Fórum Defesa Brasil

osolamaalua escreveu:O AMX foi deixado de lado como produto comercial após o embargo americano a venda do então AMX-T a Venezuela. Hoje reabrir sua linha de montagem é quase impossível, teriam que rever projeto e não existe mais espaço para uma aeronave do seu tipo sendo que existem os treinadores como o sul coreano e o italiano que fazem esse papel do A-1 com custo mais baixo.
O motor do A-1 está sofrendo um overhall com substituição de algumas peças, revisão de outras e colocação das chavetas de controle FADEC de aceleração. Na prática colocaram um módulo de aceleração eletrônico no lugar dos cabos.
Quanto a fumaceira, ela vai continuar existindo pois o projeto da Spey previa essa fumaça como despistador infravermelho porém com um pouco menos de constancia pois a aceleração eletrônica aumenta a velocidade de atuação do starterfan que joga o óleo na turbina, fazendo com que ele tenha sua queima completa mais rapidamente.

Osolamaalua, boa noite. Está bonita a lua cheia hoje

Esses fabricantes... Naquele projeto antigo, não conseguem fazer uma queima decente, que deixe pouco resíduo. Ou não podem ter temperaturas muito altas, porque a turbina de tecnologia antiga não resistiria.
O que fazer então? Fácil. Diz para o cliente que isso é ótimo, porque reduz a assinatura no infravermelho. Talvez ele até goste...
Parece a situação daquele fabricante de míssil que, incapaz de informar ao míssil a posição atualizada do alvo por data link, diz: - "É muito melhor assim! É FIRE AND FORGET!!!
Abraço,

Justin

"Naquele projeto antigo, não conseguem fazer uma queima decente, que deixe pouco resíduo. Ou não podem ter temperaturas muito altas, porque a turbina de tecnologia antiga não resistiria"

Até que enfim, alguem confirma no DB o que vi in loco

Certamente, o FADEC cai como uma luva naquilo que eu especulei: reduz o consumo e a emissão de fumaça.

E, como disse antes, mudanças EVOLUCIONÁRIAS como as que postei NÃO são afeitas ao Brasil. O fabricante atualizou o seu produto e nós, brasileiros, aceitamos porque torna a operação mais barata (menor consumo). E, de mais a mais, nem deve ter como manter as turbinas como eram, a RR não fica parada no tempo.

Abraços!

Alcantara escreveu:Certamente, o FADEC cai como uma luva naquilo que eu especulei: reduz o consumo e a emissão de fumaça.

E, como disse antes, mudanças EVOLUCIONÁRIAS como as que postei NÃO são afeitas ao Brasil. O fabricante atualizou o seu produto e nós, brasileiros, aceitamos porque torna a operação mais barata (menor consumo). E, de mais a mais, nem deve ter como manter as turbinas como eram, a RR não fica parada no tempo.

Abraços!

Amigos,

Creio que um FADEC é extremamente importante para melhorar o desempenho de um motor, diminuir tempo de aceleração, proporcionar melhor controle da chama, permitir melhor queima do combustível. Apesar disso, sua simples utilização não tem a capacidade de trazer um motor, concebido na década de 1950 e modificado nas quatro décadas seguintes, ao mesmo patamar de um outro de concepção recente.
No entanto, há outra função importante do FADEC: registro dos esforços sofridos por cada motor individualmente.
O controle apenas por hora voada é inadequado, quando se pretende alcançar elevado nível de segurança e, também, melhor índice de utilização da vida disponível de cada motor.
O motor sofre esforços significativos a cada ciclo de aceleração/desaceleração. Há modificação da temperatura de operação, variação de RPM, dilatação, mudança de posicionamento da chama.
Um motor instalado em aeronave que voa como "ala" em voo de formatura sofre centenas de ciclos em uma hora de voo. A aeronave líder nessa mesma missão sofre muito menos. Já o mesmo avião, em uma navegação em altitude - deslocamento - pode cumprir toda a missão e realizar menos que uma dezena de ciclos.
A incerteza sobre os ciclos que cada motor realizou obriga que, por segurança, os intervalos de inspeção sejam muito reduzidos.
Com o FADEC, o conhecimento do real esforço sofrido pelo motor individual permite uma operação mais segura. Também evita-se cumprir inspeções caríssimas, apenas para eliminar as incertezas quanto ao desgaste sofrido. Aumentar o intervalo médio de inspeções representa uma economia muito maior do que aquela possível apenas com um aumento de eficiência na queima de combustível. Além disso, há melhoria na disponibilidade da aeronave em si, que para menos vezes para inspecionar motor.
Em suma: vamos ao FADEC porque é importante, mas isso somente não é capaz de trazer grande vantagem em desempenho do avião.
É palpite, como sempre.
Abraços,

