Enviado: Qui Jul 19, 2007 9:46 pm
Congonhas - TAM - Reversor - Defeito - Acidente - Mortes.
Tenho a impressão de já ter visto esse filme de terror.
Tenho a impressão de já ter visto esse filme de terror.
Deixa ver o se entendi o furo do “Jornal Nacional”, a respeito dos problemas enfrentados pelo Airbus da TAM.
Segundo o JN apurou, na sexta-feira o Airbus apresentou um problema no reverso. Segundo a Wikipedia, "modificação temporária da turbina de uma aeronave que permite que seu empuxo produzido seja direcionado para a frente (as turbinas geralmente geram empuxo para trás)". Segundo o diretor da TAM entrevistado pelo JN, o manual do avião diz que o reverso pode ser travado (isto é, anulado mecanicamente), e que o avião poderia voar dez dias sem precisar consertar a peça, desde que o tempo esteja bom e que a pista não esteja “contaminada” – termo para designar pista encharcada.
O avião não parou de voar desde então, embora o tempo tenha piorado significativamente nos últimos dias. Ou seja, tinha-se dois fatores de risco: o reverso não funcionando, e o tempo chuvoso. Na sexta-feira o avião já teria apresentado problemas na aterrissagem, mas que não foram reportados pelo piloto.
Segundo o diretor da TAM, o problema ocorreu em apenas um reverso o que, para um leigo como eu, não significa nada. Um reverso apenas funcionando faria o avião rodar (os leitores especialistas me corrijam, se estiver errado). Segundo ele, a torre não confirmou que a pista estaria “contaminada”.
Mas chovia, mas se sabia que o reverso não estava funcionando, se sabia não se estava se trabalhando com a segurança máxima.
Solicito que os leitores especialistas expliquem melhor essa questão, para que se possa avaliar as seguintes questões:
1. Qual o grau de gravidade desse reverso não funcionando em dia de chuva?
2. Além da própria TAM, os reportes dos pilotos deveriam ser analisados por algum órgão regulador, ou a responsabilidade é exclusiva da empresa?
3. A partir dessas informações, dá para se atribuir a essa pane do reverso o fato do piloto não ter conseguido parar o avião? Qual a responsabilidade adicional da falta de ranhuras na pista?
Já disse num post anterior amigo, conheci N comandantes de areronaves que pousavam e pousam em congonhas, e antes dessa tragédia ocorrida, eram quase unanimes em afirmar que a pista de conconhas seguem os padrões
Se os comandantes atuais não se recusam a descer em congonhas por medo de perderem seus valiosos empregos em detrimento da segurança de milhares de vidas e das suas próprias, vocês vão me desculpar mas é de uma mediocridade absoluta
Paisano escreveu:A propósito do furo do JN
Fonte: http://luisnassif.blig.ig.com.br/Deixa ver o se entendi o furo do “Jornal Nacional”, a respeito dos problemas enfrentados pelo Airbus da TAM.
Segundo o JN apurou, na sexta-feira o Airbus apresentou um problema no reverso. Segundo a Wikipedia, "modificação temporária da turbina de uma aeronave que permite que seu empuxo produzido seja direcionado para a frente (as turbinas geralmente geram empuxo para trás)". Segundo o diretor da TAM entrevistado pelo JN, o manual do avião diz que o reverso pode ser travado (isto é, anulado mecanicamente), e que o avião poderia voar dez dias sem precisar consertar a peça, desde que o tempo esteja bom e que a pista não esteja “contaminada” – termo para designar pista encharcada.
O avião não parou de voar desde então, embora o tempo tenha piorado significativamente nos últimos dias. Ou seja, tinha-se dois fatores de risco: o reverso não funcionando, e o tempo chuvoso. Na sexta-feira o avião já teria apresentado problemas na aterrissagem, mas que não foram reportados pelo piloto.
Segundo o diretor da TAM, o problema ocorreu em apenas um reverso o que, para um leigo como eu, não significa nada. Um reverso apenas funcionando faria o avião rodar (os leitores especialistas me corrijam, se estiver errado). Segundo ele, a torre não confirmou que a pista estaria “contaminada”.
Mas chovia, mas se sabia que o reverso não estava funcionando, se sabia não se estava se trabalhando com a segurança máxima.
Solicito que os leitores especialistas expliquem melhor essa questão, para que se possa avaliar as seguintes questões:
1. Qual o grau de gravidade desse reverso não funcionando em dia de chuva?
2. Além da própria TAM, os reportes dos pilotos deveriam ser analisados por algum órgão regulador, ou a responsabilidade é exclusiva da empresa?
