Banco de Informações da Geração (BIG), da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o parque eólico nacional cresceu 326 MW, alcançando 928 MW ao final de 2010, em decorrência da inauguração de catorze parques eólicos. Dentre os novos parques eólicos se destacam quatro com potência instalada superior a 40 MW: “Volta do Rio”, “Bons Ventos” e “Canoa Quebrada” (respectivamente 42 MW, 50
MW e 57 MW, todos no Ceará), além do empreendimento “Alegria I” (51 MW, no Rio Grande
do Norte).

Biodiesel
Em 2010 o montante de B100 produzido no país atingiu 2.397.272 m3 contra 1.608.053m3 do ano anterior. Com isto, verificou-se aumento de 49,1% no biodiesel disponibilizado no mercado interno.
Ao longo de 2010 o percentual de B100 adicionado compulsoriamente ao diesel mineral foi constante em 5%. A principal matéria prima foi o óleo de soja (82,2%) seguido do sebo bovino (13,0%).

Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool
De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a produção de cana-de-açúcar no ano civil 2010 alcançou 627,3 milhões de toneladas. Este montante foi 0,8% superior ao registrado no ano civil anterior, quando a safra foi de 622,6 milhões de toneladas.
Em 2010 houve aumento de 11,6% na produção nacional de açúcar, com um total 37,7 milhões de toneladas, além de um acréscimo de 7,1% na produção de etanol, produzindo-se o montante de 27.962.558 m3. Cerca de 71% deste total referem-se ao álcool hidratado: 19.926.019 m3. Em termos comparativos, houve aumento de 4,4% na produção deste combustível em relação a 2009.
No que tange à produção de álcool anidro, que é misturado à gasolina A para formar a gasolina C, registrou-se acréscimo de 14,6%, totalizando 8.036.539 m3. Um fato relevante do setor sucroalcooleiro é o aumento de 5,4% na quantidade de ATR (Açúcar Total Recuperável) na cana-de-
-açúcar, que corresponde à quantidade de açúcar disponível na matéria-prima, subtraída das perdas no processo industrial. Em 2010 a média registrada foi de 140,1 kg de ATR/ tonelada de cana ante 132,9 kg de ATR/ tonelada de cana no ano civil anterior.

Energia Elétrica
A geração de energia elétrica no Brasil em centrais de serviço público e autoprodutores atingiu 509,2 TWh em 2010, resultado 10,0% superior ao de 2009. Permanece como principal a contribuição de centrais de serviço público, com 87,5% da geração total. A principal fonte é a energia hidráulica, que apresentou elevação de 3,7% em 2010. A geração a partir de combustíveis fósseis representou 9,8% do total das centrais de serviço público contra 8,9% em 2009. A geração de autoprodutores em 2010 apresentou expressivo crescimento de 18,4% com relação ao ano anterior, considerando o
agregado de todas as fontes utilizadas.

Petróleo e Derivados
Durante o ano de 2010 não houve no mercado internacional de petróleo significativa variação na cotação dos dois principais petróleos marcadores (WTI e Brent). Em janeiro o preço spot de ambos óleos marcadores estava em torno de US$80 por barril. Após ligeiras oscilações para baixo a cotação mínima foi observada ao final de maio (cerca de US$66 por barril). Em seguida os preços iniciaram uma tendência de alta com o pico sendo atingido no final de dezembro, quando o petróleo
Brent alcançou US$94 por barril. A cotação média anual para os tipos WTI e Brent foi de US$79,50/barril. A produção de petróleo e óleo de xisto subiu 5,4% em 2010, atingindo a marca recorde de 2,18 milhões de barris diários de petróleo produzidos no mês de dezembro. A produção marítima correspondeu a 91,2%, em média, do total nacional. E o estado do Rio de Janeiro foi responsável pela maior parcela: 87,0% do montante supracitado. No que tange à produção terrestre, o maior produtor foi o estado do Rio Grande do Norte, com 27,1% do total onshore.

