A MB não brinca em serviço

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Vinicius Pimenta
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#211 Mensagem por Vinicius Pimenta » Seg Fev 18, 2008 8:11 pm

Salve, amigo.

FIGHTERCOM escreveu:Olá Vinicius,

Minha analise sobre o SABER M60 leva em consideração que por se tratar de um projeto novo o mesmo tem potencial de evolução. Além do mais, não acredito que a Orbisat tenha em mente fornecer tal sistema somente para o EB.


Eu entendi. Mas, insisto, meu posicionamento jamais foi em relação ao SABER 60 especificamente, e sim ao conceito de que os FN precisam estar equipados com o melhor possível.

A minha pergunta é: até que ponto podemos utilizar equipamentos nacionais que sejam menos eficientes a título de "desenvolvimento" sem comprometer a eficiência de nossas tropas?

Pior, até que ponto podemos comprometer a eficiência de nossa linha de frente, os FN?

Veja, de novo, não digo que o SABER 60 é assim. Muito provavelmente é excelente e pode sim ser utilizado pelos FN. Como disse, estou me prendendo ao conceito, não ao equipamento.

FIGHTERCOM escreveu:Após ler a sua argumentação me veio uma dúvida:
Quando você diz “elite é elite e tem que ser equipada como tal”, entendo. Mas os equipamentos utilizados hoje pela elite foram testados por quem? (...) Durante esse desenvolvimento, quem testou e utilizou? Infantaria? FEs? Ou os dois?


Depende. Às vezes um, às vezes outro, às vezes os dois. Os equipamentos em uso pela elite são testados por ela em uma bateria de provas que visam saber se este cumpre as necessidades da tropa ou não.

FIGHTERCOM escreveu:Concordaria com a sua afirmação se estivéssemos falando de EUA, Inglaterra, França, etc. Mas estamos falando de Brasil, cuja realidade é outra. Aqui não existem soluções temporárias, qualquer equipamento adotado hoje irá perdurar por uns bons anos nas forças.


Exatamente! Você matou a discussão no início. Partindo do princípio que não há espaços para erros, a elite deve se dar ao luxo de operar um equipamento não testado que pode vir a ser abaixo das necessidades? Se você estivesse falando de EUA, Inglaterra, França, etc, aí sim, pois se der errado eles simplesmente compram ou desenvolvem outro. Aqui não, ficaríamos com um equipamento inadequado por muito tempo ou simplesmente ficaríamos sem. Veja o exemplo dos Urutus do CFN. Só conseguiram substituir por novos blindados agora, muitos anos depois, porque estavam levando tiro de tudo quanto é lado em missão real e assim conseguiram sensibilizar o comando/governo de tal necessidade.

Existe espaço para a utilização de dois equipamentos (um nacional e outro importado)? Acredito que sim. O que não existe são recursos para a aquisição dos mesmos. Basta analisar com mais calma para perceber que nossas aquisições são feitas encima de janelas de oportunidade, escolheu e pronto.


Ou seja, para a elite, quem não tem margem para erros, DEVE ser o melhor possível, seja nacional ou importado.

Certas ou erradas são elas que estarão em operação pelo tempo que durarem. A adoção de um equipamento importado por nossas Forças Armadas traz sérias conseqüências para a nossa indústria, quando a mesma tem condição de fornecer, pois se perde a oportunidade de impulsionar os programas nacionais. Além do mais, como incentivar as empresas a desenvolverem novos produtos sendo que uma tropa quer ser equipada sempre com o melhor? (Esse aviso vale para todos: Releiam a parte anterior com atenção antes de interpretarem como "Complexo de Vira-lata")


O CFN é um tropa muito pequena que não tem escala pra justificar a produção nacional de equipamentos do tipo. Veja que no caso dos blindados serão no máximo 22 contra mais de MIL do EB, esse sim tem necessidades que justicam desenvolvimentos locais. Nesse caso, se você usa essa lógica pra justificar a operação de equipamentos em desenvolvimento pelo EB, concordo plenamente. Mas, na minha opinião, com o CFN não deve necessariamente ser assim.

Já disse isso no tópico anterior e volto a repetir: “Em caso de conflito serão as nossas empresas (com os produtos disponíveis) que irão dar suporte ao mesmo”.


Concordo quanto a isso, por isso é necessário o desenvolvimento local, mas deve haver um certo limite a fim de não comprometer a nossa capacidade de combate.


Bem, cada um interpreta da maneira que melhor lhe convêm. Continuo a afirmar que em momento algum fiz questionamento, mas se você preferi achar o contrário tudo bem. Apesar de não concordar, respeitarei a sua opnião.

Espero que tenha compreendido a minha preocupação com o que foi exposto acima e que meu desabafo não o tenha ofendido.

Abraços,

Wesley


Não me senti ofendido em momento algum e se por acaso eu tenha dito algo que possa ter te ofendido, desde já ficam expressadas minhas sinceras desculpas.




Vinicius Pimenta

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Glauber Prestes
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#212 Mensagem por Glauber Prestes » Qua Fev 20, 2008 9:26 pm

Gostaria de continuar a discutir sobre o Saber lá na parte de AAe do forças terrestres.
Abs.




http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
Cuidado com os sintomas.