3. A partir dessas informações, dá para se atribuir a essa pane do reverso o fato do piloto não ter conseguido parar o avião? Qual a responsabilidade adicional da falta de ranhuras na pista?
A-29 escreveu:Alcmartin,
Estava dando uma brincada no google earth e vi que a pista principal de Congonhas tem 2.000m, e a auxiliar 1.400m. Qual seria o comprimento ideal para operar aeronaves do porte de 737-800 e A320 com segurança?
Continuando a brincadeira, não consegui localizar uma região no aeroporto de Guarulhos para a construção de uma terceira pista. Vc que é do meio saberia nos dizer onda era sua previsão? Eventualmente seria inclinada em relação às outras duas?
abraço
Fabiano
soultrain escreveu:Boas,
Já vi o video várias vezes, acho estranha a velocidade do avião como todos. Existem diversos travões, o reverse, os aerodinamicos e os travões do trem de aterragem.
Não consegui vislumbrar uma desacelaração clara, parece que nenhum dos travões foi acionado, depois no final nota-se uma explosão e terá sido aí que mudou de direcção.
Concordo que não foi a pista directamente, mas pode ter contribuido para os supostos erros posteriores. O piloto pode ter-se assustado com aquaplaning inicial e tentou levantar de novo, mas a questão é que não se vislumbra sequer o nariz a levantar.
Quem tenta já culpar alguem, é no minímo irresponsável, há muita coisa a analizar ainda e a principal são as caixa negras.
[[]]'s
Carlos Souza escreveu:Demartino escreveu:SGT GUERRA escreveu:Nas entrelinhas está se conformando
Uma outra explicação é que ao puxar o joystickpode ter sido causado por uma simples rajada de vento(já que o avião não tinha APARENTEMENTE atingido velocidade de STOL),
,ou pelo estouro dos pneus do lado esquerdo, tenham desestabilizado o avião no seu eixo de deslocamentotendo inclusive causado a quebra da trava do trem de pouso principal esquerdo,o que corroboraria o fato do avião ter se desestabilizado para o lado esquerdo e talvez batido a cauda na pista na tentativa de arremeter.
O grooving não teria tido influência pelo simples fato de não haver volume d'água na pista que significasse possibilidade de empoçamento, segundo o pessoal de inspeção de solo da INFRAERO.A Própria reforma da pista teve esse objetivo e parece te-lo atingido. Isso será corroborado pelo Laudo do IPT que sairá no dia 20 ou 27(só existe laudo do IPT para a pista Auxiliar).
Walter, é ou não é para tirar conclusões apressadas?
Na minha opinião, acidentes acontecem. Mas quando acontece um acidente é porque uma serie de fatores aconteceram ao mesmo tempo. Eu nunca vi um acidente que tenha apenas uma causa ou apenas um culpado.
No primeiro acidente da TAM disseram que foi a aeronave...ora, e quem é o responsavel pela manutenção da aeronave? E quem é o responsavel pela fiscalização da manutenção das aeronaves? E quem é o responsavel para fiscalizar o fiscal? ...e por ai vai.
Se o problema for da aeronave (de novo), no minimo tem ser apurado quem liberou essa aeronave para voar no Brasil. Se o pneu estourou, eu queria saber quem são os responsaveis.
É por isso que que independente do que aconteceu, não existe apagão aereo, o que existe é um apagão de gestão.
Sargento, acho que o Sr. está politizando algo que não merece ser politizado, novamente acho que as pessoas estão jogando toda a sua ira num momento onde ao meu ver não tem nada a ver uma coisa com a outra.
Existe sim sistemas de controle em todo os lugares do mundo inclusive no Brasil porém não existe a mínima possibilidade de todos os controles serem infalíveis nem aqui no Brasil nem em nenhum outro lugar do mundo, pois se assim o fosse não haveriam acidentes aéreos em nenhuma parte do mundo ou pelo menos nos países mais desenvolvidos, fato esse que não é aplicável e todos nós sabemos.
Estão misturando as coisas, como dizia o sabio comediante Ronald Golias, "Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa". Misturar a crise do controle de tráfego aéreo que é evidente, com o acidente incorrido na última segunda feira é no mínimo uma leviandade, no meu ponto de vista.
Se aproveitar de um fato terrível como este acidente aéreo para começar a jogar "m... "no ventilador para todos os lados é o fim da picada.