Gás Natural
Em 2010 os seguintes acontecimentos foram destaque na área de gás natural: a recuperação do mercado de gás natural, o aumento da geração termelétrica e a construção de 1.599 km de gasodutos. A média diária de produção do ano foi de 62,8 milhões de m3/dia (+8,5% em comparação
com 2009) e o volume de gás natural importado foi, em média, de 34,6 milhões de m3/dia. Com isto, houve aumento na participação do gás natural na matriz energética nacional, para o patamar de 10,3%. A demanda industrial por gás natural aumentou 29,0% em relação ao ano anterior, em função da recuperação de diversos setores econômicos. Os maiores aumentos na demanda por este energético foram observados na siderurgia e na pelotização. Em função do aumento da demanda por
eletricidade no país, além das condições hidrológicas não tão favoráveis em 2010, houve expressivo aumento de 180% na geração térmica a gás natural (incluindo autoprodutores e usinas de serviço público). Em 2010 o consumo médio de gás natural no setor elétrico atingiu 22,1 milhões m3/dia, significativamente maior que o patamar de 8,0 milhões m3/dia, registrado em 2009.Em relação à ampliação da infraestrutura, a malha de gás natural cresceu significativamente: 1.599 km em 2010, atingindo um total de 9.295 km.

Carvão Vapor e Carvão Metalúrgico
Na geração elétrica o carvão utilizado é o carvão vapor, de origem nacional, cujos estados produtores são Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O uso do carvão para geração de eletricidade em 2010 cresceu 28,3% em relação ao ano anterior. Ja o consumo industrial de carvão metalúrgico, integralmente importado, teve crescimento de 23,2% em 2010. Tal fato se deve à recuperação da siderurgia nacional, que registrou aumento de 23,8% na produção física de aço bruto.

Imagem

http://www.advivo.com.br/sites/default/files/imagens/relatorio_final_ben_2011-21.jpg

Link para o balanço: http://www.advivo.com.br/sites/default/ ... n_2011.pdf

Fonte: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... -2010#more
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Re: Eletricidade para o Brasil

#214 Mensagem por Pedro Gilberto » Dom Nov 06, 2011 2:37 pm

Geração solar ensaia os primeiros passos em estádios
31/10/2011 - 15h40

SÃO PAULO - Projetos de geração de energia a partir da luz do sol têm começado a ganhar espaço no setor elétrico. No fim de agosto, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a Coelba, concessionária que atua no Estado da Bahia, a implementar um projeto para geração solar fotovoltaica no estádio de futebol Governador Professor Roberto Santos (Pituaçu), na capital baiana, que deverá se tornar o primeiro do Brasil a ter esse tipo de iluminação.
A estimativa de geração anual é de 630 megawatts/hora e a entrada em operação da usina está prevista para o fim deste ano, em um jogo do time do Bahia contra o Ceará, pelo Campeonato Brasileiro de Futebol. Como a geração prevista será aproximadamente 75% superior à carga do estádio, a energia excedente deverá beneficiar edifícios do governo estadual. O projeto deve envolver cerca de R$ 5 milhões.

O estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, está concluindo a documentação para licitação de um sistema semelhante, enquanto os de Recife, Fortaleza, Rio de Janeiro, Brasília e Manaus também estão em fase de estudo de viabilidade econômica. Há projetos para que alguns aeroportos do país também gerem energia a solar. "Esses são alguns dos projetos chamados de vitrine, apresentados pelo Instituto Ideal e pela Universidade Federal de Santa Catarina, que estão aos poucos ganhando espaço", diz Ricardo Ruther, professor da UFSC e diretor do Instituto Ideal.

O potencial do segmento no Brasil é imenso. "Se você instalar nas proximidades de Brasília um gerador solar fotovoltaico de área equivalente a menos de 0,05% do território nacional, a geração anual equivalente será superior aos cerca de 420 TWh de energia elétrica consumidos em 2010 pelo país", afirma Ruther. Se um gerador solar fosse instalado sobre toda a área inundada pelo lago de Itaipu, ele geraria mais do que o dobro da energia elétrica produzida pela usina anualmente.
"Tecnicamente, a energia solar tem o potencial para suprir toda a energia elétrica consumida pelo Brasil, mas sua penetração na matriz brasileira vai acontecer de forma gradual, à medida em que sua viabilidade econômica ficar demonstrada", afirma Ruther. Dos cerca de 50 GW implantados em todo o mundo no segmento, mais de 90% foram instalados nos últimos cinco anos. Nos últimos cinco anos, o preço dessa tecnologia sofreu redução de 50%, e a previsão é de uma redução de mais 50% ate 2020.