Justin

Prezados,

Lamento discordar da opinião de alguns colegas sobre o FADEC reduzir a emissão de fumaça. A fumaça, queima pobre do combustível, está diretamente relacionada com a a temperatura e pressão de queima do combustível, a atomização do combustível ao entrar na câmara de combustão e até na qualidade do combustível. Portanto o fumacê dos AMX vai continuar.

Mas a vida e a qualidade de operação das turbinas melhora muito, bem como a atencipação de problemas que podem ocorrer mais a frente.

1 abraço

Carlos Lima escreveu:

sapao escreveu:Do jeito que a coisa anda na Europa, nao me surpreenderia se a Italia modernizasse os seus tambem...

x2

[]s
CB_Lima

A modernização pelo qual passou na Itália no passado, os permite lançar tudo mais um pouco do que ainda estamos testando.

Mas o que se viu no vídeo postado sobre o vôo do protótipo do A-1M, Arataca, é que a emissão de fumaça esta visivelmente menor.

.

SABRE II - BAAN Agosto/12

credito: Gustavo Maia

Prezados,

Vejam esta estória de um recente acidente com A1 na BASM.

http://www.defesanet.com.br/aviacao/not ... ca-da-FAB-

O piloto foi de uma frieza, segundo os relatos.

Att.

Wsantana.

Se brincar esse ai nem volta a voar antes da modernização.

E pela quantidade de carne em volta do buraco o passaro não era pequeno.



Um abraço e t+

Demonstra muito profissionalismo e preparo de todos os envolvidos no processo...

O cara é gelado, eu teria ejetado já no impacto.

jumentodonordeste escreveu:

Demonstra muito profissionalismo e preparo de todos os envolvidos no processo...

O cara é gelado, eu teria ejetado já no impacto.

Se este foi mesmo o pensamento do piloto, ali na hora, sem muito o que fazer e muito pra pensar, realmente estão de parabens, toda a força.

Mas e se foi mais ou menos assim:

"Putz, na pitimba que a FAB anda, perder um avião agora, é rua na certa, eles nem vão querer saber se foi pra minha segurança ou não...vou me virar e segurar esse troço ou amanhã não tem leite pros meninos..."

Ai tamo fudidiz...

Fantástico!!!

Excelente relato!!

[]s
CB_Lima

Sávio Ricardo escreveu:

jumentodonordeste escreveu:

Demonstra muito profissionalismo e preparo de todos os envolvidos no processo...

O cara é gelado, eu teria ejetado já no impacto.

Se este foi mesmo o pensamento do piloto, ali na hora, sem muito o que fazer e muito pra pensar, realmente estão de parabens, toda a força.

Mas e se foi mais ou menos assim:

"Putz, na pitimba que a FAB anda, perder um avião agora, é rua na certa, eles nem vão querer saber se foi pra minha segurança ou não...vou me virar e segurar esse troço ou amanhã não tem leite pros meninos..."

Ai tamo fudidiz...

Pra rua não vai...

Mas provavelmente se fosse comprovado que ele ainda tinha condições de retornar, acho que ia pilotar caneta pro resto da carreira.

Talvez se não tiver problema o Thor e o Sapão podem nos exclarecer o procedimento em outro tópico pra não ficar muito off.



Um abraço e t+

jumentodonordeste escreveu:

Demonstra muito profissionalismo e preparo de todos os envolvidos no processo...

O cara é gelado, eu teria ejetado já no impacto.

Concordo. Sangue frio de piloto de caça. Esse joga no meu time.