Ah! claro fiquemos todos quietos, esperemos os dias passar e estes duzentas mortes serão esquecidas e ninguém vair responder por elas, do mesmo jeito que aconteceu com as 154 mortes do avião da Gol. É impressionante, queria ver se opiniões deste tipo seriam as mesmas, se houvesse um conhecido neste vôo. É impressionante como tem gente que gosta da INCOMPETÊNCIA neste país.
alcmartin escreveu:Já disse num post anterior amigo, conheci N comandantes de areronaves que pousavam e pousam em congonhas, e antes dessa tragédia ocorrida, eram quase unanimes em afirmar que a pista de conconhas seguem os padrõesSe os comandantes atuais não se recusam a descer em congonhas por medo de perderem seus valiosos empregos em detrimento da segurança de milhares de vidas e das suas próprias, vocês vão me desculpar mas é de uma mediocridade absoluta
Demartino,
amigo, cuidado c/as colocaçoes e generalizaçoes. Tambem conheci e conheço cmtes, copilotos que tem opiniao contraria. Alias, era piloto do grupo VARIG tambem. E minha base foi e hoje é Congonhas.
Ela permite operação segura desde que tudo vá bem. Assim como no S.Dumont. Mas no S.Dumont tem grooving que funciona. No S.Dumont nao há esse volume de operaçoes que fará a pista emborrachar direto, ainda que refaçam a pista toda hora.
Ela é segura em cima da competencia dos pilotos que nao deixam a peteca cair. Porque se voce perder um motor, ou pegar fogo, ou abrir um reverso PROXIMO a V1, nao vou nem dizer na V1, o que em teoria, teria tempo de abortar a decolagem, vou te afirmar: NAO PARARA NUNCA ali na pista. E olha que para calculo de perfomance reverso nao entra no calculo.
Na pratica a teoria é outra.
Entao voce entra na estatistica. Ate qua chega aquele 1 em mil, ou milhao, em que o camarada erra ou a peça quebra e aí...
Nao estou fazendo campanha contra Congonhas. É ele que dá meu leite de cada dia. Joinvile, Navegantes, Crisciuma,etc. tem um monte de pistas limitadas.
Quando voce vai no exterior e conta que aqui se faz procedimento NDB eles se assustam. Tecnologia da II GM. Muitos nem sabem fazer e quando chegam aqui em Guarulhos e o ILS tá fora eles alternam na hora.
Se contar que vai a Jiparaná e nao tem auxilio, torre, e voce tem que procurar biruta a noite, te chamam de maluco.
Mas nao chamam mediocridade.
Assim como motoristas nao param porque as estradas estao ruins. Como os policiais nao param porque a violencia esta descontrolada. Ou como os militares nao param porque a defesa aqui no país é levada c/descaso.
Voce tenta cumprir seu dever.
Prudência, amigo. É só o que eu e muitos pedem. Choveu acima do toleravel, parem. Os usuarios , por favor, aprendam que mais vale um atraso de minutos ou até de horas, do que a vida inteira. O governo, que aprenda que contingenciar verba de segurança de voo, de terra e de mar é dar tiro no pé.
alcmartin escreveu:Já disse num post anterior amigo, conheci N comandantes de areronaves que pousavam e pousam em congonhas, e antes dessa tragédia ocorrida, eram quase unanimes em afirmar que a pista de conconhas seguem os padrõesSe os comandantes atuais não se recusam a descer em congonhas por medo de perderem seus valiosos empregos em detrimento da segurança de milhares de vidas e das suas próprias, vocês vão me desculpar mas é de uma mediocridade absoluta
Demartino,
amigo, cuidado c/as colocaçoes e generalizaçoes. Tambem conheci e conheço cmtes, copilotos que tem opiniao contraria. Alias, era piloto do grupo VARIG tambem. E minha base foi e hoje é Congonhas.
Ela permite operação segura desde que tudo vá bem. Assim como no S.Dumont. Mas no S.Dumont tem grooving que funciona. No S.Dumont nao há esse volume de operaçoes que fará a pista emborrachar direto, ainda que refaçam a pista toda hora.
Ela é segura em cima da competencia dos pilotos que nao deixam a peteca cair. Porque se voce perder um motor, ou pegar fogo, ou abrir um reverso PROXIMO a V1, nao vou nem dizer na V1, o que em teoria, teria tempo de abortar a decolagem, vou te afirmar: NAO PARARA NUNCA ali na pista. E olha que para calculo de perfomance reverso nao entra no calculo.
Na pratica a teoria é outra.
Entao voce entra na estatistica. Ate qua chega aquele 1 em mil, ou milhao, em que o camarada erra ou a peça quebra e aí...