A energia solar tem várias peculiaridades que a diferenciam da geração de energia hidrelétrica ou até da eólica. Para Ruther, o primeiro ponto é que o custo de energia solar fotovoltaica tem de ser comparado com a tarifa (com acréscimo de impostos) que o consumidor final paga e não com o custo de geração das outras fontes. "Isso é importante porque a geração solar integrada a edificações urbanas ocorre junto ao ponto de consumo, ao contrário de fontes convencionais, nas quais a usina está distante do consumidor final e são feitos investimentos em transmissão e distribuição", diz Ruther.

Ele exemplifica citando o caso da cidade mineira de Belo Horizonte, uma das mais ensolaradas do país. O consumidor residencial da cidade paga uma tarifa de
R$ 600 por MWh ? mais elevada do que o custo de geração solar. "Para os níveis de radiação solar de Belo Horizonte e para uma taxa interna de retorno de 10%, a geração solar na capital mineira pode custar cerca de R$ 530".
Caso a taxa de retorno do projeto caísse para 6% (Belo Monte teria retorno de 5,5%), o custo de geração solar cairia para R$ 390, muito abaixo do que o consumidor de Belo Horizonte paga em sua conta de luz. Para o especialista, os projetos de geração solar se tornarão gradualmente viáveis economicamente no país até 2020.

(Roberto Rockmann/ Para o Valor)



http://economia.uol.com.br/ultimas-noti ... adios.jhtm

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Re: Eletricidade para o Brasil

#215 Mensagem por Pedro Gilberto » Sáb Nov 12, 2011 11:39 am

Demanda por energia no Brasil vai crescer mais que a da China
12/11/2011 - 10h12
DE SÃO PAULO

A demanda por energia no Brasil vai crescer a um ritmo mais acelerado do que na China nas próximas décadas, informa reportagem de Tatiana Freitas publicada na edição deste sábado da Folha.

A íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

Segundo relatório anual da IEA (Agência Internacional de Energia), divulgado nesta semana, a demanda por energia no Brasil vai crescer 2,2% ao ano, entre 2009 e 2035.

Ao final do período, a demanda alcançará 421 milhões de toneladas de óleo equivalente (unidade que mede, de forma unificada para as diferentes fontes, a capacidade de geração de energia).

O percentual de crescimento é bem superior à média mundial, de 1,3% ao ano, e até à da China, de 2%. A expansão brasileira somente perde para a Índia, que verá a demanda aumentar 3,1% ao ano.

O gás natural terá um importante papel no desafio de atender à crescente demanda. A IEA estima que o consumo crescerá 6% ao ano no país, em resposta à maior oferta de gás com a exploração das reservas do pré-sal.

A demanda por energia nuclear também terá um forte crescimento, de 5,1% ao ano, e o uso da biomassa, o que inclui a cana-de-açúcar para a produção de combustíveis e geração de energia, crescerá 2,6% ao ano. A taxa é bem superior ao aumento da procura por óleo, de 0,8%.



Imagem

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/10 ... hina.shtml

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Re: Eletricidade para o Brasil

#216 Mensagem por Pedro Gilberto » Sáb Nov 12, 2011 12:04 pm

Eletrobras anuncia projeto de energia solar

Energia solar é a bola da vez
Usina experimental de R$ 10 milhões é a próxima aposta da Eletrobras na região Nordeste, diz gestor
Micheline Batista, Diário de Pernambuco


A Eletrobras vai construir uma usina solar experimental no Nordeste. O local ainda será definido, mas sabe-se que o investimento deverá se situar na casa dos R$ 10 milhões, para uma capacidade instalada de 1 megawatt (MW). Em Florianópolis (SC), está em implantação a primeira usina fotovoltaica de grande porte integrada a um prédio público e conectada à rede do Brasil, no telhado do edifício-sede da Eletrosul, empresa pertencente ao grupo Eletrobras.