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FIGHTERCOM
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#213 Mensagem por FIGHTERCOM » Qui Fev 28, 2008 9:55 pm

Vinicius Pimenta escreveu:Salve, amigo.
FIGHTERCOM escreveu:Olá Vinicius,

Minha analise sobre o SABER M60 leva em consideração que por se tratar de um projeto novo o mesmo tem potencial de evolução. Além do mais, não acredito que a Orbisat tenha em mente fornecer tal sistema somente para o EB.
Eu entendi. Mas, insisto, meu posicionamento jamais foi em relação ao SABER 60 especificamente, e sim ao conceito de que os FN precisam estar equipados com o melhor possível.

A minha pergunta é: até que ponto podemos utilizar equipamentos nacionais que sejam menos eficientes a título de "desenvolvimento" sem comprometer a eficiência de nossas tropas?

Pior, até que ponto podemos comprometer a eficiência de nossa linha de frente, os FN?

Veja, de novo, não digo que o SABER 60 é assim. Muito provavelmente é excelente e pode sim ser utilizado pelos FN. Como disse, estou me prendendo ao conceito, não ao equipamento.
FIGHTERCOM escreveu:Após ler a sua argumentação me veio uma dúvida:
Quando você diz “elite é elite e tem que ser equipada como tal”, entendo. Mas os equipamentos utilizados hoje pela elite foram testados por quem? (...) Durante esse desenvolvimento, quem testou e utilizou? Infantaria? FEs? Ou os dois?
Depende. Às vezes um, às vezes outro, às vezes os dois. Os equipamentos em uso pela elite são testados por ela em uma bateria de provas que visam saber se este cumpre as necessidades da tropa ou não.
FIGHTERCOM escreveu:Concordaria com a sua afirmação se estivéssemos falando de EUA, Inglaterra, França, etc. Mas estamos falando de Brasil, cuja realidade é outra. Aqui não existem soluções temporárias, qualquer equipamento adotado hoje irá perdurar por uns bons anos nas forças.
Exatamente! Você matou a discussão no início. Partindo do princípio que não há espaços para erros, a elite deve se dar ao luxo de operar um equipamento não testado que pode vir a ser abaixo das necessidades? Se você estivesse falando de EUA, Inglaterra, França, etc, aí sim, pois se der errado eles simplesmente compram ou desenvolvem outro. Aqui não, ficaríamos com um equipamento inadequado por muito tempo ou simplesmente ficaríamos sem. Veja o exemplo dos Urutus do CFN. Só conseguiram substituir por novos blindados agora, muitos anos depois, porque estavam levando tiro de tudo quanto é lado em missão real e assim conseguiram sensibilizar o comando/governo de tal necessidade.
Existe espaço para a utilização de dois equipamentos (um nacional e outro importado)? Acredito que sim. O que não existe são recursos para a aquisição dos mesmos. Basta analisar com mais calma para perceber que nossas aquisições são feitas encima de janelas de oportunidade, escolheu e pronto.
Ou seja, para a elite, quem não tem margem para erros, DEVE ser o melhor possível, seja nacional ou importado.
Certas ou erradas são elas que estarão em operação pelo tempo que durarem. A adoção de um equipamento importado por nossas Forças Armadas traz sérias conseqüências para a nossa indústria, quando a mesma tem condição de fornecer, pois se perde a oportunidade de impulsionar os programas nacionais. Além do mais, como incentivar as empresas a desenvolverem novos produtos sendo que uma tropa quer ser equipada sempre com o melhor? (Esse aviso vale para todos: Releiam a parte anterior com atenção antes de interpretarem como "Complexo de Vira-lata")
O CFN é um tropa muito pequena que não tem escala pra justificar a produção nacional de equipamentos do tipo. Veja que no caso dos blindados serão no máximo 22 contra mais de MIL do EB, esse sim tem necessidades que justicam desenvolvimentos locais. Nesse caso, se você usa essa lógica pra justificar a operação de equipamentos em desenvolvimento pelo EB, concordo plenamente. Mas, na minha opinião, com o CFN não deve necessariamente ser assim.
Já disse isso no tópico anterior e volto a repetir: “Em caso de conflito serão as nossas empresas (com os produtos disponíveis) que irão dar suporte ao mesmo”.
Concordo quanto a isso, por isso é necessário o desenvolvimento local, mas deve haver um certo limite a fim de não comprometer a nossa capacidade de combate.

Bem, cada um interpreta da maneira que melhor lhe convêm. Continuo a afirmar que em momento algum fiz questionamento, mas se você preferi achar o contrário tudo bem. Apesar de não concordar, respeitarei a sua opnião.

Espero que tenha compreendido a minha preocupação com o que foi exposto acima e que meu desabafo não o tenha ofendido.

Abraços,

Wesley
Não me senti ofendido em momento algum e se por acaso eu tenha dito algo que possa ter te ofendido, desde já ficam expressadas minhas sinceras desculpas.

Olá Vinicius,

Somente hoje estou tendo tempo para ler este tópico. Interessante os pontos por você colocado. Tenho que reconhecer que são fatos a se considerar. :wink:


Abraços,


Wesley




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