Nao estou fazendo campanha contra Congonhas. É ele que dá meu leite de cada dia. Joinvile, Navegantes, Crisciuma,etc. tem um monte de pistas limitadas.
Quando voce vai no exterior e conta que aqui se faz procedimento NDB eles se assustam. Tecnologia da II GM. Muitos nem sabem fazer e quando chegam aqui em Guarulhos e o ILS tá fora eles alternam na hora.
Se contar que vai a Jiparaná e nao tem auxilio, torre, e voce tem que procurar biruta a noite, te chamam de maluco.
Mas nao chamam mediocridade.
Assim como motoristas nao param porque as estradas estao ruins. Como os policiais nao param porque a violencia esta descontrolada. Ou como os militares nao param porque a defesa aqui no país é levada c/descaso.
Voce tenta cumprir seu dever.
Prudencia, amigo. É só o que eu e muitos pedem. Choveu acima do toleravel, parem. Os usuarios , por favor, aprendam que mais vale um atraso de minutos ou até de horas, do que a vida inteira. O governo, que aprenda que contingenciar verba de segurança de voo, de terra e de mar é dar tiro no pé.
SGT GUERRA escreveu:alcmartin escreveu:Já disse num post anterior amigo, conheci N comandantes de areronaves que pousavam e pousam em congonhas, e antes dessa tragédia ocorrida, eram quase unanimes em afirmar que a pista de conconhas seguem os padrõesSe os comandantes atuais não se recusam a descer em congonhas por medo de perderem seus valiosos empregos em detrimento da segurança de milhares de vidas e das suas próprias, vocês vão me desculpar mas é de uma mediocridade absoluta
Demartino,
amigo, cuidado c/as colocaçoes e generalizaçoes. Tambem conheci e conheço cmtes, copilotos que tem opiniao contraria. Alias, era piloto do grupo VARIG tambem. E minha base foi e hoje é Congonhas.
Ela permite operação segura desde que tudo vá bem. Assim como no S.Dumont. Mas no S.Dumont tem grooving que funciona. No S.Dumont nao há esse volume de operaçoes que fará a pista emborrachar direto, ainda que refaçam a pista toda hora.
Ela é segura em cima da competencia dos pilotos que nao deixam a peteca cair. Porque se voce perder um motor, ou pegar fogo, ou abrir um reverso PROXIMO a V1, nao vou nem dizer na V1, o que em teoria, teria tempo de abortar a decolagem, vou te afirmar: NAO PARARA NUNCA ali na pista. E olha que para calculo de perfomance reverso nao entra no calculo.
Na pratica a teoria é outra.
Entao voce entra na estatistica. Ate qua chega aquele 1 em mil, ou milhao, em que o camarada erra ou a peça quebra e aí...
Nao estou fazendo campanha contra Congonhas. É ele que dá meu leite de cada dia. Joinvile, Navegantes, Crisciuma,etc. tem um monte de pistas limitadas.
Quando voce vai no exterior e conta que aqui se faz procedimento NDB eles se assustam. Tecnologia da II GM. Muitos nem sabem fazer e quando chegam aqui em Guarulhos e o ILS tá fora eles alternam na hora.
Se contar que vai a Jiparaná e nao tem auxilio, torre, e voce tem que procurar biruta a noite, te chamam de maluco.
Mas nao chamam mediocridade.
Assim como motoristas nao param porque as estradas estao ruins. Como os policiais nao param porque a violencia esta descontrolada. Ou como os militares nao param porque a defesa aqui no país é levada c/descaso.
Voce tenta cumprir seu dever.
Prudencia, amigo. É só o que eu e muitos pedem. Choveu acima do toleravel, parem. Os usuarios , por favor, aprendam que mais vale um atraso de minutos ou até de horas, do que a vida inteira. O governo, que aprenda que contingenciar verba de segurança de voo, de terra e de mar é dar tiro no pé.
Depois dessa eu tenho que repetir o que eu disse: no Brasil não existe apagão aereo, existe um apagão de governo.
Nenhum manual tecnico explica dois acidentes em tão curto prazo. Se tudo que aconteceu esta dentro dos padrões aceitaveis, o minimo que se espera é que as pessoas ligadas a aviação sentem e discutam se esses padrões são realmente aceitaveis.
Demartino escreveu: Mas Sargento o que estou dizendo é que vc está chovendo no molhado é só isso que estou me referindo. Apista foi liberada por técnicos, a aéronave foi leberada por técnicos etc etc etc. .
Agora basta apurar de quem foi a culpa se é que pode haver culpado de fato por tal tragédia