“No Nordeste pretendemos utilizar uma tecnologia com concentradores solares que vão aquecer a água e produzir vapor. A energia elétrica será gerada a partir desse vapor”, disse ontem o presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, ao participar do evento Palestra com Notáveis/Diálogos Capitais, promovido pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing Brasil (ADVB-PE) em parceria com a revista Carta Capital.

José da Costa afirmou que hoje o custo da energia solar ainda não é considerado econômico, mas esse cenário deve mudar em poucos anos. No caso da usina de Santa Catarina, o investimento estimado é de R$ 10,8 milhões, com financiamento de 2 milhões de euros pelo banco alemão KFW. A capacidade instalada, também de 1 MW-pico, pode gerar por ano 1.144 MWh, consumo equivalente a 570 residências. Estima-se que, por ano, deixarão de ser lançadas na atmosfera 188 toneladas de dióxido de carbono (CO2).

O presidente da Eletrobras acredita que o futuro do Nordeste está nas energias alternativas. Segundo ele, a companhia também realiza um segundo mapeamento das jazidas de vento em todo o país, agora a 100 metros de altitude. No primeiro, foi identificado um potencial de 143 mil MW, e neste segundo a expectativa é identificar entre 300 MW e 350 MW. A previsão é a de que a participação da energia eólica na matriz elétrica brasileira passe de mil a seis mil MW.

“O potencial maior está nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia, mas Pernambuco também está despontando como um estado com potencial interessante”, completou. Apesar disso, José da Costa reafirmou que, pelo menos por enquanto, está mantido o plano de concluir Angra 3 e construir quatro novas usinas nucleares no Brasil até 2030, e a localização escolhida é o Nordeste. O município de Itacuruba, no Sertão pernambucano, tem aparecido nos estudos como a primeira opção para construção das novas centrais nucleares.

A Eletrobras está investindo neste ano entre R$ 10 bilhões e R$ 11 bilhões. O plano preliminar para 2012 prevê um aporte de R$ 13 bilhões. O presidente da ADVB-PE, Leopoldo de Albuquerque, destaca que Pernambuco é um dos estados que mais crescem no país e que aqui está sendo erguido um polo energético importante. O tema deve ser retomado em 2012, com outros especialistas da área.

http://www.ilumina.org.br/zpublisher/ma ... p?id=19789
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Re: Eletricidade para o Brasil

#217 Mensagem por DELTA22 » Ter Nov 22, 2011 11:53 pm

Os atores "globais" lançaram um vídeo cheio de imprecisões sobre a usina de Belo Monte, eis a resposta oficial:



E para demolir qualquer trololó, vejam!





"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
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Re: Eletricidade para o Brasil

#218 Mensagem por Pablo Maica » Qua Nov 23, 2011 12:45 am

De uma hora pra outra toda essa comoção pela amazônia... cineasta gringo que nunca tinha botado o pé aqui vem correndo fazer campanha, atores globais que de energia só sabem é ligar plug na tomada querendo dar aula de "sustentabilidade".

Meio engraçado né...



Um abraço e t+ :D




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Re: Eletricidade para o Brasil

#219 Mensagem por Pablo Maica » Qui Dez 01, 2011 4:09 pm

Mais um video pra desmascarar o movimento gotda de manipulação.







Um abraço e t+ :D




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Re: Eletricidade para o Brasil

#220 Mensagem por Centurião » Qui Dez 01, 2011 7:50 pm

A Globo usou Belo Monte para fazer jogo politico. Se queimou feio.




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Re: Eletricidade para o Brasil

#221 Mensagem por Junker » Qui Dez 01, 2011 9:44 pm

:roll:

Globo Repórter:
Usinas hidrelétricas ameaçam vidas na região amazônica

O programa desta sexta-feira (2) viaja pela área onde vão ser construídas 16 novas usinas hidrelétricas e encontra preciosidades naturais, como o menor passarinho do Brasil.

A grande floresta que vai virar lago: o Globo Repórter desta sexta-feira (2) viaja pela área onde vão ser construídas 16 novas usinas hidrelétricas e encontra preciosidades amazônicas.

