Excelente!LeandroGCard escreveu:A instalação de um bomb-bay em aviões como o EMB-190 é perfeitamente possível, seguindo-se a mesma receita utilizada para a instalação do bomb-bay nos próprios P-3, derivados que são do projeto do Electra, que não o possuía.sapao escreveu:João,
os engenheiros aqui podem esclarecer melhor, mas não tem nem comparação a colocação de uma sonda externa a aeronave, coisa que o Brasil ja tinha feito com o AT-26, com a colocação de um bomb-bay que modifica TODA a estrutura da aeronave e que no Brasil so se conhecia da epoca do B-29 ou por fotos.
Em engenharia nada é impossivel, basta termos mentes capazes, tempo e vontade (leia-se dinheiro) para realizar.
Não vi ninguem dizendo que não era possivel, e sim que não era a melhor opção a epoca da compra.
Os que imaginam alguma dificuldade maior prendem-se ao conceito dos bomb-bays dos bombardeiros da II guerra Mundial, que ficavam embaixo das asas, na mesma posição das longarinas. Isto permitia manter praticamente a mesma posição do CG tanto com o compartimento de bombas cheio quanto após elas terem sido lançadas, e nos aviões de asa alta ou média não era um problema mas nos de asa baixa complicava um pouco o projeto, se ele não fosse feito desde o início pensando nisso.
No caso do EMB-190 com asa baixa e longarina em caixa fechada, a instalação do bomb-bay nesta posição "tradicional" seria realmente muito difícil. Mas o mesmo acontecia com o Electra, e a solução dos engenheiros foi deslocar o bomb-bay para a frente da asa, como pode ser visto na última imagem da página abaixo.
http://majalahmiliter.blogspot.com/2008 ... -keep.html
Se a FAB aceitasse para o EMB-190 a mesmam solução que considerou satisfatória no P-3, a instalação do bomb-bay poderia ter sido desenvolvida sem muitos problemas, desde que se desse à Embraer o prazo e a remuneração adequadas para projetar e implementar esta modificação. E pelo tempo que está demorando a reforma dos P-3, acho que prazo não seria problema, talvez o custo.
Mas o que ouvi foi que o problema da FAB com o EMB-190 não teria sido a ausência do bomb-bay, mas a alta velocidade de stol, incompatível com o emprego dos torpedos que a FAB planeja utilizar.
Leandro G. Card
Até então o país com maior experiência em patrulha marítima "à jato" é a Inglaterra com os Nimrod, e me lembro de anos atrás ter lido que a questão da velocidade de stol era um problema para o emprego dos Stingrays.
Isso sem contar com o problema relacionado ao custo de hora de vôo, pois saia muito mais cara do que os do P-3 por conta da motorização.
É claro que não sei como essa questão seria aplicada a uma aeronave como a E-190 porque até aonde consta é uma aeronave com uma boa relação consumo/benefício por hora de vôo.
Isso é claro que ocorre no transporte de passageiros que tem um perfil de operação bem diferente do de Patrulha/esclarecimento marítimo.
[]s
CB_Lima