Como o menor passarinho do Brasil, o caçula, constrói seu ninho? Em encontro de arrepiar: uma onça surge diante da equipe de reportagem na Transamazônica.

Nossos repórteres voam ao lado da ararajuba, a mais brasileira de todas as aves, com uma impressionante plumagem verde-amarela que brilha como ouro. Encontram ainda araras azuis e vermelhas, macacos prego, bugios e cairaras.

Quantas vidas ameaçadas pela gigantesca inundação? Nos rios, há 400 espécies de peixes grandes, pequenos e desconhecidos. Quantos vão vencer o obstáculo criado pelas barragens?

Árvores gigantescas: morada de saguis e zogue-zogues. Macacos aranha: a mata destes bichos vai desaparecer completamente? Tartaruga da Amazônia: no caminho do progresso, uma sobrevivente da era dos dinossauros. E os brasileiros que vivem nesta imensa região: o que vai acontecer com eles?

Não perca. É nesta sexta (2), no Globo Repórter.

http://g1.globo.com/globo-reporter/noti ... sinas.html




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Re: Eletricidade para o Brasil

#222 Mensagem por Túlio » Qui Dez 01, 2011 10:01 pm

Teve uma espécie de apagão aqui no RS ontem, do começo da tarde até umas 22 hs...




"Na guerra, o psicológico está para o físico como o número três está para o um."

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Re: Eletricidade para o Brasil

#223 Mensagem por prp » Sex Dez 02, 2011 12:23 am

Não pagar a conta de luz dá nisso. :twisted:




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Re: Eletricidade para o Brasil

#224 Mensagem por Pablo Maica » Sex Dez 02, 2011 2:29 am

Túlio escreveu:Teve uma espécie de apagão aqui no RS ontem, do começo da tarde até umas 22 hs...

Creio que tenha sido em função dos temporais tio Túlio. Algumas redes de alta foram afetadas ai pros lados de vcs.




Um abraço e t+ :D




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Re: Eletricidade para o Brasil

#225 Mensagem por Pedro Gilberto » Qui Dez 22, 2011 6:42 pm

Parabens aos homens que estão construindo essa grande obra da engenharia nacional. :D
Brasil inaugura nova era de geração hidrelétrica na Amazônia
Usina de Santo Antônio, em Rondônia, deve produzir primeiro megawatt no dia 28, com turbina que traz menor impacto ambiental; veja o infográfico e entenda a diferença

Pedro Carvalho, iG São Paulo | 21/12/2011 05:55

A Hidrelétrica de Santo Antônio, que será a sexta maior do País e fica em Rondônia, no Rio Madeira, deve começar a gerar energia no próximo dia 28. Nessa data, a primeira das 44 turbinas da usina deve ser ligada de forma definitiva. Será a primeira turbina do tipo "bulbo" a operar na bacia amazônica – uma questão técnica que representa uma enorme mudança no modo como a região utiliza seu potencial hidrelétrico. Isso porque a turbina bulbo aproveita a correnteza natural do rio, sendo capaz de gerar energia em larga escala sem que uma grande área da floresta seja alagada.

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Parte da usina onde fica a turbina que será ligada, na margem direita: a primeira do tipo na Amazônia

Assim, Santo Antônio será o oposto dos últimos empreendimentos feitos na bacia hidrográfica mais importante do País. Em 1980, o governo inaugurou a usina de Balbina (AM), considerada um desastre pela imensa área alagada e a produção pífia. Ainda no fim do regime militar, foi construída a hidrelétrica de Tucuruí, uma das maiores do Brasil, mas que também deixou muita floresta debaixo d'água (2.414 km2, contra 350 km2 em Santo Antônio) – e que, no mais, fica numa região do Pará já quase fora da bacia amazônica.

Santo Antônio fica próxima ao coração da região amazônica e terá a melhor relação entre área alagada e energia gerada, em comparação com qualquer usina brasileira. Sozinha, irá produzir 3.150 MW, cerca de 3% da atual capacidade elétrica do País. Em conjunto com Jirau, vai formar o Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira, que deve adicionar 6.600 MW ao sistema nacional de energia.

Após a entrada em operação dessa primeira turbina, as outras serão inauguradas num ritmo médio de uma por mês, até que, em 2016, todas estejam funcionando. A concessionária adiantou em um ano o início da geração, que ocorreria em dezembro de 2012, para antecipar receitas, mas não divulga o quanto isso vai adicionar ao caixa. O plano era fazer um evento de inauguração, que contaria com a presença da presidenta Dilma. Mas, por motivos técnicos, a turbina só poderá ser ligada nos últimos dias de dezembro, data desfavorável para a agenda política.

Primeira grande obra do governo Dilma e parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a usina de Santo Antônio é também um superlativo esforço de engenharia. No momento, 18 mil pessoas trabalham no canteiro de obras – chegou a ser 20 mil. Elas consomem 78.800 quilos de carne, 800 mil xícaras de café e 11.400 sacos de arroz por mês. A quantidade de concreto usada na construção seria suficiente para erguer 37 estádios do Maracanã. O aço empregado faria 18 torres Eiffel. O custo total deve passar dos R$ 15 bilhões.

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Santo Antônio será a primeira grande usina brasileira a usar turbinas bulbo. A tecnologia já existe no País, mas em projetos menores, como a hidrelétrica de Igarapava (MG). A hidrelétrica do Rio Madeira será a maior do mundo a usar turbinas do tipo – a segunda fica no Japão e tem apenas nove turbinas. A turbina que será ligada no final do mês mede 8,15 metros de diâmetro – é menor apenas que as usadas em Murray Lock (EUA) – e tem capacidade de gerar, numa vazão ideal, 71,6 MW.

As turbinas bulbo permitem a criação de usinas do tipo “fio d’água”, ou seja, todo o volume de água que chega à barragem corre para o outro lado – não há reservatório. Isso faz o impacto de Santo Antônio ser menor. A variação da altura do rio, na parte anterior às turbinas, será de 13,9 m, pouco maior que a cheia natural do Madeira. “Isso é possível porque a turbina bulbo é mais eficiente", explica Andre Morello, engenheiro e coordenador de fornecimento eletromecânico em Santo Antônio. "Com ela, a velocidade natural da água, sem barragens, é suficiente para gerar energia significativa.”

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A obra de Santo Antônio, em novembro. Repare que parte do leito está "ensecada", com o curso desviado, para permitir a construção

Além disso, um recurso que já está em funcionamento é o sistema de transposição de peixes (veja no infográfico acima). Para subir o rio na época da piracema, os peixes passam por um canal construído na Ilha do Presídio, que fica no meio do rio. “Eles são atraídos para lá pela velocidade da água que sai do canal”, explica Morello. “Já a água que sai das turbinas, numa velocidade muito maior que a correnteza natural, não atrai os animais”, diz. O sistema foi testado no Madeira e já está sendo usado pelos animais.

Mesmo com tantos números grandes, Santo Antônio pode aumentar de tamanho. O grupo concessionário, formado por Odebrecht, Andrade Gutierrez, Eletrobras Furnas e outras empresas, submeteu à agência controladora de energia um plano para incluir mais seis turbinas no projeto, o que aumentaria a capacidade de geração para 3.580 MW. O projeto está em análise pela Aneel e pelo Ministério de Minas e Energias.

A energia produzida a partir do dia 28 já será distribuída para o sistema Acre-Rondônia. Os 3 km de linhas que ligam Santo Antônio ao sistema elétrico, também construídos pela concessionária que vai administrar a usina por 35 anos, ficaram prontos há cerca de dois meses. O potencial elétrico brasileiro, um dos diversos gargalos de infraestrutura que o país precisará solucionar nos próximos anos, será um pouco maior nos primeiros dias de 2012 do que foi em 2011 – com um custo ambiental que também olha para o futuro.

http://economia.ig.com.br/brasil-inaugu ... 70221.html
[]´s




"O homem erra quando se convence de ver as coisas como não são. O maior erro ainda é quando se persuade de que não as viu, tendo de fato visto." Alexandre Dumas
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